X-51A quebra recorde de duração de voo
A USAF (Força Aérea dos EUA) informou que, no dia 26 de maio, o X-51A Waverider quebrou o recorde de mais longo voo hipersônico de uma aeronave com motor ramjet (de combustão supersônica). Foram mais de 200 segundos de queima de combustível do motor ramjet construído pela Pratt & Whitney Rocketdyne, que acelerou o veículo a Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som). O recorde anterior, de um X-43 da Nasa, era de 12 segundos. Segundo a USAF, este é considerado o primeiro uso prático de um scramjet alimentado a hidrocarboneto em voo.
Segundo um dos diretores do programa, Charlie Brink, a maioria dos quesitos em teste para o X-51A foram cumpridos logo na primeira missão hipersônica. Ele equipara o salto em tecnologia de motores com a passagem do voo com aviões a hélice para os jatos.
O X-51 foi lançado sobre o mar, a 50.000 pés, aproximadamente às 10h (hora local), a partir de um B-52 que decolou da Base Aérea de Edwards (EUA). Quatro segundos após ser solto pelo B-52, foi acionado o motor (booster) de combustível sólido, que acelerou o X-51 para Mach 4,8. Então o booster e uma interface de conecção foram ejetados sem problemas, segundo Brink.
A velocidade acima de Mach 4,5 criou o ambiente necessário para a operação do motor scramjet Pratt & Whitney Rocketdyne SJY61, que então foi acionado, inicialmente queimando um combustível de etileno gasoso. Na sequência, o motor passou a queimar combustível JP-7, o mesmo que era utilizado no SR-71 Blackbird.
O passo agora é analisar detalhadamente os dados. O diretor acrescenta que “nenhum teste é perfeito, e estou certo que vamos encontrar anomalias que teremos que resolver antes do próximo voo. Mas aprendemos tanto quanto, ou até mais, quando encontramos um problema.”
Quatro X-51A foram fabricados pela Boeing e a Pratt & Whitney Rocketdyne. Os outros três deverão voar no terceiro trimestre desse ano (outono no Hemisfério Norte). Esses voos deverão ocorrer em condições praticamente idênticas às do primeiro, acrescentando experiência a cada um. A equipe que desenvolveu o X-51A incorporou ou adaptou tecnologias existentes, com o objetivo de controlar custos num complexo de desenvolvimento do motor e de testes. Também pensando nos custos, e focando o orçamento no desenvolvimento do motor scramjet refrigerado a combustível, optou-se não desenvolver sistemas de recuperação para os veículos de teste.
O voo hipersônico é tradicionalmente definido como acima de Mach 5, e apresenta desafios técnicos relacionados a calor e pressão, que tornam impraticável o uso de turbinas convencionais. Ainda segundo o diretor Brink, o programa X-51A permitirá adquirir conhecimentos para desenvolver tecnologias decisivas, para aplicações espaciais e em armas hipersônicas.
FONTE / FOTOS: USAF e Pratt & Whitney Rocketdyne
VEJA TAMBÉM:
Tecnologia clonada de um OVNI!!!kkkkkkkk
Abraço.
Eles no voô hiper e nós esperando pela decisão do “Grande Timoneiro”
é dureza
[]
Os gringos, gigantes do pé de barro, quebrados, decadentes sempre na ponta….
E tem gênio aqui que prefere se associar a um mero atravessador deles.
Aliança se faz com quem tem poder REAL e não com as filiais.
Senhores
Lembrando que os projetos mais avançados da Alemanha na 2GM se deram próximo ao seu declínio, idem URSS e outros impérios através dos tempos.
Cabe salientar, que também possuímos pesquisas avançadas do gênero em conjunto com a Nação e Estado Americano (favor não confundir com as administrações do governo americano e seus agentes de mercado).
Pelo jeito a única forma de se manter a combustão a mach 5 seria por laser, já que não há chama que resista a esta velocidade.
Algum colega tem algo a acrescentar no parágrafo acima, pois é um assunto bem interessante…
Abs.
Pelo pouco que conheço é tecnologia terrestre bem conhecida teoricamente a tempos, mas com imensos desafios de ordem prática. A suposta tecnologia ET (e bota suposta nisto), seria relacionado ao efeito Biefeld-Brown (lembrando que a explicação de vento iônico foi derrubada em um experimento em uma câmara de vácuo nas instalações da NASA, após isto, as publicações tornaram-se classificadas). Alguns creditam o efeito a uma relação desconhecida entre eletromagnetismo e gravidade (o curioso é que há suspeitas que os alemães na SG levaram a cabo alguns experimentos sem sucesso, depois de tomarem conhecimento de um estudo de um cientista russo… Read more »
Faltou um detalhe:
http://www.ieav.cta.br/
Fernando Sinzato, talvez o Fox Mulder possa te ajudar, ele já esteve na area 51.
DrEngAir, faltou mais um detalhe, o X-51 já voou.
Fernando,
Idéia interessante essa do laser, mas acho que no caso do Scramjet foi usado outra solução. Eu pelo menos não li nada a respeito do uso de laser no sistema propulsor.
Um abraço.
Mudando de pato pra ganso. Não seria Mach 6 (e não Mach 5) a velocidade que teria atingido o X-51?
Interessante que entre o booster e o X-51 existe uma “conexão” que contem 2 escapes nas laterais. Deve ser para que o motor Scramjet possa começar a funcionar antes do booster de foguete sólido ser ejetado, para que não ocorra uma momentânea perda de impulso.
Bosco
Responde uma dúvida simples que eu tenho.
O que faz desse potótipo ser chamado de Aeronave, se ele é mais parecido a um Míssil??
@Galileu simplesmente uma definição, aeronave é qualquer veiculo capaz de se mover gracas a uma interacao com o ar enquanto missel é um projetil com capacidade de propulsao propria. @Fernado sem querer desmerecer o Brasil, mas nos ainda estamos anos-luz destas tecnologias hipersonicas, o primeiro tunel de vento hipersonico foi inaugurado recentemente e ainda este, tem uma dimensao pequena sendo possivel somente testes com modelos em escala. quanto a tecnologia de propulsao a laser, esta ira ser usada para uma diferente aplicacao como por exemplo o lancamento de foguetes e misseis terra/ar, ja que o laser deve ficar estacionado em… Read more »
O 14X não será similar? Este veículo poderia ser lançado a partir de um foguete e depois agir como um míssil? Depois de um suposto sucesso do 14X o Brasil poderia aspirar possuir um super míssil hipersônico? muitas perguntas na cabeça de um leigo.
Galileu,
Complementando o que o Vic falou, míssil seria um dispositivo autopropulsado dotado de um sistema de guiagem com finalidade militar, tendo como objetivo atingir um alvo específico.
No caso, o X-51, apesar de parecer um míssil, é uma aeronave não tripulada de testes. Nem sequer é um protótipo de um míssil.
Se um míssil for desenvolvido baseado nessa tecnologia ele provavelmente será diferente.
Um abraço.
abaixo um texto editado sobre o scramjet que eu havia postado em um outro topico: Uma breve explicação do scramjet: A maioria dos motores de combustão usa a compressão do ar para aumentara a eficiência do processo. Isso ocorre no motor do seu carro e nas turbinas industriais e aeronáuticas. No motor comum (otto), o primeiro estagio ocorre quando o pistão se move para baixo aspirando ar e combustível (ou somente ar no motor diesel). O segundo estagio ocorre quando o pistão se move novamente para cima comprimindo o ar. Essa compressão faz com que haja um aumento de pressão… Read more »
O laser é utilizado para ingnitar o combustível na câmara de combustão. Não existe chama que resista a mach 5 ou 6 pelo pouco que conheço.
O vento iônico se refere ao efeito efeito Biefeld-Brown que não tem nada a ver com o scramjet.
Abs.
Paradoxalmente, usam o “velho” B52, vovô bombardeiro em experiências com o que há de mais moderno.
E esse modelo acima é o mesmo em uso para ações militares? Parece recheado de sensores, antenas ……
Fico feliz em saber que o Brasil tambem desenvolve algo similar a esse projeto dos EUA.
OBS: Esses post sobre tecnologias novas, são os mais interessantes pois geram debates de alto nível.
Interessante ver que o motor é bem pequeno em relação aos atuais.
Assim que se faz para ser um país de qualidade….Pesquisa e Desenvolvimento. Sem bravatas e com grana disponível para os cientistas. Ah, e sem a história pra boi dormir chamada “transferência de tecnologia”.
Estamos no jogo qdo o assunto é scramjets.
A ÚNICA coisa que nos difere dos EUA e da Austrália (os mais mais desse jogo) é nossa dotação orçamentária. Se tivéssemos um compromisso maior com P&D militar, tb estaríamos nos primeiros teste de voo …
Sds