O An-124 era líbio
Quem se lembra do Antonov An-124 Ruslan que pousou em Natal no ano passado, trazendo equipamentos franceses para o Exercício CRUZEX V? Poucos poderiam imaginar que depois de alguns meses, a Líbia de Kadafi seria atacada pela França e EUA. Nas relações internacionais, o amigo de hoje, pode ser o inimigo de amanhã.
Nas relações internacionais, o amigo de hoje, pode ser o inimigo de amanhã.
Literalmente,
No caso citado acima, o ‘amigo’ passou para ‘inimigo’ em menos de um mês!
Éééééé…
Pois é… Que coisa né?
A Líbia era mais do que amigo, era “parceiro estratégico” da França. A parceria foi assinada em Outubro, cinco meses depois a França estava atacando.
Serve o alerta para o Brasil que o “parceiro” não é confiável. Não dá para assinar contrato de dez anos fiado em parceria que pode acabar mês que vem. E o episódio dos EC-725 deve deixar claro (mais uma vez) que francês não cumpre contrato.
Grifo disse:
6 de abril de 2011 às 14:10
“A Líbia era mais do que amigo, era “parceiro estratégico” da França. A parceria foi assinada em Outubro, cinco meses depois a França estava atacando. Serve o alerta para o Brasil que o “parceiro” não é confiável”
Eu ia dizer isso, mas como me proibiram de falar que a França não é confiável, fiquei só admirando…
Que parceiro que o Kadafi arrumou não? 🙂
Ops, esqueci que o “amigo e irmão” do Kadafi também fez uma “parceria” com os mesmos…
Sds.
Falando em “parceria” e em cumprimento (ou não) de contrato, parece que finalmente teremos uma solução para a questão dos mísseis e da logística dos nossos M-2000.
Mais uma vez a França quis nos entubar, mas desta vez teremos um final mais feliz.
Grifo disse:
mas desta vez teremos um final mais feliz.
Caro Grifo. O final feliz seria a aposentadoria do F2000?
Signore Poggio e Lord Vader, Desculpem minha ousadia, mas não entendo a razão do espanto demonstrado pelos senhores. O ‘relacionamento conturbado’, para não chamar de coisa melhor, porém impublicável, entre a Líbia de Kadafi e a França é assim mesmo a várias décadas. Na década de 70 foram vendidos Mirage V, aqueles negados à Israel que foram lutar no Youm Kippur. A partir de 1975 houve uma encomenda de 16 (dezesseis) Mirage F-1A de combate aéreo e 22 (vinte e dois) Mirage F-1 de versão mais simples, para ataque ar-terra. As entregas foram entre 1978 e 1981. Mas logo em… Read more »
Guilherme Poggio disse:
6 de abril de 2011 às 14:37
“O final feliz seria a aposentadoria do F2000?”
🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂
Só os BOBOCAS acreditam nessa BESTEIRA de país amigo, de PARCERIA ESTRATÉGICA. Países NÃO têm amigos. Países Têm interesses. Se os INTERESSES forem CONVERGENTES, ótimo para os dois. Mas, se os INTERESSES forem DIVERGENTES, aí então vide o caso da Líbia. O INTERESSE da França é ENFIAR material bélico CARÍSSIMO e, às vezes, DEFASADO na gente. O Ministro da Defesa de vocês, o Nelson Jobim, parece que não está nem aí para o riscado ! Quanto àquela porcaria de helicóptero chamado EC-725…bem, deixa pra lá. Aquilo é caso de POLÍCIA !!!!! Obs: Eu já comentei várias vezes, e aí vai… Read more »
Caro Grifo. O final feliz seria a aposentadoria do F2000?
Caro Poggio, por muito pouco (mesmo) isto não aconteceu. Foi o argumento que “sensibilizou” os nossos parceiros gauleses.
ZE disse:
6 de abril de 2011 às 14:49
“A FRANÇA FAZ (EU DISSE, FAZ) FRONTEIRA COM O BRASIL !”
Muito bem lembrado caro ZE. Parabéns pela lembrança.
Amigos,
Se fossemos desativar o F-2000, poderíamos usar os recursos economizados para livrar o GTE dos cortes.
Por que a gente não coloca lá na BAAN uns Super Tucano daqueles que a gente não usa e transforma o GDA em Grupo de Demonstração Aérea?
Acho até que GTE poderia transferir muitas suas aeronaves para operar de lá. O pátio em Brasília já está congestionado daquelas aeronaves branquinhas com marcas verde/amarelo.
Seria este um final feliz?
Abraços,
Justin
Caro Justin Case, com a desativação dos Mirage 2000 não precisaríamos pagar a fortuna que os franceses queriam cobrar para nos fornecer mísseis (velhos) e itens triviais de logística.
Felizmente a visão de F-5Ms pousando em Anápolis no início do ano que vem fez os franceses enxergarem a luz.
Vou ser sincero com vocês, tem realmente algo estranho nestes problemas do EC725…. POR QUE? O EC225, apesar de ser um Super Pumão, pode ser apertado demais, vibrar demais, ter todo tipo de problema estrutural, mas a ausência de potência e problemas de FADEC não são comumente reportados a ele. Consultei o meu oráculo e ele me confirmou que os motores e a FADEC são do traço correto. Eu desconfiava que fossem do EC225, mais leve. Só que…. FADEC é software, já tem um tempo que não pinga um tinguá na conta da Lixocopter. Entregaram o aparelhos praticamente fiado, para… Read more »
Ao ver essa foto, me lembrei daquele epsódio em que 2 cargueiros líbios foram apreendidos (um em Recife e outro em Manaus)!!
Na papelada constava “ajuda humanitária) para a Nicarágua, mas eles estavam carregando armas!!
Por sinal, mais uma prova na prática de que não é uma boa idéia depender de um só vetor (e de um só país).
Se o ‘relacionamento conturbado’ entre Trípoli e Paris tem data recente, apenas 4 (quatro) décadas, o ‘relacionamento conturbado’ entre Brasi e França é bem mais antigo, um pouco mais de 4 (quatro) séculos. Nicolas Durand de Villegagnon, vice-amiral de Bretagne au Brésil, deve ser lembrado por todos dos livros de história, quando estudamos a França Antártica, uma operação militar e política onde hoje é o Rio de Janeiro em 1955. Pois é, por pouco os Cariocas não ficam como mais uma colônia francesa… ka ka ka. (Em tempo: no meu Estado a luta foi com os holandeses) Talvez por teimosia,… Read more »
Porque o comentário de 6 de abril de 2011 às 14:41 está aguardando moderação?
Os links que foram incluídos são todos da Trilogia.
Sds.
Grato pela notícia, Grifo.
Isso é muito melhor do que ver o GDA ruir. Não teríamos F-5 suficientes, com a dotação de aeronaves para o Pacau.
Para mim, nunca deveríamos ter trazido esses Mirage 2000.
É uma boa aeronave, mas a sua “compra” fez o “atendimento da necessidade” parar o F-X por muitos anos.
Sempre defendi o F-5M como temporário, antes mesmo do enterro do F-X1, quando já sabíamos que o F-103 não aguentaria até chegar aquele F-X.
Em todo caso, fico satisfeito em ver que não sou o único dos comentaristas a pensar “TAMPAX nunca mais”.
Abraço,
Justin
Prezado Ivan, o Askimet (plugin que retém SPAM nos Blogs) é nervoso. Ele barra tudo que é link. Desculpe a demora em liberar, estamos na correria nos bastidores.
Desculpem o erro de digitação.
A França Antártica, ocupação francesa das ilhas da Guanabara, foi de 1555 e não a data recente que escrevi acima.
Sds,
Ivan.
Olá,
Locação de avião é parceria agora?
Nesse caso não se aplica mas as coisas só são garantidas se vc fizer do contrario só teremos risco, uns em menor escala(França, Inglaterra, Russia) e outros em escala muito maior EUA.
Abraços,
Galante, eu te mandei um email faz uns dias sobre o lance da contribuição.
Locação de avião é falta de capacidade expedicionária, isto sim 😉
Isso é muito melhor do que ver o GDA ruir. Não teríamos F-5 suficientes, com a dotação de aeronaves para o Pacau.
Caro Justin Case, seria o menor dos males, visto que também não teríamos dinheiro para manter os Mirage operacionais persistindo as condições oferecidas pela França.
No fim acho que prevaleceu o bom senso do outro lado.
Olá,
Rodrigo nessa eu concordo ter que locar avião não dá…….mas(sempre tem o mas) o A-400M está por vir para suprir essa necessidade.
Abraços,
Sei….
O A400M, é o meio termo entre o C130 e o C17…
Os franceses, tem o nariz empinado mas quando precisam abaixam a crista e pedem ajuda aos gringos.
Diga-se de passagem, este nariz empinados é só aqui na Bananalândia porque tem sempre um monte de trouxas para serem enganados.
Na hora que precisar de algo rápido e com maior capacidade de carga eles solicitarão ajuda a USAF.
Monsieur EdCreek,
Vc tem razão em relação ao A-400M.
Esta aeronave pan-européia permitirá à França, Alemanha e Espanha dispor de uma capacidade expedicionária que, simplesmente, não tinham.
Na Europa Ocidental apenas o Reino Unido é capaz de um desdobramento aéreo estratégico, mesmo assim pequeno, em função de um punhado de Boeing C-17 Globemaster III.
Sds,
Ivan.
Um A400M, tem a metade da capacidade de carga do C17..
Os sete C17 da RAF, equivalem a 14 A400M.
Sobre os Mirrage 2000 adquiridos como tampão, isto se deve a onisciência do nosso ex-presidente, genial em tudo que fazia. Simplesmente sem escutar a FAB, foi lá e fechou o acordo pagando caro para trazer para cá um vetor em final de vida, cuja modernização é inviável e cuja efetividade verdadeira é só no desfile do Sete de Setembro. Pela FAB certamente seriam adquiridos F-16, este sim, um avião que nos daria um efetivo poder dissuasório. E voaria ainda por muitos anos, como o fazem os nossos F-5. É esclarecedor ver que o vetor francês vai para o ferro velho,… Read more »
Esse An-124 agora deve ser um monte de metal retorcido…