Opinião sobre a presença de militares dos EUA na Colômbia

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Palanquero

Luis Alberto Moniz Bandeira

Aumento da presença militar no país aliado segue roteiro gestado há pelo menos cinco anos, ainda sob Bush; estratégia altera cenário de segurança na Amazônia

vinheta-clippingO projeto de instalar e ampliar as instalações militares dos EUA no território da Colômbia foi elaborado durante o governo do presidente George W. Bush, diante da perspectiva de fechamento da Forward Operating Location (FOL), isto é, da base militar instalada em Manta, no Equador, previsto para 2009.

Desde que o presidente Rafael Correa anunciou que não renovaria o acordo com os EUA, o Comando Sul das Forças Armadas americanas passou a excogitar a transferência da FOL, instalada em Manta, para a base aérea de Palanquero, em Puerto Salgar, cerca de 190 km ao norte de Bogotá.

Essa base aérea pode albergar mais de 2.000 homens e possui uma série de radares, além de cassinos, restaurantes, supermercados, hospital e teatro. E a pista do aeroporto, a mais longa da Colômbia, tem 3.500 metros de longitude, 600 metros maior que a de Manta, e permite a partida simultânea de até três aviões (*).

Os EUA terão assim um ponto de apoio, no centro da Colômbia, ainda melhor que o de Manta, com o Forward Operating Location, com a instalação de três bases militares nas localidades de Malambo, na costa do Caribe, Palanquero, próxima a Bogotá, e de Apiay, na Amazônia, na região fronteiriça com o Brasil e conhecida como Cabeça de Cachorro.

Novo componente

Em 2004, com a Iniciativa Andina Antidrogas, Bush já havia expandido o Plano Colômbia como um dos aspectos da estratégia dos EUA para assegurar sua presença militar na América do Sul e, em particular, na Amazônia. E o Congresso americano aprovou a duplicação do número de soldados estacionados na Colômbia, que subiu de 400 para 800; o de mercenários (ex-militares) empregados pelas companhias militares, mediante as quais o Pentágono terceiriza as funções militares, aumentou de 400 para 600.

Esses militares e mercenários americanos adestram e apoiam os cerca de 17 mil soldados que executaram o Plano Patriota, ampla ofensiva de contrainsurgência nas selvas no sul da Colômbia. Com razão, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, em sua obra “Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes”, apontou “a crescente presença de assessores militares americanos e a venda de equipamentos sofisticados às Forças Armadas colombianas, pretensamente para apoiar os programas de erradicação das drogas, mas que podem ser, fácil e eventualmente, utilizados no combate às Farc e ao ELN”, como um componente relativamente novo na questão de segurança da Amazônia.

Embora o governo dos EUA apresente o combate ao narcotráfico e ao terrorismo para justificar a concessão anual de US$ 700 milhões à Colômbia, a maior parte como assistência militar, um dos seus principais objetivos é proteger os oleodutos, sobretudo o de Caño Limón, já explodido cerca de 79 vezes, a fim de assegurar os suprimentos futuros de petróleo e inspirar confiança aos investidores estrangeiros.

É nessa região, a do oleoduto de Caño Limón, operado pela Occidental Petroleum e pela Royal Dutch/Shell, em Arauca, onde se concentra a maior parte dos assessores militares dos EUA e ocorrem as maiores violações de direitos humanos.

Militarização

Em 2009, a ajuda militar concedida à Colômbia, desde 2004, deve alcançar os US$ 3,3 bilhões. E assim, com os recursos dos EUA, o Exército da Colômbia se tornou o maior e o mais bem equipado, relativamente, da América do Sul. Com população de 44 milhões de habitantes, a Colômbia possui um contingente militar de cerca de 208,6 mil efetivos, enquanto o Brasil, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados e mais de 190 milhões de habitantes, tem um contingente de somente 287.870, e a Argentina, com 40 milhões de habitantes e um território de 2,7 milhões de quilômetros quadrados, tem um efetivo de apenas 71.655.

A Colômbia, com um PIB de US$ 320,4 bilhões (2007 est.), de acordo com a paridade do poder de compra, destina 3,8% aos gastos militares, enquanto o Brasil, cujo PIB é de US$ 1,838 trilhões (2007 est.), gasta apenas 1,5%, e a Argentina, com um PIB de US$ 523,7 bilhões (2007 est.), gasta apenas 1,1%.

Em 2005, o Congresso estipulou para a região uma ajuda econômica de US$ 9,2 milhões e cerca de US$ 859,6 milhões para assistência militar. Entretanto, desde o lançamento do Plano Colômbia, no ano 2000, o Exército colombiano recebeu US$ 4,35 bilhões para combater as guerrilhas, e os soldados e policiais cometeram crescente número de assassinatos e abusos de direitos humanos -durante um período de cinco anos, que terminou em junho de 2006, o número de execuções extrajudiciais aumentou em mais de 50% em relação ao período anterior.

LUIZ ALBERTO MONIZ BANDEIRA é cientista político, professor titular (aposentado) da Universidade de Brasília e autor de várias obras, entre as quais “Formação do Império Americano (Da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque)”.

FONTE: FSP, via Notimp

(*) NOTA DO BLOG: A pista de Palanquero é 600 pés (e não 600 metros) mais comprida que Manta. A pista colombiana também não possui 3500m de comprimento e sim 3044m, contra 2860m em Manta.

Na prática esta diferença quase não influi na operação das aeronaves, uma vez que ambas são suficientemente longas para a operação de um E-3 Sentry por exemplo.

A decolagem simuntânea de três aeronaves também é possível a partir de Manta, dependendo apenas da categoria das mesmas.

Parece que o autor do texto quis “inflar” as características de Palanquero em relação à Manta. Na verdade elas se equivalem em vários aspectos.

FOTO: Base Aérea de Palanquero, FAC

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Lucas Calabrio

Prezados
Será que essa Nação terá que entra em um conflito armado e duradouro para os governantes tomarem providências?
Abraço

Lucas Calabrio

entra=entrar

Vinicius Modolo

Eu ja li duas obras do autor, e ele eh um bom pesquisador nos assuntos que envolvam o Brasil a Argentina e os EUA. Mas peca na utilização dos dados ou entao tenta usar a sua má interpretação para influir no pensamento do leitor. Ele acredita até hoje que foram brasileiros que pilotaram os EMB-111 na guerra das malvinas. tem um video no youtubio que ele fala isso em uma entrevista de 89.
Mas ele eh uma boa referencia. Eu utilizei muito suas obras para fazer dois artigos e minha iniciação cientifica.

Vinicius Modolo

ta aqui o video onde o dito cujo fala que foram brasileiros que pilotaram os bandeirulhas.

http://www.youtube.com/watch?v=3XZy7mtrsDk

a conclusao eh dele.

Jaique Sparro

Não diga que houve pilotos brasileiros na guerra das Malvinas,depois vão dizer que estavam ou visitaram os aviôes e não viram nenhum brasileiro.

germa

sobre as bases na colombia,tem muito material.
a grande imprenssa tratou do assunto, de forma até surpreendente,não como gostaríamos, mas tratou do assunto.
até a miriam leitão comentou na cbn e chamou de “erro” americano e colombiano.

nós não somos educados e informados sobre o qual realmente é a função das forças armadas.em geral as pessoas pensam que armar são
só para fazer guerra.

por fim, acredito que existe um ranso muito grande sobre o tema militar no brasil.

Carlos Alberto

Depois de entregarem, vergonhosamente até a base de lançamentos de foguetes de Alcântara aos estadounidenses (vide Acordo de Salvaguardas Tecnológicas Brasil/USA), posteriormente engavetado e sujeito a ser votado e até aprovado caso volte a tucanalhada do FHC,
não podem estar falando sério, que esperavam que os estadounidenses
nos dessem explicações sobre seus planos e acordos com a Colômbia. Aliás, há quem diga que há uma base de lançamentos norte-americana em Natal – RN; que, a Amazônia já está cercada e que em 10 anos, iremos precisar de passaportes e vistos consulares para irmos até Manaus!

mcv

bom…em roraima cidadao brasieliro naum entra….ja eh um comeco…!!!

bulldog

Operando em todas essas bases na Colômbia, os EEUU garantem acesso por terra aos Andes e a Amazõnia, por mar à Costa do Pacífico no continente e ao Mar do Caríbe. E pelo ar, à metade da América do Sul. Puxa…tudo isso por causa das FARC???

Rui Silva

O problema com as bases Americanas è que quando eles se instalam você não sabe quando eles vão sair e começam imediatamente a ver
a politica interna do paìs onde estão como de interesse para a sua
segurança nacional. Só me recordo de uma base no estrangeiro que
os EUA tenham abandonado depois de muita pressão popular que foi
nas Filipinas (Subic Bay).

Abraços

karlus73

Nota-se que há interesse na região e vejo uma forma dos EUA equilibrar as forças na América latina, o Chaves arma-se até aos dentes e as marionetas que controla expiram ao mesmo., provoca quanto baste os americanos acusando de tudo. Venezuela não pode com a Colômbia, só por esta ser pró-americana… o que se pode esperar na zona? Deixar nas mãos do salvador latino (Chaves)? Estas bases têm os objectivos que acima o texto refere, claro que também verdade… mas e como muita gente já escreveu em muitos tópicos é o equilíbrio de forças na a região, tal como existe… Read more »

Clésio Luiz

@karlus73 Eu não posso falar pelas outras nações latinas, mas com relação ao Brasil, eu posso expressar algumas preocupações com relação aos EUA que os brasileiros devem ter. Por aqui, consideramos os EUA como um “amigo da onça”, alguém em que não se pode confiar, por que o nosso bem estar não interessa para eles, interessa apenas o que podemos prover para eles. O Brasil é um país pacífico e aliado americano desde a 2ª Guerra, certo? Então porque o país foi alvo de tantos embargos de vendas de armas? Por várias vezes deixamos de adquirir equipamento de ponta porque… Read more »

karlus73

Clésio Luiz: Estou a compreender o ponto de vista de muitos Brasileiros… é que ás vezes era para mim difícil de compreender o porque de tanto ódio aos EUA. Nesse ponto de vista até percebo. Num tópico antigo referi que este novo governo é diferente, acredito que é muito menos arrogante. Agora que o BR tem a faca e o queijo na mão, caso do FX2 e as reservas de petróleo está na altura de mostrar que o BR é um país a ter em conta e que os EUA têm de olhar de uma forma muito diferente para esta… Read more »

JC

Acho otimas estas bases para colocar a barbinha do ditador chavez de molho.

Edmar

Caros Amigos.:

A minha opnião é que cada país deve ter sua própria soberania.
Cada país ‘não’ deve permitir que estrangeiros instalem bases militares em seu território.

Cada país deve ter seu próprio controle sobre seu território e não pode permitir bases estrangeiras.

Abraços.

José

Senhores, estou de acordo com o comentário do senhor Edmar…’Cada país deve ter seu próprio controle sobre seu território e não pode permitir bases estrangeiras’… Senhores, eu José sou contra a instalações estrangeiras dentro de outros países. Sinceramente acho ridículo que algumas pessoas apoiam esses atos, como o comentário do Senhor JC. Isso facilita o Imperialismo Americano sobre os países mais fracos. Veja o grande risco que o Brasil corre! Os EUA está cercando o Território Brasileiro. Os EUA está pondo bases na Colombia e a planos de uma base no Paraguai. Os EUA tem total interesse em invadir o… Read more »

Bosco

Karlus, o ódio contra os EUA não é generalizado, só que é mais ‘barulhento’. rsrs… Eu particularmente não acho que os EUA sejam diferentes das outras nações do mundo. Todas cuidam dos seus interesses. O diferencial são os recursos disponíveis a cada país para defendê-los. No caso americano os recursos são muito vastos e seus interesses também e com isso acabam pisando em ‘calos’ e causando ressentimentos. Quanto à qualidade do ‘ser humano’, tanto lá quanto cá é tudo igual. Vale salientar que o maior inimigo do Brasil continua sendo os próprios brasileiros, principalmente a famigerada classe política. Muito antes… Read more »

Lucas Calabrio

Prezados
Daqui a pouco teremos bases russas na Venezuela , e aí o bicho vai começar a pegar e os políticos vão se abrir todos para os americanos , mas seria interessante no caso de vir a ter bases no Brasil dos franceses.
sds

Lucas Calabrio

correção no Brasil a participação francesa

JC

Bosco, falou TUDO!

JC

“Os EUA tem total interesse em invadir o território Brasileiro para tomar a Amazônia e suas reservas de água-doce e também tem interesse em invadir a área do pré-sal para tomar todo o petróleo Brasilerio.”

como diria o falecido Mussum: CACILDIS!

Bonifácio

Karlus,

Não há ódio contra os EUA, o que existe é desconfiança em relação às intenções da elite que muitas vezes instrumentaliza o poder americano.
Um português, se conhecer a história recente do próprio país, deve sentir o mesmo, afinal, quem é que íniciou a guerra em Angola com o apoio à Holden Roberto da UPA(depois FNLA)?
E tudo começou depois das descobertas de petróleo em Cabinda…

fernando

acho que o brasil deveria fazer um acordo com a fraca para montar algumas bases militares junto a froteira e algumas bases navais com o apoio de submarinos nucleares, assim as coisas podem se equilibrar, pois o brasil e um pais soberano e tem o direito de fazer o que bem entender,ja imaginou a venezuela com bases russas em seu territorio, o brasil com bases francesas e a colombia com bases americanas, imagine o que isso vai dar!!!

Lucas Calabrio

pois é na guerra que se aprende( e muito), infelizmente

Zero Uno

Bases Americanas em território Colombiano atesta só uma coisa: Incompetência dos Colombianos para resolver assuntos internos. O narcotráfico não é explorado apenas pelas FARC. Muitos grupos políticos de extrema direita e seus paramilitares também se financiam do narcotráfico e isso já foi devidamente provado até mesmo dentro do congresso Colombiano. Até mesmo chefes e altos funcionários na Policia Nacional foram presos e condenados por envolvimento com o narcotráfico. A raíz do problema na Colômbia está na corrupção nas esferas federais, estaduais e municipais daquele país. Algo que nosso país também padece. Más isso não justifica a presença de forças estrangeiras… Read more »

Pedro Rocha

Olá senhores! Senhores antes de tudo eu gostaria de lembrar que os EUA é o lar de 500 mil brasileiros! Os EUA foram o primeiro pais que reconheceu nossa independência! Eu faço todas as criticas a política estadunidense, mas não tenho nada contra ao povo de lá! Essa crise toda surgiu com o estado de guerra que o senhor Chaves declarou contra os EUA! Ora quem sistematicamente declara suas intenções bélicas merece ser vigiado de bem perto! Essa crescente presença estadunidense é uma clara demonstração da ausência do Brasil! Sempre fomos o “norte” na região, porém com a política de… Read more »

Bonifácio

Caros, Ao analisar os recentes acontecimentos, até parece que Lula age em conformidade com o “governo sombra” americano. Enquanto reclama da instalação de bases na Colômbia, nada faz para ajudar a mesma na luta contra a subversão acabando com a necessidade de ajuda americana. Também nada faz em relação à maior desculpa para os americanos entrarem aqui, a ameaça Chavez. Ao invés de isolar Chavez, que descaradamente intervém nos assuntos internos de outros países, ele afaga e até aceita que este convide a marinha russa para vir tomar sol no Caribe! E não esqueçamos da política indígena praticada por este… Read more »

Bonifácio

Pedro Rocha,

Vi agora o seu comentário. Estou completamente de acordo consigo. Se o Brasil quiser que nenhuma potência exterior entre aqui, então terá que ocupar o espaço que atualmente é ocupado pelos EUA. Exigir que os EUA saiam sem ajudar a Colômbia de fato é deixar que aquele país continue a ser vítima de terroristas e que pouco a pouco se transforme numa ditadura em virtude da luta anti-terrorismo, como tem acontecido.

karlus73

Valeu pessoal saber a vossa opinião.
Pedro Rocha, esse ponto de vista é muito bom. Ao Bosco, Bonifácio, Clésio Luiz muito bem, também gostei. Mesmo discordando ou não está muito bem fundamentada a vossa opinião.
Valeu… abraços

z.garcia

Perfeito Pedro Rocha.
A Colombia, nosso vizinho, tem um cancer (FARC) que auxilia o aumento da criminalidade em toda as anméricas. O que fazemos para auxiliar este vizinho?? Ajudamos??? Não, apenas criticamos a ajuda que ele recebe!!!
è coisa de maluco!!!!

J curitiba

Quanto nacionalismo exacerbado! A Colombia tem o direito de permitir o uso dessas bases a que ela quiser, sejam eles americanos, russos ou chineses. Eita paranóia tupiniquim essa. Enquanto ficamos de blá blá blá com essa histeria do lobo mal da América do Norte, não exercemos de fato nossa soberania na Amazônia. Ou alguém aqui acredita que nosso país cuida de forma responsável dessa parte do país. Os esquerdistas de plantão sempre tem na ponta da lingua a palavra “entreguista” quando alguém é contra o governo petista, mas entreguismo mesmo é o que é feito com nosso território, por exemplo… Read more »

Harry

Caro Pedro Rocha descordo ” Essa crise toda surgiu com o estado de guerra que o senhor Chaves declarou contra os EUA!” Esta crise de bases na Colombia surgiu quando Equador fechou a Base de Manta. Não existe antes dessa crise nenhuma ameaça a Colombia nem mesmo das FARCs (o proprio governo colombiano afirmou), ou de qualquer pais. A presença EUA é sim uma ameaça, é sim um controle de nosso espaço aereo a partir do territorio colombiano, a bases dizem que é de nivel 4 mas para chegar a nivel 1 é só os americanos achar pretesto (como no… Read more »

Pedro Rocha

Senhores só para complementar os Yankees (risos) já estavam presentes no Equador, na verdade só estão mudando de endereço! Portanto essa choradeira é só mais um ato do Bobo da Corte Chavez (com z, agora escrevi certo)! A Venezuela também pode ter bases chinesas! A proposta da UNISUL é claramente focada em resolvermos nossos problemas de defesa e segurança dentro de “casa”! Portanto todos são bem vindos na região para fazer turismo e não para criar um New Cold War! Deixem os franceses na guiana que já está de bom tamanho!

Chacal

Tudo é culpa dos Eua,jogar a culpar nós outros é mais frácil,gostei muito dos comentários do karlus73 ,Pedro Rocha, J Curitiba,imparcial e sem demagogia barata desses revoltado com a vida,que gosta de mete o pau nós Eua ,bebem coca-cola,fumam uma ervinha,cheiram um pó branco,usam nike,levis.

Rui Silva

Bosco,muito bem falado Quem manda nos paìses são as elites politico-económicas que conforme as conveniências (interesses) jogam com os preconceitos sejam estes sociais ou raciais (étnicos). Estas elites não são muito diferentes quer estejam nos nossos paìses ou nos EUA ou na Russia ou outro paìs qualquer e conforme o seu poder procuram influenciar as coisas a seu favor, levando algumas vezes a situações de conflito quando os seus interesses se chocam sendo os povos carne para canhão. Quanto ao anti-americanismo ele não deixa de ser uma estupidez pois não separa os interesses económicos de uma elite do resto da… Read more »

Walfredo

Questão de solução simples. Basta o Brasil fazer 14 novas bases no Amazonas, com caças franceses, russos e brasileiros. Simples assim.

Com e desenvolvimento da turbina nacional, temos condições de criar um caça inteiramente nacional, independentemente de transferências de tecnologia.

Se não tivermos o melhor caça ou armamento, podemos ter a maior quantidade de aeronaves.

RoLoUcO

sei que não tem nada a ver com o post, mais tenho uma pergunta em relação dos amx da fab. como esta a modernização das aeronaves?
na revista tecnologia e defesa numero 118 fala que dois já foram entregues e já estão sendo modificados e testados.
alguem tem fotos do processo de modernização?

JULIO  SILVEIRA

Não existe espaço para ingenuidade num jogo de interesses tão profundo, quanto o que movimenta países. Não podemos admitir, enquanto cidadãos, que nossas FA sejam lenientes na proteção de nossas fronteiras e de nosso País. Esse discurso de tranquilidade só é compreensivel no contexto da manutenção da tranquilidade, e confiança da população civil. Fora deste contexto, passa a ser irresponsabilidade, o que não creio seja o caso de nossos militares. Pelo retrospecto de confiabilidade que nossos “parceiros” Americanos passam e passaram, não a nada que indique seriedade nessa confiança admitida por nossos militares. Aonde os americanos vão elevam o ingrediente… Read more »

Julio

É preocupante a manobra americana na Colombia, mas, isso já vem ocorrendo há muitos anos e sempre soubemos que era uma questao de tempo para que a presença americana aumentar na America do Sul. Agora o que não entendo é o posicionamento do Governo Brasileiro. Parece mais uma gaiola das loucas (Lula, MAG e Celso Amorim) achando que gritando, se aliando ao projeto Bolivariano e com discursos populistas vão resolver o problema. Os americanos não vão invadir o Brasil pela Amazonia. O que os americanos querem é conhecer e aprender como lutar e sobreviver naquele ambiente. Querem contrapor aos nossos… Read more »

marujo

A presença das forças norte-americanas na Colômbia terá profundas reflexões regionais.Permtirá sempre o uso político da força militar para assegurar os interesses norte-americanos e será um elemento intimidador para os países que ensaiarem políticas independentes. O foco não é a Venezuela, mas o Brasil, com suas riquezas como a biodiversidade da Amazônia,as reservas do pré-sal e o Aquífero Guarani. As bases funcionarão como baluartes avançados que poderão ser ampliados quando os Estados Unidos considerarem que seus interesses estão ameaçados. Não é uma ação isolada. É paralela e complementar à ativação da IVª Frota. Diante da ameaça latente, vários países sul-americanos… Read more »

Rodrigo Marques

Nada é mais preocupante do que assistirmos o nosso Governo não dizer nada a resepeito das armas Venezuelanas de fabricação sueca encontradas com as FARC. O Governo sueco protestou, o nosso, nem isso…Por que?

E antes de nos preocuparmos com as Forças Armadas dos EUA ao nosso redor, temos é que agir contra aqueles em Brasília que estão acabando com a atividade econômica e por consequência expulsando Brasileiros de nossas fronteiras, tendo o caso da Raposa Serra do Sol como exemplo mais emblemático.

Sampaio

Não vejo com bons olhos essas bases americanas. É óbvio que não dá para acreditar no pretexto do combate ao narcotráfico, contudo, pode-se tirar alguma coisa de boa desse episódio todo.
Acredito que agora o tema de DEFESA NACIONAL passe a ser tratado de forma mais séria, sem ser “empurrado com a barriga” – uma carácteristica brasileira, infelizmente -, só assim deixaremos de ficar dormindo no assunto!

J curitiba

Boa questão Rodrigo,

E o armamento venezuelano em poder das FARC, isso o governo não chia?

Excel

A colômbia é livre para decidir se deixa ou não os EUA entrarem. Não vejo justificativa para o alarme que fazem alguns pela presença norte-americana na região,ainda mais quando ela ainda não deu sinal de ameaça para ninguém, exceto o chavito, que interfere na política de outros países, apóia terroristas para desestabilizar a Colômbia e agora manipula a questão habilmente para ganhar mais atenção e controle sobre as demais nações “independentes” da AL. A história tem provado que o maior inimigo da AL tem sido inépcia do seu povo que teima em se desgarrar de seu eterno complexo de “explorado”… Read more »

Excel

Ops … Apertei o botão “enviar comentários” sem querer. Continuando por onde parei …
A Colômbia está sendo pragmática. O Brasil deveria fazer o mesmo com os EUA tirando vantagem de sua posição privilegiada da AL e tirar dos EUA tudo o que puder.
Quanto à ameaça de invasão da Amazônia, ainda espero pelo dia em que alguém me apresente uma prova concreta de que tal ameaça se realizará.

André Castro

Sobre as polêmicas salva-guardas entre Brasil-EUA isto ainda está em andamento ,mas o acordo não vai ser tão prejudicial ao Brasil ,este acordo é necessário para a sobrevivência a Alcantara Cyclone Space ,já que sem ele a ACS não poderá lançar satélites que contenham componentes americanos ,outra coisa importante é que sem esse acordo as unicas empresas em operação atualmente que podem lançar estes satelites são Ariane,Sea Launch e a International Launch Services só que a Sea Launch entrou com pedido de concordata é esta sem lançamentos deste 2007 depois que um foguete explodir na plataforma, então estes lançamentos podem… Read more »

Lucas Calabrio

Prezado J curitiba Históricamente os paraguaios não gostam de brasileiros e argentinos por motivos óbvios. Muito provavelmente não deves conhecer a Amazônia mas eu acharia interessante o Paraguai pedir proteção e instalar uma base do nível 2,talvez compreendas o que é risco. Para entender os níveis Nível 1 inclui tanto grande capacidade de manutenção como tamanho para receber muitos aviões de carga. Nível 2 permite manutenção em menor escala e pequena capacidade de lidar com passageiros. Nível 3 tem ainda menor capacidade de manutenção e de passageiros. Nível 4, de bases “expedicionárias” –de limitadas instalações para grandes aviões de transporte,… Read more »

Lucas Calabrio
Harry

Caro, Rodrigo concordo quando voce diz ” temos é que agir contra aqueles em Brasília que estão acabando com a atividade econômica e por consequência expulsando Brasileiros de nossas fronteiras, tendo o caso da Raposa Serra do Sol como exemplo mais emblemático, antes de nos preocuparmos com as Forças Armadas dos EUA .” Infelismente o mundo não vai Para até que nos resolvamos os nossos problemas internos. Uma coisa é clara o EUA faz sua defesa a partir do territorio alheio. Não podemos é ser indolentes. Os EUA não vai ocupar territorio para dominar, só é preciso ficar por perto… Read more »

COMANDANTE MELK

Senhores, Cerca de 6.300 militares norte-americanos, sem contar soldados de agências não-governamentais contratados pelo governo dos Estados Unidos, estiveram baseados ou realizaram operações na região da Amazônia “apenas´´entre 2001 e 2002, segundo o Centro de Inteligência do Exército (CIE) brasileiro. Vou rapidamente mostrar aos senhores, como se situa a presença americana em cada país da America do Sul: Paraguai- Ações conjuntas com o exército norte-americano. Assunción: Militares dos EUA no Centro de Instrução Militar de Operações Especiais. Mariscal Estigarribia: pista de pouso para qualquer tipo de aeronave e apoio a operações norte-americanas na região Coronel Olviedo, Salto Del Guairá e… Read more »