Voa primeiro Nimrod MR4 de produção
O primeiro BAE Nimrod MRA4 de produção voou pela primeira vez no último dia 10 de setembro. Durante uma hora e quarenta minutos a aeronave PA04 realizou ensaios de voo antes de pousar em Norwich, onde receberá a pintura padrão da RAF. Os Nimrod MRA4 substituirão a versão MR2, em uso desde 1975, como a principal plataforma ASW, ASuW e SAR da RAF.
Segundo a BAE, principal contratada do programa de desenvolvimento da versão MRA4, a RAF terá em suas mãos uma aeronave com, pelo menos, mais 30 anos de serviços. O programa de modernização destes aviões foi bastante extenso, incluindo a troca das asas e substituição dos motores (observar na foto acima as tomadas de ar maiores que as originais). Todo o “recheio” foi trocado e o painel da cabina foi redesenhado com base no painel do Airbus A340 (ver foto abaixo). São mais de 90 antenas e sensores que podem “escanear” uma área do tamanho da Grã-Bretanha a cada 10 segundos.
O PA04 é o primeiro de nove Nimrod em processo de modernização e um dos quatro que ficarão baseados em Kinloss (Escócia) a partir do ano que vem. Outras três aeronaves que participaram do processo de desenvolvimento e ensaios de voo não integrarão os esquadrões de linha.
Por falar em Kinloss, a base aérea recebeu um “novo morador permanente” desde a última quarta-feira. Trata-se de um Nimrod MR2 que foi modificado para ficar exposto ao lado do portão número 3. Uma pista provisória entre a área de taxiamento da base e a entrada da mesma foi construída para dar passagem ao avião.
De volta ao Afeganistão
O Ministério da Defesa do Reino Unido informou no início do mês de setembro que o Nimrod voltará a executar missões sobre o Afeganistão. No entanto, este retorno será marcado por muita apreensão. Em setembro de 2006 o Nimrod XV230 (primeiro Nimrod operacional da RAF) explodiu em pleno ar após um reabastecimento aéreo. Todos os 14 tripulantes morreram. Foi a maior perda britânica em combate, em um único evento, desde a Guerra das FalklandsMalvinas.
Acredita-se que um vazamento tenha ocorrido durante o reabastecimento e parte do combustível se acumulou no “bomb bay”, onde o incêndio começou. Este incêndio no bomb bay foi reportado pelo piloto via rádio e o mesmo decidiu retornar para Kandahar. Um Harrier foi enviado para escoltar o Nimrod. Cerca de 25 milhas antes de pousar em Kandahar, o piloto do Harrier viu uma das asas explodindo. Pouco segundos depois foi a vez do avião inteiro virar uma bola de fogo.
Com informações da BAE e das agências internacionais
FOTOS: BAE Systems
Ops.. errei no calculo “sessentão” lembrando que ele é uma modificação do de Havilland Comet este sim é sessentão !!!
“São mais de 90 antenas e sensores que podem “escanear” uma área do tamanho da Grã-Bretanha a cada 10 segundos.”
O R99 é uma carroça perto disso.
Poggio,
Poderia falar mais da utilidade do avião? É um AEW? Eu não conhecia.
Acho que ficou faltando isso para se dar mais “importância” a notícia, ok?
Se quiser pode apagar meu comentário.
Um abraço.
Rodrigo,
Ele veio para substituir a versão MR2, ou seja, é uma aeronave de patrulha marítima. Mas assim como o seu “colega” P-3, ele possui capacidade para SIGINT, ELINT e COMMINT. Ou seja, patrulha marítima é a tarefa principal, mas longe de ser a única.
Ok Poggio, obrigado.
Tb ví esse monstro, lá em SJC em 1972.
Caramba, eu não conhecia esse avião. Parece um bombardeiro… O desenho lembra uym Ilyushin, mas os motores lembram o antigo Comet…
Isso que é longevidade a plataforma deste avião (de Havilland Comet) fez seu vôo inaugural em julho de 1949, ele já é um cinquentão.
Bem que podiam ter refeito o leme.
O avião já não é um primor de beleza. Mas o leme é pior.
Tudo bem, o importante é voar e bem.
Mas que o projetista do Nimrod devia estar com diarréia no dia que desenhou o leme, a isso estava!
Poderiam, mas qnto menos vc mexe em uma aeronave existente, menos custos de desenvolvímento vc tem.
O B52 tem um rival em termos de longevidade.
Aumentaram o volume na parte debaixo da fuselagem por causa dos radares???
Ninguém gosta de um pedante, mas temos de primar pelo rigor.
O Nimrod nunca foi produto da BAC (British Aircraft Corporation), mas sim da Hawker Siddeley Aviation (HS). É uma versão modificada do Comet da de Havilland, que foi adquirida pela HS em 1960. A BAe (British Aerospace) resultou da fusão da BAC, HS (Aviation e Dynamics) e Scottish Aviation. Por sua vez, BAe fundiu-se com a Marconi Electronic Systems para dar lugar à BAE Systems.
A designação correcta do bicho é BAE Systems Nimrod MR4. Quase tão feio como o leme, mas não há nada a fazer.
Um grande clássico.
Mas para mim, foi novidade esse acidente no Afeganistão, pois eu não tinha conhecimento do ocorrido.
Boa matéria.
Sds
Faltou falar sobre os novos motores:
Powerplant: 4× Rolls-Royce BR710 turbofans, 68.97 kN (15,500 lbf) each.
Os Havilland Comet estão de volta… Resposta aos críticos para os programas de modernização da FAB com os P3A, F5EM, e logo os A1 AMX e A4 Skyhawk. Os Nimrod tiveram muito trabalho nas Guerras das Malvinas em 82, fazendo REVO entre Ascenção e o Litoral Argentino e para seguir os SSBN Russos durante a Guerra Fria. Abaixo dois links, um com a queda de um Nimrod em um show aereo em Toronto no Canada e outro de demonstração da aeronave. (http://www.youtube.com/watch?v=mPdWbtVRMO0&feature=related) (http://www.youtube.com/watch?v=QrKiDfmSmcE&feature=related) Pessoal aeronaves de reação também podem cumprir tarefas de ASW, ASuW e SAR como os Poseidon Americanos… Read more »
Corrigindo: Aeronaves com motores a reação também podem cumprir tarefas ASW, ASuW e SAR.
Abs
ramillies
Um erro grotesmo deste autor do texto, mas já corrigido
Bom dia,
O desenho parece bem antiquado, gostaria de saber se alguém pode esclarecer se as modernizações colocam o mesmo operacional no cenário atual.
Abraços.
Wolf Pack, não foram os Vicker que fizeram os revos nas Malvinas? que eu me lembre foram… os Nimrods tem esta capacidade? eu não sabia…
Abraço
As aeronaves REVO britânicas na guerra das Malvinas eram os Victor.
Olá Francisco,
Sim, os Vickers faziam REVO para os Nimrods e Avros Vulcan. Por sinal estes passavam sem serem incomodados por nossa costa na ida e volta para as Malvinas.
O caso do Avro Vulcan no Rio, foi aqui no Brasil divulgado como um sucesso de interceptação, bem diferente da história britânica que afirma que o Avro Vulcan apresentou um problema na sonda de reabastecimento e teve que procurar uma pista mais próxima para um pouso de emergência quase sem combustível. Por sinal, descartaram em alto mar toda e qualquer documentação sobre os ataques a Porto Stanley.
_http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ca/macx01c390.html
Olá Francisco,
Sim, os Vickers faziam REVO para os Nimrods e Avros Vulcan. Por sinal estes passavam sem serem incomodados por nossa costa na ida e volta para as Malvinas.
O caso do Avro Vulcan no Rio, foi aqui no Brasil divulgado como um sucesso de interceptação, bem diferente da história britânica que afirma que o Avro Vulcan apresentou um problema na sonda de reabastecimento e teve que procurar uma pista mais próxima para um pouso de emergência quase sem combustível. Por sinal, descartaram em alto mar toda e qualquer documentação sobre os ataques a Porto Stanley.
_http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ca/macx01c390.html
Abs
Na guerra das Falklands/ Malvinas, um Nimrod chegou a ser empregado em missão de interceptação do Boeing 707 argentino de reconhecimento que fazia o acompanhamento da frota britânica no trânsito para as ilhas.
Os ingleses adaptaram em tempo recorde dois lançadores de AIM-9L Sidewinder nas asas do aparelho. Isso é que é dominar a tecnologia de um avião.
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