Nota do CECOMSAER sobre a incorporação dos primeiros ‘Sabres’

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“O Brasil está mudando de Patamar no que diz respeito a Defesa. Não somos mais meros compradores nós agora recebemos e internalizamos tecnologia. Estes helicópteros fortalecem a aviação de asas rotativas.“ Com essas palavras o Ministro da Defesa Nelson Jobim batizou os recém adquiridos Helicópteros MI-35 da Força Aérea Brasileira, que, nesse sábado (17) passaram a ser chamados de A-H2 Sabre. As novas aeronaves vão ficar sediadas na Base Aérea de Porto Velho, em Rondônia, onde serão utilizadas pelo 2º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação (2º/8ºGAV) Esquadrão Poti.

A chegada do Sabre a Força Aérea Brasileira quebra uma série de paradigmas. É a primeira aeronave militar russa adquirida pelo Brasil. E é também o primeiro helicóptero do acervo da FAB que foi concebido especificamente para a guerra. O helicóptero de ataque utilizado pela FAB, era o H-50 Esquilo, uma aeronave de uso civil, adaptada para funções militares. O Sabre é diferente, porque já nasceu com DNA militar.

A nova arma da FAB possui uma série de recursos que os pilotos de helicóptero brasileiros, até hoje, só tinham visto de longe. A aeronave tem blindagem, canhão orgânico de 23 milimetros, de cano duplo, montado em uma torre móvel frontal, capacidade de lançamento de foguetes e mísseis ar-superfície, supressor de calor que dificulta a visão da aeronave por infra vermelho e uma série de contra-medidas. “Eu chego a ficar arrepiado”, diz o Tenente Leonardo Bezerra Salim, um dos pilotos do Esquadrão Poti que já está operando com as novas aeronaves. “É um salto operacional esperado por gerações de pilotos de helicóptero da FAB”, diz Salim.

Os Sabres vão reforçar a capacidade de pronta resposta e a presença da FAB na Amazônia Ocidental. Uma região estratégica para o Pais. Eles irão atuar no Policiamento do Espaço Aéreo da região e ajudar a coibir ilícitos na área da fronteira. Para operar essas aeronaves o Comando da Aeronáutica iniciou a transferência do Esquadrão Poti, da cidade de Recife, no litoral nordeste do País, para a Base Aérea de Porto Velho, no coração da Amazônia.

“Não venha ninguém dizer como o Brasil deve tratar a Amazônia. Nós protegeremos a Amazônia para nós e para o mundo, e que o mundo saiba disso”, afirmou o ministro Jobim. O Esquadrão Poti e seus novíssimos AH-2 Sabre serão poderosos instrumentos dessa proteção. E a partir de agora estão prontos para enfrentar qualquer ameaça.

FONTE: CECOMSAER

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Thomas

” “Não venha ninguém dizer como o Brasil deve tratar a Amazônia. Nós protegeremos a Amazônia para nós e para o mundo, e que o mundo saiba disso” ”

nossa !!!

LATINO

É disso que estou falando (poder de dissociação )

Ja da pra imaginar os narcotraficantes ,guerrilheiros e contrabandistas dando de cara com um bichão desses ;so de olhar o bicho todo armado ja da medo …

e como fica a lei do abate o nosso mi-35 podera fazer esse tipo de missão ?

sds

Alex Nogueira

Demorou! Agora só falta vi alguns MIG-35 para termos verdadeiros interceptadores.

Giordani RS

A compra dos Sabres realmente foi uma surpresa para muita gente, ainda mais que a aeronave está melhor adaptada para uso pelo EB, mas a FAB nada mais está fazendo do que testar a “parceria” com a rússia…ver como eles vão se comportar no apoio a essas belas aeronaves de asas rotativas…se os russos fizerem a coisa certa, com certeza abrirão um novo mercado nas FFAA´s brazucas…o problema é fazerem a coisa certa…Eu sempre defendi o uso de equipamento militar russo, porém acredito que sistemas e subsistemas devam ser nacionais, bem como o uso de armas… Torço para que os… Read more »

Marco Antonio Lins

Amigo

De fato se nos recebessemos,o MIG-35, seria um sonho realizado. São de fato os maiores inteceptadores da atualidade.Acho que o Exercito deveria comprar o Havoc-26 ou ate mesmo o Mi -35.

Abs

Genivaldo

Olá colegas! Quero mais e mais e mais!!!!!!!!1

José Maria Bravo

“Não somos mais meros compradores nós agora recebemos e internalizamos tecnologia”

Excluindo uma improvável re-engenharia, que tecnologias internalizaremos com tais aeronaves? Eficácia no emprego e Doutrina Operacional sim, mas tecnologia? Há algo no contrato sobre ToT?

Almeida

Fantástica aeronave, no lugar errado. Que pelo menos venham mais 12 unidades para o EB também.

PS: imaginem esse canhão duplo metralhando um acampamento de narcotraficantes!

Nick

Agora vamos ver como eles se comportam em termos operacionais e logísticos, se não houver maiores problemas é bem possível que venham mais helis para a FAB e EB também comos MI-26, e KA-52

[]’s

Max

José Maria Bravo disse:
19 de abril de 2010 às 11:37

“Não somos mais meros compradores nós agora recebemos e internalizamos tecnologia”

Excluindo uma improvável re-engenharia, que tecnologias internalizaremos com tais aeronaves? Eficácia no emprego e Doutrina Operacional sim, mas tecnologia? Há algo no contrato sobre ToT?

Estava pensando a mesma coisa.
“Recebemos e internalizamos tecnologia”??
“Canhão organico” tambem é algo que não entendi!

HKozamek

Gostaria de saber mais detalhes sobre o armamento desses bixos.
Só vão operar como foguetes não guiados e o canhão? Ou tb nao compra foram incluidos os misses AT.

Nick

Caro MAX e Jose Maria Bravo,

Minha interpretação.:

Por “internalizar a tecnologia” eu entenderia “tornar a tecnologia interna” ; “deixar de ser uma tecnologia comprada externamente” seria algo para adequar essa compra ao END seja real ou não essa TT .

Por “canhão orgânico” eu entenderia que seria pelo fato de ela fazer parte da aeronave, não é uma simples adaptação, como um Pod de metralhadora como no caso dos Esquilos.

[]’s

Marcos

Eu acredito muito, que se todos fizerem bem a sua parte, principalmente os Russos, eles terão um novo mercado, e diga-se de passagem esta crescendo muito (e tem uma enorme potencial para isto). Só não podem cometer outro erro, praticamente fatal como foi no caso do Fx2.

mano

O Exército e os Fuzileiros poderiam receber este modelo. Existem limitações ao uso embarcado desta aeronave, pela Marinha?

Hanoi

Sem dúvida é muito mais adequado tê-los a continuar usando os Esquilos adaptados! São robustos, testados, autonomia compatível com a missão na Amazônia, muito melhor armados…que venham mais, 12 é pouco!!!

FighterSkill

Tenente Salim disse:
Eu chego a ficar arrepiado”, diz o Tenente Leonardo Bezerra Salim, um dos pilotos do Esquadrão Poti que já está operando com as novas aeronaves. “É um salto operacional esperado por gerações de pilotos de helicóptero da FAB”, diz Salim.

Tenente…podemos imaginar sua emoção! Nós aqui estamos torcendo pela FAB em todos os quesitos.
Parabéns! a FAB e a Nós!!

poxa..como eu queria estar lá…mas de boa…vai chegar mais uns 100 destes…heheh

Brandalise

Belissima foto do canhao! Agora dah para ver melhor, neh?! Vlw, Poggio!

Abs!

jose

hoje fui ver os ah-2 sabre da FAB e me senti um menino de 13 anos muito feliz!!!
quem quiser ver as minhas fotos e so entrar no meu orkut:
jose7797@hotmail.com

Luiz Guilherme

Realmente saimos do “marasmo” de um helicóptero adaptado para um “hunter” legitimo e, que possibilitará aos pilotos de asas rotativas da FAB uma performance e, responsabilidade ainda maiores na defesa da Amazônia. Parabéns aos sortudos pilotos do nosso AH-2 Sabre e, desejo sucesso em suas missões.