O Brasil e o futuro do Rafale
O Rafale foi desenvolvido inicialmente para substituir o SEPECAT Jaguar no Armeé de l’Air e para formar o grupo aéreo embarcado dos navios-aeródromo da Marine Nationale.
No início a França considerou desenvolver o novo caça juntamente com os países que acabaram produzindo o Eurofighter. Mas como a França desejava uma aeronave mais leve e não abria mão do papel principal na condução do projeto, decidiu caminhar sozinha. A decisão pela independência foi política e sucessivos ministros da Defesa franceses mantiveram o programa Rafale, sabendo que ele era vital para a defesa da França e para a sustentação de sua indústria aeroespacial.
Tal decisão acabou tendo um custo elevado para os franceses, que tiveram que bancar o desenvolvimento do seu caça, pagando os custos adicionais de pesquisa e desenvolvimento.
Os custos do Rafale, associados aos atrasos no desenvolvimento, devido ao fim da Guerra Fria e escassez de verbas, subiram cada vez mais. Ao contrário dos caças franceses anteriores, que se apoiaram nas exportações para manter seus custos mais baixos e as linhas de produção ativas, o Rafale ainda não teve sucesso em nenhuma concorrência internacional. A razão disso talvez tenha sido, além do preço, o estágio inicial de desenvolvimento do caça, que ainda não era “omnirole”, como seus vendedores gostam de dizer.
Agora, o Rafale na sua versão F3, está pronto para encarar seus rivais, EADS Eurofighter, Sukhoi Su-27/30 e os americanos F-15/16/18, bem como o Gripen. O JSF F-35, que deve entrar em operação em breve, já começa a atrapalhar indiretamente a venda do Rafale.
O Brasil, os Emirados Árabes Unidos e a Suíça são os próximos alvos do Rafale. Se o Brasil comprar o avião, os outros países poderão olhar o caça francês com mais simpatia. Mas, de qualquer forma, nada garante que o Rafale conseguirá outro contrato de exportação, devido aos seus conhecidos custos elevados e pequena escala de produção, que o colocam em desvantagem diante dos concorrentes citados acima.
Quem estará disposto a pagar o preço?
SAIBA MAIS:
“Quem estará disposto a pagar o preço?”
strange question , vicious one I would even say as the author does not mention the amount of this price
preço=???
my question to the author:how much is charged the Rafale(SH +Gripen NG) to FAB?how much is the operating cost compared to the SH and the Gripen NG?
I guess the author has the answer.If not the whole question is pure speculation and /or bashing.
A pergunta deveria ser: “quem será o primeiro louco?”. Ou talvez até melhor: “haverá um louco?”
Aparentemente a República Bolivariana de Pindorama é a primeira candidata. 🙂
Sds.
A Suíça parece que irá adiar o programa para um futuro indefinido.
Os EAU querem motor novo e um buy back dos M-2000, caso contrário nada feito.
No Brasil a FAB colocou em último.
Tá feia a coisa…
Eu acho essa foto da linha de montagem linda. A primeira também é um espetáculo.
Esta parte do texto me chama a atenção: “A decisão pela independência foi política e sucessivos ministros da Defesa franceses mantiveram o programa Rafale, sabendo que ele era vital para a defesa da França e para a sustentação de sua indústria aeroespacial.” Acho que por este texto pode-se afirmar que conseguiremos dos franceses a transfêrência de tecnologia. De 1986 pra cá, parece que o mundo mudou um pouco, não acham? Não dá mais para ser ” um construtor independente de caças” O custo chegou e ele vai ser repartido, nós entramos com $$$ e eles com o conhecimento. Vejo isso… Read more »
É, não tá “fácil” a vida do Rafale… e aqui no blog não é diferente… mas o que me acalenta é que são apenas relações mal concebidas, mensuradas ou mal intencionadas, partindo de interessados diretos e indiretos do negócio…, não é a primeira e nem será a última que o Rafale terá que derrubar! Só gostaria de fazer uma pergunta, novamente, pois nunca obtive uma resposta das vezes que fiz: PQ ainda não teve um questionamento, aqui no blog, em forma de tópico, sobre os custos reais do NG e do risco que isso pode ser tb em prazos, da… Read more »
Bem no que eu sei o Rafale já esta pronto e voando…a França terá 280 ou mais unidades, e nós??? Ficamos sem investir em tecnologia nacional pro décadas e agora que já estamos pra traz, se formos começar do zero então ficaremos mais pra traz ainda!!!! Trabalhando em linha de produção em serie sei que um protótipo pode entrar em linha com um preço diferente do orçamento inicial, e começar uma linha de produção para somente 36 unidades não vale a pena, somente o ferramental ficaria uma fortuna, depois vem as maquinas, os comandos numéricos(tornos, soldas, cortes, etc, tudo robotizado)… Read more »
Falam que a EMBRAER prefere o NG, que a França não é de confiança para a empresa e blá blá blá, mas a 8 anos o Mirage 2000-5 era o produto da EMBRAER… era o que melhor a empresa via como parceria… agora tudo mudou? eu digo o que mudou: negócio mais rentável para as empresas! elas não tem a FAB como prioridade! só não vê quem não quer! a FAB é o banco estatal que precisa ser explorado! simples assim!
sDS!
Isso mesmo Francisco AMX, A empresa no fim quer é o Lucro dela, mas é normal, toda atividade empresarial tem que ser assim.
A decisão “Graças a Deus” neste caso é política!!
Devolvo a pergunta, quem pagará o preço do SAAB Gripen NG???? está maravilha mercadológica que até Doutor do ITA apóia. Dos três somente um sobreviverá no mundo atual, o F18E/F Super Hornet. Se a FAB deseja ser revendedora de produtos de caça, monte uma lojinha, mas não faça do FX2 seu ganha pão, pois sua missão é outra. Já avisei, o mundo será dominado pelos F35, para ajudar a baixar o custo da criança para a USAF, USNavy e Marines. Ao lado dele estará seu concorrente maior o PAK-FA T50, se este sair da fase de projetos e os UCAVs… Read more »
Chico, foi assim com os UBoats x Scorpene, e será assim com as FREMM x KDX, será sempre assim, pois dá IBOPE…
Dizem que existe um sentimento anti-americano no Blog e na sociedade, mas o preconceito e o anti-gauleses é maior ainda.
Simples assim, vão perder de novo, pois muita coisa mudou no país e alguns bem esclarecidos ainda não notaram.
Viúvas podem chorar…
Abs
😛
Francisco AMX,
“A FAB é o banco estatal a ser explorado”.
Onde você aprendeu a ser verdadeiro e venenoso assim?
Acreditem ou não, salvo engano, há um forista que vive falando em ESCALA DE PRODUÇÃO aqui nesse blog. Já foram produzidos cerca de 82 Rafale. O total de encomendas para muitos e muitos anos é de 98 Rafale (totalizando 180). Li algures, que essa encomenda é até o final do ano de 2020. Portanto, dividindo o número de caças a serem fabricados (98), pelo número de anos que faltam até 2020 (11 anos), teremos uma produção ASSOMBROSA de menos de 9 Rafale por ano. É por isso que a produção do vetor francês foi diminuída de 25 para 13 ao… Read more »
ZE,boa noite.
Não esqueça que, paralelamente à introdução do Rafale nas Forças Armadas da França, existe um plano para a desativação progressiva de aeronaves mais antigas.
Além disso, deve haver também um planejamento orçamentário a ser seguido. Acho que nesse assunto você é mestre.
O objetivo do escalonamento da produção não creio que seja “dar sobrevida ao vetor francês”.
Abraço,
Justin
“Justin Case supports Rafale”
ZE,
O forista que falava que “ESCALA É TUDO” era você quando a bola da vez, o ‘preferido da FAB’, era o SH. Lembra?
Casag, he he…
Pois é o ZE vivia falando em escala… porém o Gripen NG qualé sua escala? rsrsrsrs
Abraço brod!
“grifo em 19 jan, 2010 às 15:46 A Suíça parece que irá adiar o programa para um futuro indefinido. Os EAU querem motor novo e um buy back dos M-2000, caso contrário nada feito. No Brasil a FAB colocou em último. Tá feia a coisa…” Grifo, se você me permitir, gostaria de complementar o seu pensamento. A Suíça é uma incógnita. Esse ano, através de um Referendo/Plebiscito, ela irá escolher entre comprar um novo vetor (já há vozes dizendo que ela deveria dar um upgrade nos Hornet), ou esperar até o fim de 2020. Ainda que os hevéticos resolvam comprar… Read more »
Parece que ainda não esgotou o assunto. Depois do resultado final, não vai ter nem masis assunto.
Espero que seja anunciado o FX DAS ESCOLTAS, aí temos a opção das italianas para dar um refresco nos gauleses…rsrsrsr
Chicão:
“PQ ainda não teve um questionamento, aqui no blog, em forma de tópico, sobre os custos reais do NG e do risco que isso pode ser tb em prazos,”
MAIS DO QUE VOCÊS TODOS JÁ FALAM O TEMPO TODO? 🙂
Abs.
O Super Cougar é um helicóptero aprovado pelas 3 forças armadas do país porque além de transferência de tecnologia (muito importante) atende as necessidades operacionais. Um helicóptero que carrega 29 soldados totalmente preparados é ideal para um país que deseja economizar em numero de vetores já que um faz o trabalho de um e meio. É também um helicóptero que nossas forças já tinham alguma noção, já que opera o Cougar a um bom tempo “sem problemas”, tecnologicamente falando ele é tão avançado quanto o posso de quem vai “rechiá-lo”, não devendo pra nenhum outro helicóptero. (E na minha opinião… Read more »
“(E na minha opinião foi uma escolha muito bem feita das nossas forças armadas)”
Por favor. Não foram as Forças Armadas que escolheram o EC-725. A escolha foi política, top down, vinda de cima. Não houve concorrência, processo de avaliação, nada disso. Entubaram nessa não só a FAB como o Exército e a MB.
Só para lembrar, estamos pagando por cada helicóptero mais do que pagaremos (ou pagaríamos) pelo Gripen NG ou pelo Super Hornet.
É os esquilos são mais baratos…
Não importa quem o escolheu é um excelente helicóptero é foi uma ótima compra.
“É os esquilos são mais baratos…”
O Mi-171, o SH-60, o UH-60, o Super Hornet, tem muita coisa mesmo mais barata…
Essa compra é caso de CPI. Quero ver é quem vai botar a sua assinatura neste contrato.
Como o Rafale foi projetado para ser o único vetor francês e como o Brasil optou por ter um único vetor, só o Rafale atende as necessidades (deve-se lembrar que só o Rafale foi projetado para missão de bombardeio estratégico). Só os USA usam o SH (a Austrália adquiriu o mesmo para poder aguardar a produção dos F35,dos quais se não me falha foi a primeira e única a comprar até agora). Já fabricaram por volta de 400 mas como os Hornets originais já estão chegando ao fim de sua vida útil e, há a possibilidade de os SH terem… Read more »
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