Odebrecht cria joint venture com gigante europeu no campo da Defesa

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Trata-se de um acordo de gigantes – a Odebrecht é um dos três maiores grupos empresariais do País e a EADS é a segunda maior corporação do mundo no campo de Defesa

Barra de Cinco Pixels

Roberto Godoy

Barra de Cinco Pixels

vinheta-clippingA organização Odebrecht e o conglomerado europeu EADS DS – Defence & Security, anunciaram esta manhã, em Munique, na Alemanha, a criação de uma joint venture destinada a operar junto às Forças Armadas, organizações governamentais e indústrias nacionais, além de mercado exportador. A nova empresa será instalada em São Paulo.

É um acordo de gigantes – a Odebrecht é um dos três maiores grupos empresariais do País e a EADS é a segunda maior corporação do mundo no campo de Defesa, produtos e serviços militares. De acordo com o superintendente da Odebrecht Industrial, Roberto Simões, “a EADS DS é um parceiro com amplo interesse em transferência de tecnologia avançada”.

Simões destacou as capacidades da Odebrecht em projeção geopolítica, marketing internacional e ações comerciais de grande porte.”É também uma plataforma de exportações de olho no futuro”, disse, lembrando que a EADS pretende ter uma forte atuação – inclusive de produção – fora da Europa até 2020.

O valor do investimento inicial da joint venture será definido até o dia 15 de julho, da mesma forma que a nova marca.

O presidente da EADS DS, Stefan Zoller, disse que o negócio “é a comprovação de nosso compromisso com o Brasil no sentido de criar uma base industrial local por meio de uma cooperação de longo prazo que inclui a transferência de tecnologias”.

Os dois parceiros mantém importantes contratos no Brasil no campo da Defesa. A EADS vai fornecer 51 helicópteros pesados para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Todos serão produzidos na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG). O contrato é da ordem de R$ 1,8 bilhão. A Odebrecht é a parceira dos armadores franceses DCNS no programa Pro Sub, do qual resultarão um estaleiro, uma base naval, quatro submarinos Scorpéne, de propulsão diesel-elétrica e um submarino nuclear – um pacote de cerca de 6,7 bilhões de euros.

FONTE: O Estado de São Paulo

NOTA DO PODER AÉREO: A EADS tem 46,32% de participação na Dassault Aviation.

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Alex Nogueira

Ótima notícia!

Quanto mais empresas do Brasil estiverem envolvidas nos projetos de defesa melhor.

Antonio Carlos

Toda vez que ouço ou leio o nome da Odebrecht tenho arrepios!

No que deram os inúmeros inquéritos policiais em que ela (entre outras grandes empresas brasileiras) esteve envolvida por corrupção, suborno, superfaturamento, etc?

Ter uma empresa com esse passado envolvida na área da Defesa não me traz alento, mas sim pesadelos!

A7X

Excelente notícia!

Marcos

Me parece uma faca de dois gume;

Excelente, por se tratar de mais uma Brasileira envolvida no setor de defesa.

Mas como lembrou bem o nosso colega Antonio Carlos, é preoculpante o que já aconteceu com essa empresa.

Só nos resta esperar e torcer pelo melhor.

Carlos Augusto

Antonio Carlos, o foco da questão é exatamente essa, quem é que vai ser a grande empresa brasileira interessada em desenvolver à área de defesa do Brasil? Odebrecht? Cruz credo…

Carlos Augusto

Ou torcer o nariz.

Rafael

Alguma coisa ai não está certa, a não ser que a Odebrechet seja realmente muito competente e superior a outras empresas, me admira o fato dela sempre ganhar as licitações para garndes obras. Quais serão os campos de atuação dessa empresa? OU ficara restrito ao ProSub?

drcoakroach

Nao quero ser preconceituoso, mas que cheira mal, cheira.

Receio que a porteira das sacanagens na republica do caixa 2 ficarah escancarada. Ou se muda algo rapidamente nas compras militares, ou a desculpa da decisao “estrategica e de seguranca nacional” irah criar uma fila de parasitas, que sempre irao pedir mais, fazer mais lobby, e pedir mais… os otarios do “resto” da populacao irao pagar a conta.

Mas enfim…

[]s!

Alexandre Galante

Pessoal, a EADS é dona de (46,32%) da Dassault Aviation. Ninguém matou a charada?

http://www.aereo.jor.br/2010/02/07/ate-quanto-a-dassault-podera-baixar-o-preco-do-rafale/

ditongo

O Brasil tem um mercado cada vez mais atrativo para grandes empresas.

grifo

Caro Galante, acho que esta notícia deveria estar no ForTe e não no Poder Aéreo. Se foi feita uma joint venture é porque existe negócio novo em vista, e não se trata nem dos submarinos e nem do FX-2.

Vader

Hummmm, a Odebrecht dos “cumpanhero” está fazendo joint venture com a EADS?

Hummmm, cheiro de podridão no ar… mais precisamente perfume francês de JACA…

Radical Nato

Definitivamente o Lulamolusco colocou o Brasil na agenda internacional, e esse é um caminho sem volta.

Apertem os cintos e boa viagem.

Sds.

ZE

Ao contrário de alguns aqui, creio que essa notícia é horrorosa para o Brasil e para a sua população pagadora de imposto. Se a EADS tivesse se associado à EMBRAER… Mas à ODEBRECHT ?????????????????? É, amigos…o Lula, o Jobim e agora a Oderbrecht !!!! Que o Lula e o Jobim são especialistas em armamento, em especial AVIÃO DE CAÇA, eu já sabia. Mas agora saber que a Odebrecht também é especialista em AVIÃO DE CAÇA, foi uma surpresa para mim. Pessoal, tudo isso FEDE, mas FEDE MUITO. Mal posso esperar para ver as surpresas que nos aguardam até o final… Read more »

Vitor

Lembrando que as Empreiteras sao os maiores financiadores dos politicos. E isso não é só no Brasil. Faz parte da democracia :p

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin

Para defender a Odebrecht no Equador, Lula falou grosso com Correa…

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/5175_ODEBRECHT+FAZ+A+AMERICA

Harry

Caros “A EADS Defence & Security quer avançar de apenas fornecedora de vendas de alta tecnologia para o Brasil para a criação de uma base industrial no país com o desenvolvimento de uma parceria de longo prazo que inclui transferência de tecnologia sempre que for necessário”, informou a EADS. Vale repetir: SEMPRE QUE FOR NECESSARIO (pensei que só os americanos falassem em transferencia necessaria de tecnologia) Hi!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Se não tomar cuidado vamos estar para os Franceses Assim como o Méxicanos estão para os Americanos, Como o Brasil não é China, é bom ficar com a barba de molho, será a… Read more »

Paulo

Se a Odebrecht e a EADS querem investir no Brasil, que venham. Todo investimento é bem vindo. Se der certo, parabéns. Se não der, que pena. Estas são as regras do mercado.
Agora, malhar a Odebrecht deixa uma pergunta no ar. Só ela? E as outras? Em qualquer país suas grandes empresas fazem o mesmo. Quer nos EUA, França ou Rússia. Para ficar só nesses exemplos.

Arlsan

Posso até ser injusto, mas pra mim, o principal papel da Odebrecht não será técnico…

Rodrigo

Eu sempre bato na tecla que o contrato dos subs estará com recursos garantidos até o estaleiro da Odebrecht estar concluído e quitado ou somente quitado.

Depois já era estará a gosto de Deus.

Odebrecht é grande contribuinte das campanhas do PSDB e PT, nunca ficarão na mão.

Joao

Isso foi costurado pelo governo, como comprar o Rafale com menor perdas de votos e mais desvios possiveis? Faz-se uma empresa que monte os rafales no Brasil! Agrada aos sindicalistas do ABC – a empresa vai ficar em SP; A EADS nao passa conhecimento para a Embraer; A Odebrechet ganha o dela, entrando com o terreno e com as instalacoes, pista de teste, etc. O governo cria milhores e milhoes de empregos (propaganda da TV); O dinheiro “fica” no Brasil (propaganda da TV) A odebrechet entra em outras compras, sem licitacao! O Brasil nao mais importa equipamento militar, mas tem… Read more »

Fox Bravo

Até onde eu sei a Odebrechet, entende de estradas, pontes, viadutos, ferrovias, portos, etc, etc……………………lavanderia……….etc.
Não sabia que poderia construir caças, navios, submarinos, engraçado por que eles não disse antes, pouparia o GF, de ficar fazendo licitações internacionais. Estão jogando caca no ventilador antes de anunciar (o que todos sabem), o vencedor. Brincadeira!!!!!!!!!

Carlos Augusto

Mísseis, caças, navios, tanques, vão ficar mais caros, com estes atravessadores, e provavelmente o Brasil vai ficar sem opção, pois já vai ter uma “empresa brasileira cuidando da defesa do Brasil”. Mais tarde vamos poder cantar com alegria ou com raiva: ” Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão…”

Carlos Augusto

Alexandre Galante, esse comentário saiu repetido três vezes, por favor deixa somente um, grato.

NOTA DOS EDITORES:
NÃO HÁ DE QUE.