As linhas do Mirage III visto por baixo

(…) À noite, eu acordava e o via entre os cobertores , submerso nos livros e enchendo cadernos com desenhos e gráficos. Ainda não havia computadores eletrônicos, mas o talento natural de Efraim em matemática era tão grande que, após alguns anos, ele descobriu, de posse apenas de papel e lápis, um erro de cálculo cometido pelos engenheiros franceses que construíram a mira da arma do Mirage e o corrigiu. Esse foi um fato histórico: até então os Mirages – que substituíram os Super Miystères como aviões de caça – não haviam conseguido atingir suas metas. Seus projéties voavam no ar sabe-se lá para onde, e os MiGs voltavam para casa sãos e salvos. Somente depois que foi consertado o erro nos cálculos da mira da arma, o Mirage se tornou assassino. Se Yaque nos ensinou a todos como alcançar a posição de disparo, foi Efraim quem possibilitou que todos os nossos projéteisatingissem a meta. É impossível estimar o valor da contribuição desses dois homens extraordinários com o fato de que a Força Aérea israelense derrubou centenas de MiGs nos vinte anos depois disso.(…)

Iftach Spertor, piloto da Força Aérea Israelense em “Ram u-varur” (Alto e Bom Som).

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