O desempenho na Líbia pode ajudar a vender o Rafale?
A intervenção militar aérea lançada sábado, na Líbia, por uma colisão internacional oferece uma grande oportunidade de mostrar em ação o caça francês Rafale, que Paris e o fabricante Dassault tentaram vender, até agora sem sucesso, a vários países, entre eles o Brasil.
Sábado, oito Rafale sobrevoaram o céu líbio para estabelecer uma zona de exclusão aérea em cumprimento a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para proteger a população civil da ofensiva militar do dirigente líbio Muamar Kadhafi. Domingo foram seis.
Todos realizaram missões de reconhecimento e/ou de ataque. Outros oito aparelhos estão a bordo do porta-aviões nuclear francês “Charles de Gaulle” que zarpou domingo em direção à Líbia.
“Talvez seja uma forma de fazer publicidade do Rafale graças à experiência em combate”, resumiu nesta segunda-feira Jean Pierre Maulny, subdiretor do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (IRIS) encarregado de assuntos de defesa e segurança.
“Embora o Rafale já seja empregado no Afeganistão, esse conflito não é popular. E por isso, os industriais precisam informar sobre o material” deslocado para determinados cenários bélicos, explicou.
Considerado um êxito da tecnologia francesa, o Rafale representa, no entanto um fracasso comercial uma vez que a França nunca conseguiu exportá-lo.
No começo de fevereiro, o diretor geral da Dassault Aviation, Charles Edelstenne, afirmava que o Rafale tinha possibilidade de ser vendido a oito países.
O Rafale faz parte, desde 2009, no Brasil, de um contrato multimilionário, a ser aberto, para a compra de 36 aviões de combate. Concorre com o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing e com o Gripen NG do construtor sueco Saab.
Dado como “certo” pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, em setembro de 2009 – apesar de nunca ter sido assinado nenhum documento -, o Brasil anunciou há algumas semanas que adiava a decisão, devido a um corte de gastos.
Desde 2008 a França negocia a venda de 60 aparelhos com os Emirados Árabes Unidos.
O Rafale, um caça bombardeiro com dois tuborreatores, concebido nos anos 80, é capaz de missões de ataque ar-terra e ar-mar e de reconhecimento ou ataque nuclear. Seu preço é 50 milhões de euros (70 milhões de dólares), e também já foi proposto à Índia, além de Kuwait, Suíça, Grécia, e inclusive…à Líbia.
A Líbia “nos ajudará a vendê-lo”, estimou um dirigente francês que pediu para não ter o nome divulgado.
“Um conflito permite demonstrar verdadeiramente a capacidade de um aparelho. Neste ponto de vista, a Líbia representa uma vitrina tecnológica”, comentou Christophe Menard, analista da Kepler Capital Markets.
Esta prova real “permitirá somar louros ao quadro de honra do avião”, opinou.
Como os franceses acompanham os aviões de Qatar que participam da coalizão, será más fácil convencer os potenciais compradores, acrescentam os técnicos.
“Um avião de combate será vendido se for considerado apto”, explicou uma fonte da Dassault Aviation citando o exemplo do Mirage 3, usado por Israel durante a guerra dos Seis Dias, em junho de 1967.
Nessa ocasião, “demonstrou tal capacidade (de ação) que se tornou best-seller mundial”, recordou a fonte.
O porta-voz da Dassault Aviation, Stephane Fort, insistiu na “polivalência” do Rafale, que o diferencia, por exemplo, do F-18 da Boeing, que o presidente americano, Barack Obama, defendeu neste final de semana no Brasil, e que só pode ser configurado para uma missão por vez e isso antes de decolar, recordaram.
FONTE: AFP, via revista Veja
NOTA DO BLOG: a informação contida no último parágrafo demonstra desconhecimento do porta-voz da Dassault frente ao produto do concorrente.
Não muda nada, pois os possíveis interessados irão confrontar não o desempenho mostrado na CNN, mas aquele na pista da base aérea.
E aí verão que o Rafale não acrescenta nada que a atual geração de aeronaves em serviço, já não faça a custos bem mais competitivos.
Sweden said Tuesday it will send eight Gripen jet fighters, one transport plane and surveillance resources to the international military intervention in Libya, after receiving a formal request from the United Nations earlier Tuesday http://www.morningstar.co.uk/uk/markets/newsfeeditem.aspx?id=134292890309406 No mais, quanto ao FX-2, enquanto a Dilma nao falar nao se sabe muito, soh especulacao. Dizem que ela nao fala porque nao eh populista como o Nosso Ex-Guia,ou porque trabalha muito. Uma versao alternativa eh que ela nao fala aconselhada pelo possoal de marketing,porque quando fala sobre um tema emite duas opinioes distintas ao mesmo tempo. E, convenhamos, o saudoso Paulo Francis tinha este… Read more »
Pode até ser, mas acho melhor ele esperar sentado degustando um bom vinho e comendo queijo Camembert, para não se cansar.
Como “melar” as concorrências, que seu produto não tem chances de ganhar:
(http://livefist.blogspot.com/2011/03/report-france-wants-iaf-mirage-upgrade.html)
“Meanwhile, the IAF and the MoD had dismissed Dassault’s demand of $3.3 billion to retrofit the Mirage-2000H fleet as “highly inflated””
“In comparison, upgrading the IAF’s 63 MiG-29 fighters presently underway in Russia was costing $964 million or a reasonable $15.3 million.”
“só pode ser configurado para uma missão por vez e isso antes de decolar, recordaram” Mais uma das mentirinhas sujas do lobby desesperado da Dassault. Esses franceses já passaram de todos os limites do mínimo de ética que se supõe tenha-se que ter um negócio desses. Aliás, inventaram uma guerra para tentar desencalhar sua JACA. Vamos lembrar das limitações da nossa JAQUINHA querida? Vamos lá, com a palavra o General da Força Aérea Francesa Alain Silvy: http://www.aereo.jor.br/2010/08/16/entrevista-com-o-almirante-alain-silvy-sobre-o-estado-das-negociacoes-do-rafale-com-o-eau/ (…) “Mas, por outro lado, nós ainda não atingimos o estágio de maturidade – o que requer cerca de 150 mil horas de… Read more »
Faço minhas as palavras do Maurício.
Uma coisa é iludir a turba da internet e outra os profissionais.
O Rafale, em nsda acrescenta aos concorrentes que se justifique o seu preço. Poderia ser vendido para países com problemas com os gringos, mas a presença de componentes americanos também inviabilizará a venda.
Como “melar” as concorrências, que seu produto não tem chances de ganhar: (http://livefist.blogspot.com/2011/03/report-france-wants-iaf-mirage-upgrade.html) Caro Mauricio R., este é o tradicional modus operandi francês, nada de novo. Aqui os franceses estão boicotando os mísseis para os nossos Mirage 2000 como forma de pressão. Para quem tem um pouco de fluência em francês, recomendo o livro “Armes de Corruption Massive” (Armas de Corrupção em Massa), escrito pelo jornalista Jean Guisnel da revista Le Point e lançado este mês. Ele descreve em detalhes a política francesa de corrupção e violação de resoluções da ONU (na Líbia!) para venda de armamentos, e a cruzada… Read more »
Lamentável o desespero da Dassault e do Sarkozy no MMRCA. Beira o ridículo.
O Sarkô está procurando um corruPTo estúpido, para comprar o croissant azedo de jaca. Eles acham que com propina e jantares de vinhos finos em castelos compram qualquer idiota.Até pode, vide o Nelson DimDim mas em seguida chutam o balde, digo a Jaca.Pisam na orelha e perdem uma venda feita. Como diz o Vader, irá comprar carro?Compre alemão.Quer relógio? Suiço.Armamento? Americano, O FX-n já era.Alugamos uns F16 b 60 ou F18 do Tio Sam, e em 2016 ou 2018 vamos de F-35 e pronto.Ou o Brasil ainda está sonhando com o BRASIL POTÊNCIA do Mollusco Apedeuta? Acham que entraremos no… Read more »
Vamos colocar os pingos nos is: O Brasil não vai comprar nada esse ano. Quando comprar, não será o Rafale. A Dilma não é o Jobim, e sabe o que foi colocado no relatório da COPAC. A última coisa que ela gostaria, é ter os MEIOS DE COMUNICAÇÃO martelando o governo com verdades inconvenientes (preço do caça, preço de sua manutenção, transferência de tecnologia “IRRESTRITA”, componentes norte-americanos no “100% francês” Rafale, problemas de fluxo de peças…). Para completar a entrevista do General Silvy, postada pelo Vader: os Emirados só poderiam (pois, não vão mais) comprar os Rafale se a França… Read more »