Entenda a crise na Embraer
Jornal afirma que acionistas foram privilegiados e manutenção dos postos de trabalho foi colocada em segundo plano
Distribuir dividendos sempre é bem visto pelo mercado, mesmo em épocas de vacas magras. A visão dos investidores é de que a empresa precisa remunerar o acionista, que financia o negócio. Este tem sido o caso da Embraer, classificada pelos analistas como boa pagadora de dividendos. Mas para manter esta fama no mercado, a empresa decidiu optar por enxugar os custos, o que se traduziu na demissão de 4.300 pessoas.
Assim, apesar de todos os problemas operacionais, queda da demanda e demissões, a empresa deve continuar remunerando os seus investidores neste ano através do pagamento de juros sobre capital próprio e dividendos no mesmo ritmo dos anos anteriores. A remuneração dos acionistas da Embraer é bem maior do que o percentual determinado por lei. Em 2007, a empresa distribuiu 75,67% do lucro aos acionistas, enquanto o exigido por lei é 25%. Segundo as projeções da Merrill Lynch, a empresa deve pagar em todo o ano de 2008, um dividend yeld (dividendo pago por ação de uma empresa, dividido pelo preço da ação) equivalente a 7,5%. Em 2007, o indicador ficou em 8,3%. Para 2009, a projeção dos especialistas da instituição financeira é de 4,7% e de 6,1% em 2010. A média das 169 empresas que pagam dividend yeld acima de 5% é de 9,96%.
No ano de 2008, cerca de R$ 355 milhões foram distribuídos pela Embraer em juros sobre capital próprio e dividendos a seus acionistas. “Neste valor ainda é preciso acrescentar que mais recursos serão distribuídos no quarto trimestre e no dia 29 de março do ano passado, foi aprovado o pagamento de R$ 50 milhões em bônus para os executivos”, acrescenta Luiz Carlos Prates, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
A folha de pagamento total da Embraer soma cerca R$ 200 milhões ao ano. Assim, se os acionistas abrissem mão de parte do volume de dividendos e juros por capital próprio distribuídos anualmente pela companhia e reduzisse o bônus dos executivos de alto escalão teria recursos de sobra para pagar a folha de funcionários por um ano. “O que a Embraer quer é manter a margem, o lucro dos acionistas. Mas para isso está sacrificando seu maior patrimônio, o funcionário”, ressalta Prates. A demissão de 4,3 mil funcionários equivale a 20% da força de trabalho da empresa e abrange os segmentos operacionais, administrativos e gerenciais.
Ao contrário da Embraer, a General Electric (GE) decidiu preservar caixa em época de vacas magras. O Conselho de Administração aprovou a redução do dividendo trimestral da companhia de US$ 0,31 por ação para US$ 0,10 por ação a partir do segundo semestre de 2009. A decisão é inédita. A redução do dividendo a níveis competitivos é uma medida prudente para reforçar o balanço.
A lógica de remunerar menos os investidores e preservar os funcionários, entretanto, causa pouca sensibilidade no mercado. “O investidor compra o papel para participar dos ganhos da empresa. A busca é por lucros e dividendos. A lógica é que, se a empresa vai produzir menos, precisa de menos funcionários. O acionista é pouco sensível a estas questões sociais. Estar no vermelho é muito ruim”, diz um analista de corretora.
O consultor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), Luiz Jurandir Simões, explica que, em economia, não é possível balancear interesses tão divergentes. “Há o paradoxo cruel entre demissão de funcionários e remuneração de acionistas. Apesar de ser criticada, esta decisão da empresa tem como objetivo preservar os resultados”, afirma. Sem querer entrar no mérito sobre o que seria mais justo, o consultor mostra que, se a Embraer optasse por manter os funcionários ociosos, arcaria com custos maiores, o que implica em redução da margem e, por consequência fuga de investidores e, quem sabe futuramente, um volume de demissões bem maior.
Na avaliação do diretor da Solidus Corretora, Emerson Lambrecht, o grande problema enfrentado pela Embraer no momento é a questão da imagem. A decisão de demitir os mais de 4 mil funcionários foi tão mal vista pelo mercado ou até mais mal vista do que se a empresa tivesse anunciado a redução do percentual de dividendos distribuídos. “Se a companhia decidir reduzir o dividendo agora sofrerá mais um impacto de imagem. As decisões deveriam ser tomadas de forma gradativa. Se a empresa tivesse reduzido o dividendo previsto e ingressado em um processo de corte de custos e demissões, não teria tido um problema tão grande de imagem“, ressalta.
Piores resultados
A Embraer tem sentido a queda da demanda e a expectativa é que o cenário negativo marque o ano de 2009. Ao mesmo tempo que projetam resultados piores, os analistas têm reduzido a recomendação para o papel. Em três meses, a Embraer reduziu duas vezes as projeções de venda dos jatos. Em novembro do ano passado, a empresa revisou sua orientação ao mercado de vender entre 315e 350 jatos para 270 jatos (18%). No mês de fevereiro nova redução foi feita: para 242 jatos. O motivo para a diminuição provém da aviação executiva, seguida pela aviação comercial. Para a família Phenom o panorama mantém-se inalterada em 110 jatos. A redução é um resultado do adiamento das compras, não cancelamento.
A Embraer também informou ao mercado que estima para esse ano uma receita de US$ 5,5 bilhões, 12,7% a menos que a projeção anterior, de US$ 6,3 bilhões. De acordo com relatório divulgado pela Corretora Ágora, não estão descartadas novas reduções nos próximos meses. A corretora reduziu sua recomendação para as ações da companhia de “compra para o longo prazo” para “manter”. O preço alvo se encontra em revisão.
A previsão dos analistas da Lopes Filho é de que a Embraer tenha encerrado o ano de 2008 com um prejuízo de R$ 455,9 milhões e as perdas se agravem em 2009. O prejuízo previsto é de R$ 617,6 milhões. Os resultados do quarto trimestre da companhia ainda não foram divulgados, mas segundo o que Embraer já anunciou, foram entregues 59 aviões, queda em relação às 61 aeronaves do mesmo período de 2007. Apesar disso, a companhia bateu recorde no ano passado, com 204 jatos despachados a clientes. O valor dos pedidos firmes em carteira era de US$ 20,9 bilhões, também recorde frente aos US$ 18,8 bilhões no mesmo período de 2007.
FONTE: Monitor Mercantil
Ô Galante, que é isso mêl???
Corrige o texto senão a galera do blog vai te sacanear amigão.
Um abraço.
So’ para lembrar, o acionista e’ o DONO da empresa. E sim, os donos da empresa exigem receber um certo nivel de remuneracao da empresa da qual eles possuem. Afinal, essa remuneracao representa a renda do dono do negocio. Vale lembrar tambem que muitos desses acionistas (donos) sao Fundos de Pensao, ou seja, fundos de aposentadoria. Esses aposentados pagaram suas contribuicoes mensais para o fundo e esse fundo pegou o dinheiro e investiu em acoes como as da Embraer. Esses aposentados agora esperam receber de volta, na forma de aposentadorias, o dinheiro dessas contribuicoes. Para que isso ocorra, esses fundos… Read more »
Ô Jacubão, o texto é do Monitor Mercantil e foi postado pelo Poggio. Qual o erro?
E aqui ninguém pode sacanear os editores. Tá todo mundo trabalhando, o Poggio em plataforma de petróleo, eu entre Rio e São Paulo, Nunão no trabalho dele também. Entre uma folguinha e outra, a gente posta alguma coisa e se tiver algum erro, por favor indiquem qual é.
Somos todos humanos aqui, sem tempo de sobra para infalibilidade.
Galante,
O título do post está com grafia incorreta:
>>> [ Endenda ] a crise na Embraer
== Deveria ser En[t]enda
um abraço
Obrigado, Rodrigo pela indicação do erro. O Poggio escreveu e não notou, eu li e também não vi. Trabalhar com texto é uma coisa complicada, às vezes várias pessoas passam os olhos sobre o erro e não percebem.
O título da reportagem foi infeliz. Como bem diz o texto da própria reportagem, o ideal teria sido alcançar um comprometimento entre as duas partes. Baixar um pouco os dividendos cortar menos pessoal. Não adianta reduzir os dividendos e manter 4000+ funcionários ociosos, isso iria acabar com a imagem da empresa pra qualquer investidor e também não adianta manter os lucros no mesmo patamar que antes da crise e mandar tanta gente embora de uma vez.
Nem 8 nem 80 né Embraer?
Sinto falta do Maurício Botelho nessas horas…
Fica bravo comigo não amigão, eu só aproveitei a ocasião para alertar e ainda fazer uma “guerrinha”, rsrsrsrs.
Felicidades amigão.
Olá senhores! Realmente acho que eu tenho um senso de valor muito arcaico! Por que eu falo isso? Simples deixar de remunerar os acionistas (estes que colocaram dinheiro) para gastar com folha de pagamento, composta por salários e avantajados encargos, para mim não tem explicação lógica. Senhores sou plenamente solidário aos chefe de família que foram despedidos (eu mesmo já fui demitido duas vezes pelo mesmo motivo que ocorreu na Embraer), porém sem vender aviões essas pessoas estavam de braços cruzados sem produzir nada! Quero lembrar que os empregados também são acionistas, pois na privatização parte das ações lhes fora… Read more »
Bem, se é como está na matéria, acho que eu (modestamente) já havia entendido esta crise faz um tempo…embora não entenda nada de administração. A questão da demissão traz desgaste para a imagem (marca) da empresa e também desvalorização de seus títulos e de seu patrimônio. E isso não é nada bom para os acionistas, que perdem dinheiro com essa “besteira” (ainda bem que eu não comprei ações da Embraer, senão teria perdido dinheiro!!!). Existiu um problema de administração, que não começou agora. O problema nem é tanto a demissão dos 4 mil funcionários (embora este seja um problema social… Read more »
Caro Pedro Rocha, não sei se vc já viu, mas saiu ontem no Estadão (a respeito do C-390): O Estado de São Paulo Data : 08/03/2009 Governo banca cargueiro da Embraer Defesa investe em projeto de avião militar e depois deve comprar jatos de empresa que acaba de demitir 4,2 mil Roberto Godoy O governo vai aplicar entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões no programa do novo cargueiro militar da Embraer, o KC-390. Esse aporte inicial é equivalente a 5% do investimento na etapa de desenvolvimento. O detalhamento da participação será anunciado até abril. O Comando da Aeronáutica… Read more »
Acho que a EMBRAER não teve “feeling” e “jogo de cintura” para lidar com a crise. Reconheço que os acionistas querem mais é ver o resultado de seus investimentos na empresa e isso é sim perfeitamente compreensível. O que me deixa um pouco “estupefato” é a manutenção de prêmios e recompesas aos seus altos executivos. Acho eu que numa hora de crise como essa que está ocorrendo, um pouco de bom senso não seria ruim para a empresa. Afinal, imagem também ajuda na projeção da empresa perante seu público alvo – o cliente – e o grande público e formadores… Read more »
Hornet… Apreciei muito o seu “post” da Folha de São Paulo à respeito da entrada oficial do Governo Federal no projeto C-390. Este avião poderá sim manter muitos empregos e espero sinceramente que venha a ser o mais novo sucesso da EMBRAER no concorridíssimo mercado de defesa e também para uso civil pois duas grandes empresas privadas de transporte/correios a Fedex e a DHL estão também interessadas. Agora, a chamada de manchete do jornal deixa muito a desejar: “Governo banca cargueiro da Embraer. Defesa investe em projeto de avião militar e depois deve comprar jatos de empresa que acaba de… Read more »
Erro banal no título, o resto tudo OK.
Agora, reconsidere a afirmação “Esses aposentados agora esperam receber de volta, na forma de aposentadorias, o dinheiro dessas contribuicoes (para os fundos de pensão, que aplicaram em ações da Embraer)”.
No meu entendimente isso equivale dizer que a responsabilidade por pagar aposentadorias é da Embraer. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.ABS
Zero Uno, esse tipo de titulo derrotista faz parte da nossa imprensa alinhada sabe Deus com o que. Com o Brasil nao é.
Almeida…
Concordo.
A decisão da demissão dos funcionários, bem como o percentual de remuneração dos seus acionistas, é uma atribuição de foro exclusivo da empresa. Ilógico, porém, são os gestores do estado privilegiar romanticamente esta instituição empresarial, cujos dirigentes e acionistas, possuem visão puramente mercantilista. Mesmo sendo participante societário, o estado ao fazer gestão dos recursos públicos deveria fazê-lo em nome de seus cidadãos, resguardando sempre a visão social. Em função disso, medidas de salvaguarda social deveria ser premissa para que o estado pusesse recursos da cidadania a serviço de instituições descompromissadas da realidade da sociedade brasileira. Este equivoco não estimula a… Read more »
Zero Uno,
concordo. Essas manchetes de jornais são sempre um problema.
Mas só pra dar nomes aos bois: o matéria era do Estadão e não da Folha…não que isso mude alguma coisa…mas enfim…
abração
Opa…
Valeu Hornet.
JULIO SILVEIRA. Discordo de você. A EMBRAER é um empresa de produtos com valor agregado, que possui uma massa crítica de cientistas e técnicos e portanto de alto valor estratégico para o país e precisa sim de investimentos e socorro financeiro do Governo Federal. Ou você acha melhor dar dinheiro para ONG’S espionarem a Amazônia ou ser “fachada/testa de ferro” para “grupos sociais” como o MST? O BNDES é um banco que o Governo Federal usa para dar incentivo e/ou manter o máximo que puder empresas como a EMBRAER funcionando e é sim obrigação do Estado Brasileiro fomentar isso. 4.200… Read more »
Zeno Uno, meu caro, quando a empresa toma a resolução de demitir esse quadro especializado como voce mesmo afirma, ela esta fornecendo a concorrência essa força de trabalho e desconsiderando esse papel estratégico que voce mesmo alude. A EMBRAER, que voce vislumbra deixou de existir no momento que seus acionistas e direção, ignoram os esforços do País para consolidá-la em seu papel estratégico, quando deixa que esse esforço fique apenas restrito ao estado, em nome de nos cidadãos. A tua visão, nada pratica, é a mesma, romantica, que leva os gestores do estado reiteradas vezes, em nome pretensa necessidades civicas… Read more »
Julio Silveira. Discordo novamente. Empresas como Boeing, Airbus e muitas outras também estão demitindo pessoal. Não é só a EMBRAER que passa por dificuldades e o MUNDO sabe disso. Acontece que a EMBRAER somente agora conseguiu U$$ 50 milhões para iniciar o programa C-390 e será a 1a VEZ que um Governo Brasileiro entra como parceiro de risco num programa de avião militar numa empresa privada. NUNCA aconteceu isso. Inicialmente a FAB irá comprar de 20 a 30 aeronaves para suprir suas nescessidades. Para o mundo poderão ser 700 aeronaves – USS 13 Bilhões – que a EMBRAER poderá exportar… Read more »
DEDO NERVOSO NO GATILHO É isso aí pessoal, Não esperava comentários tão sensatos, principalmente de pessoas que não são afins com o setor empresarial. Quem investe capital obrigatoriamente quer lucro, o que nas SA’s são distribuidos através dos dividendos. Os maiores investidores atualmente são fundos de pensão e pequenos investidores, eu mesmo tenho um troquinho na bolsa. O que eu acho que ocorreu foi “dedo nervoso no gatilho”. A companhia poderia ter cortado menos funcionários, diminuido um pouco os dividendos e feito um corte mais drástico nos bônus dos executivos (sinal de boa-fé realizado por companhias do mundo todo nesta… Read more »
Junto com o plano de incentivo a aviação regional, o governo tem que fechar os acordos, não basta intenção.
Para atrair parceiros de risco para o C-390, a Embraer precisa de uma garantia do governo, um contrato assinado com um número mínimo de aeronaves.
Também poderia aproveitar a oportunidade para pagar, o governo é mau pagador, por isso os projetos de modernização atrasam tanto. Liberar a grana no ritmo combinado ajudaria muito.
Júlio, Diz isso pro Obama, pro Gordon e pra Merkel. O Lula só está copiando. Se vc não está vendo televisão ou acompanhando jornal, TRILHÕES DE DÓLARES estão sendo gastos mundo afora a fundo perdido, sem garantia alguma de retorno (ações de zombies não garantem nada). Dinheiro público está sendo gasto para cobrir burrices, não só no sistema financeiro, imobiliário e nas indústrias automobilísticas. A Embraer é uma das maiores exportadoras brasileiras, o que por si só garante o apoio do governo. Fora isso, é a única empresa de alta tecnologia do país a competir internacionalmente, o que trás benefícios… Read more »
Suposição do Júlio: O governo abandona as companhias brasileiras, pois estas tem visão mercantilista (como se investidores e executivos pudessem não ter) e aumenta a rede de proteção social para incentivar a cidadania. O bolsa família é triplicado em valor e tamanho, o seguro-desemprego é aumentado para um ano. Quem está desempregado tem medo de consumir e as classes mais baixas consomem apenas produtos mais baratos. Quem fornece a maioria de nossas roupas de camelô é a China, produtos “paraguaios” consumidos pelas classes D e E tb. O que fica é comida. Pergunta: de quem o governo vai cobrar imposto?… Read more »
Abrivio: “Diz isso pro Obama, pro Gordon e pra Merkel. O Lula só está copiando.” É ao contrario Obama, Gordon e Merkel é que estão copiando Lula, estão abandonando o discurso da eficiência e lógica infalíveis do mercado e implementando políticas de cunho social com objetivos “similares” ao bolsa familia, aliás um programa reconhecido no mundo inteiro… O povo brasileiro é capitalista por natureza e o dinheiro investido neste povo através de programas sociais para saúde educação e alimentação, certamente vai ter um excelente retorno, financeiro inclusive, a curto, médio e longo prazo, pois pessoas com melhor educação e boa… Read more »
Prezados Zeno Uno e Abrivio, pelo que pude perceber baseado na forma como interpretaram minha consideração, é que possivelmente não fui feliz na forma como encaminhei minha msg, senão a discrepância nos apartes não teria este nível de desentendimento. Porem, pelo que li e reli de minhas observações, nada identifiquei nelas, que pudessem passar a impressão de ser contrario a qualquer investimento publico em empresas privadas, antes pelo contrario. Também, em nenhum momento afirmei que não fosse prerrogativa das empresas privadas a obtenção de seus lucros, e o rateio entre seus acionistas da participação neles, nem mesmo ser contrário a… Read more »
US 50 milhoes para o KC 390…
Engraçado, vamos gastar R$ 4,5 bilhoes de reais para comprarmos helos de uma subsidiária francesa. Esse contrato foi a toque de caixa.
Porque com o C 390, tudo é mais dificil e o dinheiro é curtinho???
Considerando ainda a crise, o investimento no avião passa a ser fundamental para a sobrevivencia do parque aeronautico brasileiro.
estranho não?
Prezado Julio Silveira. Entendo a maioria das suas colocações e sou até mesmo aliado a muitas delas. Essas salvaguardas a que você referiu acho que se deve à manutenção dos empregos não é mesmo. Sinceramente, gostaria que isso acontecesse más no momento acho que não será possível. Até mesmo porque apenas U$$ 50 milhões na aplicação de recursos no C-390 são apenas para o início do desenvolvimento da aeronave e é muito pouco para se manter 4.270 funcionário ativos mesmo que fossem para trabalhar no novo projeto. Onde eles iriam trabalhar? Quais as funções que iriam exercer? Acho que é… Read more »
Ô Jacubão, o texto é do Monitor Mercantil e foi postado pelo Poggio. Qual o erro?
E aqui ninguém pode sacanear os editores. Tá todo mundo trabalhando, o Poggio em plataforma de petróleo, eu entre Rio e São Paulo, Nunão no trabalho dele também. Entre uma folguinha e outra, a gente posta alguma coisa e se tiver algum erro, por favor indiquem qual é.
Somos todos humanos aqui, sem tempo de sobra para infalibilidade.
Galante,
O título do post está com grafia incorreta:
>>> [ Endenda ] a crise na Embraer
== Deveria ser En[t]enda
um abraço
Ô Galante, que é isso mêl???
Corrige o texto senão a galera do blog vai te sacanear amigão.
Um abraço.
So’ para lembrar, o acionista e’ o DONO da empresa. E sim, os donos da empresa exigem receber um certo nivel de remuneracao da empresa da qual eles possuem. Afinal, essa remuneracao representa a renda do dono do negocio. Vale lembrar tambem que muitos desses acionistas (donos) sao Fundos de Pensao, ou seja, fundos de aposentadoria. Esses aposentados pagaram suas contribuicoes mensais para o fundo e esse fundo pegou o dinheiro e investiu em acoes como as da Embraer. Esses aposentados agora esperam receber de volta, na forma de aposentadorias, o dinheiro dessas contribuicoes. Para que isso ocorra, esses fundos… Read more »
Obrigado, Rodrigo pela indicação do erro. O Poggio escreveu e não notou, eu li e também não vi. Trabalhar com texto é uma coisa complicada, às vezes várias pessoas passam os olhos sobre o erro e não percebem.
O título da reportagem foi infeliz. Como bem diz o texto da própria reportagem, o ideal teria sido alcançar um comprometimento entre as duas partes. Baixar um pouco os dividendos cortar menos pessoal. Não adianta reduzir os dividendos e manter 4000+ funcionários ociosos, isso iria acabar com a imagem da empresa pra qualquer investidor e também não adianta manter os lucros no mesmo patamar que antes da crise e mandar tanta gente embora de uma vez.
Nem 8 nem 80 né Embraer?
Sinto falta do Maurício Botelho nessas horas…
Fica bravo comigo não amigão, eu só aproveitei a ocasião para alertar e ainda fazer uma “guerrinha”, rsrsrsrs.
Felicidades amigão.
Olá senhores! Realmente acho que eu tenho um senso de valor muito arcaico! Por que eu falo isso? Simples deixar de remunerar os acionistas (estes que colocaram dinheiro) para gastar com folha de pagamento, composta por salários e avantajados encargos, para mim não tem explicação lógica. Senhores sou plenamente solidário aos chefe de família que foram despedidos (eu mesmo já fui demitido duas vezes pelo mesmo motivo que ocorreu na Embraer), porém sem vender aviões essas pessoas estavam de braços cruzados sem produzir nada! Quero lembrar que os empregados também são acionistas, pois na privatização parte das ações lhes fora… Read more »
Bem, se é como está na matéria, acho que eu (modestamente) já havia entendido esta crise faz um tempo…embora não entenda nada de administração. A questão da demissão traz desgaste para a imagem (marca) da empresa e também desvalorização de seus títulos e de seu patrimônio. E isso não é nada bom para os acionistas, que perdem dinheiro com essa “besteira” (ainda bem que eu não comprei ações da Embraer, senão teria perdido dinheiro!!!). Existiu um problema de administração, que não começou agora. O problema nem é tanto a demissão dos 4 mil funcionários (embora este seja um problema social… Read more »
Caro Pedro Rocha, não sei se vc já viu, mas saiu ontem no Estadão (a respeito do C-390): O Estado de São Paulo Data : 08/03/2009 Governo banca cargueiro da Embraer Defesa investe em projeto de avião militar e depois deve comprar jatos de empresa que acaba de demitir 4,2 mil Roberto Godoy O governo vai aplicar entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões no programa do novo cargueiro militar da Embraer, o KC-390. Esse aporte inicial é equivalente a 5% do investimento na etapa de desenvolvimento. O detalhamento da participação será anunciado até abril. O Comando da Aeronáutica… Read more »
Acho que a EMBRAER não teve “feeling” e “jogo de cintura” para lidar com a crise. Reconheço que os acionistas querem mais é ver o resultado de seus investimentos na empresa e isso é sim perfeitamente compreensível. O que me deixa um pouco “estupefato” é a manutenção de prêmios e recompesas aos seus altos executivos. Acho eu que numa hora de crise como essa que está ocorrendo, um pouco de bom senso não seria ruim para a empresa. Afinal, imagem também ajuda na projeção da empresa perante seu público alvo – o cliente – e o grande público e formadores… Read more »
Hornet… Apreciei muito o seu “post” da Folha de São Paulo à respeito da entrada oficial do Governo Federal no projeto C-390. Este avião poderá sim manter muitos empregos e espero sinceramente que venha a ser o mais novo sucesso da EMBRAER no concorridíssimo mercado de defesa e também para uso civil pois duas grandes empresas privadas de transporte/correios a Fedex e a DHL estão também interessadas. Agora, a chamada de manchete do jornal deixa muito a desejar: “Governo banca cargueiro da Embraer. Defesa investe em projeto de avião militar e depois deve comprar jatos de empresa que acaba de… Read more »
Erro banal no título, o resto tudo OK.
Agora, reconsidere a afirmação “Esses aposentados agora esperam receber de volta, na forma de aposentadorias, o dinheiro dessas contribuicoes (para os fundos de pensão, que aplicaram em ações da Embraer)”.
No meu entendimente isso equivale dizer que a responsabilidade por pagar aposentadorias é da Embraer. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.ABS
Zero Uno, esse tipo de titulo derrotista faz parte da nossa imprensa alinhada sabe Deus com o que. Com o Brasil nao é.
Almeida…
Concordo.
A decisão da demissão dos funcionários, bem como o percentual de remuneração dos seus acionistas, é uma atribuição de foro exclusivo da empresa. Ilógico, porém, são os gestores do estado privilegiar romanticamente esta instituição empresarial, cujos dirigentes e acionistas, possuem visão puramente mercantilista. Mesmo sendo participante societário, o estado ao fazer gestão dos recursos públicos deveria fazê-lo em nome de seus cidadãos, resguardando sempre a visão social. Em função disso, medidas de salvaguarda social deveria ser premissa para que o estado pusesse recursos da cidadania a serviço de instituições descompromissadas da realidade da sociedade brasileira. Este equivoco não estimula a… Read more »
Zero Uno,
concordo. Essas manchetes de jornais são sempre um problema.
Mas só pra dar nomes aos bois: o matéria era do Estadão e não da Folha…não que isso mude alguma coisa…mas enfim…
abração
Opa…
Valeu Hornet.
JULIO SILVEIRA. Discordo de você. A EMBRAER é um empresa de produtos com valor agregado, que possui uma massa crítica de cientistas e técnicos e portanto de alto valor estratégico para o país e precisa sim de investimentos e socorro financeiro do Governo Federal. Ou você acha melhor dar dinheiro para ONG’S espionarem a Amazônia ou ser “fachada/testa de ferro” para “grupos sociais” como o MST? O BNDES é um banco que o Governo Federal usa para dar incentivo e/ou manter o máximo que puder empresas como a EMBRAER funcionando e é sim obrigação do Estado Brasileiro fomentar isso. 4.200… Read more »
Zeno Uno, meu caro, quando a empresa toma a resolução de demitir esse quadro especializado como voce mesmo afirma, ela esta fornecendo a concorrência essa força de trabalho e desconsiderando esse papel estratégico que voce mesmo alude. A EMBRAER, que voce vislumbra deixou de existir no momento que seus acionistas e direção, ignoram os esforços do País para consolidá-la em seu papel estratégico, quando deixa que esse esforço fique apenas restrito ao estado, em nome de nos cidadãos. A tua visão, nada pratica, é a mesma, romantica, que leva os gestores do estado reiteradas vezes, em nome pretensa necessidades civicas… Read more »
Julio Silveira. Discordo novamente. Empresas como Boeing, Airbus e muitas outras também estão demitindo pessoal. Não é só a EMBRAER que passa por dificuldades e o MUNDO sabe disso. Acontece que a EMBRAER somente agora conseguiu U$$ 50 milhões para iniciar o programa C-390 e será a 1a VEZ que um Governo Brasileiro entra como parceiro de risco num programa de avião militar numa empresa privada. NUNCA aconteceu isso. Inicialmente a FAB irá comprar de 20 a 30 aeronaves para suprir suas nescessidades. Para o mundo poderão ser 700 aeronaves – USS 13 Bilhões – que a EMBRAER poderá exportar… Read more »