Não se produzem mais caças como antigamente
Nem mesmo a fantástica máquina militar atual dos EUA pode superar os números do passado. A demanda por caças não é mais a mesma. Como exemplo, o McDonnell F-4 Phantom II de número 5.000 foi entregue em 24 de maio de 1978, marcando também as comemorações do aniversário de vinte anos do primeiro voo. Neste período, a média chegou perto de 20 caças produzidos por mês!
Nos dias atuais, atingir um número destes é algo raro e difícil de acontecer. O F-16, mesmo após 36 anos do primeiro voo e toda a sua carreira de sucessos, a linha de montagem da General Dynamicis/Lockheed Martin entregou pouco mais de 4500 exemplares. Muito longe está o F-15 e o F/A-18 (versões A a D), ambos com números em torno de 1500 aviões produzidos (o F-15 um pouco mais e o F/A-18 um pouco menos).
Em relação à nova geração, também conhecida como a 5ª geração, o F-22 deve ter sua produção encerrada com menos de 200 exemplares e o F-35 promete ultrapassar 3000 encomendas entre os participantes do programa e outras possíveis exportações. Só um detalhe. Não há concorrentes ou outras opções de caças no mercado. Até o momento o F-35 reina só.
FOTO: McDonnell Douglas, atualmente Boeing
As aeronaves cresceram muito em termos de valores, bem como de suas capacidades.
No futuro, talvez, nem sejam mais tripuladas.
As forças aéreas estão trocando a quantidade pela qualidade. Mesmo com menos aeronaves, os valores envolvidos estão sempre crescendo.
Phantom II sinceramente foi um avião fantástico…
Qualquer um que conheça o mínimo da historia dele e os tipos de missão que eram possíveis vão concordar…
[ ]´s
Um caça como o F-22 (que é específico para superioridade aérea, diga-se de passagem) pode atacar 8 alvos simultâneos em terra com precisão de 3 metros a partir de uma distância de mais de 100 km, sem precisar de escolta, sem precisar de um avião dedicado a guerra eletrônica e nem de caças especializados em supressão de defesas.
Dois terços dos F-22 que estiverem em operação poderão atingir cerca de 1000 alvos independentes em apenas 1 surtida e em configuração “stealth” e sem comprometer o supercruzeiro, e ainda estarão levando mais ou menos 500 mísseis ar-ar.
Eficiência tecnológica, eis a resposta a números cada vez menores.
Estamos caminhando para os UAV’s,essas belezas voadoras como o Phanton,só em museu ou foto,que pena.
Num futuro próximo alguns avanços interessantes irão ocorrer na aviação de caça. A “convergência” é a ordem do dia e os mísseis não ficarão de fora desse “movimento” que já pegou em cheio os vetores, transformando-os em multiroles/swingroles/omniroles. Com a tecnologia hoje disponível não há motivo para que um míssil seja somente ar/ar ou sup/ar ou sup/ar. Dentro de poucos anos um míssil ar-ar BVR como o Amraam ou um WVR como o AIM-9X será tão eficiente contra outra aeronave como para atingir um veículo no solo, um barco no mar ou uma estação de radar. Isso trará a redução… Read more »
correção: ar/ar ou ar/sup ou sup/ar.
Até onde eu sei a maior frustração da FAB foi, querer muito muito o f4 ao invés da carroça dos f5.
Vai dizer que um f4 depois de um trato da Elbit não ia ficar um veneno…
Avanço tecnológico somado ao fim da Guerra Fria. Quem é o grande inimigo que justifique tamanha produção. Coréia do Norte? Irã? Após o fim da URSS o equilíbrio de forças pendeu totalmente para um lado apenas.
E o Brasil achando que vai ser alguma coisa com 36 caças…
Como o Bosco já disse:
1 caça de 5ª geração vale por oito dos mais antigos citados e por pelo menos 3 dos outros (e custa isso tmb). Além disso, a guerra fria acabou.
Custaria muito mais caro modernizar o F4 do que o F5 e possivelmente ficaríamos usando aviões defasados até o FX2.Também seria difícil adquirir aviões de segunda mão no AMARG.Talvez o F4 tivesse inibido que entrássemos no programa AMX.Acho que está melhor assim mesmo.
Concordo com os comentários do Ilya, Bosco, AngeloRS.
O aumento de eficiência a cada geração, e ao mesmo tempo o aumento exponencial dos custos de fabricação e manutenção derrubaram as quantidades de caças produzidos a cada geração. Ao mesmo tempo nota-se a redução do número de fabricantes, com fusões e aquisições e no futuro haverá ainda menos. Nesse cenário, é inevitável supor que quem não comprar concorrentes será comprado.
[]’s
Nostalgia! Eu já acompanhava a aviação militar quando essa foto do Phantom II “5 mil” foi publicada. Vamos por partes: Ricardo, o F-4 foi um avião fantástico, mas com limitações severas em razão da filosofia de projeto, que preconizava apenas a interceptação, com o armamento puro, com mísseis Sparrow e Sidewinder. Com seus sistemas de ponta, e a excelente relação peso-potência, que só seria superada pelo Mig-25 (e pela posterior série “teen”, claro), tornou-se um caça-bombardeiro preciso, e assimilou o canhão Vulcan no nariz (a partir somente do “E”, se não me engano). Mas sempre foi pesadão em manobras, e… Read more »
José Maria Bravo, Ilya Ehrenburg, Elisabeth, dentre pouquíssimos outros:
Adoro os comentários de vocês!
Sempre numa linha convidativa, inteligente e didática de se acompanhar! (vocês estão na minha lista “hors-concours”)
Realmente Parabéns!
Grácias, Defourt, pero: quien és Elisabeth (rs)?
Exageras, mas agradeço.
Como disse José Maria Bravo, um ótimo avião o F-4, apesar dos pesares.
Mas quem sabe com a China entrando de cabeça com uma produção mais alta do JF-17, Su-30 e do futuro 5º geração chinês não force os outros a elevar suas produções.
E quanto esta história de caças 3, 4, 5 vezes superiores é balela, tudo depende da tática e do cenário para se determinar a “superioridade” ou “inferioridade” de um vetor, afinal aviação de guerra não é Super Trunfo.
A Guerra Fria acabou? Do que vocês estão falando? Ainda esqueceram que é nos tempos de paz que se prepara para a guerra? Acho que vocês não estão levando em conta a “Nova Ordem Mundial” (que não tem nada a ver com dominação mundial, diga-se de passagem) que se mostra muito “estraga prazer” para o irmão do norte. Os EUA constantemente vem desrespeitando muitos outros países e ao mesmo tempo condenando ações cujo os mesmo as praticam. Curioso não? Os Estados Unidos estão perdendo terreno a cada dia que passa, mas não é só por desapego de “velhos” antigos “amigos”,… Read more »
Vários fatores explicam a diminuição do número de aeronaves: – Eficiência tecnológica (já dita aí em cima); – Custo crescente pelo aumento exponencial do uso de novas tecnologias que muitas vezes são projetadas do zero para as novas aeronaves; – Estas aeronaves são projetadas para uma carreira de 20 a 40 anos de uso, os caças da II Guerra, para uma carreira de no máximo 10 anos; – O treinamento de pilotos também aumenta de custo exponencialmente, basicamente porque hoje, eles operam uma aeronave e um complexo sistema de detecção de alvos, medidas e contra-medidas de ataque e defesa, suas… Read more »
Pergunto aos leitores, quem trocaria 2000 F-16 C por 5000 Phantom? Os caças atuais são muito superiores, em termos de capacidades, que os anteriores, em grande parte devido a novos sensores e armas. Isso eleva o custo, e reduz a possibilidade de ter muitos caças. Basta lembrar que dos caças Messerchmit Bf109 e Lavochkin foram feitos mais de 30 mil na Segunda Guerra Mundial. Menos de mil F-18C fariam o mesmo trabalho com mais eficiência e menos tempo.
Ameriano é tudo atrapaiado mesmo,eles tem um milhão de caças para so usar 3(F-15,F-18,F-22) e antes de preencher os esquadrões ja vão abandonar o F-22,jogaran dinheiro no lixo e depois eu quero ver crisis economicas nos Estados unidos kkkk
Eu vejo essa questão de evolução do combate aéreo de outro ângulo, por ex. defesa aérea: Imagine um Vant leve na faixa 600kg carregado, simples, barato, com grande persistência 12 a 24hs, com um radar de curto alcance (Saber?), motor a explosão tipo o Jabiru nacional (o que se quer é persistência e não performance), que qualquer pessoa com o mínimo conhecimento em mecânica e aeromodelismo possa operar e reparar, capaz de carregar um Piranha (Com sensor de tratamento de IR) por 24 hs, ou um míssel de médio alcance por 12hs, uma torreta eletróptica simples. Barato, reproduzível aos milhares… Read more »
No post anterior, o que eu quis colocar é a questão quantidade quem ganha? Uma águia ou um enxame de abelhas?
Abs.
Oh Perdão!
Eu corrijo: Elizabeth.
Risos
Exagero não.
Desculpem mas sou muito reticente em relação à china.
Que nada antes da 2ª guerra tambem era assim poucos aviões muitos desatualizados e aí quando começou a segunda guerra é que eles correram para produzir os melhores e em grandes quantidades.
5000 F-4 isso foi pouco se comparado ao Mig-21 11000 unidades e ao IL-2 Sturmovik 36000 unidades.
É como falaram os custo aumentaram muito mais em 1945 o custo para manter um P-51 ou Yak-3 era proporcional ao de um F-18E e Su-30MK hoje em dia mais na época era pós-guerra e inicio da guerra fria.