Novo capacete permite aos pilotos do Typhoon olhar, mirar e atirar!

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Parece com algo saído de Guerra nas Estrelas, e seu desempenho também parece ter saído de Guerra nas Estrelas, e para os pilotos de aviões de caça do futuro, pode significar toda a diferença entre a vida e a morte.

Bem-vindo à nova arma do caça Eurofighter Typhoon: não um dispositivo que fique pendurado debaixo das asas, mas um sistema com “cérebros”, que fica bem na cabeça do piloto.

O “Sistema de Simbologia Montado no Capacete” (“Helmet Mounted Symbology System”, em inglês), projetado pela BAE Systems, é um capacete e sistema de apoio altamente sofisticado, que permite que o piloto “veja” através da fuselagem da aeronave, dando a ele uma vantagem vital quando é necessário tomar uma decisão em uma fração de segundo.

Usando o novo sistema de capacete, o piloto agora pode olhar para múltiplos alvos, mirar neles, e então, por comando de voz, priorizá-los. É um sistema muito veloz, que permite ao piloto olhar, mirar e atirar.

O piloto pode até mesmo fazer isso sem olhar para um alvo que esteja por trás dele, ou um alvo que seja identificado pelo radar que esteja diretamente embaixo do chão da aeronave.

Esta capacidade de rapidamente olhar e atirar, aliada ao super amplo campo de visão, dá ao piloto do Typhoon um campo de visão para qualquer hora do dia e qualquer clima.

O capacete funciona através de um número de sensores fixados em toda a área da cabine do piloto. À medida que o piloto move a cabeça, os sensores em seu capacete se movem em relação aos sensores da aeronave, assegurando que a aeronave saiba exatamente para onde e para o que o piloto está olhando.

Imagens projetadas no visor do piloto oferecem, dentre outras informações, velocidade, posição e altura e, crucialmente, também oferece a posição precisa de quaisquer aeronaves ou mísseis inimigos. Estas imagens, que permanecem estáveis e precisas de qualquer ângulo de visão, permitem ao piloto tomar decisões imediatas sem ter que tirar seus olhos do alvo em momento algum.

Mark Bowman, Piloto de Testes Líder da BAE Systems, disse: “Este é um grande avanço em termos de capacidade de combate, e é algo que dá aos pilotos do Typhoon uma vantagem considerável no que se refere ao combate aéreo. Não existem dúvidas para mim de que o Eurofighter Typhoon é o líder mundial nesta capacidade, e isso é algo de que todos aqueles que trabalharam nesse sistema podem se orgulhar profundamente. É um enorme avanço na capacidade da aviação. Além do mais”, diz ele, “o melhor ainda está por vir.”

O novo sistema de capacete deve entrar em operação na Força Aérea do Reino Unido ainda esse ano.

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Milton

Simplesmente fantástico!!!!!!!!!!!

Guilherme Poggio

Tem Força Aérea que acha que eles não são importantes.

ZE

Eu sei que esse tópico é sobre o TYPHOON, mas eu não posso deixar de alfinetar:

E o Rafale, ó !

[ ]s

Ivan

Poggio e ZE, Deixem de provocação… he he he. Para começo de conversa a Bae System e a MBDA já estavam devendo um sistema de pontaria montado no capacete (ou na cabeça – head) combinado com míssil IR de alto angulo de busca à muito tempo. Os Tornados ADV e IDS, boas aeronaves mas pouco manobráveis, precisaram demais de um sistema de armas como este para ter alguma chance no combate a curto alcance contra os MiG-29. Por sorte dos ingleses, alemães e italianos este combate a curta distância nunca ocorreu… Mas, com diz o ditado popular, “antes tarde do… Read more »

joseboscojr

Ivan, A rigor existem poucos caças que conseguiriam fazer o piloto ver através da fuzelagem sem que ele seja o Clark Kent e sem que se utilize um “designador de alvos” em combinação com um IRST acima do nariz. Alguns caças russos possuem 2 IRST, um acima e outro abaixo da fuselagem, além do futuro F-35 com seu DAS. Mas existem outros maneiras. Uma delas é o visor do capacete conectado a um sistema de fusão de dados que mostre dados de outros sensores do avião que não propriamente os que geram imagem, como o FLIR ou o IRST. No… Read more »

joseboscojr

Não sendo possível esta integração de dados o capacete com visor fica limitado a mirar apenas dentro do campo visual não oculto pela estrutura do avião mais o cone dianteiro correspondente a varredura do radar e a do sensor térmico do missil, e isto apenas durante o dia. À noite a coisa se complica e o capacete limita mais seu campo de atuação já que mostra apenas dados fornecidos pelo radar ou pelo sensor térmico do míssil, ou seja, se limita a mira apenas num cone diretamente à frente da aeronave. Tal limitação pode ser contornada com o uso de… Read more »

joseboscojr

O EO-DAS tem 6 sensores mais o sensor de ataque TFLIR, por isso disse “7”.

Ivan

Valeu Bosco!