O conceituado grupo Jane’s publicou um artigo ontem (31/01) sobre os novos rumos do programa F-X2. Considerando a mudança de governo ocorrida no Brasil há um mês, o informativo de defesa britânico também considera que o Rafale perdeu o seu favoritismo. Até aí, não há muita novidade nas informações também levantadas pela imprensa nacional.

O ponto central do texto, na verdade, diz respeito à redução da encomenda da FAB pela metade (de 36 para apenas 18 aviões). A razão apontada no texto para tal redução teria como origem a redução dos gastos governamentais e consequente economia de recursos.

No entanto, uma redução como essa seria um “tiro no pé”, pois apenas aumentaria o valor das primeiras unidades, uma vez que os outros caças seriam adquiridos de uma forma ou de outra para substituição dos demais F-5.

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Franco Ferreira

Não passa de erro de escala. Confundiram 50% com 100%!
Franco Ferreira

Observador

Em face do silêncio das autoridades, vai começar a chuva de teorias na mídia de novo. A cada dia que passa, ficará mais difícil politicamente anunciar a compra. Qualquer compra. Os problemas de sempre do país sem solução e um anúncio de compra de bilhões de dólares em… …”aviões de guerra”?! Imaginem quantos “sociólogos”, “educadores” e “pacifistas” (na verdade, gente interessada apenas em aparecer na mídia) vão fazer a conta de quantas casas populares e quantas escolas podem ser construídas. Imaginem o que vão falar as ONGs, o MST, o MAB – Movimento dos Atingidos pelas Barragens, e outros sanguessugas… Read more »

LATINO

Triste realidade ……sera que nunca teremos um caça no estado da arte na fab ou teremos sempre sucatas reformadas

Alem do + 36 seria a compra inicial até chegarmos no numero que o brigadeiro Saito citou (120) agora 18 aviões só não dá né é brincadeira…

Ó pais serio esse …ainda quer cadeira no conselho de segurança da ONU …dá ate vontade de rir …

Rogério

Sei não hein! Acho que em junho veremos se o FX-2 sai ou não, ele deve estar atrelado a compra do Super Tucano pelos americanos, se essa sair é capaz que o Super Hornet venha, se não, fica entre o Rafale e o NG mesmo.

http://jacksonville.com/news/metro/2011-01-31/story/embraer-shows-light-attack-aircraft-could-be-built-jacksonville

[]s

Rodrigo

As únicas coisas que eu sei que diminuíram:

1. Prestígio do Jobim;
2. Ninguém fala mais em 120 > aviões.

Top 80.

Ou seja mais um risco de se pegar o NG.

Rodrigo

Interessante neste link que o Rogério colocou é a opinião do cidadão comum americano…

Por incrível que pareça é semelhante a de muitos brasileiros.

Vader

De fato, interessantíssimos os comentários do link enviado pelo Rogério. Mostra bem que ignorantes tem em qualquer lugar.

Os caras não entenderam que o ST realiza a mesma tarefa que jatos e UAVs podem realizar, só que por uma fração do preço. Nem que não é tão simples abater uma aeronave como o ST do solo.

No tópico, acho que foi um erro da Jane´s. Do começo do FX2 pra cá já se falou várias vezes em 12 aeronaves (confundindo com o FX1), em 18, 24, etc…

tplayer

Certamente isso é algum erro de informação do jornalista que escreveu a matéria.

Se o número de unidades for reduzido acaba-se por anular todo o processo seletivo feito até agora.

A redução de unidade implicaria diretamente no F-X3, além é claro de um custo mais elevado por vetor.

Fernando "Nunão" De Martini

Do texto original: “A shift in government emphasis from enhancing indigenous industrial capabilities to social investment, coupled with a need to reduce fiscal expenditure to control the inflation threatening the Brazilian economy, are playing to postpone the F-X2 programme to beyond 2012. The number of new combat aircraft to be procured in a new bidding process could be reduced to only 18, sources have told Jane’s.” Link do resumo para não-assinantes da Jane’s: http://www.janes.com/news/defence/jdw/jdw110131_3_n.shtml Meu comentário: se houver mesmo essa redução, claramente só se poderá equipar um esquadrão com esse primeiro lote de 18 aeronaves, que deverá ser o 1º… Read more »

Grifo

Caro Nunão, a redução do número de aeronaves tornaria o custo da encomenda inicial menor, mas tornaria o custo total do programa mais alto (supondo que eventualmente seriam comprados mais 70, completando os 88 que a FAB quer). A redução também iria afetar de forma muito negativa os MoUs assinados com as indústrias locais. E se você ainda considerar que algumas propostas prevêem carência de até 8 anos, mesmo a vantagem do custo inicial ser mais baixo pode não existir. Ou seja, acho que reduzir a encomenda inicial seria um péssimo negócio para a FAB, para as indústrias e para… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Caro Grifo, Também não acho interessante a redução da quantidade, no sentido de que elevaria o custo unitário e, posteriormente, o custo total do programa. Apenas fiz um exercício de futurologia levando em consideração a nota da Jane’s, sobre a redução para 18 caças, pensando em equipar apenas o Jaguar e dividindo o que sobra do inventário de aeronaves modernizadas. Também considero um mau negócio para todos os envolvidos que o lote fique em 18 aeronaves, além do que isso indicaria, provavelmente, que não haveria futuros lotes (ou seja, mais de uma década embromando para comprar apenas 18 caças) com… Read more »

DrCockroach

No entanto não me surpreenderia se o Jobim estiver defendendo esta proposta. Com isso ele consegue baixar o valor da encomenda, que é o grande óbice para a escolha do concorrente que ele prefere, já define o padrão para as futuras encomendas e ajuda um país a finalmente conseguir exportar o seu caça. Por isso acho que a nota da Jane’s pode ter alguma veracidade. Prezado Grifo, seria o cumulo da “tramposidade” o NJ tentar mais esta. Boa parte do mandato dele no governo do Lula ele fez o que desejou, mandou a vontade: deu tapa-boca nos empresarios, coibiu os… Read more »

Grifo

Caro Nunão, acho que 18 seriam o suficiente para o substituir com uma certa folga o que estiver no GDA e realizar atividades como integração e teste de armamentos. Novos lotes teriam que ser adquiridos à medida em que os F-5M e os A-1M fossem sendo retirados. Note que neste ponto o Brasil teria perdido o seu poder de barganha, porque o fornecedor sabe que neste ponto seria muito difícil para o Brasil considerar qualquer outra alternativa. Interessante você achar que o 1/14 receberia os F-X2 antes do Grupo de Caça. Tudo bem que o Saito fez toda a carreira… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“Grifo em 15 02/02/2011 às 14:45 Interessante você achar que o 1/14 receberia os F-X2 antes do Grupo de Caça. Tudo bem que o Saito fez toda a carreira lá e inclusive foi comandante do esquadrão , mas acho que faria mais sentido eles irem primeiro para o Rio.”

Grifo, é apenas questão de lógica. A minha lógica, é claro…

Grifo

Claro. Na minha lógica eu acho que com os 36 iniciais poderíamos equipar o GDA e o Grupo de Caça (1/1 e 2/1), deixando os F-5M nos demais esquadrões inclusive aumentando as dotações dos mesmos.

Fernando "Nunão" De Martini

Entendo sua lógica. Mas, como já escrevi, prefiro esquadrões com 18 aeronaves, e não 12. Assim, vejo o Jaguar e o Pampa com 18 F-X2 cada (desse primeiro lote de 36, caso a nota da Jane´s reduzindo para 18 não se confirme), e os dois esquadrões do Grupo de Caça com F-5M, compartilhando a mesma base mas com o 2º/1º dedicado à conversão operacional e equipado com os bipostos (podendo utilizar também os monopostos do 1º/1º, nas fases finais da seleção dos pilotos de caça de primeira linha). Mas há sentido no que vc afirma sobre 12 aeronaves em cada… Read more »

tplayer

Lento os comentários só consigo chegar a uma conclusão: rasguem o F-X2 que não serve para nada, com um ToT utópico e comprem caças de prateleira.

É mais barato, fim da história.

Se tanto países fazem isso porque o Brasil não pode?