E se, inspirado no ‘Peace Cesar’ italiano, tivesse surgido o ‘Peace Samba’?
O ano é 2003. O programa ‘F-X1’ de aquisição de um novo caça para a FAB estava parado e o 1º GDA, na Base de Anápolis, preparava-se para desativar em breve seus Mirage III. A uns 150km de lá, na Capital que os Jaguares de Anápolis têm como missão proteger, a alegação é que o dinheiro para comprar caças é necessário para o programa ‘Fome Zero’.
Então, aparece uma solução: alguém fica sabendo que a Itália acaba de resolver sua lacuna operacional na defesa aérea, temporariamente, com o ‘leasing’ de caças F-16, o chamado programa ‘Peace Cesar’ (para saber mais, veja a matéria logo abaixo). Surge a oportunidade de fazer um programa similar aqui no Brasil, o ‘Peace Samba’.
O que você acha? Teria sido possível o F-16 operar na FAB por ‘leasing’, cobrindo a lacuna da desativação de um interceptador antigo, como foi o caso na Itália? Haveria alguma dificuldade operacional? Haveria algum ganho operacional? Será que essa ideia teria ‘dado samba’?
Sobre assuntos relacionados a possíveis oferecimentos de F-16 ao Brasil (e assuntos correlatos), veja os links a seguir:
“Teria sido possível o F-16 operar na FAB por ‘leasing’” Possível? Claro que sim! O F-16 MLU é um vetor muito mais barato e capaz do que os estúpidos, bichados e desarmados Mirage-2000C adquiridos pelo incapaz do nosso anterior presidente. Aliás, houvesse acontecido isso e seria o passo natural para a 4a geração. Seria uma transição muito menos traumática do que será (?) para a FAB, para um futuro vetor de 4,5 ou 5a/6a geração. Entretanto, seria viável politicamente, em pleno primeiro governo do “pinga”? JAMAIS! Basta ver a cretina desculpa que o imbecil deu para cancelar o FX. “Haveria… Read more »
O sucesso deles na Itália responde esta pergunta.
Os chilenos estão rindo atá agora depois que compraram um belo caça por um preço bem pequeno.
Comparado com comprar Mirage 2000C sucateado dos franceses, fazer leasing de F-16, fazer leasing de Gripen ou comprar os F-5 suíços seriam todas melhores opções.
Falando em Mirage 2000C, nesta sexta tem aniversário …
“Será que essa ideia teria ‘dado samba’?”
Claro que não !!!
O brasileiro é o povo mais esperto do mundo!! Nós, companheiros bolivarianos, não nos sujeitamos ao imperialismo americano e não caimos nessas armadilhas!! É comprar avião americano hoje q amanhã eles impoem inumeros embargos que nos impediriam de voar nossos caças comprados com o suado dinheiro do proletariado brasileiro…
Não queremos ficar dependentes do império do mal !!
Burros são os chilenos que tem um vetor com projeto datado da decada de 70!!
Amigos,
Os principais problemas do “leasing” são.
1. Como você não é proprietário, tem que restituir valor ao devolver (seguro).
2. É bom para treinar e “fazer hora de voo”.
3. Operar em coalizão com o dono das aeronaves pode ser possível, mas, para realizar operação militar independente, tem que requerer autorização.
3. O prêmio de seguro deve aumentar em operação militar.
4. Para qualquer otimização ou para modificar as aeronaves, tem que pedir bênção ao proprietário.
5. O País tem que preparar uma infraestrutura logística e vai adquirir treinamento para uma solução sabidamente temporária.
…
Abraços,
Justin
Ah, esqueci.
TAMPAX NUNCA MAIS!!!
Abraços,
Justin
Talvez, mas só talvez, pela questão REVO, seria o único ponto negativo, mas em comparação com os resultados, seriam despreziveis…mas Israel chegou a propor essa modalidade e na boa, seria bem menos traumatico com o Kfir…
Hummmm…o sonho é fazer um leasing de F(orevis)-5…
Sopesando os consistentes comentários do Vader e do Justin Case, considero que a opção pelos Falcons, via leasing, àquela remota época de 2003, somente se justificaria se houvesse perspectiva de uma relação mais estratégica com os EEUU nos anos subseqüentes, o que, com o staff político daquele momento, seria quase impensável, em especial pela presença do Sr. Marco Aurélio Garcia, o asqueroso “top-top”…, como consultor de assuntos internacionais do (des)governo Lula. A alteração de modelo logístico, treinamento operacional, que os modelos americanos trariam à FAB, teriam sua razão de ser, se, como bem disse o Vader, houvesse a possibilidade de… Read more »
Senhores, contratos de leasing em geral tem a opção de compra ao final do contrato, cláusula que permite que o cliente não tenha que devolver o avião se quiser ficar com ele.
É claro que no caso de um “tampão”, o fato do proprietário pegar de volta o avião ao final do contrato é uma vantagem e não uma desvantagem do leasing.
A questão é não temos um EF-2000 e F-35 planejados para entrar em operação no futuro. Aqui seria leasing para manter a FAB com caças…..
Se tívessemos algum grau de certeza que teríamos algo novo no futuro… mas aqui nada é certeza.
No meu entender, chegamos em um ponto que a FAB precisa de caças novos, mesmo que conceitualmente ultrapassados, como GAP Filler de caças de 5ª geração.
[]’s
Pois é, como citou o Grifo, no contrato de arrendamento das aeronaves sempre pode se fazer constar a claúsula de venda por valores irrisórios, o que é prática comum, e mesmo ainda com as possíveis salvaguardas, eu ainda prefereria em muito esta solução, pois hoje não estaríamos tendo que aguentar e mendigar junto a Dassault peças de reposição e principalmnte podeíaimos estar manutenindo ítens pontuais aqui no Brasil, coisa eu hoje não ocorre com os M 2000, que por força de contrato imposta pelo Franceses, somos obrigados a enviar para lá, ítens eletrônicos que seriam facilmente manutenidos no PAME RJ,… Read more »
Amigos, O PAME RJ, apesar de ser um Parque de Eletrônica e ter conhecimento básico para a manutenção de itens dessa classe, nunca teve foco na manutenção de aviônicos. Sempre se especializou em reparar/revisar equipamentos da área de comunicação, detecção e navegação do DCEA. Quanto à manutenção de aviônicos de um avião de caça como o Mirage 2000, o F-5M, o AMX, o A-29, isso só pode ser feito por uma empresa especificamente capacitada para tal, com infraestrutura, documentação técnica, equipamentos de teste, treinamento e “spare parts”. Com relação ao Mirage 2000, o nosso TAMPAX de caça, veio para ficar… Read more »
Caro Juarez, pelo menos as questões mais urgentes com os M 2000 aparentemente foram resolvidas depois que a FAB ameaçou desativar todos eles. Taí aliás uma ameaça que eu adoraria ter sido cumprida, uma pena que os franceses arregaram…
eu imagino os comedores de scargot com alicates, capuzes, numa sala escura, agarrando o brigadeiro da FAB pelo braço e obrigando a assinar o contrato.
Caro Justin Case, talvez seja novidade para você, mas um militar sempre cumpre ordens de um superior.
Grifo disse:
11 de julho de 2011 às 15:54
“Caro Justin Case, talvez seja novidade para você, mas um militar sempre cumpre ordens de um superior.
Grifo, é verdade, ordens são cumpridas.
Mas, felizmente, existem ainda muitas pessoas que não aderem automaticamente às vontades dos superiores (não escritas ou apresentadas como ordem).
Há subordinados que assessoram, argumentam, apresentam soluções mais adequadas.
Não diria que esses casos são excessões, mas também não são prevalentes.
Mas então não foram os franceses que impuseram o contrato??
Abraço,
Justin
Senhores, salvo melhor juízo contrato de “leasing”, ou tecnicamente arrendamento mercantil, é necessariamente com opção de compra ao final. “Leasing” sem opção de compra não é “leasing”, é LOCAÇÃO. Eu como advogado considero o “leasing” uma gelada em 90% dos casos. Entenda-se: o arrendamento mercantil é negócio para quem: 1. não tem dinheiro (nós); 2. não quer dispor dos valores para uma compra à vista (nós). Isso porque é evidente que o arrendatário terá que pagar juros, terá que segurar o bem arrendado, e terá que ficar à mercê do arrendante para determinadas circunstâncias, não podendo simplesmente fazer o que… Read more »
Justin Case disse:
11 de julho de 2011 às 16:32
“Mas então não foram os franceses que impuseram o contrato??”
Claro que não, prezado Justin. Foi uma imposição política.
Sds.
” O F-16 é a melhor aeronave do mundo em sua geração. Um projeto simplesmente genial, a obra prima de um mestre da prancheta: John Boyd.”
John Boyd nunca projetou aeronaves.
Clésio Luiz disse:
11 de julho de 2011 às 16:58
Er Clésio, usei uma metáfora para realçar. O conceito do F-16 é dele.
Mas, felizmente, existem ainda muitas pessoas que não aderem automaticamente às vontades dos superiores (não escritas ou apresentadas como ordem).
Caro Justin Case, pessoas como estas felizmente ainda existem, e impediram que fôssemos entubados com o Rafale.No caso dos Mirage 2000C infelizmente não tivemos esta sorte.
Mas então não foram os franceses que impuseram o contrato??
Claro que foram. Quem mais poderia ter sido?
Grifo,
É questão de ponto de vista de cada um de nós.
Eu acho que a ação dessas pessoas com visão mais ampla provocou a revisão da avaliação inicial e impediu que fosse decidido algo que não atende às diretivas da END.
Mas acho que não podemos fazer muito mais do que acompanhar o assunto.
Abraço,
Justin
Amigos,
Ainda, só para reforçar e voltar ao tema:
Qualquer das três soluções que tenhamos que “entubar” é mil vezes melhor do que tampão eterno.
Decisão já!
Nem Mirage 2000, nem Gripen A/B, nem Sukhoi, nem F-5 arenoso, nem F-16.
TAMPAX NUNCA MAIS!
Abraços,
Justin
TAMPAX NUNCA MAIS!
Justin Case para presidente.
EU VOTO!
Isso porque é evidente que o arrendatário terá que pagar juros, terá que segurar o bem arrendado, e terá que ficar à mercê do arrendante para determinadas circunstâncias, não podendo simplesmente fazer o que quiser com um bem que não é seu, até que ocorra a transmissão da propriedade. Caro Vader, tudo isto é correto, mas vale lembrar que ao comprar o Brasil também teria que pagar juros (e sobre um valor maior!) e ficar a mercê do vendedor para uma série de coisas, talvez não de jure mas de facto. Não quero dizer que o leasing seja hoje a… Read more »
Grifo disse: 12 de julho de 2011 às 3:32 Concordo Grifo, mas suponho que no leasing, até por não ter ocorrido a transmissão da propriedade, as restrições operacionais e os juros (que neste caso são nada mais que a remuneração do capital investido pelo proprietário do bem) são evidentemente maiores. Ou seja: economiza-se no preço, mas o proprietário do bem evidentemente recupera nos juros. Mas como disse, também não acho o “leasing” o melhor negócio. Já ouvi gente dizer que dizer que “leasing” é “coisa de pobre”: para ter o bem (consumir) o sujeito sacrifica uma parte de seu futuro.… Read more »