Área de defesa ajuda fornecedor da Embraer a superar crise
Virgínia Silveira
O reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras abriu novas perspectivas de negócios para a Inbra Aerospace, do grupo Inbrafiltro, num cenário não muito favorável para o setor aeronáutico. “Embora tenhamos 80% dos contratos atrelados à Embraer, que reduziu em cerca de 25% os pedidos, conseguimos enfrentar bem o período de crise, porque não fornecemos só para o segmento de aviões comerciais (o mais afetado pela crise), mas também para a área de defesa”, explica o diretor-presidente do grupo, Jairo Cândido.
No ano passado, a Inbra Aerospace faturou R$ 9,8 milhões, queda de 18% em relação aos R$ 12 milhões obtidos em 2008. O grupo Inbrafiltro é formado por cinco empresas (Inbrafiltro, Inbratêxtil, Glass, Inbra Blindados e Inbra Aerospace) e o faturamento global foi de R$ 70 milhões em 2009.
A empresa, segundo Cândido, já tem programado investimento estimado entre US$ 35 milhões e US$ 40 milhões para uma nova fábrica de material composto, que irá atender aos principais programas em curso na área de defesa no Brasil: o desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390 pela Embraer, a produção dos helicópteros EC-725 pela Helibrás/Eurocopter, a compra de 36 caças de combate do programa F-X2 e de veículos aéreos não tripulados (vants) para a FAB.
“O investimento na nova instalação pode chegar a R$ 140 milhões, caso o vencedor da concorrência do F-X2 seja o caça sueco Gripen, pois já temos um contrato de desenvolvimento das asas e da tampa do trem de pouso da aeronave, em material composto”, explica o executivo. A Inbra é contratada da Saab no programa de desenvolvimento do Gripen NG através da holding T-1, que reúne cinco empresas brasileiras do setor aeronáutico, lideradas pela Akaer.
Numa primeira etapa de funcionamento da nova fábrica, está prevista a contratação de cem novos colaboradores. “Nosso efetivo hoje é de 200 empregados, sendo que 60 deles foram contratados em 2009, por conta dos novos programas na área de defesa”, conta Cândido. Com a efetivação dos novos contratos, o executivo acredita que o número de funcionários deva chegar a 500.
Apesar de a empresa estar sediada hoje em Mauá, no complexo industrial que abriga outras quatro unidades do grupo, a nova fábrica será instalada em São Bernardo do Campo. “O prefeito Luiz Marinho (PT) tem facilitado a instalação de empresas com o objetivo de formar um polo de alta tecnologia na cidade”, disse Cândido.
Considerada uma das principais produtoras de material composto para aviões e placas do país, a Inbra Aerospace produz a porta blindada da cabine de comando do modelo 170 da Embraer, projeto que conquistou depois de participar de uma concorrência internacional. A unidade também produz painéis, consoles e janelas especiais para aviões. As aeronaves de alerta aéreo avançado da Embraer, conhecidas pela sigla AEW & C, são equipadas como uma dessas janelas, em forma de bolha.
A Inbra também foi a responsável pela blindagem do turboélice militar Super Tucano, produzido pela Embraer. O domínio da tecnologia de blindagem também credenciou a empresa a exportar esse conhecimento. Os 25 aviões Super Tucano que a Embraer vendeu para a Força aérea Colombiana (FAC), por exemplo, possuem reforço balístico contra armas 0.50, e protegem as pernas dos pilotos e os assentos.
FONTE: Valor Econômico, via Notimp
mais do mesmo Lobby pelo Gripen Mais interessante é a entrevista do MIn.Jobim no UOL explicando o processo de escolha. 1) este mês ele entrega o relatório e mês que vem a sai a decisão 2) o Rafale é o preferido pela transferência inrestrita, em oposião à transferencia necessária do F18 3) o Gripe propõe o desenvolvimento de tecnologia, o que não dá segurança financeira ao MD 4) os contratos comerciais serão casados, por exemplo será assinado a compra dos caças e a participação no KC390 simultaneamente 5) existem negociações com setores industriais para a elaboração do relatório que apontará… Read more »
Off-Topic do FX2:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u716273.shtml
“Em maio ou princípio de junho, o presidente Lula poderá então tomar uma decisão a respeito.” (NJ)
Hehehe… essa é pra quem acredita em decisão em ano eleitoral… Esse FX2 é uma vergonha nacional!
Sds.
Vader apóia o ENTERRO do FX2!
VVader disse:
5 de abril de 2010 às 12:30
Na realidade o processo já está em andamento.
Devagar eles vão fechando as parcerias.
Já dobraram os militares e venceram a resistência de alguns na FAB.
Apesar do desmentido da AKAER eles já assinaram com os franceses. A França não colocaria dinheiro para ajudar a suécia.
Já selecionara a empresa para as turbinas ….
e aí vai….
Robson Br: Pro suposto “processo” deixar o “andamento” e chegar ao seu “finalmento” tem de ser assinados os contratos. E a menos que esse governo seja completamente irresponsável e assine um contrato em branco com os franceses (coisa que não duvido, em absoluto), eu fico imaginando o tamanho do(s) contrato(s) que deverá(ão) ser feito(s). Uma minuta de contrato desse tamanho demora de seis meses a um ano pra ser elaborada. E outro tanto para ser analisada pela parte contratante. Aí começam as discussões de modificação de itens. Só depois se passa à parte das assinaturas. Então meu amigo, o máximo… Read more »
Vader disse:
5 de abril de 2010 às 13:50
Engana-se….vai ser aprovado igual foi os subs.
Não duvide se o serra ganhar o Jobim fica pasta.
O que esles estão fazendo é a costura com o empresariado local. Depois vai ser anunciado com toda pompa.
O F-18 SH convenhamos é um grande caça e vale apena apostar nele. Pena das restrições americanas.
Agora…..o autoCAD…..sem comentários.
A Campanha do Gripen tem muito suporte das empresas (e sindicatos) que poderiam fazer parte da produção e desenvolvimento do Gripen. O que seria a base de nossa futura ind. aeroespacial. A Dassault não tem o mesmo apoio porque não divide o osso com as empresas nacionais. Apenas por curiosidade, da falada parceria da Dassault com Universidades e Centros de Pesquisa. Alguém sabe se existem pré-acordos do tipo MoU? Nunca li nada específico. Mandar meia dúzia p/ fazer cursos na França em troca de um adicional de US$ 1.5 bi não vale, é muito por pouco. Mais: alguém sabe quanto… Read more »
ComAir disse:
5 de abril de 2010 às 14:36
Não foi feito ainda nenhum acordo. Intenções vale para os tres.
Quanto a ter suporte de algumas empresas não existe ainda, pois como eu disse existe só intenções.
O que existe é precionar o GF para botar uma grana em algumas empresas so para ganhar dinheiro, pois com 36 caças não vai muito longe não e não justificaria transferir uma linha de produção para aqui.
com relação ao movimento sindical..Um ex-sindicalista não é uma força politico-sindical.
Robson Br disse:
5 de abril de 2010 às 15:07
Obrigado pela resposta.
[]s!
Amigos,
Evitem por favor referencias à eleição de 2010. Já é difícil manter o blog com as paixões e preferências relacionadas aos aparelhos. Se entrarmos na discussão sobre política, nos enrolaresmos.
Não posso concordar com ComAir sobre a futura industria aerospacial… mas qual futura você se refere? O país já tem uma indústria aerospacial bem estabelecida, desde os tempos da Neiva e Aerotec, culminando com a Embraer. Além delas, existem dezenas de empresas, pequenas e grandes, envolvidas na fabricação de peças e outros dispositivos.
recomendo assistir a entrevista com Jobim no UOL
Senhores, A decisão já está tomada, deu o Rafale e pronto, agora, quando e como vai ser divulgada é que complica, fica dificil defender a compra vendo por exemplo o contigenciamento do orçamento militar. Quanto ao Jobim continuar com o governo Serra, não acredito, primeiro Serra não vai admitir que um ministro que trabalhou neste governo continue, pois isto implica em reconhecer que Lula fez uma boa indicação e segundo, não cabe o PMDB que vai apoiar Dilma tenha o seu naco dentro de um suposto governo Serra assim tão fácil, se isto acontecer (provavelmente) vai ser algum cacique do… Read more »
Pelo visto, Humberto, você não entende muito bem das relações entre os políticos deste Brasil.
Nelson Jobim é amigo íntimo de José Serra. Ambos dividiram um apartamento em Brasília na década de 80, e Serra foi padrinho do casamento de Jobim com Adrienne Senna Jobim.
A amizade entre os dois é tão grande, que na eleição de 2002, Jobim, então presidente do TSE, teve de ser afastado por ter interesse pessoal por ser amigo de Serra.
E dizem por aí que, quando vai a São Paulo, Jobim não perde um jantar com serra e sua mulher.