Sofrendo pela ciência: homenagem aos pesquisadores mais corajosos

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A revista ‘Popular Science’ organiza lista de cientistas que correram perigo por descobertas importantes

A revista Popular Science decidiu homenagear nesta semana os pesquisadores que foram um passo além pelo progresso da ciência. A publicação organizou em sua versão online uma galeria de imagem de todos aqueles corajosos cientistas que correram perigo por descobertas importantes.

Um dos melhores exemplos é o brasileiro John Paul Stapp – nascido na Bahia, filho de um pastor norte-americano – ele foi um oficial de carreira da Força Aérea norte-americana que ficou conhecido como “o homem mais rápido do mundo”.

Em suas pesquisas para determinar qual a maior velocidade a que o corpo humano poderia chegar e os efeitos da aceleração e da desaceleração nos humanos ele sofreu inúmeras fraturas, hemorragias e teve as retinas deslocadas (o que resultou em problemas de visão até o fim de sua vida).

Todos esses traumas físicos ficam evidentes na expressão de dor que Stapp mostra na foto ao lado tirada durante um dos testes. Mas não foi em vão. Seu trabalho teve um profundo impacto na aviação e na indústria automotiva.

Além do exemplo de Stapp, a revista também lembra cientistas que, em 1933, decidiram entrar em um vulcão protegidos apenas por uma armadura; Klaus Hansen, que bebeu água pesada em 1935; Robert Koch, que se contaminou propositalmente com cólera em 1892 e diversos outros.

FONTE: Estadão

NOTA DO PODER AÉREO: John Paul Stapp é apelidado carinhosamente de “Rocketman”, por ter sido o mais rápido ser humano num foguete no solo e o mais rápido a parar. Ele foi voluntário para atuar em testes de aceleração e desaceleração.

Em 1954, Stapp foi acelerado de zero a 632 milhas por hora (1.171 km/h) montado num trenó a foguete sobre um trilho. Ele parou depois em apenas 1,4 segundos, sustentando mais de 40 g de empuxo, de acordo com a Força Aérea. A força equivalente seria a mesma de atingir uma parede de tijolos a 120 milhas por hora.

Apesar das fraturas e hemorragias, Stapp acreditava que o ser humano era capaz de tolerar acelerações ainda maiores do que as mostradas nos seus estudos. Ele faleceu em 1999 com 89 anos de idade.

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