Embora o Panavia Tornado fosse uma aeronave capaz de transportar uma enorme variedade de armamentos, dois sistemas de ataque que empregavam submunição destacavam-se. Um deles era o MW-1, desenvolvido para a Força Aérea da Alemanha e demonstrado no vídeo abaixo.

Na RAF o equivalente do MW-1 era o JP233. Durante a Guerra do Golfo os Tornado, tanto da RAF como da Arábia Saudita, empregaram o JP-233 para destruir as pistas das bases aéreas do Iraque. O efeito do armamento, como pode ser visto no vídeo abaixo, é devastador. Mas o JP233 possui uma desvantagem tática. A aeronave precisa voar baixo e nivelada, expondo-se totalmente às defesas de solo.

O alto número de perdas de Tornado no início daquele conflito levou os estrategistas a modificar o perfil de ataque das missões. As penetrações em baixa altitude, que buscavam burlar os radares de terra, foram substituídas por voos de média ou alta altitude com escolta e apoio AEW.

Com a adesão do Reino Unido ao tratado banindo as bombas cluster, os sistemas JP233 foram sucateados.

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Aluisio

Alguem tem informações se temos algum sistema parecido com esses e se os nossos A-1 são capazes de usar?

Bosco

Esses sistemas cativos de dispersão de submunições são armas de validade duvidosa em um cenário de alta intensidade. Até mesmo as bombas anti-pista (Durandal, BAP 100, BAPI, etc.) são de pouca utilidade contra um sistema de defesa aérea minimamente aceitável. Como teoricamente são armas do “primeiro dia”, que visam paralisar o aviões no solo, se mostram muito frágeis contra um inimigo preparado e em prontidão. A MW-1 também pode ser usado de forma tática contra concentração de tropas e blindados, mas também são armas que se mostram extremamente deficientes contra um grande número de oponentes. Quando surgiram na década de… Read more »

Bosco

Hoje, tais sistemas foram substituídos de vez por dispersadores não cativos, como as bombas de fragmentação guiadas (WCMD, JSOW, etc) e os mísseis de cruzeiro (Apache, etc).
Agora, pra chutar “cachorro morto” elas ainda servem, assim como as bombas anti-pista.

Bosco

Aluísio,
provavelmente os A-1 são capacitados a lançarem as bombas de fragmentação e as bombas/foguetes anti-pista (BAPI) de fabricação nacional.
Num ataque a um aeródromo, por exemplo, as duas armas seriam úteis, disseminando “minas” com as bombas de fragmentação, e perfurando as pistas e os hangares com as bombas anti-pista.
OBS: Não me lembro da designação das bombas de fragmentação brasileiras.

Bosco

“Com a adesão do Reino Unido ao tratado banindo as bombas cluster, os sistemas JP233 foram sucateados”. Acredite quem quiser! Com a comprovação da ineficácia do sistema JP233, eles foram sucateados. rsrs…. Para que sejam eficazes tem que se combinar com o inimigo antes. Os EUA se interessaram pelo sistema na década de 80 para usarem contra os aeródromos do Pacto de Varsóvia, e o estudaram por uns 2 anos até concluírem que não eram úteis já que a aeronave seria destruída antes de completar a missão. Optaram pela Durandall francesa para equipar seus F-15E. Também foram abandonados após umas… Read more »

Bosco

Mesmo usando a inigualável capacidade de ataque em baixa altitude do Tornado, associado a intensa ECM, lançamento de chafs e flares e de mísseis anti-radar, essas armas de fragmentação se mostraram ineficazes, já que obrigavam o ataque com o sobrevôo do alvo em um vôo nivelado rasante. Com a entrada em operação de caças com capacidade look down / shoot down e de aviões radares com capacidade de rastrear alvos em níveis baixos, aí a coisa piorou de vez. Essas armas e as bombas de fragmentação só tem alguma eficiência em conflitos assimétricos. Em uma guerra convencional contra uma força… Read more »

Rodrigo Cesarini

Deviam ter gasto o estoque fazendo “chover” na cabeça dos Talibans

Mauricio R.

“Com a entrada em operação de caças com capacidade look down / shoot down e de aviões radares com capacidade de rastrear alvos em níveis baixos, aí a coisa piorou de vez.”

Na 1ª Guerra do Golfo não precisou nem isso, bastava cruzar o fogo da AAA de tubo, que o Tornado voava bem p/ o meio dela.
Não necessitava nem de radar p/ a pontaria.

CorsarioDF

Pessoal vocês esqueceram de um ponto essencial, o efeito colateral da mesma. Pois elas não são guiadas e abrangem uma grande área, atingindo assim “civis” o que na guerra moderna traz uma péssima reputação a campanha.

Sds.

Aluisio

Alguem tem informações se temos algum sistema parecido com esses e se os nossos A-1 são capazes de usar?

Bosco

Esses sistemas cativos de dispersão de submunições são armas de validade duvidosa em um cenário de alta intensidade. Até mesmo as bombas anti-pista (Durandal, BAP 100, BAPI, etc.) são de pouca utilidade contra um sistema de defesa aérea minimamente aceitável. Como teoricamente são armas do “primeiro dia”, que visam paralisar o aviões no solo, se mostram muito frágeis contra um inimigo preparado e em prontidão. A MW-1 também pode ser usado de forma tática contra concentração de tropas e blindados, mas também são armas que se mostram extremamente deficientes contra um grande número de oponentes. Quando surgiram na década de… Read more »

Bosco

Hoje, tais sistemas foram substituídos de vez por dispersadores não cativos, como as bombas de fragmentação guiadas (WCMD, JSOW, etc) e os mísseis de cruzeiro (Apache, etc).
Agora, pra chutar “cachorro morto” elas ainda servem, assim como as bombas anti-pista.

Bosco

Aluísio,
provavelmente os A-1 são capacitados a lançarem as bombas de fragmentação e as bombas/foguetes anti-pista (BAPI) de fabricação nacional.
Num ataque a um aeródromo, por exemplo, as duas armas seriam úteis, disseminando “minas” com as bombas de fragmentação, e perfurando as pistas e os hangares com as bombas anti-pista.
OBS: Não me lembro da designação das bombas de fragmentação brasileiras.

Bosco

“Com a adesão do Reino Unido ao tratado banindo as bombas cluster, os sistemas JP233 foram sucateados”. Acredite quem quiser! Com a comprovação da ineficácia do sistema JP233, eles foram sucateados. rsrs…. Para que sejam eficazes tem que se combinar com o inimigo antes. Os EUA se interessaram pelo sistema na década de 80 para usarem contra os aeródromos do Pacto de Varsóvia, e o estudaram por uns 2 anos até concluírem que não eram úteis já que a aeronave seria destruída antes de completar a missão. Optaram pela Durandall francesa para equipar seus F-15E. Também foram abandonados após umas… Read more »

Bosco

Mesmo usando a inigualável capacidade de ataque em baixa altitude do Tornado, associado a intensa ECM, lançamento de chafs e flares e de mísseis anti-radar, essas armas de fragmentação se mostraram ineficazes, já que obrigavam o ataque com o sobrevôo do alvo em um vôo nivelado rasante. Com a entrada em operação de caças com capacidade look down / shoot down e de aviões radares com capacidade de rastrear alvos em níveis baixos, aí a coisa piorou de vez. Essas armas e as bombas de fragmentação só tem alguma eficiência em conflitos assimétricos. Em uma guerra convencional contra uma força… Read more »

Rodrigo Cesarini

Deviam ter gasto o estoque fazendo “chover” na cabeça dos Talibans

Mauricio R.

“Com a entrada em operação de caças com capacidade look down / shoot down e de aviões radares com capacidade de rastrear alvos em níveis baixos, aí a coisa piorou de vez.”

Na 1ª Guerra do Golfo não precisou nem isso, bastava cruzar o fogo da AAA de tubo, que o Tornado voava bem p/ o meio dela.
Não necessitava nem de radar p/ a pontaria.

CorsarioDF

Pessoal vocês esqueceram de um ponto essencial, o efeito colateral da mesma. Pois elas não são guiadas e abrangem uma grande área, atingindo assim “civis” o que na guerra moderna traz uma péssima reputação a campanha.

Sds.