tam-a330

As companhias aéreas TAM e Air France têm seis meses, a partir de hoje, para substituir os sensores de velocidade de seus aviões. O objetivo da determinação judicial, que teve como base inquérito instaurado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, é garantir mais segurança nos vôos das duas companhias.

O promotor Rodrigo Terra, da Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Rio de Janeiro, disse que o Ministério Público verificou que o sensor de velocidade está no centro das investigações da França sobre o desastre ocorrido no último dia 31 com o Airbus A330-200 da Air France, que fazia a rota Rio-Paris.

Como a própria fabricante do avião havia recomendado a substituição dos sensores e o problema tinha ocorrido em outras aeronaves desse tipo, o Ministério Público concluiu que as empresas deveriam fazer a troca imediatamente. Segundo Terra, a TAM, que opera com o mesmo tipo de avião no Brasil, e a Air France não atenderam à recomendação do fabricante.

O promotor lembrou que um dos princípios que norteiam o Código de Defesa do Consumidor é o da prevenção do dano. “E, como o serviço de transporte aéreo deve ser prestado de maneira segura, o Ministério Público entendeu que deve ser monitorado o processo de substituição dos sensores de velocidade, instaurando um inquérito civil público, em que já foi emitida inclusive a recomendação de que o processo de substituição seja concluído no prazo máximo de seis meses.”

Terra explicou que, embora seja uma empresa estrangeira, a Air France também é obrigada a substituir os aparelhos, porque presta serviço em território nacional. “Ela tem que se adequar às leis locais. O que se quer é justamente que o serviço seja prestado com segurança”, disse.

De acordo com o promotor, para isso, é preciso substituir os sensores de velocidade. E, se isso não for feito, o Ministério Público poderá processar as empresas para que nenhum avião seja autorizado a decolar sem ter seguido a orientação do fabricante.

Além disso, as empresas que descumprirem a decisão estarão sujeitas ao pagamento de multa, que será fixada por decisão judicial. O objetivo não é punir as empresas, “é prevenir o dano ao consumidor”, esclareceu Terra.

A assessoria da Air France informou que, desde a semana passada, está acelerando o processo de troca dos sensores, mas não tem a confirmação de quanto tempo demorará o processo. A assessoria da TAM disse que ainda não havia sido comunicada da decisão da Justiça, mas que, de acordo com última informação repassada pela empresa, os sensores já haviam sido trocados na ocasião da recomendação da fabricante.

Ontem, o sindicato de pilotos da Air France assegurou que pediu a seus associados que não voem enquanto a companhia não mudar os sensores de velocidade dos Airbus A330 e A340.

FONTE: Agência Brasil

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Tailhooker

O interessante é que o MP só manda fazer isso quando ocorre um desastre dessas proporções. 228 têm que morrer para que haja uma reação baseada na emoção e comoção. ô povinho reativo. Por que não são proativos ?? Não sabem bem nem o que contribuiu para o acidente. Se surgir um rumor de que a causa foi erro humano do piloto, vão mandar “trocar todos os pilotos na marra”. Sempre tem gente querendo aparecer e mostrar serviço.

Paulo Silva

Precisou ter acontecido um acidente, matando 228 pessoas, para que a AIR FRANCE e outras cias , para começassem a trocar os senssores!!Isto é um absurdo, falta segurança!!A Air France perdeu ao meu entender, toda confiança depositada em dezenas de anos de atividade.

Abraços

Paulo

joaquim

Sinais dos tempos. Fenomenos meteorologicos antes nunca enfrentados.

A330 da Qantas, A330 da TAM e A330 da Air France, creio que essas ocorrencias serão fatais para o fabricante do modelo. Os passageiros vão procurar outras alternativas de aeronave.

Alexandre Marlon

“Precisou ter acontecido um acidente, matando 228 pessoas, para que a AIR FRANCE e outras cias , para começassem a trocar os senssores!!Isto é um absurdo, falta segurança!!” Paulo Silva Estranho, fatos como o citado pelo Paulo Silva, de precisar ocorrer algo grave para que providências sejam tomadas para sanar o problema, alguns anos ou décadas atrás parecia ser coisa possível de ocorrer somente aqui no Brasil ou com companhias brasileiras. Agora isso que ocorreu com a Air France, de ter de acontecer um acidente grave para que providências fossem tomadas, sendo que já haviam sendo recomendadas pelo fabricante. Estou… Read more »

Alexandre Marlon

Pode nada ter haver o acidente com os medidores de velocidade, mas o simples fato de o fabricante recomendar a troca dos mesmos, deveria ser motivo mais que suficiente para que fosse trocados no menor prazo possível. Independentemente de acidente como ocorreu ou quase acidentes que também já ocorreram.

PS.: Só para completar.

Wolfpack

Senhores, O tube de Pitot foi rapidamente eleito como o vilão do vôo 447 e dos Airbus 330 e 340. Não desmerecendo a impolrtância do equipamento, mesmo este sendo três as unidades em cada aeronave, o piloto têm a disposição instrumentos de GPS que poderiam dar informação correspondente a altitude e velocidade e rota suficientes para manobras a aeronave, o que ocorreu no vôo 447 vai além da simples falha catastrófica dos tubos de pitot, e para isso não é importante para a Airbus e AirFrance divulgar teoria diferente como por exemplo uma falha estrutural grave na aeronave ou mesmo… Read more »

Wolfpack

Ah só para completar meu irmão está vindo da França para o Brasil neste final de semana e seu vôo será feito em um robusto 747 e o retorno em um 777, graças a Deus.

Ricardo

6 Meses é muito tempo para o “azar”

Alexandre Marlon

Não te preocupa, ele foi e retornara inteiro e vivo.

Só para completar:
6 Meses é muito tempo para o “azar”
Ricardo

Anselmo

O Problema crônico do Air Bus 330 não será custo?

Se o piloto não consegue comandar a aeronave com as próprias mãos não é falta de alguma coisa?

Terá o Air Bus em sua concepção controles pressurizados e pneumáticos funcionando paralelamente com os controles eletrônicos ?

Por isso que os Pilotos falam: ” Eu sinto um Boing, porém com o Air Bus é diferente”

Alexandre Marlon

Pode nada ter haver o acidente com os medidores de velocidade, mas o simples fato de o fabricante recomendar a troca dos mesmos, deveria ser motivo mais que suficiente para que fosse trocados no menor prazo possível. Independentemente de acidente como ocorreu ou quase acidentes que também já ocorreram.

PS.: Só para completar.

Alexandre Marlon

“Precisou ter acontecido um acidente, matando 228 pessoas, para que a AIR FRANCE e outras cias , para começassem a trocar os senssores!!Isto é um absurdo, falta segurança!!” Paulo Silva Estranho, fatos como o citado pelo Paulo Silva, de precisar ocorrer algo grave para que providências sejam tomadas para sanar o problema, alguns anos ou décadas atrás parecia ser coisa possível de ocorrer somente aqui no Brasil ou com companhias brasileiras. Agora isso que ocorreu com a Air France, de ter de acontecer um acidente grave para que providências fossem tomadas, sendo que já haviam sendo recomendadas pelo fabricante. Estou… Read more »

Tailhooker

O interessante é que o MP só manda fazer isso quando ocorre um desastre dessas proporções. 228 têm que morrer para que haja uma reação baseada na emoção e comoção. ô povinho reativo. Por que não são proativos ?? Não sabem bem nem o que contribuiu para o acidente. Se surgir um rumor de que a causa foi erro humano do piloto, vão mandar “trocar todos os pilotos na marra”. Sempre tem gente querendo aparecer e mostrar serviço.

Paulo Silva

Precisou ter acontecido um acidente, matando 228 pessoas, para que a AIR FRANCE e outras cias , para começassem a trocar os senssores!!Isto é um absurdo, falta segurança!!A Air France perdeu ao meu entender, toda confiança depositada em dezenas de anos de atividade.

Abraços

Paulo

joaquim

Sinais dos tempos. Fenomenos meteorologicos antes nunca enfrentados.

A330 da Qantas, A330 da TAM e A330 da Air France, creio que essas ocorrencias serão fatais para o fabricante do modelo. Os passageiros vão procurar outras alternativas de aeronave.

Wolfpack

Senhores, O tube de Pitot foi rapidamente eleito como o vilão do vôo 447 e dos Airbus 330 e 340. Não desmerecendo a impolrtância do equipamento, mesmo este sendo três as unidades em cada aeronave, o piloto têm a disposição instrumentos de GPS que poderiam dar informação correspondente a altitude e velocidade e rota suficientes para manobras a aeronave, o que ocorreu no vôo 447 vai além da simples falha catastrófica dos tubos de pitot, e para isso não é importante para a Airbus e AirFrance divulgar teoria diferente como por exemplo uma falha estrutural grave na aeronave ou mesmo… Read more »

Wolfpack

Ah só para completar meu irmão está vindo da França para o Brasil neste final de semana e seu vôo será feito em um robusto 747 e o retorno em um 777, graças a Deus.

Ricardo

6 Meses é muito tempo para o “azar”

Alexandre Marlon

Não te preocupa, ele foi e retornara inteiro e vivo.

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6 Meses é muito tempo para o “azar”
Ricardo

Anselmo

O Problema crônico do Air Bus 330 não será custo?

Se o piloto não consegue comandar a aeronave com as próprias mãos não é falta de alguma coisa?

Terá o Air Bus em sua concepção controles pressurizados e pneumáticos funcionando paralelamente com os controles eletrônicos ?

Por isso que os Pilotos falam: ” Eu sinto um Boing, porém com o Air Bus é diferente”