F-X2: Dassault investirá até R$ 13,6 bi se Rafale for escolhido
Soraia Abreu Pedroso
Enquanto o governo federal não bate o martelo sobre qual fabricante de aviões caça escolherá para renovar a frota da FAB (Força Aérea Brasileira) com 36 aeronaves, já que por ora as compras foram suspensas devido ao corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, a Dassault Aviation, que produz o Rafale FX-2, anunciou que, se for a eleita, investirá entre 4 bilhões e 6 bilhões de euros – de R$ 9,1 bilhões a R$ 13,6 bilhões (com euro a R$ 2,28) – no País.
“Os franceses se comprometem em gerar atividades equivalentes a mais de 150% do valor pago pelo País pelos caças”, disse o representante do Consórcio Rafale International no Brasil, Jean-Marc Merialdo.
O montante totaliza o faturamento anual da Dassault Aviation – de 4 bilhões de euros – e terá prazo para ser investido em até dez anos da data da assinatura do contrato. Os três grupos do consórcio Rafale, Dassault, Snecma e Thales – acionista da são-bernardense Omnisys – geram receita total de 27 bilhões de euros. O vice-presidente executivo da Dassault Aviation, Eric Trappier, ressalta, entretanto, que qualquer tipo de investimento só será realizado no País se o caça for escolhido.
DISPUTA – Até o fim de 2010, ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era clara a preferência pelos franceses, na concorrência com os suecos da Saab, o Gripen NG, e com os norte-americanos da Boeing, com o F-18 Super Hornet.
Porém, após a posse da presidente Dilma Rousseff, o assunto foi adiado sem data prevista para ser retomado. Mesmo assim, Trappier disse que se mantém otimista. “Não vemos mudança na liderança do projeto. Tenho grande confiança na parceria com o Brasil.”
Quanto à estratégia de investimento de uma de suas concorrentes, a Saab, que no dia 5 de maio inaugura o Centro de Desenvolvimento de Alta Tecnologia, em São Bernardo, no qual vai aplicar R$ 50 milhões em cinco anos, mesmo que não seja a escolhida, o vice-presidente da Dassault foi categórico, insinuando que a aeronave sueca não é concorrente.
“O Gripen é muito maior em tamanho do que o Mirage 2000. O Rafale equivale a dois Gripen, que, além disso, é feito com participação norte-americana.” Os dois diferem no motor, sendo o sueco monomotor e, o francês, bimotor. “Recomendo que o Rafale seja eleito, assim, a região desfrutará de duas tecnologias diferentes”, ironizou.
Seu apelo para ser o escolhido se calca também no fato de hoje só os norte-americanos comercializarem esse tipo de aeronave. Os franceses ainda não venderam para ninguém. Estão aguardando negociação com Índia, Emirados Árabes, Oriente Médio e Suíça. Por enquanto só utilizaram o avião na força aérea nacional e na Líbia, por uma coalizão internacional.
Região vai produzir parte eletrônica da aeronave
Ainda não é possível mensurar o impacto no Grande ABC caso o Rafale seja o escolhido. Porém, o vice-presidente executivo da Dassault Aviation, Eric Trappier, assegurou que toda a parte de eletrônica da aeronave será fabricada em São Bernardo, pela Omnisys. Ela será responsável pelo radar da ponta do caça, a parte de optrônica e talvez a subida em potência.
“Sentimos necessidade de entrar em contato com empresas tecnológicas de menor porte em diferentes Estados. É importante estabelecer malha de indústrias que cubram a parte eletrônica e a de motor.” Para isso, serão realizados seminários em algumas cidades, entre elas, São Bernardo, previsto para o fim de maio.
Questionado se já houve aproximação com outra empresa da região, o executivo disse que ainda não, mas que após o encontro devem ser firmados acordos de cooperação industrial. “Queremos nos aproximar de empresas que fabriquem software de processo industrial da região, bastante conhecida por seu potencial no automobilismo.” O principal parceiro da Dassault no processo deverá ser a Embraer, que coordenará toda produção.
Trappier contou ainda que haverá treinamentos de engenheiros brasileiros na França se forem escolhidos, e será realizado reforço nas universidades brasileiras com conteúdo prático do assunto, a fim de estreitar a colaboração.
Cogitou, também, a troca de tecnologia com o País em relação ao cargueiro KC 390, fabricado pela Embraer, caso a negociação seja fechada, a fim de “aproveitar o know-how das duas companhias”.
FONTE: Diário do Grande ABC
Mais uma lorota da Dessault, agora eles não querem lucro pelo jeito.
São realmente os salvadores da FAB.
“Os franceses se comprometem em gerar atividades equivalentes a mais de 150% do valor pago pelo País pelos caças”
Será que ressuscitaram o Jack Palance para mais episódio de “Acredite Se Quiser” ?
Quando o desespero bate a porta surgem propostas mirabolantes.
Parece a SAAB uns meses atrás 😉
Os caças vão vir de graça! E ainda vão devolver algum para o Brasil!!!!
MUHAUHAHAUHAHHAUHAUHAUHHHAUHAUH!!! 😀
Esses franceses… Sempre com uma boa piada para alegrar o dia.
[]’s
“O Gripen é muito maior em tamanho do que o Mirage 2000.”
Que apelação!!!
“…assegurou que toda a parte de eletrônica da aeronave será fabricada em São Bernardo, pela Omnisys. Ela será responsável pelo radar da ponta do caça, a parte de optrônica e talvez a subida em potência.”
E tome mais apelação!!!
“talvez a subida em potência.” -> Não entendi…. que equipamento seria esse????
[]’s
Esse é o momento de tirar proveito, ele precisa vender o Rafale para outro país é a hora de buscar vantagens para o Brasil a FAB e a Embraer.
andersonrodrigues1979, a maior vantagem pro Brasil seria não comprar essa jaca.
Não é pq a França e a Dassault necessitam vender o Rafale, que o Brasil tenha alguma necessidade imperativa em adquiri-lo.
Devemos isso sim, explorar as outras opções.
Pessoal, o número de 150% é normal e acredito que outros concorrentes tenham oferecido até mais. Offset não é dinheiro que é pago de volta, é investimento que é feito para dar retorno. O problema do offset do Rafale não está aí, e sim em que: – Somente uma pequena parte dos offsets são no próprio programa, já que o avião já está com desenvolvimento bastante adiantado e vai ser inteiramente fabricado na França. – Os franceses não cumprem os contratos de offset, como pôde ser visto no EC-725 (aliás, pode ser visto em toda a história da Helibrás). O… Read more »
Observem a opção de offset que é citada: a Omnisys. Para quem não sabe, a Omnisys é uma empresa do Grupo Thales, capital francês. Assim sendo, qualquer “transferência total de tecnologia” da Thales para a Omnisys seria dele para ele mesmo. Algo como tirar a carteira do bolso esquerdo para o bolso direito. Por outro lado observem a atuação das empresas francesas na China. A condição sine qua non para permitirem os benefícios do Estado é que as empresas na China tenham ao menos metade do capital chinês. Outro detalhe que me deixa incrédulo: “Eric Trappier, assegurou que toda a… Read more »
Propaganda. Só isso. Nem vale a pena comentar.
Senhores, Besteiras escritas na grande mídia não contam. Quem escreve não entende do assunto e, quem lê, menos ainda. Isto tem cheiro de matéria plantada. Como coloquei antes, o FX-2 só sai (SE sair) depois da saída do ministro atual. O Lula indicou o nome deste e de mais meia dúzia para a Dilma, que assumiu o compromisso de manter estas indicações por uma ano. Em troca, a ala do PT controlada por Lula deve manter uma fidelidade canina neste período, não atacando ou sabotando o governo Dilma. Como ela sabe qual o avião escolhido se a decisão fosse do… Read more »
Ivan, por “FABRICAR”, entenda “MONTAR”. A linha de produção do Rafale na França está trabalhando na sua velociadade MÍNIMA, ou seja, NÃO se pode diminuir mais ainda sua produção, sob pena da linha FECHAR !!!!!! Eles estão doidos para emplacar uma venda internacional (possibilidade cada vez menor), para aliviar o CONTRIBUINTE FRANCÊS. Tão correta é a minha assertiva, que eles tiveram que fazer um orçamento suplementar para a compra de novos Rafale, já que o orçamento deles previam um certo número de vetores que seriam exportados, e como óbvio, nunca foram. Pois bem, essa linha de produção quase parada, dependendo… Read more »
Observador,
Permita-me uma ponderação acerca da sua frase:
Quem escreve não entende do assunto e, quem lê, menos ainda.
Observe (desculpe o trocadilho) que há várias citações do Vice-Presidente da Dassault Aviation, Monsieur Eric Trappier.
Este executivo entende bastante do assunto, mais do que eu e vc juntos, portanto não é possível perdoar algumas afirmações de interpretação duvidosa, como por exemplo: “O Gripen é muito maior em tamanho do que o Mirage 2000″; entre outras pérolas.
Há um jogo de palavras que seria, no mínimo, malicioso.
Recomendo a leitura da entrevista do mesmo na Vejaonline:
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/ante-indefinicao-brasileira-dassault-mira-os-emirados-arabes
Sds,
Ivan, do Recife.
ZE,
Eu bem sei o significado das palavras.
O Sr. Eric Trappier também.
O que existe é um jogo de palavras com diferentes interpretações, para municiar argumentos potencialmente sofismáticos.
Me parece que é desta forma que se constroi um SOFISMA digital, em uma época de comunicação on-line e jornalismo interativo.
Sds,
Ivan.
Falar que o Rafale é uma jaca para quem tem F-5. Bem pelo pouco que eu entendo das aeronaves Frances elas tem uma grande reputação em combate.
Não é nem um f-15 o avião invencível mais é uma grande aeronave, com certeza seria um vetor de respeito para qualquer força aérea.
andersonrodrigues1979 disse:
12 de abril de 2011 às 13:39
“Não é nem um f-15 o avião invencível mais é uma grande aeronave, com certeza seria um vetor de respeito para qualquer força aérea.”
Bem, pode até ser verdade. Mas pelo preço de uma jaquinha comprar-se-ia dois F-15 e ainda sobrava um cascalhinho:
http://vaderbrasil.blogspot.com/2011/04/evolucao-dos-custos-do-rafale.html
Sds.
Industrialmente falando, se os franceses oferecessem além das TTs (irrestritas?!?!) , o FORNECIMENTO das Asas e parte da Fuselagem, para todos os Rafales, não só os brasileiros, como também os franceses, eu consideraria ae sim, um bom argumento.
[]’s
Industrialmente falando, se os franceses oferecessem além das TTs (irrestritas?!?!) , o FORNECIMENTO das Asas e parte da Fuselagem, para todos os Rafales, não só os brasileiros, como também os franceses, eu consideraria ae sim, um bom argumento.
Esquece Nick, não vai sair um parafuso daqui para os Rafale franceses. Assim como também não sai nada daqui para os helicópteros que a Eurocopter fabrica na França.
Vader disse: 12 de abril de 2011 às 13:49 “Bem, pode até ser verdade. Mas pelo preço de uma jaquinha comprar-se-ia dois F-15 e ainda sobrava um cascalhinho:” Bem eu acho que você não entendeu o que eu disse, estava me referindo a historia de combates vitorias e tal, fator histórico. E se o preço é a questão mais relevante então é só comprar os F-16 como o Chile esta fazendo e estará resolvido. Grifo disse: 12 de abril de 2011 às 16:39 “Esquece Nick, não vai sair um parafuso daqui para os Rafale franceses. Assim como também não sai… Read more »
Caro Ivan: Embora concorde com o que você disse sobre o conhecimento do vice-presidente da Dassault, não mudo uma vírgula do que eu disse. Isto porque me referi à repórter, a qual limitou-se justamente a reproduzir o que monsieur Trappier falou, sem pesquisar outras fontes ou fazer um contraponto aquilo que lhe foi dito. A reportagem ficou com cheiro de propaganda institucional. Será que a repórter também também fará matérias beneméritas para os outros dois concorrentes? Também me referi ao leitor-médio-brasileiro, que pega o jornal para ler sobre futebol, fofoca de novela, programação de cinema e, só sabe distinguir avião… Read more »
Ops!
Corrigindo:
Será que a repórter TAMBÉM fará matérias beneméritas para os outros dois concorrentes?
Também me referi ao leitor-médio-brasileiro, que pega o jornal para ler sobre futebol, fofoca de novela, programação de cinema E só sabe distinguir avião de helicóptero.
Prezado Anderson, Esquece da jaca e dos franceses. Não temos experiência positiva com eles. Os famigerados estadunidenses transferiram tecnologia da deriva do F-5, é mais que os franceses da Eurocopter e da Dassault nos transferiram. Como já foi dito à exaustão aqui, franceses prometem mundos e fundos, mas nunca cumprem os contratos. Estadunidenses prometem pouco, mas cumprem à risca os contratos. Tanto é que tivemos poucas aeronaves de origem não-estadunidense na nossa FAB. O único motivo pelo qual compramos da França foi porque o Jobim e a PeTralhada são anti-EUA e pró-França, até hoje não sei porque motivo. Além disso,… Read more »
Só um comentário …..PINÓQUIO…..!!!!!!
Ivan os países não compram Jacas porquê são duros…….sempre culpa dos outros. O que os croissant irão falar do endinheirado EAU quando eles não comprarem a Jaca?