O custo do ‘adiantamento’
Demora do governo em definir qual caça equipará a Força Aérea atrasa planos de defesa do País e ameaça credibilidade da negociação com os três finalistas
Claudio Dantas Siqueira e Octávio Costa
A concorrência para a compra de 36 jatos de combate pela FAB, estimada em R$ 10 bilhões, parece uma novela sem fim. No capítulo mais recente, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou novo adiamento na escolha dos caças, desta vez para janeiro de 2010. Não informou os motivos e o comando da FAB mantém-se em silêncio para não quebrar a hierarquia. O custo dessa indefinição é enorme, pois afeta não só a credibilidade da negociação como atrasa os planos de defesa do País, que vê seu espaço aéreo vulnerável.
“Não dá para ficar nessa ladainha. Seja pelo critério político, seja pelo técnico, é preciso resolver logo”, afirma o coronel reformado Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp. Ele explica que, uma vez decidida a compra, correrão mais seis meses até a assinatura do contrato. Para o analista de segurança internacional Gunther Rudzit, é necessário evitar que se repita o insucesso do programa F-X, adiado no último ano do governo FHC e, finalmente, cancelado em 2003.
O Brasil precisa com urgência de uma geração de caças de combate para garantir a segurança dos céus e de suas riquezas no mar territorial. ISTOÉ obteve detalhes sigilosos das ofertas dos finalistas: o francês Rafale, da Dassault, o americano F-18 Super Hornet, da Boeing, e o sueco Gripen NG, da Saab.
O relatório da FAB mostra os pontos positivos e negativos de cada avião usando um código de cores (azul, amarelo e vermelho), em vez de notas. Dos três, o jato francês apresenta o pacote tecnológico mais abrangente e o sueco aparece, à primeira vista, como o de melhor preço. Seu valor unitário, sem o pacote de armamentos e os custos de manutenção, é de US$ 50 milhões. Seria um bom negócio, não fosse o Gripen NG apenas um projeto em desenvolvimento. Isso torna impossível calcular seu custo real e garantir o cumprimento dos prazos de entrega. Apesar da expectativa de desenvolvimento conjunto com a Embraer, a cúpula da Defesa sabe que escolher o Gripen NG seria como assinar um cheque em branco. A FAB marcou esse item em vermelho. “Não dá para comprar o que está na prancheta”, adverte Cavagnari. De fato, os registros históricos do setor aéreo no mundo atestam a precariedade de estimativas sobre um avião ainda não operacional. O F-18 Super Hornet, por exemplo, apresentou variação média de 100% entre o valor previsto inicialmente pelos fabricantes e seu custo final do projeto, que chegou a US$ 9,5 bilhões.
Apesar disso, o caça americano é oferecido hoje a um preço estável de US$ 55 milhões. No caso do Rafale, até ficar plenamente operacional, foram necessários 7,5 bilhões de euros (US$ 10,9 bilhões), uma diferença de 50% em relação à estimativa inicial. Seu preço unitário sem armamentos e suporte era de 94 milhões de euros (US$ 136 milhões) quando começou a ser vendido, mas baixou depois para 54 milhões de euros (US$ 78 milhões). Esse é o valor oferecido ao Brasil na última proposta e o mesmo praticado pela Dassault com o governo francês.
Além da questão do preço, levantada pelo presidente Lula durante a visita do colega francês Nicolas Sarkozy a Brasília em setembro, está em jogo o prazo. Segundo Cavagnari, o setor de defesa está num processo de desmonte avançado, que começou em 1995. “Temos carências imediatas de poder aéreo que precisam ser solucionadas”, explica. E aí surge outro problema. A FAB quer receber os primeiros aviões em 2014. Quem garante entregar o pedido em tempo hábil?
A Dassault está com a linha de produção do Rafale aquecida por novas encomendas do governo francês, o que dá segurança ao cumprimento dos prazos. A Boeing tem tradição de pontualidade nas vendas do F-18. Já a Saab deve levar oito anos para tornar seu caça operacional. Por exemplo: o radar que vai equipar o Gripen começou a ser desenvolvido só este ano.
“Para se ter uma ideia, a Saab desenvolve o radar Caesar para o caça Typhoon há cinco anos e a previsão para ficar pronto é 2016. Agora dizem que podem desenvolver um radar similar, o Raven, para equipar o Gripen NG, até 2011. Acho bastante improvável”, afirma o especialista Pedro Paulo Rezende. Outro ponto importante na análise da FAB é o custo da hora-voo. Um avião que consome demais torna-se inviável a longo prazo. A hora-voo do F-18 está em US$ 11 mil, enquanto a do Rafale é de US$ 14 mil. Já a do Gripen, segundo a Saab, seria de US$ 4 mil.
Mas a Comissão Técnica do FX- 2 (Copac), a partir de cálculos baseados em dados de manutenção extrapolados do Gripen C/D (versão anterior ao NG), encontrou um valor bem diferente: US$ 8 mil. Da mesma forma, a Noruega e a Holanda, ao avaliarem o caça sueco, chegaram ao valor de US$ 10 mil. A divergência de informações levou a FAB a marcar esse item do Gripen em amarelo, de atenção. O F-18 ganhou azul nesse quesito, mas avermelhou no item “assinatura-radar”, que significa o rastreamento pelos radares inimigos. O Rafale, segundo dados oficiais, é o caça mais “invisível” dentre os concorrentes.
Em recente exercício simulado com a Marinha americana, os jatos franceses “derrubaram” seis caças F-18 e perderam só duas aeronaves. Os pilotos americanos disseram que só conseguiam ver o Rafale no radar quando já era tarde demais para reagir. Agora, quem precisa agir rápido é o governo brasileiro.
FONTE / INFOGRÁFICO: ISTOÉ
NOTA DO PODER AÉREO: a pedidos, publicamos aqui a matéria referida por vários leitores no final de semana, pois acreditamos que ainda há itens que podem ser discutidos sobre a mesma. Uma possibilidade de discussão é porque o Rafale, no texto, é o único concorrente sobre o qual não se faz alusão ao recebimento de qualquer “cor negativa”, dentre os códigos coloridos citados (mesmo quando o texto mostra itens em que a aeronave não está em vantagem em relação aos demais).
Outra questão é que, apesar da matéria dizer que o Ministro da Defesa não revelou motivos para adiar a decisão, estes foram revelados em nota do próprio Ministério referente à audiência na Câmara de 9 de dezembro: o adiamento seria devido à “proximidade do fim do ano” (clique aqui para ver a matéria com a nota).
Colocamos aspas no título (originariamente sem) por não entendermos o uso da palavra adiantamento enquanto o texto se refere a adiamento. Quanto ao infográfico, achamos por bem avisar aos leitores que, na posição reservada ao Rafale, a ISTO É colocou a imagem de um Gripen e que, ao invés de um Super Hornet, a imagem mostrada é de um Hornet. Preservamos também parte da digitação truncada original.
Já se sabia que o Gripen NG ainda está em desenvolvimento desde que os 3 finalistas foram escolhidos. Então por que o mesmo foi escolhido como finalista? Como fizeram para avaliar a assinatura radar dos caças? Entraram nos sites dos fabricantes ou foi na base da famosa técnica ultrasofisticada chamada “mamãe mandou”? rsrs…. “”Em recente exercício simulado com a Marinha americana, os jatos franceses “derrubaram” seis caças F-18 e perderam só duas aeronaves. Os pilotos americanos disseram que só conseguiam ver o Rafale no radar quando já era tarde demais para reagir.”” Nossa! Olha o informante aí de volta. rsrs.… Read more »
um pouco tendenciosa esta matéria… sou a favor do Gripen, mas este texto ficou muito “dirigido” ao Rafale.
Eu fico pensado aqui com meus botões: já imaginaram se outro país da América do Sul resolve comprar o Rafale também? Aí fu…! O bicho é praticamente invulnerável. E pior, nem é de Krypton!rsr… Já imaginaram nós com Rafales tendo que enfrentar outros Rafales. Vai ser igual a campeonato de futebol na Bahia, vai dar empate sempre. Os mais provável é que ninguém veja ninguém ou então que todo mundo veja todo mundo no mesmo instante e não se faz mais nada já que o SPECTRA vai começar a funcionar de ambos os lados impossibilitando qualquer tipo de atitude. O… Read more »
Fácil de se aperceber que a matéria publicada por “Isto É” é incongruente e mal escrita! A parte que se refere ao Gripen NG é uma meia-verdade, já que não se trata de um vetor completamente novo, mas de um grande update. É uma piada esse artigo dizer que o preço pago pela Força Aérea Francesa é de 55 milhões de EUROS (78 milhões de DÓLARES), quando o próprio Tribunal de Contas Francês já disse que o custo é de 64 milhões de EUROS (94 milhões de DÓLARES). Só para comparação, o Typhoon (que tem uma ESCALA infinitamente maior do… Read more »
A matéria é altamente especulativa e o tal “acesso a dados sigilosos das propostas” parecem ter sido na verdade extraídos de blogs e fóruns de defesa brasileiros… As opiniões contrárias ao Gripen NG vindas de um “especialista” tão imparcial quanto o Pedro Paulo Rezende, conhecida viúva do Flanker, desqualificam ainda mais a matéria. Como disse o Bosco, todo mundo sabia que o Gripen NG é um programa em desenvolvimento. Ora, se a FAB o colocou na short-list e desqualificou Typhoon, Flanker e F-16, ele deve ter pontos muito fortes… Por último, esse negócio de bola azul, bola amarela e bola… Read more »
“Bosco em 21 dez, 2009 às 0:28 Eu fico pensado aqui com meus botões: já imaginaram se outro país da América do Sul resolve comprar o Rafale também? Aí fu…!” Caro amigo, gosto muito das suas observações, porém gostaria de fazer uma pequena ressalva: Ninguém, mas ninguém na América Latina tem condição financeira de comprar e operar esses caças. As duas únicas exceções seriam: O Chile, que apesar de ter uma economia desenvolvida, não possue um PIB tão robusto assim. Costumo dizer que o Chile, até agora, foi o único país da América do Sul que deu certo. Porém sabemos… Read more »
Embora esta “revista especializada” quantoé insiste … os Franceses parecem ter jogado a toalha :
http://www.lepoint.fr/actualites-monde/2009-12-18/sur-fond-de-contrat-bresilien-changement-en-vue-a-la-tete-des-armees-francaises/1648/0/406345
abc
kaleu
Eu concordo com quase tudo o que está na matéria. Acho que a oferta de TT da França é a melhor e a mais abrangente, acho que o Gripen é um “tiro no escuro” mesmo, acho que o Super Hornet não é superior ao Rafale (nem o avião em si, e nem muito menos o projeto) e por aí vai. E acho também que no final das contas o resultado vai ser este mesmo: o Rafale vai vencer tanto por suas qualidades (estou me referindo às qualidades do avião e também à oferta francesa no geral) quanto pela importante posição… Read more »
Hornet/Galante/Nunão/Poggio
Pois é… Quando solicitei que o blog noticiasse o fato aludido nos comentários, eu me referia ao suposto “chocolote” que o “queijo fedido francês” deu no Tufão…
Não vai ter nem uma notinha???
Abrs.
“os Franceses parecem ter jogado a toalha ”
Não entendi isso, Kaleu.
Não tem nada disso no link que vc postou. Chegou a ler direito?
A matéria fala da provável substituição do Chefe do Estado maior da França e também sobre os prazos para a assinatura do contrato com o Brasil, mas não vi nada a respeito de “jogar a toalha”.
Ao contrário, estão “calculando os prazos” (vamos dizer assim) para saber quem assinaria o contrato, se o atual Chefe do Estado maior ou o próximo.
enfim…
salutations (hehe)
Tales,
pois é! Boa pergunta…hehe
abração
Sorry again to speak in english as I know it is bothering some people here(which I can understand-we are on a patriot brazilian Blog and I fully respect it)
I really think both Brazil and Dassault-France are in last difficult talks on price…that is the only thing which have made this FX decision lasted…nothing else….final price..I just really hope Dassault-France give the last % asked by Brazil and fast now.Since with your election end 2010 time is urging to finalize everything.Really.
Salut à tout le monde et bonne journée le Brésil.
Tales,
a propósito. Um amigo de Portugal me escreveu (email) ontem e disse que estão chamando o Typhoon de EUROFANT BLANC por lá…hehe
Não sei se é verdade, mas que ele me disse ele me disse.
abração
ps. E o duro é que eu gosto do Typhoon…não tenho nada contra, não. Mas não deixa de ser engraçado o “apelido” que já arrumaram pra ele…hehe
Thierry,
I agree. But I think it should be resolved, already. In January we need a decision, otherwise the delivery time may be affected.
I think the news at Le Point is a little outdated on this item of negotiation.
abração
Hornet,
I really hope Sarko “pushes” on the final price in order to win,even if it must cost french taxpayers
We know soon
Good day
abração
Thierry,
Yes, we know soon.
Good day brother!
abração
Eita revistinha do Bispo, dono do partido da base aliada… é “flórida”… 🙂 Eu como bom democrata acho que a revista, como qualquer meio de comunicação, deve falar o que bem entender, quem tem que filtrar é o leitor. Então façamos assim, deixemos de lado essa reportagem, porque num vale a pena… Nada bate com nada e, como demonstrou o ZE, há várias informações incorretas, pra dizer o mínimo. No mais acho estranho, pra dizer o mínimo, gente que se diz “democrata” e vive “descendo a lenha” em jornais e revistas que não concordam com sua “preferência” desta vez disse… Read more »
Felipe Cps em 21 dez, 2009 às 7:15
A IstoÉ também é da IURD? Putz… não sabia. Ou é de outro ban… quer dizer, Igreja?
Bom, não interessa, não leio essa porcaria mesmo. 🙂
[]s
Bosco, não se estressa! rsrsrsrs Acho, agora, que é duro de engolir, para alguns amigos aqui e outros nem tanto, é que o Rafale, um produto de projeto exclusivo francês, concebido para ser multi-role, com versão naval 85% igual a versão terrestre, que tem um desempenho exemplar em tudo, possa suplantar um outro caça feito por 4 nações diferentes e que teve, no início, ajuda francesa… eu entendo.. não é fácil… mas acho que os amigos tem que abrir esta possibilidade… só assim não correrão o risco de terem que se redimir… rsrsrrs Gostaria tb que o blog colocasse um… Read more »
Thierry, Quero pedir sua permissão para discordar do amigo, respeitosamente. Thierry em 21 dez, 2009 às 3:33 “Sorry again to speak in english as I know it is bothering some people here(which I can understand-we are on a patriot brazilian Blog and I fully respect it).” Inicialmente devo registrar que inglês é a língua mundialmente aceita nas conversas entre pessoas de diferentes países. O fato de você escrever em inglês, que não é sua língua mãe, já é uma atenção positiva aos seus amigos brasileiros, como eu, pelo que sou grato. Segundo. As pessoas são patriotas, mas o forum de… Read more »
Ivan
fully agree.Right, excesses are bad but human nature is what it is!
Abç,
Thierry
Chego a ter nojo de alguns comentarios que aqui leio sobre a imprensa.
Quando falam mal do Rafale é a “Porks”,os pessoal que defende os caças franceses se derretem de raiva,e o pessoal que defende o Gripen e o SH goza.
E quando é ao contrario é a mesma coisa,a Galera do rafale agora concorda,porque não é mais a imprensa porca,tendenciosa e o povão do SH e NG que fala mal da imprensa.
E ainda,algum dia,um cara aqui me disse para mim filtrar as noticias…
FX me cansou.Francesas são feias,americanas são feias só as suécas que salvam!
[]’s
Chicão,
eu nunca me estresso. rsrsr….
Entre sua amizade, a do Hornet, do Tales, etc, e o Super Hornet eu fico com vocês. Afinal, a FAB não vai me chamar mesmo pra dar uma voltinha no F-X mesmo e nem a Boeing vai depositar uma “ajudinha de custo” na minha conta corrente se o SH ganhar. rsrsr..
Já vocês eu corro o risco de perder. rsrsrs….
Aí eu vou ter menos gente pra conversar quando a patroa brigar comigo na madruga?
Um abraço a todos os torcedores do Rafale, do Gripen e do SH.
Tira o ponto de interrogação (?) do final da minha frase e põe um ponto final (.). rsrs….
Colegas, A IstoÉ, conhecida por “QuantoÉ”, não é da Igreja Universal. Ela na verdade está nas mãos do ‘empresário’ Roberto Tanure, dono do Jornal do Brasil do RJ e, conforme se fala, com a sociedade do ‘banqueiro’ Daniel Dantas. Este, como se sabe, ficou bilionário com a privataria dos tempos do FHC. Não tem nada de simpático na ‘QuantoÉ’ em relação ao atual governo. Hornet, Europhant Blanc é muito bom. Deve ser terrível para quatro países descobrirem que erraram no projeto. Imagine ter que transformar ‘interceptador’ em “caça-bombardeiro” 25 anos depois de tê-lo concebido. É o famoso caso: não tem… Read more »
Bosco, Bosco em 21 dez, 2009 às 11:44 Amigão, concordo inteiramente com vc, apenas sou ‘gripeiro’ ou será ‘gripado’, sei lá… Opto pelos amigos. Hiper Hornet, Europhant Blanc é uma piada bem sacana, mas eu adorei. Casag, A história do Europhant Blanc não é bem assim. Ele começou a ser desenvolvido priorizando a superioridade aérea em face da necessidade urgente (guerra fria) da Alemanha e Itália substituirem seus F-104. Entretanto a Inglaterra e Espanha exigiram a capacidade multirole, o que no final salvou o projeto quando a guerra fria acabou. Logicamente a vocação principal ar-ar aparece em várias características como… Read more »
Quer dizer que portugueses estão a “fazeire piadinhas” sobre o Typhoon…”Europhant blanc” ???
Portugal devia estar mais preocupado com o atraso de mais de 2 anos
na modernizaçao de seus F16s…(rs)
abraços
Bosco é por estas e outras que eu tiro o chapéu para o amigo! só tava brincando quanto ao stress! rsrsrs lebra que tu falou para mim a uns dias? he he só que eu me estresso mesmo! mas procuro não perder a compustura, quando não me atacam! é só ver o quanto eu e o Felipe discordamos e ver como nos damos bem eu e aquele “ordinário” rsrsrssr (brincadeira Felipão) e sabe pq isso? pq acredito em tudo que tu falou sobre amizade! acho que nem vou chegar perto de um Rafale mesmo! e mesmoq ue voasse nele, não… Read more »
Eu adoraria um Europhant Blanc desses na FAB 🙂
Francisco AMX em 21 dez, 2009 às 12:56
“Eu adoraria um Europhant Blanc desses na FAB”.
Chicão.
Eu também, mas vou ficar satisfeito com um Bleu Blanc Rouge.
He he he…
Abç,
Ivan.
Claro Ivan! aguardemos! ansiosos! aflitos!…
Chicão, Ansioso sim, aflito não. De aflição basta meu Náutico, cuja sede fica no Bairro dos Aflitos… He he he. Conhece a Batalha dos Aflitos? Certamente. Sou pelo Gripen NG, mas já conheço o Rafale desde 1986, quando a foto do protótipo saiu em uma revista que tenho até hoje. É um excelente caça, contemporâneo do Typhoon e equivalente a este em muitos aspectos, moderno mais caríssimo. Se for esta a escolha é só pagar a conta e exigir tudo de bom que ainda é projeto como já havia escrito antes: Radar AESA, HMD, turbinas M-88 ECO, mísseis Meteor. Estou… Read more »
Ivan, É claro que o Typhoon é um super caça. E muito efetivo na função ar-solo também. Mas, que parte de seus problemas no desenvolvimento, inclusive longas interrupções, foram para se adequar ao novo requerimento, isto foi. Aliás, toda vez que vejo falar em Typhoon de ataque, êle aparece em versão biplace. Gostaria de informação melhor sobre isto, mas me parece que é realidade. Se for, há de se descontar toda a limitação que isto traz, com o alcance por exemplo. Tem vantagens também mas, para isto, existe toda a parafernália eletrônica dedicada. A concepção e projeto do Rafale foi… Read more »
Casag,
Sem querer interromper a sua conversa com o Ivan mas apenas para esclarecer: boa parte dos caças atuais tem nas versões bipostas a preferência para versões de ataque, incluindo o Rafale, como parte da experiência dos Mirage D (de ataque convencional ) e N (ataque nuclear) que são bipostos (o que levou a contratos do Armée de l´air pedindo mais Rafales bipostos que monopostos).
A Austrália encomendou Super Hornets apenas da versão biplace para substituir seus F-111 (também bipostos). Não que monopostos não sejam usados para ataque, longe disso, mas há uma forte tendência para bipostos na função.
Casag, Se vc quer conhecer um pouco da história do EuroFighter visite o site vectorsite.net . Está tudo em inglês, fácil de ler. Conhecendo a linha do tempo do EuroFighter dá para enteder muita coisa do Typhoon e também alguma coisa do Rafale. O Typhoon e o Rafale são muito semelhantes na idade, no Delta com Canard, na utilização de optrônicos IRST (Pirate e OSF) e na origem da turbina, que remonta um projeto conjunto da SNEMA, Rolls Royce e GE. Meu preferido entre os dois, entretanto, é o Dassault, por uma questão provinciana mesmo. O frânces está ao nosso… Read more »
Nunão, Nem é questão de tendência. É que o biposto é mais efetivo para a função de ataque mesmo. Quanto a ataque nuclear, sem a menor dúvida: deixar um avião com um míssil destes na mão de um só piloto seria muita temeridade. O que não sei é se o Typhoon tem versão monoposta para ataque. Se não tiver é um reforço para a convicção de que êle não foi pensado desde o início para multiuso. Acredito que o Rafale, até para atender o requerimento de enxugamento dos inventários das forças, tanto aérea quanto naval, tenha sido melhor ‘pensado’ e… Read more »
Ivan,
Não é questão ‘provinciana’. É estratégica. Negociar com um país só que precisa vender nos é muito melhor.
Imagine negociar com quatro, cada um com suas conveniências, seus compromissos com terceiros e todas as conceções que teríamos que fazer. Seria melhor com os americanos direto.
Quanto ao Gripen, claro que a proposta é tentadora. Mas será que podemos nos dar ao luxo de atrasar mais oito anos nosso reequipamento? Em que nível chegaríamos com o Rafale, digo operacional mesmo, neste tempo?
Não é questão menor.
Abs.
Hornet em 21 dez, 2009 às 2:06 Como de costume vou concordar com você, me parece que você interpretou muito bem todo o contexto da situação. E mais uma vez vou dizer: O Rafale tecnicamente é excelente não deve para nenhum outro caça de sua geração, não vejo a razão de alguns colegas criticá-lo tanto. Se o Brasil realmente poder operá-lo então é a melhor escolha, mas se não poder mate-lo e mesmo assim escolher seria um erro monstruoso, com tudo acredito que o país estar em uma nova pagina da historia, e que vai crescer muito nos próximos anos… Read more »
Casag,
Me expressei mal ao usar a palavra ‘provinciana’.
Eu quis dizer que era uma solução ao nosso alcance, contra uma pan-européia impossivel.
Ivan.