Jobim afirma que perdedores da disputa para fornecer caças podem retaliar
Jobim diz que “americano tem mania de achar que a América Latina é uma coisa só” e defende relação com os EUA “no mesmo nível”
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, admite a hipótese de retaliação política dos perdedores do programa F-X2, de renovação de 36 caças da FAB, e avisa que o Brasil tem de estar preparado para elas. “Pode haver questões políticas que você tem de saber administrar. Quando você faz opções, sempre pode ter problemas. Isso é risco de país grande, e só vamos ficar sabendo depois”, disse ele em entrevista à Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo, publicada hoje (26/12).
Deixando claro nas entrelinhas a opção pelo Rafale, da França, que concorre com o Gripen NG, da Suécia, e o F/A-18 Super Hornet, norte-americano, Jobim disse ainda que chamou a Aeronáutica para mudar as regras da indicação técnica. Segundo ele, foi porque “a transferência de tecnologia passou a ser prioridade”. Depois de 34 viagens internacionais no ano, disse que a América Latina deve ter uma relação com os EUA “no mesmo nível, não de baixo para cima”. Neste ano, firmou o maior acordo militar brasileiro na história recente, comprando R$ 22 bilhões em submarinos e helicópteros franceses.
FOLHA – Por que investir bilhões em armamentos num país como o Brasil, com tanta coisa por fazer?
JOBIM – Não é investir em armamento, é investir em desenvolvimento. Tudo o que a gente está fazendo em relação à Marinha e à Aeronáutica diz respeito à construção no Brasil de submarinos, de helicópteros e futuramente de caças. Um brutal avanço tecnológico, porque a empresa estrangeira associa-se a empresas nacionais e produz no país, formando técnicos, gerando expectativas, criando empregos, o diabo a quatro. Toda a alta tecnologia se desenvolve primeiro na área militar, só depois vai para a área civil.
FOLHA – E para que um submarino nuclear?
NELSON JOBIM – O território imerso do Brasil tem 4,5 milhões de quilômetros quadrados e, numa faixa de Santa Catarina até o Espírito Santo, há a maior riqueza submersa do país. É preciso dissuasão.
FOLHA – Por que não usar os submarinos convencionais, que têm manutenção muito mais barata?
JOBIM – O submarino convencional tem uma estratégia de posição, ele vai a profundidades muito grandes, mas desenvolve velocidade baixíssima. Já o de propulsão nuclear tem estratégia de movimento e chega a até 60 km/hora. Para nosso litoral, não é possível escolher um ou outro, tem de ser um e outro.
FOLHA – Ao perseguir liderança internacional e os projetos na área nuclear, o Brasil caminha para modificar a Constituição e ter condições de construir a bomba, como desconfiam diplomatas estrangeiros?
JOBIM – Nem pensar. Isso é cogitação de diplomata que chega sem saber nada sobre o Brasil.
FOLHA – O governo deixou a decisão dos caças para 2010 porque os franceses não estão cumprindo as promessas de Nicolas Sarkozy?
JOBIM – O problema todo é esse: havia uma decisão política de prosseguir a aliança estratégica com a França e havia um processo de seleção estabelecido pela Aeronáutica, que chegou aos três finalistas. A análise que tem de ser feita é quanto à plataforma, que significa basicamente o avião; à transferência de tecnologia; à capacitação nacional; ao preço e, finalmente, ao custo do ciclo de vida. A FAB faz a análise quanto à plataforma e sua adequação às necessidades do país e informa as tecnologias que as empresas estão oferecendo, inclusive detalhando as regras de cada país para aquela tecnologia.
Aqui, surge o seguinte: a França desenvolve toda a tecnologia do seu avião, depois tem a Boeing, em que toda a produção é norte-americana, e, por fim, a Saab, sueca, que tem produção americana, que é o motor, e outras europeias.
Então, tem de verificar a regra para transferência de tecnologia de cada uma dessas coisas. Não podemos iniciar o desenvolvimento de tecnologia no país e ser surpreendidos lá adiante por um embargo.
FOLHA – A FAB apresentou um relatório e o sr. devolveu, pedindo mais explicações?
JOBIM – Eu disse a eles o que eu queria. O que eles tinham era uma modelagem que vinha desde a época do governo passado, a da Copac [Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate], e eu disse ao brigadeiro [Juniti] Saito [comandante da Aeronáutica]: “Olha, mudou a modelagem. Não é mais essa aí”.
FOLHA – Foi uma forma de pedir para refazer o resultado e evitar um favorito que contrariasse a preferência do presidente?
JOBIM – Isso é presunção sua, conclusão de jornalista, partindo do pressuposto de que montei tudo para chegar à conclusão que eu quero. Não é nada disso. Quero chegar ao seguinte: isso aqui é que determinará a conclusão e não a conclusão que vai impor isso. Entendeu?
FOLHA – Não está se mudando na reta final uma regra e uma comissão que vêm há muitos anos, aliás, muito antes do governo FHC?
JOBIM – É que você teve, no meio do caminho, uma coisa que não tinha antes, a Estratégia Nacional de Defesa, que interfere em tudo, transforma a transferência de tecnologia em prioridade.
FOLHA – Na prática, o sr. vetou a FAB de indicar o favorito?
JOBIM – Não vão indicar mesmo, quem decidirá é o governo.
FOLHA – O risco de não saírem os caças é zero?
JOBIM – Praticamente zero. O presidente decide em janeiro e depois vem a negociação do contrato, que pode levar uns dois meses, como na Marinha.
FOLHA – Não é preocupante pendurar todas os contratos e equipamentos num único país fornecedor?
JOBIM – A premissa é falsa, antiga. Confunde compra de oportunidade com capacitação nacional. Se você simplesmente compra alguma coisa que não sabe fazer, sim, você fica na mão do fornecedor. Antes era assim, o que exigia uma diversidade enorme de fornecedores e o preço da logística ficava uma barbaridade. Hoje, com a premissa da capacitação nacional, é melhor produzir um tipo só, porque reduz o custo.
FOLHA – É uma defesa dos Rafale, já que os contratos são todos com a França?
JOBIM – É a defesa de quem transferir tecnologia.
FOLHA – É possível algum tipo de retaliação dos perdedores? Jurídica, por exemplo?
JOBIM – Não, porque não é uma licitação, é um processo de seleção, ou seja, com dispensa de regras previstas na 8.666 [Lei das Licitações]. Bem, pode haver questões políticas que você tem de saber administrar. Evidentemente, isso pode acontecer em qualquer hipótese. Se você escolher o Gripen, pode ter problemas com os franceses e os americanos. A mesma coisa se for o F-18. Quando você faz opções, sempre pode ter problemas. Isso é risco de país grande, e só vamos ficar sabendo depois.
FOLHA – Qual o foco de reequipamento em 2010?
JOBIM – Na Marinha, nós temos interesse em navios de patrulha oceânicos, logísticos e costeiros. A Itália e a Ucrânia vão mandar gente aqui em janeiro. No Exército, o presidente autorizou R$ 43 milhões para o início do projeto do blindado sobre rodas para substituir o Urutu. A princípio, vai se chamar Guarani. Na Aeronáutica, o FX-2. E, em comum para os três, o satélite de monitoramento.
FOLHA – A nova lei de Defesa é para preparar as Forças Armadas para agir em crises urbanas, como no Rio?
JOBIM – No Exército não muda nada, porque desde 2005 ele ganhou competência de patrulhamento, revista e prisão em flagrante em caso de crimes ambientais e transfronteiriços. O que faz a nova lei? Autoriza a Aeronáutica e a Marinha a poderem fazer o mesmo.
FOLHA – Como foi a conversa com o secretário-adjunto para o Hemisfério Sul, Arturo Valenzuela?
JOBIM – Muito boa. Eu defendi que os EUA se reapresentassem à América Latina, e a reapresentação passa pela relação com Cuba. O problema americano qual é? Não é o caso dele, mas americano tem mania de achar que a América Latina é uma coisa só, e não é. Mostrei a ele que nós queremos criar uma região de paz e ter uma relação com os EUA no mesmo nível, não de cima para baixo.”
FONTE: Reportagem de Eliane Cantanhêde publicada hoje (26/12) na Folha de São Paulo.
RELEMBRE OS FINALISTAS DO FX-2
Os Americanos estão perdidos e não sabem lidar com esta nova ordem mundial. Perderam o rumo na América Latina. É duro, mas é a realidade. O Ministro Jobim coloca uma pá de cal nas possibilidades do Boeing F18 E/F Super Hornet, e dúvidas sobre o SAAB Gripen. Se a Dassault e o Governo Frncês não cumprirem o prometido, a opção passa pelo Gripen N/G, mas na atual conjuntura, onde um Senador Americano vem a público e diz que o menino Sean Goldman foi devolvido devido a pressão do Senado Americano junto ao Governo Brasileiro, não ajuda em nada a situação/relação… Read more »
“Quero chegar ao seguinte: isso aqui é que determinará a conclusão e não a conclusão que vai impor isso. Entendeu?”
Não, acho que ninguém entendeu.
O Ministro da Defesa terá mencionado, e a Folha de São Paulo publicou: “JOBIM – Não, porque não é uma licitação, é um processo de seleção, ou seja, com dispensa de regras previstas na 8.666 [Lei das Licitações]. Bem, pode haver questões políticas que você tem de saber administrar. Evidentemente, isso pode acontecer em qualquer hipótese. Se você escolher o Gripen, pode ter problemas com os franceses e os americanos. A mesma coisa se for o F-18. Quando você faz opções, sempre pode ter problemas. Isso é risco de país grande, e só vamos ficar sabendo depois.” Na primeira sentença,… Read more »
Franco Ferreira, boa tarde. Está previsto na mesma lei: “Art. 24 – É dispensável a licitação: (…) Inciso IX – quando houver possibilidade de comprometimento da Segurança Nacional, nos casos estabelecidos em Decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional. Art. 1° – Ficam dispensadas de licitação as compras e contratações de obras ou serviços quando a revelação de sua localização, necessidade, característica do seu objeto, especificação ou quantidade coloque em risco objetivos da segurança nacional, e forem relativas à: I – aquisição de recursos bélicos navais, terrestres e aeroespaciais; (…) Parágrafo único. As dispensas de licitação… Read more »
Eu gostei das perguntas da jornalista. Curta e grossa, direto ao que interessa. Jobim retrucou como podia, mas mais uma vez está na cara que eles querem o Rafale e a FAB defendia outra coisa.
Tudo bem, é uma compra sem licitação por comprometer a Segurança Nacional bla bla bla bla… (tecnicismos que no Brasil em geral serve para favorecer os desonestos, diga-se de passagem). Mas então, porque veio a público? Por que demora tanto? Por que a fase de seleção veio a público? Será que os fabricantes envolvidos têm conhecimento que não participam de uma licitação? Como foi designado no edital? Alguém tem acesso ao edital? Se não era licitação e se compromete a Segurança Nacional a escolha deveria ter sido feita em absoluto sigilo e em um tempo reduzido tendo em vista a… Read more »
Uma lástima a cada dia ver que o FX2 se tende ao Rafale !!!
Um triste fim para o FX2.
Mais 30 anos parados somente com os Rafales pegando teia no hangar, e somente 1 Rafale voando, tudo por causa de uma ideia absurda do Sr. Jobim.
Sds.
Just In Case; Obrigado por teu comentário. O inciso IX (art. 24, Lei 8.666)confere às Autoridades ali mencionadas o direito de tomar inicitaiva de “dispensar” a licitação nos casos que enumera. Efetivamente, não é este o caso uma vez que a licitação desta aquisição está aberta desde 1995. Não houve “dispensa” no início, não pode haver agora! Na mesma toada, amigo, nem pode o Comandante da Força Aérea desautorizar o presidente da C. E. L., nem pode este mudar seu parecer anterior; também não podem as outras autoridades envolvidas decidir de modo diverso (art 50), qualquer que sejam os critérios… Read more »
Bem, o Jobim acabou de dizer, mesmo que implicitamente, que a decisão não saiu até agora porque os franceses não cumpriram o acordado com o Sarkô. Disse que mudou as regras no meio do certame. Inclusive, devolveu um ralatório do COPAC. O Ministro quer um relatório feito sob “MEDIDA”. Disse que tudo foi feito na base do improviso, visto que a “ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA ” foi apresentada depois do começo do certame. Disse, de forma velada, ainda que tenha negado em pergunta direta feita pela jornalista que: “Montou tudo para chegar à conclusão que eu quero”. Disse, ao ser… Read more »
Franco,
Falha minha. Coloquei tudo no mesmo saco. Os artigos são do Decreto 2.295/97, que regulamenta o assunto.
Esqueci de mencionar.
Quanto à consulta ao Conselho de Defesa para obter aval para a dispensa de licitação, com certeza esse processo foi cumprido antes da emissão do RFP.
A existência de um processo de seleção é requerida para buscar a obtenção da melhor oferta e, também para compor a justificativa de preços. Por isso não é feita uma compra direta.
Abraço,
Justin
“Justin Case supports Rafale”
Se os Franceses não cumprirem o acordo, a opção Gripen será a escolha, certamente, um vetor inferior, porém que nos dará o tão sonhado independência tecnológica, isso se o Senado Americano com seus altos e baixos não vetar os F414 e outros HW neste overhauling do JAS39 C/D. Desde o começo dois vetores se mostraram ideais para o Brasil, o SU35 e o Rafale, o russo foi tirado do pareo de propósito para não dificultar ainda mais a decisão, mas os Americanos e seus irmãos Suecos começaram a jogar duro, e começaram uma tentativa desesperada de mudar o jogo. O… Read more »
O Jobim está certo o END prevê o item “Transferência de Tecnologia” e o FX1 previa offset que poderia ser desde de algodão até frango e soja… Se o COPAC tendenciosamente não se atentou a isso, o Ministro têm o direito de pedir correção. É o papel que se espera de um Ministro de Estado e da Defesa. Acho que o “Tom” Jobim está certo, bola pra frente.
Em sendo verdade que a França não se nega a passar nada de sua tecnologia nas áreas relativas à Defesa (das 3 Forças), uma estátua deverá ser erguida em homenagem ao Presidente Sarkozy, que nos elegeu como uma nação irmã no melhor sentido da palavra. No interior de Minas esse tipo de atitude do Sr. Jobim e do Presidente Lula é chamado de “birra”. Na verdade eles ‘imbirraram’ com a França (e flertam com a Rússia rsr…). É o tal do “quer porque quer”. Mesmo que o aniversariante de ontem baixe aqui em pessoa e diga que existem outras opções… Read more »
Para compra de toalhas ou uniformes da China, o Exército faz uma licitação, mas não para compra de materiais bélicos de 10 bilhões de reais. É muita inocência prever licitação no caso de compra de vetores de combate. Os Leopard 1A5 foram comprados com licitação? e os Scorpenes? então vamos fazer uma licitação para centrifugas nucleares para enriquecimento de urânio a 95% e vamos de licitação, Têm que ter paciência de Bahiano …
Wolf,
mas deve ter havido um processo de escolha no caso dos Leopards. Só não veio à público.
Por que não fizeram o mesmo com o Rafale?
Eu particularmente não sou contra “não ter licitação”, mas particularmente só fiquei sabendo disso no dia 07 de setembro.
Um abraço.
O processo do FX-2 é uma dispensa de licitação, de acordo com art. 24 da lei 8.666. Não houve um edital, e sim um pedido de oferta encaminhado a três empresas fornecedoras. O fato da modalidade não ser licitação no entanto não dispensa os requisitos colocados na Constituição de legalidade, impessoalidade e moralidade. A escolha final, qualquer que seja, vai passar pelo crivo do Tribunal de Contas da União, e está sujeita a possíveis ações do Ministério Público e do Congresso. Sem falar na opinião pública. Como é que você explica que você preferiu pagar o dobro do preço cobrado… Read more »
Eu imagino que os 3 últimos candidatos tenham de algum modo satisfeito o desejo do Governo Brasileiro em relação à TT caso contrário não teriam chegado tão longe no processo de seleção. Ou seja, talvez americanos e suecos não tenham oferecido uma proposta de TT tão boa quanto a dos franceses, mas daí pra custar o dobro é no mínimo estranho. Fica parecendo que não houve da parte dos outros dois candidatos absolutamente nenhuma oferta de transferência de tecnologia. Só isso justificaria o preço, já que vetor por vetor, a despeito de “escala” ou de um ser pontualmente melhor que… Read more »
Amigo Bosco, “Mas então, porque veio a público? Por que demora tanto? Por que a fase de seleção veio a público? Será que os fabricantes envolvidos têm conhecimento que não participam de uma licitação? Como foi designado no edital? Alguém tem acesso ao edital?” A dispensa da licitação é pública e desde que Cabral chegou por essas bandas (hehe) que se sabe disso (todos os envolvidos sabem). Já no antigo Fx (finado), as regras eram as mesmas: “O processo segue a Lei Nº 8.666. O Decreto-Lei 2295 serve para regulamentar a dispensa de licitação, para o caso de materiais de… Read more »
Precisamos ver o outro lado também. Os EUA tiveram problemas para negociar o FX2. “Impasse travou negociações Projeto F-X2 Sáb, 26 de Dezembro de 2009 08:58 Falta de embaixador atrapalhou negociações americanas sobre o programa FX-2. O ex-secretário Bernard Aronson, responsável pela América Latina nos governos de George W. Bush e Bill Clinton (1989 a 1993), chegou a dizer, durante o tumultuado processo de apreciação do nome do diplomata Thomas Shannon, que a falta de embaixador americano no Brasil estava afetando os negócios entre os países. Estaria ameaçando, inclusive, a venda de 36 caças da Boeing à Força Aérea Brasileira,… Read more »
Uma das coisas que eu sei do FX-2 é que o preço é ítem sigiloso durante todo o processo de seleção do caça. Inclusive a quebra desta regra é motivo de exclusão do participante.
Então como se fala de preço com toda segurança? Como se fala de “o dobro” – 100% de diferença entre os caças? E se for 34%, por exemplo, vale a TT? E se for 41%? 29?
É só esperando e torcendo para que seja o melhor negócio para o Brasil, primeiro, e para a FAB.
Sds a todos.
A matéria em 4 capítulos do FX1 mostra o processo e a história que se repete no FX2 com alguns pequenos ajustes referentes ao END. Está tudo lá. Agora, sei que a Inês é morta, mas estrategicamente falando foi um trmendo erro ter excluído a opção Russa no FX2, um erro grande, pesado e caro para a FAB. Estando o SU35 no jogo, as cartas de cada um teriam um peso ainda maior. Hoje, a França joga um jogo que praticamente já ganhou e parece que o Presidente e o MD não conseguiram reverter os custos, então eu cancelaria o… Read more »
Pra gente entender melhor a fala do Jobim, acima, sobre os EUA: “Em razão do vácuo diplomático, foram adiadas “sine die” reuniões de fóruns bilaterais, como aconteceu na área de comércio e de biocombustíveis. Também ficou no ar a assinatura de um acordo de cooperação econômica. “Acho que os Estados Unidos precisam resolver rapidamente a indicação do novo embaixador para que as linhas tradicionais de comunicação sejam reabertas”, avalia Riordan Roet, diretor do Programa de Estudos Latino-Americanos da Johns Hopkins University. Para o historiador Virgílio Caixeta Arraes, da UnB, com a demora fica a impressão de que o Brasil e… Read more »
Wolfpack, concordo com o fato de ter sido um grande erro ter eliminado o SU-35 do FX2. Até por questões de negociação, como vc bem disse. No entanto, faço uma pergunta (para a qual não tenho resposta): não se pode fazer uma outra negociação com a Russia, independente do FX2? Pode-se terminar o FX2 (agora acho que termina, não tem mais como adiar) e iniciar uma negociação com a Russia. O Mangabeira não tinha proposto uma negociação em torno do PAK-FA independente do FX2? De repente… por falar em PAK-FA, parece que ele já começou os testes e voará em… Read more »
Casag, então tá explicado o porque da possível escolha do Rafale. Os franceses foram os únicos que não quebraram a regra do sigilo sobre os valores da proposta e portanto, não foram excluídos. rsrs… Hornet, entendo! Agora, quanto a questão dos possíveis embargos, ou melhor falando, do descumprimento dos contratos firmados, é igual a filho da gente, certeza certeza que é nosso só quando vemos aquela pintinha na cotovelo igual a da nossa tataravó.rsrsr. Ou seja, não dá pra ter certeza de nada no mundo então, nem em relação aos americanos, franceses, etc. Mas eu entendo. A mim só não… Read more »
Amigo Bosco, certeza 100% nunca teremos mesmo. Mas podemos ter um grau de certeza a mais para uns que para outros. Acho que o Rafale começou a ganhar o FX2 quando a França se dispôs a ajudar o Brasil no sub nuc. Certamente vc se lembra: vários países foram consultados e apenas a França se predispôs. Isso conta e muito a favor da França no contexto geral. Imagina a situação: a França nos ajudando a construir um sub nuc (que é infinitamente mais estratégico e mais complexo que um caça) e nós dizendo para o Sarko: olha, não confiamos em… Read more »
Hornet, mas absorver a TT integral do Rafale e ainda por cima se alinhar a um programa de caça de Quinta Geração? Acho demais para um país que nem estrada tem direito e com todas as mazelas de um país de terceiro mundo. Aí eu faço coro com os leigos de plantão que perguntam “para que gastar tanto dinheiro com Defesa se há uma série de outras necessidade urgentes a serem resolvidas no país?” Eu mesmo sempre defendi que o F-X2 tinha que ser desmembrado em caça, armamento, abertura de códigos fontes, etc, por um lado, e associação com parceiros… Read more »
Hornet,
válida a sua argumentação, sem dúvida.
Um abraço meu amigo.
Toda a oferta é sigilosa, não só o preço. É um compromisso que a FAB assume com todos os participantes, para que as condições propostas para um país não sejam depois cobradas em uma outra concorrência para outro país. Cobranças mais ou menos do tipo “vocês ofereceram o Super Hornet a US$ 55 milhões para o Brasil, então eu quero o mesmo”. Agora, cada participante está livre para divulgar o que bem entender da sua oferta. Não existe NADA que impeça a Dassault de divulgar o preço individual do Rafale. Ela não o faz porque sabe que o preço é… Read more »
Hornet, Em muitos aspectos sou contra a atual linha do Itamaraty e penso que o Amorim, Garcia e toda turma trocam os pés pelas mãos muitas vezes. Mas a atitude frente o Governo Americano é bem diferente da Turma anterior do FHC e Companhia. O Embaixador Americano foi aprovado na véspera de Natal, será o Sr. Thomas Shannon será o novo embaixador americano no Brasil. Uma coisa é certa não mudará em nada o resultado final do FX2. O Brasil deve aprender com os Asiáticos que uma relação duradoura se constrói com o tempo, levam-se anos para erguer-se barreiras e… Read more »
Wolfpack,
concordo com o que vc disse, é a mesma coisa que eu penso (inclusive em relação ao menino).
Bosco,
o meu devaneio em relação ao PAK-FA em paralelo ao FX2, já passou…deve ter sido a ressaca do Natal…hehehe
Também concordo com vc neste quesito: uma coisa de cada vez, senão não teremos nem caça que quinta geração e nem muito menos o FX2….hehe
Como diria minha vó: devagar com o andor que o santo é de barro.
abração aos dois
Bosco,
Qual o preço do SH e, principalmente, do Grippen do qual faltam oito anos para completar o desenvolvimento?
Você que acompanha não só desenvolvimento e utilização de armamentos, como histórico, me diga: você já viu algum prazo e previsão de custos serem cumpridos rigorosamente?
Vou simplificar sua resposta: você já viu algum projeto que não atrasou ou extrapolou orçamento no desenvolvimento, principalmente quando calcularam o prazo em oito anos? E io custo do desenvolvimento, quanto é?
Voltando: o preço do SH? Com quanto de TT? É prateleira?
Sds.
Esse historia deste senadozinho arrogante me deu um certo ódio!! Por mim ele podia pega esse 2,5 bilhões e enfiar no meio daquele lugar!!! Mas não é esse o motivo pelo qual não gosto da idéia do SH na FAB: Simplesmente não acho uma aeronave adequada para missões de superioridade aérea tendo em vista que ele é um (avião de ataque) e não um caça como os outros dois, não gosto muito dos governantes do EUA (chega a ser quase pessoal), mas não misturo as coisas se fosse o F-16E/F no lugar dos SH a historia ficaria bem diferente… infelizmente… Read more »
casag, mas “qual o preço” é de menor importância. Eu acho que o mais importante é sabermos quanto custa um caça pronto e “limpo”, ou seja, um produto industrializado. Ponto. Depois temos que saber o que vamos comprar de opcionais (mísseis, tanques, motores adicionais, radares adicionais, assentos adicionais, casulos de ataque, etc.) e quanto vamos pagar por eles. Ponto. Depois temos que estar cientes e deve estar descriminado quanto vai custar a abertura do software para que possamos integrar futuros, possíveis e bem vindos armamentos domésticos. Ponto. Depois devemos saber quanto vai custar tornar o caça operacional na FAB, levando… Read more »
Hornet,
me desculpe eu estar plagiando seu “toca o enterro”, mas ele vem muito a calhar.rsr…
“só uma coisa tecnologia de sub nuclear não é nada simples ou comum de se transferida muito pelo contrario é algo guardado a sete chaves, a transferência por parte da França pra nós mostra um altíssimo nível de comprometimento e confiança, inclusive lembro deu a cara a bater aos outros países da Europa por esse pecado”
sds
O problema é que dentro de 25 anos poderemos não estar nem perto de desenvolvermos e de fabricarmos um caça no Brasil (estamos desenvolvendo um simples míssil anti-tanque há pelo menos 25 anos oriundo de um projeto comprado dos italianos do míssil MAF). E aí? Os responsáveis pela cláusula de TT que tanta dor de cabeça nos tem dado já estarão bem velhinhos e tudo já estará meio que nebuloso, fazendo parte da história, se perdendo nos caminhos tortuosos da República e dos ‘poder’. Se entrevistado pelo idoso Nunão lá pelo ano 2035 cobrando do mais idoso ainda ex-ministro NJ… Read more »
carl, mas pelo menos no caso do subnuc já fazemos o reator. No caso do caça não fazemos nada. Ou será que vamos nos considerar aptos a “fabricarmos” caças como a Embraer faz com seus aviões? O motor é de um, os aviônicos de outro, as telas multifuncinais de X, a APU de Y, o trem de aterrissagem de Z, etc. Serve para uma empresa como a Embraer, que diga-se de passagem está de parabéns, mas não serve este modelo para o Brasil. Pra mim, no caso da TT, teríamos (o BRASIL) que estar habilitado a fabricar os motores, o… Read more »
Bosco,
é “segue o enterro”. Plagia direito!…hehehe
abração
Bosco, Só uma questão em relação a TT. Ela pode se dar sim. Aliás, temos vários exemplos, não só na área militar. Mas o que é importante saber (ter em mente) é que não se trata de mágica. Isso leva anos e requer continuidade (sem interrupção ao longo desses anos todos). E pode ser feita de várias formas: com ou sem inclusão da C&T do país; com ou sem abertura para novos projetos decorrentes da TT realizada etc. Eu particularmente me daria por muito contente se conseguíssemos ao final de uns 10 ou 15 anos termos uma absorção de TT… Read more »
Hornet,
você sabe a origem dessa expressão “segue o enterro”?
Bosco e Hornet, No mês passado não sabia que lamentaria tanto hoje a retirada prematura dos Russos no processo F-X2. Continuo achando que o Sukhoi Flanker (qualquer número, SU-27, SU-30, SU-33 ou SU-35) é um excelente caça, principalmente o SU-35 que será superior provavelmente a quase tudos os caças de geração 4.5. Entretanto não seria minha opção para o F-X2 por ser grande demais, logística diferente demais, doutrina diferente demais, enfim, risco demasiado na mudança de algo sensível. (Desculpe-me Welington!) Mas sem dúvida eles fazem uma falta terrível nesta hora, como moeda de troca mesmo. A Dassault está tranquilamente esperando… Read more »
“Parece proposital?” Sê tá bonzinho hoje em Ivan.
O Brasil tá acreditando nos profetas do Apocalipse que antecipam a derrocada americana pra daqui a pouco e como nossos governantes querem passar a impressão que são líderes de mão firme e que não são vassalos dos porcos imperialistas, resolvem criar caso logo com quem? quem?quem?…
Te dou um ‘panetone’ se você errar.rsrs…
Olá Hornet, O PAK-FA seria uma opção excelente para o Brasil. Sem dúvida um salto teconológico sem precedentes. Porque aprender AutoCAD 2D se temos ferramentas melhores 3D Catia, Pro/E, UG… Olhe este site um desenho sugerido do PAK-FA, por sinal na edição atual do site, eles dão relevância a campanha de propaganda do Gripen N/G e FX2. Segundo consta, no pacotão Francês está o desenvolvimento conjunto de um UCAV no futuro, e com a Rússia estaríamos indo para um verdadeiro vetor de 5a. geração, e na seqüência um 6a. geração com a França que acredito ser extremamente mais complexo. Dias… Read more »
Hornet,
esqueci do site: abs
http://www.flightglobal.com/blogs/the-dewline/2009/07/
Hornet, Amigão, 70% ou 80% é muito difícil, mesmo em 15 anos. Temos que considerar o motor do caça, que é algo em torno de 30% do custo total. Motor é algo relamente muito difícil de fazer e não temos no Brasil nenhuma empresa que trabalhe nesta linha. Deixa eu me posicionar melhor. Vamos trabalhar em números aproximados. Digamos que 40% do custo de um caça está na sua estrutura, asas, empenagens, trem de aterrisagem, sitema fly by wire e integração de todo o resto. Para isto já existe a Embraer que pode e deve absorver esta tecnologia e o… Read more »
Pra falar a verdade não acho que o F-X3 será 100% fabricado com nossa tecnologia no máximo um caça leve, acredito que a maior parte da tecnologia adquirida no F-X2 será usado no meio civil. Não existe razão de arcar com todos os custo de um caça de ponta . Por isso mesmo gosto da parceria com a França, pois eles já devem estar pensado no próximo caça (e ta aí o mérito do Lula se ele conseguir uma parceria ou ao menos facilitar para o próximo governo uma parceria desse novo caça então o Brasil salta de posição) Sds… Read more »
“só uma coisa tecnologia de sub nuclear não é nada simples ou comum de se transferida muito pelo contrario é algo guardado a sete chaves, a transferência por parte da França pra nós mostra um altíssimo nível de comprometimento e confiança, inclusive lembro deu a cara a bater aos outros países da Europa por esse pecado” Por isso mesmo Carl, a França não irã compartilhar nada conosco quanto a propulsão nuclear, apenas nos ajudarão com o casco do submarino, possivelmente um escorpene modificado e caberá ao Brasil a confecção e instalação do reator. Como os novos submarinos franceses terão turbinas… Read more »
Bosco,
O ‘parece proposital’ é proposital!
Sabe como é, clima natalino, a gente alivia até para quem nos faz raiva…
Mas se pensarmos os motivos de um Marco Aurélio Top Top Garcia buscar sempre oportunidades de confrotar os EUA em assuntos em que nao lucramos nada, é para ‘ficar com uma pulga atrás da orelha’.
Parece maquiavélico, buscar briga com quem não interessa aproximação, por razões ideológicas.
Seria viajar no trenó do Papai Noel, mas para alguns os fins justificam os meios.
Enfim, fica para reflexão de fim de ano.
Abç,
Ivan.
Dalton em 26 dez, 2009 às 19:51
“Segue o enterro…(macabro, rs)”
nossa kkkkkkk !!!!
Independente de qualquer coisa eles jamais nos passariam tecnologia deste porte.
E o que a França fez já é algo que me surpreendeu muito.
Sds velho
Ivan,
mas sempre poderemos confrontar os EUA impunemente, principalmente se comprarmos alguns mísseis balísticos antinavios chineses (rsrs) que destrõem porta-aviões a 2000 km.
Contra seus submarinos Los Angeles, Virgínia, Ohio, etc, podemos usar os torpedos Skhval que é tiro e queda.
Contra os B-2 é só comprarmos os S-400 que não vai sobrar nenhum pra contar a estória.
O Rafale já vamos ter mesmo e eles darão conta dos F-22.
Mais alguns interferidores de GPS e alguns hackers de plantão e …vualá!. Teremos os famigerados ianques aos nossos pés.rsrsr….