Concluídos os testes de desenvolvimento da nova versão do Maverick
A USAF completou os testes de desenvolvimento (developmental testing – DT) da mais nova variante do míssil guiado a laser Maverick da Raytheon. Agora, o AGM-65 E2/L possui o “caminho livre” para iniciar os testes operacionais (operational testing-OT).
Durante o esforço conjunto USAF-US Navy, participaram dos testes de integração, laboratório e testes em voo aeronaves A-10, F-16, AV-8B e F/A-18. O DT da USAF culminou com uma série de três disparos contra alvos estáticos e em movimento a partir de aeronaves A-10 e F-16. Espera-se que a Marinha termine os seus testes ainda neste verão (do Hemisfério Norte).
“A equipe de testes conduziu um programa bastante exigente de ensaios, incluindo dois disparos contra alvos movimentando-se a 65 e 72 milhas por hora,” informou Harry Schulte, vice presidente de sistemas de armas aerotransportadas da Raytheon Missile Systems. “Assim que nós iniciamos o OT, os militares terão a oportunidade de colocar a nova versão do Maverick no roteiro, permitindo a entrada do míssil no inventário das forças militares norte-americanas e de outros países parceiros.”
O AGM-65 E2/L pode engajar precisamente alvos em altas velocidades em ambientes urbanos, e oferece uma série de novas capacidades, incluindo a possibilidade da aeronave lançadora usar o seus próprio designador a laser para guiar o míssil até o alvo.
O AGM-65 E2/L possui uma cabeça buscadora avançada e um novo software que reduz a capacidade de infringir danos colaterais. Versões anteriores somente permitiam designadores a partir de outras plataformas ou no solo.
A família Maverick está integrada em mais de 25 aeronaves e foi adotada por mais de 33 países.
FONTE / FOTO: Raytheon
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Usar um míssil com ogiva de 136 kg para atingir um alvo móvel em um ambiente urbano é uma temeridade.
Enquanto por um lado tenta-se reduzir cada vez mais o poder destrutivo das armas de precisão usadas em ambientes urbanos desenvolvendo minibombas e mínimísseis, por outro há uma tentativa de integrar um Maverick para essa função.
Coisas da guerra.
Em 2006, quando os Apaches britânicos entraram em operação no Afeganistão, eles não tinham uma arma especifica para utilizar contra os talebans escondidos em fortificações. O helicoptero Apache Longbow carrega munição de 30mm mixta de alto explosivo, armor piercing e incendiária, que apesar de muito eficaz contra alvos sem cobertura, ineficiente contra as grossas paredes de barro, tipico das contruções da provincia de Helmand. A outra alternativa seria o uso dos foguetes não guiados, mas estes por sua vez não tem a precisão necessaria para utilizar-se num ambiente urbano, são armas de área. Por último restaram os Hellfire em versão… Read more »
Storm, Perfeito. Na verdade a versão do Maverick guiada à laser é antiga (Maverick E), só que se prestava unicamente a dar apoio de fogo aos Marines (depois foi adotada pela USAF) e por isso não precisava de refinamentos, e era incompatível com designação da própria aeronave lançadora e com alvos móveis. Mesmo o Maverick D, usado apenas pela USAF, específico para alvos móveis, é incompatível com alvos de alta velocidade, típicos de uma veículo utilitário em fuga, que não raro chega a 150 km/h. Já essa versão guiada à laser do Maverick (E2L) utiliza os recursos dos últimos casulos… Read more »
Mestre Jedi Bosco
seria essa versão do velho Maveco oriunda das novas realidades dos conflitos assimetricos, da necessidade de atualização ante os peduricalhos modernos ou porque os corte orçamentarios fazem um armamento com nome já conhecido popularmente passar mais facil pelas autorizações orçamentarias?(eu só gostaria da sua opinião pessoal)
Joker, Eu acho que é um pouco de cada. rsrsss Na verdade não há nenhum míssil adequado para os conflitos urbanos lançado a partir de aviões de alto desempenho. Nesses conflitos o melhor mesmo são os lentos VANTs e os helicópteros. Os britânicos adaptaram o Brimstone acrescentando a ele um sensor laser. Os americanos terão num futuro próximo os JAGM, um míssil do tamanho do Hellfire e com uma ogiva mais adequada (menos potente). Mas acho que a guerra urbana não é lugar de caças, pelo menos em relação a alvos móveis. Hoje há projetos de mísseis e bombas lançados… Read more »