Todas as gerações de pilotos de caça da Força Aérea Brasileira se reuniram no dia 3 de outubro para o tradicional “Picadinho Jesus me Chama”, a confraternização anual dos caçadores da FAB. O evento aconteceu no Clube da Aeronáutica do Rio de Janeiro e contou com a presença dos veteranos do 1°GAvCa que combateram na Segunda Guerra Mundial até os mais modernos tenentes que seguem os ensinamentos da aviação de combate brasileira.

Emocionado, o Brigadeiro Meira, veterano da campanha na Itália e instrutor do primeiro curso de formação de pilotos de caças no Brasil, conheceu o Tenente Esteves, 24 anos, atualmente aluno do curso de caça no 2°/5°Gav.

“O mais importante é que essa geração mais jovem continue com o mesmo profissionalismo, a mesma determinação. Os aviões podem mudar, mas eu sei que o espírito é o mesmo”, disse. Para o jovem Tenente, estar ali era a realização de um sonho. “Eu sempre quis muito voar e espero ter a mesma garra e coragem que eles mostraram em combate”.

O evento também foi marcado pelo lançamento do quarto volume do livro “Estória Informal da Aviação de Caça”, publicado pela Associação Brasileira de Pilotos de Caça. O presidente da ABRA-PC, Major-Brigadeiro da reserva Lauro Ney Menezes, entregou um volume autografado ao Ten Brig Juniti Saito, atual comandante da aeronáutica e também piloto de caça.

A grande homenagem da tarde foi o descerramento do quadro de Nero Moura, primeiro comandante do Esquadrão Jambock. Em seu discurso, o Brigadeiro Saito ressaltou que Nero Moura “é um líder que sempre soube reunir essa turma. Um líder que não é substituído, e sim deixa um legado”. “Muito do que nós somos hoje, a caça e a Força Aérea, é fruto do trabalho desse líder”, discursou o comandante da FAB. O descerramento da placa foi feito pelo Brigadeiro da reserva Baptista.

O “Picadinho Jesus me Chama” contou ainda com várias tradições dos pilotos de caça da FAB, como os gritos de “Senta a Pua!” e “À la chasse!”, a chamada dos veteranos do 1°GAvCa e o canção “Carnaval em Veneza”, composta em 1945 após uma missão real de bombardeio na famosa cidade italiana.

FONTE: CECOMSAER

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Chacal

Gostaria de conhecer um piloto veterano da WW2 e fica uma tarde inteira ouvindo ele fala sem nada perguntar!

Bruno Rocha

Eu adoro esse país, só aqui mesmo.
Alguém sabe se existe mesmo esse “sindicato dos pilotos de caça”???

BARAK

Não é um sindicato, mas uma associação: http://www.abra-pc.com.br