Quem foi ao Campo de Marte neste Domingo Aéreo 2008, em São Paulo, pode não ter visto os F-5 “Mike”  fazendo suas ruidosas e eletrizantes passagens em alta velocidade – desta vez o tempo fechado não permitiu esta exibição, e mesmo a Esquadrilha da Fumaça (EDA – Esquadrão de Demonstração Aérea) precisou fazer uma apresentação bastante reduzida. Mas muita gente que entrou no hangar de onde são feitas as grandes revisões dos F-5 pôde ver quatro “Mikes” em diferentes etapas do processo.

Dois aviões estavam iniciando suas revisões, um recém-chegado (4860), ainda por desmontar, e outro no fundo do hangar, já desmontado. Outros dois (4861 e 4826) já estavam terminando a montagem, com previsão de entrega aos esquadrões até o final do ano. Em média, todo o processo leva 11 meses.

No fundo do hangar, foi possível ver alguns dos F-5 E/F comprados da Jordânia. Segundo conversas informais com o pessoal do PAMA-SP, os três exemplares que já chegaram têm relativamente poucas horas de vôo e  seus motores, durante os testes realizados nas últimas semanas, mostraram estar em boas condições. Mais exemplares do mesmo lote devem chegar até o final do ano.

Outra presença a destacar no Domingo Aéreo deste ano foi um C-105 Amazonas, em exposição estática. Quanto ao seu antecessor, o C-115 Búfalo, vários estavam estocados aguardando seus destinos e dois foram abertos à visitação, com grande procura por parte do público. Vale lembrar que o PAMA-SP é a organização da FAB responsável pelo apoio aos C-115, o que inclui todos os processos relativos à sua desativação.

Fotos: Nunão

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Luiz Marcelo

Vida longa ao F5E Freedom Fighter…
http://www.youtube.com/watch?v=jdEud3rnWO4
Abraços

CorsarioDF

Só para ter uma idéia de como é complicado a utilização dos aviões de caça, eles acabaram de ser modernizados e já completaram as horas para revisão geral, como disse o texto são 11 meses fora de operação. Daí a importância de uma grande frota de aeronaves, pois enquanto algumas estão em atividade, outras em reparos. Por isso que eu acho que os 12 M-2000 não tem muito valor estratégico, pois se 3 vão para revisão, só teremos 9 na linha de frente. E se aparecer um problema estrutural em 5 ou 7 aeronaves? Como fica? Excelente reportagem. Eu também… Read more »

Direto do Céu Azul

Esses Mikes, 60, 61 e 26, já passaram pela modernização. O PAMA-SP não faz a pintura e nem instala os equipamentos eletrônicos.
Reparem que os mesmos já estão com o novo padrão de pintura e com os RWR instalados. Esses devem ter sido os primeiros Mikes e agora já está na hora dos Checks.
Um outro detalhe: Os do segundo lote não possuiam Probe e esses de Canoas já estão com eles, dai, a constatação de estarem retornando ao PAMA-SP para Checks programados.

Estou doido para ver este trabalho nos Ex-Jordania.

Vassily Zaitsev

Onze meses para realizar uma manutenção. Seria a revisão completa, de toda a célula, incluindo motores, certo??????????? mesmo assim é muito tempo.

Parabéns ao PAMA-SP

kelp

ao fundo da pra ve os ex jordania

Paulo Costa

Me parece que a conversão de F-5 para F-5M é feito em GV,a cargo
da Embraer,apos a entrega a FAB,as revisões posteriores ,são
feitas no PAMA-SP.Seria interessante sabermos,como é feita
a revisão,as peças são trocadas por hora de uso,ou testes proprios
do fabricante ,quais são os parametros para dizer que um
motor esta em bom estado,logico que a experiencia conta,
se alguem puder nos informar ,agradecemos….

Paulo Costa

Corsario,o vento esta a favor no lago paranoa?Aposto que tem rum a vontade…rsrsrs O que vc disse a respeito de disponibilidade,não sei como sera feito,eu li em uma revista que eles tentaram comprar mais seis F-2000,mas a França não pode ceder nem um,por varios motivos. Tem diferença em tecnologia do motor dos antigos Mirage 3,para o F-2000,me disseram que a turbina do M3,qualquer pane,o motor tinha que ser trocado,no F-2000,se tiver pane ou algo,podem trocar la mesmo em Anapolis somente a parte necessaria,mas outras partes do avião não sei como pode ser feito..Cade o manual do bixo? Engraçado que os… Read more »

Fábio Max

Ou seja, se o país tivesse 46 F5M, só 30 estariam operacionais e os demais em revisão.

Muito pouco, razão pela qual eu defendo um número maior de células mesmo do F5.

Nelson Lima

Os Amazonas também são uma beleza. O que o Chile vai fazer com seus F5 após estandardizarem sua aviação de caça com f16? Estão muito gastos? As condiçoes desérticas do norte do Choile são favoráveis à durabilidade das células.

Nunão

Nos últimos oito anos em que acompanhei o assunto, a quantidade de F-5 em revisão no PAMA-SP fica próxima de 9 unidades a cada ano, às vezes um pouco mais, às vezes um pouco menos. Nesses oito anos, o pico mesmo foi de uns 16 em 2000. Mesmo asim, a quantidade de F-5 nos esquadrões deve ter sido bem baixa nesses anos, pois parte da frota também estava em modernização na Embraer. Se o resto das aeronaves ainda em modernização em Gavião Peixoto for entregue sem problemas, a coisa deve se estabilizar com pelo menos 12 em cada esquadrão (contando… Read more »

RL

Nunão.

Onde seriam alocadas as unidades modernizadas Ex-Jordânia dentre de sua concepção de um quarto esquadrâo?

O amigo acredita que em Natal seria mais viável ou nas regiões do Norte? Amazonas, Acre, Roraima etc.

Abraços.

Cinquini

Senhores, os F-5M que estão em manutenção atingiram 300 horas e já estão lá prontos para a revisão. a novidade é que logo logo os motores que são revisados pela Focal tb serão revisados no PAMA-SP. Os ex-Jordânia já começaram a ser desmontados e assim que estiverem prontos serão enviados para a Embraer. Quanto ao Amazonas, pelo o que eu pude averiguar, o pessoal do PAMA o acha “bonitinho, mas ordinário”; ou seja, ele não serve para como um substituto a altura do Bufalo e por causa disso 2 aeronaves (as duas que estavam abertas ao publico) estão voando extra-oficialmente,… Read more »

Beto

Nunão
Quantos F-5 falta a ser Modernizados???

Nunão

RL, havendo um quarto esquadrão, acho que deveria ficar um na BACO, um na BASC, um na BANT e um na BABV, com 12 aeronaves na dotação de cada esquadrão. Aí o 1º/4º GAV ficaria onde está (BANT) e o 2º/1º GAVCA mudaria para BABV Mas prefiro três esquadrões, um na BACO, um na BASC e um na BABV, com 16 aeronaves cada. Nesse caso, um esquadrão seria extinto (pela lógica, creio que seria o caso de fundir de uma vez por todas os dois esquadrões do 1º GAVCA, coisa que na prática já existe – há até uma discussão… Read more »

Tomcat

Nunão, os dois esquadrões a que você se refere são o “Senta a Pua” e o “Rompe-Mato”? Você sabe qual o total atual de F-5 de cada um deles? Quantos são “Mike”?

Mhenrique

Pessoal,

por mim a FAB comprava o projeto do F-20 Tigershark, metia um AESA/APG79 e um motor F414G e era isso… com uns aviônicos novos, é claro.

Com o know-how da embraer e dos israelenses o projeto decola rapidinho.

Vida longa aos bicudos!!!
MHenrique

Marco

E a Venezuela faz a manutenção aonde de seus novos caças?
Ou não faz manutenção?

Nunão

Tomcat, Sim, me refiro a esses dois. Quanto ao resto da pergunta, só posso especular – mas nos fóruns por aí tem gente que inclusive indica quais são as unidades já entregues com os indicativos e coisa e tal, é só dar uma procurada. Na teoria o Grupo deveria ter 12 F5 (independentemente de estarem modernizados) em cada esquadrão, mas na prática, durante um processo de modernização, não dá pra dizer. Já saiu em algum lugar que o 1º/14ºGAV já está operando só Mikes, então dá pra arriscar que o Grupo de Caça está perto da metade do caminho. Enfim,… Read more »

Nunão

Marco, uma coisa é manutenção a nível de esquadrão ou de base. Isso eles têm que fazer lá mesmo, no dia-a-dia e, com equipamentos, peças e sistemas específicos, com periodicidades já programadas (não sei até que ponto os SU-30 fazem essas pequenas revisões por horas de vôo ou só trocam peças em caso de pane, como nos conceitos mais modernos, ou os dois). Agora, no caso de grandes revisões, manutenção pesada, que tem que desmontar o bicho por inteiro, analisar componentes com raio-x, magnaflux, procurar corrosão, fissuras, tratar com galvanoplastia, fora a manutenção das estruturas de material composto, enfim, se… Read more »

Tomcat

Ok Nunão, obrigado

[…] “Mikes” revisando no PAMA-SP […]

Luiz Marcelo

Vida longa ao F5E Freedom Fighter…
http://www.youtube.com/watch?v=jdEud3rnWO4
Abraços

CorsarioDF

Só para ter uma idéia de como é complicado a utilização dos aviões de caça, eles acabaram de ser modernizados e já completaram as horas para revisão geral, como disse o texto são 11 meses fora de operação. Daí a importância de uma grande frota de aeronaves, pois enquanto algumas estão em atividade, outras em reparos. Por isso que eu acho que os 12 M-2000 não tem muito valor estratégico, pois se 3 vão para revisão, só teremos 9 na linha de frente. E se aparecer um problema estrutural em 5 ou 7 aeronaves? Como fica? Excelente reportagem. Eu também… Read more »

Direto do Céu Azul

Esses Mikes, 60, 61 e 26, já passaram pela modernização. O PAMA-SP não faz a pintura e nem instala os equipamentos eletrônicos.
Reparem que os mesmos já estão com o novo padrão de pintura e com os RWR instalados. Esses devem ter sido os primeiros Mikes e agora já está na hora dos Checks.
Um outro detalhe: Os do segundo lote não possuiam Probe e esses de Canoas já estão com eles, dai, a constatação de estarem retornando ao PAMA-SP para Checks programados.

Estou doido para ver este trabalho nos Ex-Jordania.

Vassily Zaitsev

Onze meses para realizar uma manutenção. Seria a revisão completa, de toda a célula, incluindo motores, certo??????????? mesmo assim é muito tempo.

Parabéns ao PAMA-SP

kelp

ao fundo da pra ve os ex jordania

Paulo Costa

Me parece que a conversão de F-5 para F-5M é feito em GV,a cargo
da Embraer,apos a entrega a FAB,as revisões posteriores ,são
feitas no PAMA-SP.Seria interessante sabermos,como é feita
a revisão,as peças são trocadas por hora de uso,ou testes proprios
do fabricante ,quais são os parametros para dizer que um
motor esta em bom estado,logico que a experiencia conta,
se alguem puder nos informar ,agradecemos….

Paulo Costa

Corsario,o vento esta a favor no lago paranoa?Aposto que tem rum a vontade…rsrsrs O que vc disse a respeito de disponibilidade,não sei como sera feito,eu li em uma revista que eles tentaram comprar mais seis F-2000,mas a França não pode ceder nem um,por varios motivos. Tem diferença em tecnologia do motor dos antigos Mirage 3,para o F-2000,me disseram que a turbina do M3,qualquer pane,o motor tinha que ser trocado,no F-2000,se tiver pane ou algo,podem trocar la mesmo em Anapolis somente a parte necessaria,mas outras partes do avião não sei como pode ser feito..Cade o manual do bixo? Engraçado que os… Read more »

Fábio Max

Ou seja, se o país tivesse 46 F5M, só 30 estariam operacionais e os demais em revisão.

Muito pouco, razão pela qual eu defendo um número maior de células mesmo do F5.

Nelson Lima

Os Amazonas também são uma beleza. O que o Chile vai fazer com seus F5 após estandardizarem sua aviação de caça com f16? Estão muito gastos? As condiçoes desérticas do norte do Choile são favoráveis à durabilidade das células.

Nunão

Nos últimos oito anos em que acompanhei o assunto, a quantidade de F-5 em revisão no PAMA-SP fica próxima de 9 unidades a cada ano, às vezes um pouco mais, às vezes um pouco menos. Nesses oito anos, o pico mesmo foi de uns 16 em 2000. Mesmo asim, a quantidade de F-5 nos esquadrões deve ter sido bem baixa nesses anos, pois parte da frota também estava em modernização na Embraer. Se o resto das aeronaves ainda em modernização em Gavião Peixoto for entregue sem problemas, a coisa deve se estabilizar com pelo menos 12 em cada esquadrão (contando… Read more »

RL

Nunão.

Onde seriam alocadas as unidades modernizadas Ex-Jordânia dentre de sua concepção de um quarto esquadrâo?

O amigo acredita que em Natal seria mais viável ou nas regiões do Norte? Amazonas, Acre, Roraima etc.

Abraços.

Cinquini

Senhores, os F-5M que estão em manutenção atingiram 300 horas e já estão lá prontos para a revisão. a novidade é que logo logo os motores que são revisados pela Focal tb serão revisados no PAMA-SP. Os ex-Jordânia já começaram a ser desmontados e assim que estiverem prontos serão enviados para a Embraer. Quanto ao Amazonas, pelo o que eu pude averiguar, o pessoal do PAMA o acha “bonitinho, mas ordinário”; ou seja, ele não serve para como um substituto a altura do Bufalo e por causa disso 2 aeronaves (as duas que estavam abertas ao publico) estão voando extra-oficialmente,… Read more »

Beto

Nunão
Quantos F-5 falta a ser Modernizados???

Nunão

RL, havendo um quarto esquadrão, acho que deveria ficar um na BACO, um na BASC, um na BANT e um na BABV, com 12 aeronaves na dotação de cada esquadrão. Aí o 1º/4º GAV ficaria onde está (BANT) e o 2º/1º GAVCA mudaria para BABV Mas prefiro três esquadrões, um na BACO, um na BASC e um na BABV, com 16 aeronaves cada. Nesse caso, um esquadrão seria extinto (pela lógica, creio que seria o caso de fundir de uma vez por todas os dois esquadrões do 1º GAVCA, coisa que na prática já existe – há até uma discussão… Read more »

Tomcat

Nunão, os dois esquadrões a que você se refere são o “Senta a Pua” e o “Rompe-Mato”? Você sabe qual o total atual de F-5 de cada um deles? Quantos são “Mike”?

Mhenrique

Pessoal,

por mim a FAB comprava o projeto do F-20 Tigershark, metia um AESA/APG79 e um motor F414G e era isso… com uns aviônicos novos, é claro.

Com o know-how da embraer e dos israelenses o projeto decola rapidinho.

Vida longa aos bicudos!!!
MHenrique

Marco

E a Venezuela faz a manutenção aonde de seus novos caças?
Ou não faz manutenção?

Nunão

Tomcat, Sim, me refiro a esses dois. Quanto ao resto da pergunta, só posso especular – mas nos fóruns por aí tem gente que inclusive indica quais são as unidades já entregues com os indicativos e coisa e tal, é só dar uma procurada. Na teoria o Grupo deveria ter 12 F5 (independentemente de estarem modernizados) em cada esquadrão, mas na prática, durante um processo de modernização, não dá pra dizer. Já saiu em algum lugar que o 1º/14ºGAV já está operando só Mikes, então dá pra arriscar que o Grupo de Caça está perto da metade do caminho. Enfim,… Read more »

Nunão

Marco, uma coisa é manutenção a nível de esquadrão ou de base. Isso eles têm que fazer lá mesmo, no dia-a-dia e, com equipamentos, peças e sistemas específicos, com periodicidades já programadas (não sei até que ponto os SU-30 fazem essas pequenas revisões por horas de vôo ou só trocam peças em caso de pane, como nos conceitos mais modernos, ou os dois). Agora, no caso de grandes revisões, manutenção pesada, que tem que desmontar o bicho por inteiro, analisar componentes com raio-x, magnaflux, procurar corrosão, fissuras, tratar com galvanoplastia, fora a manutenção das estruturas de material composto, enfim, se… Read more »

Tomcat

Ok Nunão, obrigado

[…] “Mikes” revisando no PAMA-SP […]

Erickson Gomes Elias

Meus amigos talvez seja tardio o meu comentário, mas como fui da FAB e servi em unidades aéreas, tenho uma ótica diferente e pactuado com muitos colegas! Vou falar de esquadrões de caça especificamente F-5M hoje temos estes aviões sendo usados em Anápolis fazendo os alertas na BAAN ( Base Aérea de Anápolis) enquanto os Gripenn não chegam e já que os Mirage se foram! Temos ao Sul em CANOAS-RS na BACO ( Base aèrea de Canoas) o 1º/14ºGAv Primeiro esquadrão do décimo quarto grupo de aviação (Caça) Depois no Sudeste Rio de Janeiro BASC ( Base Aérea de Santa… Read more »