T-37, outro cinquentão, prestes a sair de cena da USAF
Último “voo” no simulador foi realizado nesta quinta, dia 23 de abril. O velho Tweet deverá ser desativado definitivamente da força até a metade deste ano, com os últimos exemplares em operação cedendo lugar aos T-6A Texan II.
Há poucos dias, publicamos matéria sobre o cinquentenário do voo do primeiro treinador supersônico a jato do mundo, o T-38 Talon, que deve permanecer em serviço na USAF pelo menos até 2020 (clique aqui para acessar). Coincidentemente, chegou a hora de seu antecessor, tanto na numeração e entrada em operação quanto no primeiro voo e no “degrau” do treinamento, dar adeus à Força. Trata-se do T-37 Tweet, treinador a jato que chegou a ser empregado pela FAB na Academia da Força Aérea (AFA), entre as décadas de 60 e 70, quando foi substituído pelo T-27 Tucano (clique aqui para matéria que conta um pouco sobre essa história).
Mas voltemos à USAF: o segundo-tenente Evan Negron teve a honra de ser o último aluno a “voar” no simulador do T-37 nesta quinta-feira, 23 de abril, nos 27 anos de história do programa conjunto Euro-OTAN de treinamento de pilotos de jato. O simulador está instalado na Base Aérea de Sheppard, da USAF. Evan, que se graduou na Academia e iniciou o treinamento em novembro do ano passado, declarou que sentiu-se como “parte de uma lenda e afortunado por estar na última classe de T-37”. A baixa do serviço deste treinador a jato está agendada para este verão (do hemisfério norte), quando a última clase de pilotos treinada no modelo deverá avançar para o T-38 Talon, entre o final de junho e o começo de julho de 2009.
O segundo-tenente também teve a honra de contar, como instrutor, com Wolfgang Ruhl, ex-piloto alemão, instrutor do programa conjunto Euro-OTAN desde seu início e, significativamente, o último a dar instrução no simulador do T-37. Segundo Ruhl, não há simulador mais confiável do que o do Tweet em uso – é simples e de fácil manutenção – e o mesmo ele diz sobre a própria aeronave, embora compreenda a decisão de substituí-la pelo mais moderno e eficiente T-6A.
O simulador do Tweet um equipamento mais simples do que os simuladores de alta tecnologia do T-6A e do T-38, pois não oferece projeção de imagens. Porém, faz o que um simulador basicamente deve fazer: com instrumentos e controles idênticos aos do T-37, acostuma o aluno aos procedimentos na cabine, posições dos comandos, além do voo por instrumentos, que é simulado com o fechamento do canopi.
Um pouco da história do T-37:
O T-37A realizou seu primeiro voo em 1955 e entrou em serviço na USAF já no ano seguinte. Quando o modelo T-37B tornou-se operacional em 1959, os da série A foram modificados para o padrão B. Foram mais de 50 anos de operação na USAF, sendo os últimos 20 anos resultantes de uma extensão da vida útil estrutural, realizada através de kits de substituição de componentes estruturais críticos pela Sabreliner Corp, a partir de contrato assinado em 1989. Das mais de 1.000 aeronaves do modelo construídas, 419 ainda estão no inventário da USAF, sendo que este ano será completada sua substituição pelos T-6A Texan II.
Características gerais do T-37 Tweet
Função: treinador
Fabricante: Cessna Aircraft Co.
Motorização: dois turbojatos Continental J69-T-25
Potência: 1,025 pounds (461.25 quilos) cada motor
Comprimento e envergadura: 8.9 metros x 10,2 metros
Velocidade: 360 millhas por hora
Peso: 2,981 quilos
Teto de voo: 35,000 feet (10.600 metros)
Tripulantes: dois (aluno e instrutor)
Características gerais do T-6A Texan II
Função: treinador
Fabricante: Raytheon Aircraft Co.
Motorização: um turboélice Pratt & Whitney Canada PT6A-68
Potência: 1.100 hp
Comprimento e envergadura: 10,16 metros x 10,19 metros
Velocidade: 320 milhas por hora
Peso: 2,955 quilos
Teto de voo: 31,000 pés (9.448 metros)
Tripulantes: dois (aluno e instrutor)
Fonte e fotos: USAF
Nota do Blog: clique aqui para ver matéria anterior do Blog sobre as possibilidades de substituição, em diversas forças aéreas, da versão de ataque dessa aeronave clássica, o A-37 Dragonfly, pelo EMB-314 Super Tucano.
A USAF já está fazendo consultas para a substituição dos Talons. Está aberta, assim, uma janela de oportunidade para o desenvolvimento conjunto de um novo treinador supersônico com americanos. Um treinador com tecnologias de G, que poderia ter um versão de combate também.
Se não me engano o Aermacchi M-346 Master já atinge velocidade supersônica, uma boa opção para a USAF.
Isso mostra a importancia de se ter um treinado a Jato para formar pilotos de caça.
A FAB deveria pensar nisso, um treinador a jato entre o A-29 e Caças F-5, A-1, M-2000 e o FX, acho que só os A-29 não bastam.
O caminho natural para USAF seria o T-50 GOLDEN EAGLE que tem forte tecnologia americana.
Estes treiandores já estão estocados aos montes no AMARC no Arizona… É só dar uma olhada no Google Earth.
Cópia descarada do nosso SUPER TUCANO,vão copiar bem assim na China.
Jaique Sparro
concordo se for do Tucano.
O Super tucano é muito mais imponente. Já nasceu para ser um atacante.
Senão me engano o Super Tucano nasceu para suprir essa vaga com o projeto JPATS da USAF e USN e NFTC da OTAN, mas perdeu para o Texan II em um forte lobby da Beech Aircraft, embora o Avião Brasileiro fosse melhor.
O T-37 na AFA, mesmo sendo jato, era um avião idolatrado e principalmente seguro, suportava as aguras de um novato. A prova disso é o seu uso na USAF até agora. Não c pode dizer dos AT-26, que são extremamente perigosos para um treinador à jato, e está sendo empregado cheio de restrições em NATAL.
Tive a felicidade de já ter entrado num “brinquedo” destes, o T-37 era e continua a ser um dos aviões mais manobráveis e fiáveis que existe, aconselho a consulta no youtube da esquadrilha acrobática portuguesa (asas de Portugal) que nos anos 70 e 80 (se não me engano) ganhou muitos prémios voando com este mesmo avião
Depois falam do Brasil. O T-37 é uma lenda mas os EUA usarem ainda este avião! É fogo!!
[…] T-37, outro cinquentão, prestes a sair de cena da USAF […]
Li um livro sobre um piloto de F 4 Phantom que lutou no Vietnâ. Ele já marretava o avião em 1963. Mas não devia ser tão ruim assim ou não teria ficado tanto tempo em serviço.
A USAF já está fazendo consultas para a substituição dos Talons. Está aberta, assim, uma janela de oportunidade para o desenvolvimento conjunto de um novo treinador supersônico com americanos. Um treinador com tecnologias de G, que poderia ter um versão de combate também.
Se não me engano o Aermacchi M-346 Master já atinge velocidade supersônica, uma boa opção para a USAF.
Isso mostra a importancia de se ter um treinado a Jato para formar pilotos de caça.
A FAB deveria pensar nisso, um treinador a jato entre o A-29 e Caças F-5, A-1, M-2000 e o FX, acho que só os A-29 não bastam.
O caminho natural para USAF seria o T-50 GOLDEN EAGLE que tem forte tecnologia americana.
Estes treiandores já estão estocados aos montes no AMARC no Arizona… É só dar uma olhada no Google Earth.
Cópia descarada do nosso SUPER TUCANO,vão copiar bem assim na China.
Jaique Sparro
concordo se for do Tucano.
O Super tucano é muito mais imponente. Já nasceu para ser um atacante.
Senão me engano o Super Tucano nasceu para suprir essa vaga com o projeto JPATS da USAF e USN e NFTC da OTAN, mas perdeu para o Texan II em um forte lobby da Beech Aircraft, embora o Avião Brasileiro fosse melhor.
O T-37 na AFA, mesmo sendo jato, era um avião idolatrado e principalmente seguro, suportava as aguras de um novato. A prova disso é o seu uso na USAF até agora. Não c pode dizer dos AT-26, que são extremamente perigosos para um treinador à jato, e está sendo empregado cheio de restrições em NATAL.
Tive a felicidade de já ter entrado num “brinquedo” destes, o T-37 era e continua a ser um dos aviões mais manobráveis e fiáveis que existe, aconselho a consulta no youtube da esquadrilha acrobática portuguesa (asas de Portugal) que nos anos 70 e 80 (se não me engano) ganhou muitos prémios voando com este mesmo avião
Depois falam do Brasil. O T-37 é uma lenda mas os EUA usarem ainda este avião! É fogo!!
[…] T-37, outro cinquentão, prestes a sair de cena da USAF […]
Li um livro sobre um piloto de F 4 Phantom que lutou no Vietnâ. Ele já marretava o avião em 1963. Mas não devia ser tão ruim assim ou não teria ficado tanto tempo em serviço.