F-16 belgas completam 2.000 horas de voo no Afeganistão
A Força Aérea Belga informou no último dia 29 de junho que as quatro aeronaves F-16 operadas pela Força no Afeganistão, e que chegaram a Kandahar em setembro de 2008 , completaram um total de 2.000 horas de voo no Teatro de Operções Afegão – o que dá uma média de 500 horas por aeronave em aproximadamente 10 meses de operação, ou 50 horas por mês.
No informe, os belgas destacam as circunstâncias extremas em que essa marca foi atingida, já que os caças ficam frequentemente expostos ao tempo quando no solo e operam a partir da base da OTAN mais “populosa” do mundo.
Exemplificando as difíceis condições locais, em março deste ano a Força já havia noticiado que, entre os dias 6 e 7 daquele mês, os motores de três dos F-16 haviam sido “poluídos” em Kandahar, devido ao erro de manobra no solo de um avião de carga Illyushin que, adentrando por engano a área de estacionamento dos caças, espalhou detritos (pedregulhos) em sua direção.
Uma rápida inspeção demonstrou que os motores de três dos F-16 haviam sido “poluídos” pelos detritos, como se vê na foto do final desta matéria. Por precaução, os motores foram retirados, desmontados e enviados à Bélgica para um exame detalhado. Como havia um motor de reserva, uma das aeronaves afetadas o recebeu, mantendo dois caças em operação até a chegada de um C-130 trazendo dois motores para o par de caças imobilizado.
Os quatro F-16 belgas operam diariamente no Afeganistão na operação “Guardian Falcon”, seja em missões pré-planejadas ou de alerta de reação rápida. No próximo mês de agosto, mais dois F-16 belgas deverão ser enviados ao Teatro de Operações Afegão.
Fonte e Fotos: Força Aérea Belga
Nota do Blog 1: sobre os F-16 belgas, recentemente, a Força Aérea daquele país vendeu alguns exemplares para a Jordânia. Clique aqui para ler matéria a respeito.
Nota do Blog 2: outro exemplo das condições difíceis do Teatro de Operações Afegão foi a perda de um F-16 da Real Força Aérea Holandesa (RNLAF) em 2006, em que uma das hipóteses da queda, que vitimou o piloto, seria a entrada de uma aranha de grandes proporções no cockpit do caça quando no solo – o que levou a mudanças na doutrina em terra. Leia mais a respeito clicando aqui.