Emirados Árabes Unidos podem descartar o Rafale

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Hornet, um concorrente surpresa para um negócio de US$ 10 bilhões


Pierre Tran

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) solicitaram informações técnicas sobre o caça norte-americano Boeing F/A-18E/F Super Hornet, uma atitude inesperada que transforma a encomenda antecipada do Dassault Rafale em uma competição de 10 bilhões de dólares, informou  uma fonte de defesa da Arabian Gulf.

“Os Emirados Árabes Unidos pediram aos Estados Unidos da América informações sobre o F/A-18 Super Hornet nas versões mono e biplace”, disse a fonte. “Está nas fases iniciais, é um contato preliminar. Os Emirados Árabes Unidos abriram a porta para eles.”

As autoridades dos EAU se aproximaram da Boeing há cerca de um mês atrás, e foram encaminhadas para o governo dos EUA, que deverá responder em aproximadamente um mês, disse uma fonte americana.

Não está claro por que Abu Dhabi repentinamente manifestou interesse na mais recente versão do caça-bombardeiro americano. A tecnologia pode ser parte da razão, mas é mais provável que a causa principal seja política.

A notícia, porém, vem como um grave transtorno para o governo e a indústria francesa, que esperam com confiança garantir a venda do jato da Dassault sem competição.

“Isso significa cerca de US$ 10 bilhões, dependendo da data de entrega e especificações”, disse a fonte do Golfo. O negócio significa muito mais para a França, que investiu muito capital político e esforço em lançar o avião para o Estado do golfo.

O Rafale é o porta-estandarte da indústria aeroespacial francesa, e demonstra toda a  competência da Dassault como uma projetista e construtora de caças de ponta, da Safran em motores e da Thales em radar, guerra eletrônica e aviônicos. Uma série de sub-contratantes dependem do jato, enquanto a MBDA espera que uma compra dos Emirados Árabes Unidos levará à exportação do Meteor e de outros mísseis.

Dois anos atrás, Claude Gueant, Secretário-Geral do gabinete do presidente Nicolas Sarkozy, disse à rádio Europe 1 que “a França está em negociações com sérias esperanças de, efetivamente, vender cerca de 100 Rafales. Após 23 anos, nós vamos finalmente vender Rafales“.

No ano passado Sarkozy colocou sua marca pessoal no esforço de vendas, falando do caça durante uma visita a Abu Dhabi, para abrir a nova presença militar francesa permanente no Golfo Pérsico. Cerca de 500 militares franceses ficarão estacionados na base aérea de Al Dhafra, que abriga um pequeno número de caças Rafale, e na base naval no porto de Mina Zayed. A Marinha francesa ressaltou a importância da visita despachando para lá três navios de guerra.

O Rafale ainda tem que ganhar uma exportação; se os Emirados o comprarem, outros países poderiam seguir o exemplo.

Os Emirados Árabes Unidos pretendem substituir os 63 Dassault Mirage 2000-9 adquiridos há pouco mais de uma década. Como parte dos esforços de Paris para vender o Rafale, a França ofereceu-se para comprar de volta os Mirage, o que se realizará mediante uma empresa de propósito específico, enquanto procura um comprador externo.

Os contatos com o gabinete do Presidente da França não foram retornados antes que esta matéria fosse publicada.

Por que da mudança?

Não está claro por que os Emirados Árabes Unidos estão estudando uma opção norte-americana.

A fonte americana disse acreditar que o Estado do Golfo está frustrado em relação ao preço e à tecnologia oferecida pela França.

As autoridades dos EAU vêm negociando com o governo e a indústria francesa o potencial co-desenvolvimento de uma versão mais capaz, “de quinta geração”, do Rafale.

Abu Dhabi está sendo obrigada a pagar para atualizar o Rafale, enquanto que o F-18 já está no nível tecnológico desejado.

A fonte do Golfo afirmou que “o Super Hornet tem tudo que precisamos. Nós não precisamos co-desenvolvê-lo ou modificá-lo.”

Os melhoramentos em discussão incluem um radar tipo AESA com maior alcance, uma suite de guerra eletrônica SPECTRA mais capaz e um motor M88 que entregue 9 toneladas de empuxo, 1,5 tonelada a mais do que os Rafale da Força Aérea Francesa.

O Ministro da Defesa Francês Hervé Morin disse que desenvolver as atualizações custaria aos EAU cerca de 2 bilhões de Euros (US$ 2,6 bilhões). A própria França também bancaria parte dos custos.

Informações divulgadas na mídia dão como o real custo de desenvolvimento para os EAU entre 4 e 5 bilhões de Euros. Morin afirma que esses valores são “fantásticos”.

Os Emirados Árabes Unidos ajudaram a financiar o desenvolvimento da versão Block 60 do Lockheed-Martin F-16 e detém a propriedade de algumas das tecnologias. Os Emirados compraram 80 “Desert-Falcon” por US$ 7,2 bilhões na década de 1990, no âmbito de uma política de difusão de compras entre os fornecedores.

Ventos políticos?

Mas a fonte do Golfo disse que a tecnologia não foi o motivo para a mudança repentina. “Não se trata das especificações”, garantiu a fonte.

Talvez uma mudança política esteja por trás. O Presidente Executivo da Dassault, Charles Edelstenne, sublinhou o papel da política na venda de caças.

“A venda de uma aeronave de combate é um ato político. Tudo o que podemos fazer é construir o melhor avião possível”, Edelstenne disse em março. “O Eliseu (gabinete presidencial) faz um trabalho soberbo. Em maio de 2007, nós não tínhamos perspectivas. Hoje, temos um número significativo”.

Além das negociações com Abu Dhabi, a Dassault tem colocado o Rafale em concorrências no Brasil, na Índia e na Suíça. Paris também teve no ano passado um período de conversas exclusivas com a Líbia, que foram finalizadas sem negócio.

O F-18 é um dos competidores nas concorrências do Brasil e da Índia. A Boeing se retirou da competição suíçada, que foi adiada , mas poderia voltar a entrar quando esta for relançada.

Não está claro qual mudança política poderia ter ocorrido recentemente entre França e os Emirados Árabes Unidos, dizem os analistas. “Não houve uma mudança notável nas relações”, disse Pierre Razoux, consultor sênior de pesquisa do Colégio de Defesa da OTAN em Roma.

Relações pareciam sólidas

A inauguração da base militar francesa enviou um forte sinal de apoio político. A posição dura de Sarkozy sobre o programa nuclear iraniano foi um sinal de que as relações bilaterais estavam funcionando em um curso normal.

“Abu Dhabi é um bom amigo”, disse Razoux.

O Rafale não seria a primeira arma francesa a firmar sua primeira venda de exportação com Abu Dhabi. Em 1994, os Emirados Árabes Unidos gastaram US$ 2,4 bilhões para adquirir 390 tanques Leclerc e 46 veículos blindados de recuperação, construídos pela Nexter, então conhecida como Giat Industries. Essa foi a única venda de exportação do Leclerc.

Mas o Rafale é também o segundo negócio de armas europeu nos últimos meses a fundear nos EAU. No mês passado, a Finmeccanica foi incapaz de entregar tecnologia UAV, o que tinha sido acordado no âmbito de uma venda de 48 treinadores a jato M346, levando os Emirados Árabes Unidos a reabrir as negociações para adquirir as aeronaves T-50 da Coreia do Sul.

FONTE/FOTO: Defense News /Dassault

TRADUÇÃO/ADAPTAÇÃO: Vader/Poder Aéreo (*OBS: o título original da matéria é “UAE May Ditch Rafale”)

COLABOROU: Grifo

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Joel

Cosntruir um avião da trabalho, mas vende-lo da muito mais… A França não comprara os Mirages 2000-9 se o vencedor não for o rafale e se os emirados arabes permacerem com o mirage 2000-9 não precisaram de outro caça pelos proximos 10/15 anos tempo suficente para ter caças de quitna geração realmente amadurecidos. Será uma jogada pra pressionar os franceses a comerem na mão deles? Ou será que eles querem comprar o hornet para se aproximarem mais do tio sam? Infelizmente no Brasil tudo continua na mesma, sem gripen , sem rafale sem super hornet sem sukhoi, e nem ao… Read more »

Giordani RS

Na posição dos EAU é muito mais interessante negociar com o Tio Sam…até para o “equilibrio do terror” na região…

Luiz Ricardo

Xiiiiiiiiii Jaquinha =P

grifo

Obrigado pelos créditos, e excelente tradução do Vader. Apenas um reparo: “ditch” do título original quer dizer “descartar” e não “entrincheirar”. Isto deixaria o título da matéria um pouco mais claro.

Fernando "Nunão" De Martini

De fato, Grifo. Também não concordo com o termo e estou mudando agora. Uma tradução ainda mais literal seria “jogar na vala”, o que também é drástico demais, comparado ao conteúdo da matéria. Descartar está mais adequado e é o que condiz com o restante do texto. Vale dizer que também há a amenização do “podem”, do título original, que já ameniza suficientemente o “descartar”.

luiz otavio

segundo o Grifo então, o Vader até que aliviou na manchete. digo “segundo o Grifo” porque eu não saberia traduzir.

Vader

Então Grifo, até faz mais sentido, mas não encontrei tal termo nos meus alfarrábios, e preferi manter o sentido original, para não me acusarem de ser tendencioso, como me acusaram (injustamente) na tradução do Alain Silvy (não aqui, mas por aí na ratosfera).

Mas claro, o Aéreo fique à vontade para alterar.

Abs.

newton

É… acho que para bom entendor meia palavra já basta. Muito estranho esse caça Rafale não conseguir emplacar em lugar algum! Acho que o governo brasileiro vai embarcar numa fria se realmente vier a adquiri-lo. Reposição por reposição um punhado de caças F-16 adquiridos via FMS seria muito mais viável de se adquirir e manter do que o elefante branco francês.

Daniel Rosa

O Rafale anda meio “empacado”! Acho que demorou muito tempo para amadurecer! E a escalada dos preços o tornou um avião muito caro. Agregar melhoramentos leva a aumento de preços! Resta saber quem esta disposto a bancar! Acaba saindo um avião de 4º geração ao preço de um de 5º geração!

GSV

Seria a proibição de uso do véu a causa da polêmica, porque com uma nova corrida armamentista no Oriente Médio está em curso. E o silent Eagle seria a causa da mudança de fornecedor?

Vader

No tópico: Bem, o texto é auto-explicativo. Aparentemente a “garantida” venda de Rafales para os EAU subiu no telhado. Se já havia indícios aos montes, agora ficou bastante claro o descontentamento dos Emirados com a proposta francesa. Se o governo americano fizer uma boa proposta, e nisso eles normalmente são imbatíveis, virão Super-Hornet´s para os EAU. É a terceira péssima notícia para o Consórcio Rafale em menos de um mês, após o cancelamento da concorrência suíça e a notícia de que a decisão sobre o Programa FX2 da Força Aérea Brasileira ficou para depois das eleições (o que pode significar… Read more »

grifo

Então Grifo, até faz mais sentido, mas não encontrei tal termo nos meus alfarrábios, e preferi manter o sentido original, para não me acusarem de ser tendencioso, como me acusaram (injustamente) na tradução do Alain Silvy (não aqui, mas por aí na ratosfera).

Para referência aos seus acusadores:

http://en.wiktionary.org/wiki/ditch

Verb to ditch (third-person singular simple present ditches, present participle ditching, simple past and past participle ditched)

1.(transitive) ***To discard or abandon.***

Vader

Valeu Grifo, o Nunão já alterou.

Abs.

Gabriel T.

Quem acha que o Brasil vai comprar o RAFALE… É melhor esperar sentado. Essa venda para os Emirados tinha importância de fora. Mas ainda é cedo para o SH levar nos Emirados.

william

Apenas solicitaram informações técnicas….
Não a nada de errado nisso…..
Resta saber tbm essa “tal fonte” c é realmente confiavel…….
Continuo achando que o Rafale leva essa…

Bosco

Infelizmente o Rafale não emplaca. É um bom caça e gostaria que tivesse sucesso, embora não ache a melhor opção para o Brasil. Seu pacote atual é limitado e seu desenvolvimento relativamente lento parece que fez a diferença. Demorou para integrar um radar AESA (embora seu radar PESA seja muito bom), ainda não tem totalmente operacional o pod Damocles, ainda não tem integrado um LRAAM, não tem integrado um capacete com visor/mira, não tem integrado um SRAAM de quinta geração, não tem integrado um despistador rebocado, etc. Suas vantagens operacionais eram relativas ao OSF (IRST/TV/laser), à suite de autoproteção Spectra… Read more »

Latino

Sera que há alguma possibilidade desse epsodio respingar aqui no BRAZIL .

Galileu

É resta saber se o GF terá discernimento em escolher a aeronave, que por sinal alguns dizem que está empatado…..devido aos entreveiros do brasil de garcia e amorim e a frança do sarkosa..

Galileu

Pro Brasil escolher o SH é simples…
É só acontecer o mesmo que aconteceu a alguns dias, quando o Lula assinou o doc. da ONU aprovando sanções ao Irã.
Mandaram “alguem” pra enquadrar o Molusco ahahh.

Para o SH ser o escolhido é necessário apenas mandar a Mrs. Hillary que em algumas horas, nós vamos de SH lol ahahah .

Rique

Emirados Árabes, as ditaduras que não ousam dizer seu nome.Os países do Golfo, ameaçam mudar de fornecedor apenas para obterem vantagem do seu tradicional fornecedor.Com a crise instalada nos EUA,o Tio, faz qualquer negócio para não perder tradicional cliente.Ingenuidade é pensar que custo, tecnologia,etc,influem na decisão. É sobretudo política. Tucano ,F-1 ou F-16/18 ,não fazem a menor diferença tática para aqueles países.Afinal porque se preocupar se uma frota inteira,incluindo dois porta-aviões ,são inquilinos daquelas águas desde quando Israel saiu da puberdade.

Vader

Rique disse:
13 de setembro de 2010 às 14:39

“Com a crise instalada nos EUA,o Tio, faz qualquer negócio para não perder tradicional cliente”

Prezado Rique, a França também está em crise; aliás a crise européia é bem pior que a americana. E também está fazendo das tripas coração para desencalhar seu Rafale. Sem sucesso até o momento.

Sds.

robert

Rique disse:
13 de setembro de 2010 às 14:39

“Ingenuidade é pensar que custo, tecnologia,etc,influem na decisão.”

Como assim?????????? então desse jeito o Brasil começa a vender Super Tucano como Caça de Superioridade Aérea????????

Daqui uns dias vamos ter que montar um “Fundo Brasileiro para a Salvação do Rafale”!
eaoiheaihaeoihaeihaeoihaeoae

nos moldes do “Fundo Ugandense para a Salvação da Inglaterra”
eaoihaeoaeo

Edcreek

Olá,
No fim a politica define tudo, seja no Brasil, India, Inglaterra ou nos EUA.
Vamos ver com se define a politica.

Abraços,

luiz otavio

concordo com o Bosco, é um grande avião e merece um destino com mais vendas, mas mercado é mercado e preço é preço, só espero que a Dassault não quebre e todo este conhecimento se perca, mas acho que isso não ocorreria, o governo os ajudaria, acho.

Rodrigo

luiz otavio disse:
13 de setembro de 2010 às 15:21

Espero que a Dassault vá pro raio que a parta e tragamos os engenheiros para cá, isto é o que importa 😉

Edcreek

Olá,

O governo não deixará a Dassault fechar, já fizeram um replanejamento para manter a cadencia minima de 11 Rafales ano. Isso já está contrato, toda via a situação da Dassault não é tão ruim como os torcedores do caça NG pregão é pura especulação.

Abraços,

Fabio

É uma pena, pois os mercenários do GF já decidiram pelo Rafale, ou seja, talves sejamos os únicos operadores “estrangeiros” dele. Daqui a pouco a Dassault “entra” na EADS para desenvolver um 5G eo Rafale vira sucata…..

hms tireless

Edcreek:

O escopo do tópico é a quase-não venda do Rafale aos EAU, e não o Gripen. Da meneira que as cartas agora se apresentam na mesa, creio que a melhor opção para a FAB é o Super Hornet.

Gabriel T.

O Bosco falou tudo.

Seal

Se o Rafale não emplacar nos Emirados Arabes,acho que aqui é capaz dessa “jaca” amadurecer.

Segundo fontes,o GF está aguardando o dia 4 de Outubro,após as eleicões para anunciar a compra bilionária de caças!!!

Edcreek

Olá, hms tireless

Inclui o NG na discussão já que os três caças participam da concorrencia Brasileira.

Concordo com voce desde que o SH venha com pelo menos 50 misseis AIM-120 e seja em venda casada com ALX para os EUA, do contrario não valeria o risco.

Abraços,

Vader

“Espero que a Dassault vá pro raio que a parta e tragamos os engenheiros para cá, isto é o que importa”

(2)

PS: e isso é bem verdade para todas as outras concorrentes.

zmun

O frances lá se engana ao dizer que o FX-2 corre o risco de ser cancelado. Governo e Fab estão bem afinados nos seus discursos e o Saito parece estar bastante tranquilo quando ao resultado final.

O F-39E/F Gripen vem aí.

Daniel Rosa

Vader disse: 13 de setembro de 2010 às 13:29 No tópico: Bem, o texto é auto-explicativo. Aparentemente a “garantida” venda de Rafales …. É por isso Vader, que acredito que o Gripen é a melhor opção! O Rafale é um avião caro, e com hora/vôo cara também. O Brasil teria que evoluir muito economicamente para conseguir bancar este avião. Mesmo o Gripen NG representa um passo mastodontico em relação ao que temos hoje. Citar que ele tem menos raio de ação não tem relevância. Vindo as 130 unidades, se considerarmos 13 aeronaves por esquadrão, teriamos 10 esquadrões. Duvido que a… Read more »

Vader

Edcreek disse: 13 de setembro de 2010 às 15:49 Prezado Edcreek, para que vc pare de uma vez por todas com essa besteira sobre os mísseis da proposta da Boeing para o Brasil, que eu já tentei lhe explicar no post sobre a integração do Meteor no Gripen, vou colar aqui comentário bem a propósito da Engenheira Dra. Elizabeth: http://www.naval.com.br/blog/2010/09/12/esquadrao-vf-1-realiza-missilex-na-barreira-do-inferno/#comments “Elizabeth disse: 12 de setembro de 2010 às 14:24 Vou ficar uns tempos sem pariticipar destes blogues de foruns, mas queria falar algumas coisas sobre estes tema “lançamento de misseis” desde aeronaves. Existem dois grupos de riscos quando se lança… Read more »

Rodrigo

Vader disse:
13 de setembro de 2010 às 15:57

Insistir explicando fatos para o Ed é acender muita vela para defunto ruim.

Ele morre abraçado com as teorias da conspiração dele e esoterismos técnicos do Rafale.

Edcreek

Olá, Vader Voce é persistente, mas como sempre não tem cobertura na torcida pelo caça Sueco: 1) O AIM-9H Sidewinder é um missel da decada de 70 já temos a versão L/M, etc: “Um total de 7.720 foram fabricados para a US Navy pela Philco-Ford e Raytheon entre 1972 e 1974. O AIM-9H foi pouco disparado no Vietnã por ter poucos mísseis em operação, mas com probabilidade de acerto (Pk) bem maior que qualquer outra versão do Sidewinder usado neste conflito.” http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/aam/aim92iniciais.html 2) O missil term alcance de uns 20 Kms variando de versões, esse usado pela marinha; 3) O… Read more »

Edcreek

Olá, Rodrigo

Voce já sabe o que penso, e até agora não vi nenhum fato realmente relevante para mudar a minha opinião:

1º Opção Rafale com venda de KC para França;
2º Super Hornet com misseis e venda casada de ALX;
3º Avião de 2º mão, F-16 ou Mirage-2000;

Abraços, camarada

Giordani RS

Fabio disse: 13 de setembro de 2010 às 15:35 É uma pena, pois os mercenários do GF já decidiram pelo Rafale, ou seja, talves sejamos os únicos operadores “estrangeiros” dele. Daqui a pouco a Dassault “entra” na EADS para desenvolver um 5G eo Rafale vira sucata….. Não sería nenhuma novidade…esqueceu que o AMX é só nós e a itália? E quanto ao Rafaele virar sucata, saiba que essa sucata é melhor que tudo que temos…Qualquer um dos três é bem vindo na FAB. Qualquer um dos três suplanta por anos-luz o que de melhor temos… Esse problema dos custos é… Read more »

Vader

Edcreek disse: 13 de setembro de 2010 às 16:22 Prezado Edcreek: 1. Não estou a falar do “caça sueco” e sim do Boeing F/A-18E Super-Hornet; 2. O comentário que colacionei da Dra. Elizabeth foi apenas para que você veja que não adianta adquirir 500 mísseis, independente do modelo, versão, etc, se não tivermos perspectiva de usá-los. Isso porque míssil tem prazo de validade. Just as simple as that. Logo, sua restrição ao Super-Hornet sob a alegação de que “uzamericanu num nus oferecêro us míssel im quantidadi” não tem o menor fundamento. Qualquer dúvida reveja meu último comentário no post http://www.aereo.jor.br/2010/09/08/saab-recebe-contrato-para-integrar-meteor-ao-gripen/… Read more »

Seal

Só para reforçar o prazo de validade dos mísseis e o perigo de manter estoques altos em tempo de paz,quando a MB adquiriu os A-4,comprou junto com eles 217 mísseis AIM-9H Sidewinder. Para revisar e revitalizar um lote desses mísseis, a Marinha contratou a Mectron (cabeças de busca e partes eletromecânicas) e a Avibras (motor). Em dezembro de 2001 o AF-1A N-1022 lançou no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), no Rio Grande do Norte, o primeiro AIM-9H. A operação, que incluiu o total de três lançamentos e foi realizada com o apoio da Divisão de Ensaios em… Read more »

Michel Lineker

Eu não entendo por que insistir em venda casada pois se somos nós que queremos um caça pra onteme.Somos que queremos tecnologia e etc.

Ricardo_Recife

Coloquei em outro post que as exigências da EAU simplesmente jogavam o Rafale para escanteio. Dito e feito! O Rafale como caça ainda é uma boa promessa, repito “promessa”. Os problemas da turbina, radar, aviônica, custos de aquisição e manutenção, atraso na integração de armas, etc… tornam o avião da Dassualt inviável como produto de mercado. O Brasil será o único operador externo do Rafale, a não ser que bata uma luz no quengo do pessoal do M.D e da G.F. , e sejamos abençoados com o envio do Rafale de volta a Paris. Em se confirmando o F-18, tudo… Read more »

Patriota

Não duvidem se a escolha brasileira for SH F/A18 ultimo dos ultimos block´s. A injeção de animo que o próprio governo americano esta dando a esta aeronave em adquirir mais lotes, só vem a solidificar mais ainda esta temivel maquina de guerra.Se realmente forem passar transferência parcial de TOT e algumas uniades fabricadas no Brasil, acredito que dá SH F/A18.
Se na França ainda não emplacou, que dirá em outras nações.

Cidadão

Rafale = Fracasso de vendas.

Edcreek

Olá, Vader se voce não quer falar do caça Anglo-Americano de produção Sueca nesse caso que assim seja. Nunca citei o esse numero absudo de misseis(500) considero esse numero muito alto devido a grande quantidade de misseis Derby em inventario, temos mais que isso em estoque. Um numero aceitavel seria 50(o bom seria 100) mas essa oferta de menos de 30 é uma piada. O Chile não tem intessão de entrar em guerra e tem um otimo estoque de misseis. Se for para ter caça e não ter missil é melhor não ter a Argentina já perdeu uma guerra por… Read more »

luiz otavio

minha preocupação sem dúvida era com os trabalhadores que se dedicaram, se vierem para cá, tomarem banho e produzirem para nós, às ordens.

Cronista

Vader disse: “É a terceira péssima notícia para o Consórcio Rafale em menos de um mês, após o cancelamento da concorrência suíça e a notícia de que a decisão sobre o Programa FX2 da Força Aérea Brasileira ficou para depois das eleições (o que pode significar o engavetamento do projeto). Nunca é demais lembrar que a partir de 2011, se o Rafale não obtiver venda externa, a linha de produção do Rafale corre o risco concreto de ser encerrada por absoluta impossibilidade de mantê-la. O relógio está sendo cruel para com o Rafale, um bom caça, mas um terrível erro… Read more »

Vader

Edcreek disse: 13 de setembro de 2010 às 17:39 “Nunca citei o esse numero absudo de misseis(500) considero esse numero muito alto devido a grande quantidade de misseis Derby em inventario, temos mais que isso em estoque.” Meu caro, vc citou sim a título de comparação, no post mencionado (sobre a integração do Meteor ao Gripen): esse é o número que s.m.j. o Paquistão adquiriu dos EUA, segundo você. No mais, TRUCO, SEIS, NOVE e DOZE que a FAB tem 500 mísseis Derby!!!!! 500???? Vc tá de brincadeira????? Duvideodó que a FAB tenha sequer 50 mísseis Derby!!!! Aliás, ou muito… Read more »

grifo

Caro Edcreeek, quantos mísseis a França está oferecendo como parte da oferta apresentada para o Rafale?

Cesar

O melhor é nós fabricarmos os nossos próprios mísseis. E o vetor escolhido tem que permitir a integração dos nossos mísseis. Pelo que estou vendo nesse blog, não vale a pena comprar mísseis, a não ser que seja em urgência e não tenha similar nacional. Quem sabe comprar uns poucos para ter knw-how de utilização e, se possível, de fabricação.

Valeu Vader pelas informações.