Motor de KC-135R da USAF retirado para reparo depois de… 26 anos!
Na foto acima, divulgada no site da USAF (Força Aérea dos EUA) no último dia 12 de março, está um motor que pode ser chamado de “veterano”. Trata-se da primeira turbina F108-100 entregue para equipar um avião tanque KC-135, e que nele esteve pendurada pelos últimos 26 anos – e que continuaria por lá mais alguns, pelo planejamento original, se não houvessem sido detectados problemas em suas pás, o que obrigou a retirá-la para, enfim, fazer a sua manutenção pesada.
O último voo dessa turbina deu-se na segunda de duas missões de reabastecimento realizadas em 1º de março, e o problema nas pás apareceu na preparação para a terceira missão. Nesses 26 anos, a turbina acumulou 13.409 horas de voo (o que dá uma média de 515,7 horas por ano). A manutenção pesada do motor será feita pelo 76th Propulsion Maintenance Group, na Base Aérea de Tinker, Oklahoma (EUA), envolvendo a completa desmontagem, inspeção, reparo, remontagem e testes, o que costuma levar entre seis e oito meses.
O F-108 é a designação militar da USAF do motor CFM56-2B, produzido pela CFM International, de uma família de motores que equipa aeronaves comerciais como o Boeing 737 e Airbus A320. Segundo a USAF, foi a primeira vez na história que a Força adquiriu um motor comercial para suas aeronaves.
Conforme informações do site da CFM, a média de serviço dos motores da família em aviões comerciais, antes da primeira visita à manutenção pesada, é de 12.000 horas na asa (chegando a 16.000 no modelo CFM56-3 que, após o “overhaul”, em média acumula mais 10.000). Em setembro de 2004, um CFM56-3C instalado em um Boeing 737-500 acumulou 40.728 horas na asa e 17.504 ciclos antes de sua primeira remoção, quebrando um recorde que vinha desde 2000 (de 40.531 horas).
Voltando para a área militar, o recorde indicado pela CFM para horas de voo acumuladas sem retirada da asa, em um avião militar, pertence a um CFM56-2A que somou, em maio de 2009, 19.655 horas em um E-6B da U.S. Navy antes de ser retirado para manutenção.
FONTE / FOTO: USAF
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Como assim! Nunca na minha pobre vida achei que durava tanto!
Aqui no Brasil já tinha pego uns 50 urubus na aproximação do Galeão. Só lá fora se consegue esses números. Aqui com os lixões isso é praticamente impossível.
O motor ficou mais tempo na asa do que eu tenho de vida!
Duram mais porque não voam tanto quantos as operadas pelas empresas aéreas, porém mesmo assim é surpreendente 26 anos.
Êita motozão bom que só. 😀
Realmente achei surpreendente, mas com todas estas horas voadas, qual é o TBI deste motor?
Taí um assunto que merece um tópico de debate.
De fato, Esdras, até procurei algo a respeito mas não estou com tempo de verificar. O que vi foi mais alguns dados a respeito do TBO do modelo mais pesadamente utilizado segundo a empresa, o CFM56-3C, e atualizei o parágrafo final da matéria, inclusive colocando um recorde mais recente de horas acumuladas antes do primeiro overhaul.
motorzinho danadinhu esse hen! kkk
Off-topic.
A MB tem a turbina TYNE recordista mundial de horas de funcionamento.
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