‘Vamos desenvolver e construir um helicóptero todo brasileiro até 2020’

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Aos 47 anos, Eduardo Marson divide seu tempo entre as 52 viagens que faz a cada ano – uma por semana, duas delas internacionais todo mês – por exigência das duas presidências corporativas que ocupa, a da Helibras e a do Conselho de Administração da EADS Brasil. Bacharel em política, pós-graduado em comércio internacional, Marson falou ao Estado na sexta-feira – pouco antes de uma nova viagem.

Qual é a maior dificuldade do programa EC725?

O desafio do programa do EC725 é a grande complexidade do contrato, que está sendo administrado conjuntamente pela Helibras, Eurocopter e a Comissão Coordenadora da Aeronáutica. Implica variáveis no planejamento, organização e execução de todas as ações envolvidas – do desenvolvimento dos sistemas próprios de cada Força até o treinamento, a documentação técnica e a manutenção.

Qual é o valor do investimento?

O investimento da Helibras no programa do EC725 é de R$ 430 milhões para todo o projeto de produção das aeronaves, incluindo treinamento, ferramental, simulador de voo e intercâmbios. Mas, além desse valor, haverá o investimento das indústrias independentes, que integrarão a cadeia de fornecimento e supridores.

Quais são os planos da EADS/Eurocopter para o Brasil?

Acho que o nosso plano mais ambicioso é a Helibras, num prazo de 10 anos – até 2020 – poder desenvolver, projetar e construir um helicóptero todo brasileiro, em parceria com a Eurocopter. A criação do Centro de Engenharia da Helibras será o ponto-chave para isso. A Helibras também está se capacitando para buscar soluções para outros setores, criando novos opcionais e novas configurações para outros modelos, tais como o EC225, a versão civil do EC725. Com a nova fábrica, a Helibras pretende atender também o mercado offshore e parapúblico do Brasil. Vamos lançar uma ofensiva exportadora em países de toda a América Latina e de regiões onde a presença diplomática brasileira seja forte.

Qual é a rotina diária da condução do programa EC725?

Uma das características do trabalho é essa, a de não ter rotina. As minhas responsabilidades, tanto na presidência da Helibras quanto na presidência do Conselho de Administração da EADS Brasil, obrigam-me a um permanente deslocamento dentro do Brasil e no exterior. Toda semana passo de um a dois dias na fábrica da Helibras em Itajubá, e o resto do tempo na sede da empresa em São Paulo. Mas a minha agenda envolve compromissos também nas capitais em que mantemos escritórios, como Brasília, Rio e Curitiba, além da minha participação em reuniões, quinzenalmente, nas sedes europeias das empresas, ou onde mais a minha presença seja exigida.

A mão de obra qualificada exigida no empreendimento é encontrada no País?

Sim. Hoje o Brasil possui uma indústria aeroespacial altamente sofisticada tecnologicamente, cuja mão de obra tem condições de responder rapidamente a um estímulo representado por investimentos em projetos como o do EC725. Mas ela necessita de treinamento específico, e essa preparação está sendo ministrada por meio de uma série de programas atualmente em desenvolvimento na Eurocopter, na França, e na própria Helibras.

A rede de fornecedores já está completa?

A identificação das empresas que participarão do acordo de cooperação industrial está bastante avançada, com vários protocolos de intenção assinados em consonância com a Copac. As organizações cobrem praticamente todas as áreas – da motorização, painel de instrumentos, aviônicos, radiocomunicação, navegação e partes estruturais até os conjuntos dinâmicos.

Que conhecimento de ponta ainda precisa ser trazido de fora do País?

O Brasil não domina a mais moderna produção de materiais compostos. Mas é só uma questão de tempo – e é relativamente pouco tempo. Vamos transferir essa tecnologia.

FONTE: O Estado de S. Paulo – 15/07/2010

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Mauricio R.

“Sim. Hoje o Brasil possui uma indústria aeroespacial altamente sofisticada tecnologicamente, cuja mão de obra tem condições de responder rapidamente a um estímulo representado por investimentos em projetos…”

Agradeçam a Embraer, que realmente fabrica seus produtos no Brasil!!!

Mauricio R.

“Acho que o nosso plano mais ambicioso é a Helibras, num prazo de 10 anos – até 2020 – poder desenvolver, projetar e construir um helicóptero todo brasileiro,…”

Deixem de enganação, vcs não passam de uns mentirosos mto dos folgados!!!
Estão aqui desde 1979 e ainda promentem, só prometem e não cumprem, é a mesma ladainha!!!

URUTAU

Caros senhores

Caros amigos se a transferencia de tecnologia for igual aquela que eles
prometeram para os Esquilos vai demorar mais de 30 anos porque a dos Esquilos até hoje não chegou rrrsrsrsrsrssrsrs

Boa tarde senhores

robert

só acredito vendo!

– por mais que eu queira que fosse verdade.

Luiz R.

Não gosto de cortar o clima mágico, mas…

Desculpem, mas como disse lá no Plano B.

Será uma versão nacional de um francês antigo.

Nick

Será que fabricaremos todos os aviônicos e os motores para esse Heli brasileiro até 2020??

Difícil acreditar.

[]’s

Rodrigo

“A identificação das empresas que participarão do acordo de cooperação industrial está bastante avançada, com vários protocolos de intenção assinados em consonância com a Copac. As organizações cobrem praticamente todas as áreas – da motorização, painel de instrumentos, aviônicos, radiocomunicação, navegação e partes estruturais até os conjuntos dinâmicos.” Em bom e claro português… Não tem nada, feito ou decidido aqui. Eu já tinha falado faz tempo sobre este processo de seleção de fornecedores nacionais do Rafale e do EC725 Estar no processo de seleção, não garante que você fará parte do projeto final e os franceses serão juízes extremamente cuidados… Read more »

Marcos

Esse cara tambem é candidato a alguma coisa?
Tipo, deputado, governador, etc…..
Porque de promessas, ele entende.
Hehehehe

Rodrigo

Marcos, o problema não é o cara falar.

Ele defende a empresa dele.

O problema é o Governo brasileiro cair no conto da Lixocopter três vezes!

Ricardo_Recife

Helis nacional somente se a Embraer começar a construir helicópteros. Se formos esperar pela EADS/Eurocopter vamos apenas construir maquetes, e só.

Darkman

Não acredito nos Franceses !!!
Helibrás está aqui faz 30 anos e nunca passou nada.
Agora do nada vai transferir tecnologia, fala sério, perdemos oportunidade de termos o melhor Heli que seria com os Russos.

Abs.

Rodrigo

Não é assim Darkman, os esquis dos Esquilos são feitos aqui!

kkkkkkkkkkkkkkkkk

É rir para não chorar…

Como já disse a Lixocopter defende o dela, o problema é o Gov brasileiro que pela terceira vez cai no conto da nacionalização.

Wilhelm

Taí uma notícia que eu gostaria de conseguir acreditar.

Ivan

Nem TANTO, nem TÃO POUCO. Nem tanto, pois a Helibrás é subsidiária da Eurocoopter, portanto é uma empresa nacional de capital estrangeiro. Tudo nela pertence ao acionista com direito a voto, com endereço em outro país, incluíndo aí todos os ativos intangíveis como know how, marcas, relacionamento com clientes e etc. Nem tão pouco, pois apesar da posição de empregados dos brasileiros na Helibrás, a experiência e o conhecimento adquirido pelo corpo técnico nacional formará um capital intelectual pessoal e não exigível pela matriz, face ao carater personalíssimo do cérebro humano… he he. Não tinhamos nada… Então há 30 (trinta)… Read more »

Tito

Esses Franceses, são realmente hilariantes.

Fabio Mayer

Mas…

… é pequena a disponibilidade dos esquilos? Sofrem com falta de peças? Cadeia logística ruim?

lc

O que me intriga é o seguinte: como um país que possui uma das maiores frotas de helis civis do mundo, além de um bom número de helis militares e policiais, só possui uma “fábrica” de helicópteros?
Que catzo é este? Reserva de mercado só para uma simples montadora?
Será que Agusta, Sikorsky, Bell e sei lá mais quem nunca se interessaram em produzir aqui?

Sds.

Galileu

Bem lembrado…..o cara ta vendendo o peixe dele!!!

Vai dizer que se qualquer um de vocês trabalhassem lá, não iam fazer o mesmo.

Mas que é conversa pra boi dormir essa a dele, a isso é……..2020 ahahaah

Ainda bem que o esquilo complexo do jeito que é ahahah é todo Br. ahahah

Galileu

agora que eu vi.

Rodrigo disse:

“Não é assim Darkman, os esquis dos Esquilos são feitos aqui!”

ahahahahahahha boa

Brasillllllllllll 2014 tá aew já

osorio

Se fosse alguem da Sikorski ou da Bell que tivesse dito isso,eu acriditaria.

P.S.: sem esquecer da MV Augusta

ea campanha continua : “Fora RaFail”

Mauricio R.

Cadeia logística ruim?

Falta de ToT, peças de reposição importadas da França e pagas em Euro.

Mauricio R.

Tem uma empresa do grupo da Embraer, que é parceira de risco no projeto do S-92 da Sikorski.

Marcos

Caro Osorio,
A campanha já se tornou um apelo Nacional.

FORA RaFAIL !!!!!

Sds

Mauricio R.

A motorização do Surion é americana, a mesma do Blackhawk.
O que a Eurocopter não gosta de falar desse projeto, é que havia um contrato de ToT em seperado do contrato do helo.
Só haveria projeto, se a auditoria do contrato de ToT comprovasse na prática a capacitação da indústria local.
Aqui depenaram o helo de tdo o que não lhes interessava a tecnologia transferir.

Harry

Caros
Eduardo Marson ou Eduardo Manso (ou Amansado)

A Rússia e a China irão cooperar no desenvolvimento e na fabricação conjunta de um helicóptero de transporte pesado, poderá ser baseado no modelo Mil Mi-26, Rússia e China poderão cooperar na fabricação em série de motores de aeronaves.

Na China é 51% das ações sob o dominio deles, se nâo….é cópia,….
e mesmo quem reclama continua investidindo, eles tem a mais alta taxa de investimento direto vindo de fora.

Alguem ainda quer rir dos genericos chineses….?

Abs

SxMarcos

Inacreditável como o pessoal desacredita qualquer produto frances. Não temos nem 10% da competência tecnológica da França, e ainda criticam? Independente do resultado, o desvio de verba será inevitável. O burro somos nós que não conseguimos transferência na marra, e não eles. Ninguém transferirá tecnologia para nós. Nem americanos, nem suécos, nem franceses. Trabalho em uma empresa alemã que foi uma das que ajudar a fornecer itens para Angra 1. Se vocês soubesses o que os gringos pensam do nosso país, acordariam pra realidade. No setor que eu trabalho falo com os 3 países e garanto, todos vêem o país… Read more »

ZE

Eu não vou nem falar desses EC725.

Eu me recuso !!!!!

Quem conhece, sabe que esse “acordo” chega a beirar um caso de polícia.

E tem gente achando que nós saímos por cima !!!!

[ ]s

Falcon

Calma gente,houve um erro de digitação da moderação,o certo é:”Vamos desenvolver e construir um helicóptero todo brasileiro até 2200”.

Pronto,agora sim!

Harry

Caros Todos sabemos o que os gringos pensam de nos. E nos o que pensamos. Sabemos inclusive como os alemaes nos ajudaram a desenvolver a nossa atual tecnologia, prometendo o que não foram capazes de cumprir. Desacredito em qualquer coisa que não seja 51% de dominio brasileiro mesmo que seja 100% de tecnologia francesa. Com os chineses não existe malandragem, isso é dito para alguem que acha que pode e não pode , Malandra pode se dizer que foi a Argentina que deu o calote, achou que podia e se ferrou no mercado financeiro internacional. A China pode, esta fazendo,… Read more »

Fuzila

“SxMarcos disse: 15 de julho de 2010 às 21:23 Inacreditável como o pessoal desacredita qualquer produto frances.” Se acostume meu amigo … aqui tem vários. Ainda criticam os que são contra qualquer coisa dos EUA, sendo que fazem o mesmo com os produtos franceses … Eu juro que não entendo ! E fica nisso. Os chamados de “comunas” que torcem pela França de um lado, e os chamados de “entreguistas” que torcem contra do outro … Relaxe e de boas risadas disso tudo ! Lembre-se que existem ainda os colegas que contribuem com comentários brilhantes e altamente técnicos, que dão… Read more »

Deivid

Gostei dessas aéronaves mais ainda não entendo porque da demora para o Brasil construir um Helicoptero nacional??

DV

É óbvio que a situação não é ideal, mas é parte do caminho para formar um parque aeronáutico nacional realmente sólido e diversificado, que não dependa só da Embraer.

Quando o GF e alguns governos estaduais dão bilhões e bilhões em incentivos fiscais a montadoras de carros com controle 100% gringo sem ToT ninguém reclama. Aliás, todo mundo gosta de comprar carro com isenção de IPI. Mas quando faz um projeto com participação nacional (governo de Minas) e golden share do GF, aí é um absurdo, aí é se fazer de trouxa. Não é bem por aí.

ZE

Fuzila disse: 16 de julho de 2010 às 1:09 Não, não posso !!!! Mas se você ler tudo o que já foi publicado na mídia acerca desse lixo voador, e juntar os pontinhos… Estou certo que você saberá a resposta para a sua indagação. Isso tudo, fora algumas informações que não foram parar na mídia (assim sendo, elas “não existem”). Para finalizar, esse assunto me causa tanta raiva, que vou me repetir: me recuso a falar mais sobre esse lixo de acordo para comprar essa porcaria de helicóptero !!! Ps: Fuzila, como é um caso de polícia, vamos deixar para… Read more »

Jonas

Já li em algum lugar, se eu não me engano foi aqui no blog mesmo, que ao final dos 51º helicoptero o índice de nacionalização vai se em torno dos 60%. Para transferir tecnologia tem que ter alguem capacitado para receber. Será que temos indústrias locais capacitadas para receber tecnologia? Passos, de preferência executar o próximo apenas depois de se obter bons resultados com o anterior (80%): 1º) Grandes Investimento em Educação. Em nosso país temos deficit em educação básica, por exemplo, imagina a qualidade da mão de obra então. O ensino público, na maioria dos estados é caótico e… Read more »

Jonas

Se aproveitarmos o EC-725 e começarmos a exportá-lo para outros países, como da América Latina ou da Àfrica, talvez conseguiremos aumentar o índice de nacionalização. Acredito que o primeiro passo antes da Transferência de Tecnologia seja a produção através de licenças. Se a quantidade de itens for pequena, compensa comprar de prateleira. Se for média, podemos produzir nacionalmente sob licensa. Se for grande, compensa pensar em transferência de tecnologia, se alcançados os passos do post anterior. Lembramos o exemplo do AMX, da Barroso, do Osório. O custo gasto no desenvolvimento local foi muito maior do que se tivessemos comprado de… Read more »