USAF pode ter problemas na defesa aérea devido ao envelhecimento de seus caças

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Durante a Guerra Fria, os EUA posicionaram seus caças por todo seu território e Canadá, para proteger a América do Norte contra um ataque de bombardeiros estratégicos da União Soviética.
Aeronaves de caça em Alerta de Soberania Aérea eram dedicados, não cumpriam outros tipos de missões, e estavam sempre armados, abastecidos e prontos a todo momento. Em 1958 existiam 5.800 (!) caças em alerta, mas o número de aeronaves diminuiu drasticamente ao longo dos anos, assim como o número de sites designados para interceptação. Em 1997, foi sugerida uma defesa de “quatro cantos”, mantendo sites de alerta em Massachusetts, Oregon, Califórnia e Flórida. Em 11 de setembro de 2001, no ataque às Torres gêmeas, apenas 14 aviões de caça estavam em alerta para interceptação nos Estados Unidos.

Agora, a Força Aérea dos EUA enfrenta dois desafios para sustentar a sua capacidade de Alerta de Soberania Aérea (ASA) a longo prazo:

  • substituir ou aumentar a vida útil dos seus envelhecidos caças;
  • substituindo as unidades ASA com equipamentos e pessoal treinado de unidades desdobradas;

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Por exemplo, se as aeronaves atuais não forem substituídas até 2020, 11 dos 18 sites atuais de Alerta de Soberania Aérea podem ficar sem aviões. A Força Aérea não desenvolveu planos para mitigar estes desafios, pois tem focado outras prioridades.
Os F-15 e F-16 estão envelhecendo, e custa mais caro mantê-los à medida que o tempo passa. Dos 18 sites ASA, 12 estão atualmente equipados com F-16, que chegará ao fim da sua vida útil de serviço entre os anos fiscais de 2015 e 2020.
Uma opção é substituir os F-16s com F-22 ou F-35, que a Força Aérea está adquirindo. No entanto, de acordo com o atual cronograma de entrega dos F-22 e F-35, apenas uma das 12 unidades ASA, irá receber a nova aeronave, antes que sua frota de F-16 atinja o final do seu período de vida útil.
Outra opção para a Força Aérea seria substituir os F-16s com alguns dos mais modernos modelos F-15. No entanto, os F-15, como os F-16, começam a chegar ao fim da sua vida útil de serviço. Além disso, todos os F-15, incluindo aqueles pilotados por cinco unidades ASA, foram “groundeados” por 3 meses no final de 2007 e início de 2008, após um F-15 desintegrar-se em vôo em novembro de 2007. A Força Aérea encontrou um problema estrutural em um dos seus modelos F-15 e reformou as aeronaves que encontraram com problemas estruturais.
O GAO, Government Accountability Office, conhecido como “o braço investigativo do Congresso americano” e “cão de guarda do Congresso”, fez um relatório sobre a delicada situação da USAF e propõe uma série de providências ao Departamento de Defesa.
O relatório do GAO, em formato PDF, pode ser acessado aqui.

NOTA DO BLOG: Vale a pena ler também o post sobre o estudo “America’s Self-Destroying Air Power – Becoming Your Own Peer Threat”, produzido pelo Center for Strategic and International Studies (CSIS), que analisa o impacto da crise de aquisição de aeronaves táticas, estratégicas e diminuição na capacidade do poder aéreo dos EUA.

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