Acidente com Mirage F-1 espanhol
Dia 10 de setembro último, quinta-feira, um Mirage F-1 da Força Aérea Espanhola (Ejército del aire) acidentou-se pela manhã por volta das 11h (horário local), na localidade de Arroyofrío, nas proximidades de Cazorla (Jaén). A aeronave, que operava na Ala 14 a partir da Base de Albacete, estava em missão de treinamento.
O piloto, Tenente Ángel Gálvez Belmonte, conseguiu ejetar-se, sofrendo apenas ferimentos leves, segundo informação do Ejército del Aire. Desconhecem-se, até o momento, as causas do acidente.
FONTE e FOTO: Ejército del Aire
NOTA do BLOG: o Mirage F-1 entrou em serviço na Força Aérea Espanhola em 1975, pouco depois do início das operações do modelo na Força Aérea Francesa, e a Ala 14 é a última unidade espanhola a operá-lo. Pouco mais da metada da frota original, de 67 aeronaves, foi perdida em acidentes nesses 34 anos de serviço. A frota foi recompletada por 17 aeronaves usadas, provenientes do Catar e da França, permitindo que 53 aeronaves (4 biplaces), sofressem modernização entre 1995 e 2001.
Em janeiro deste ano, outro acidente em treinamento resultou na perda de duas aeronaves do tipo na Força Aérea Espanhola, infelizmente com a morte de três tripulantes. Para saber mais sobre o assunto, assim como outras operações envolvendo o Mirage F-1 no Ejército del Aire e notícias variadas sobre o modelo, clique nos links abaixo.
Metade de 67 perdida em acidentes é muita coisa …
A França deveria ter investido em uma versão Naval do Mirage F-1, para substituir o F-8 Crusader.
Acho que o Brasil Também deveria ter fabricado o F-1 sob licença, como fez a Africa do Sul ao invés de entrar no AMX, talvez a aquisição de Know How fosse melhor, e o F-1 é muito superior ao AMX/A-1.
O Mirage F-1 é um baita Avião, muito melhor que o Mirage III.
Impressionante estes números. Com todas estas perdas podemos considerar o F1 um sucesso ainda? Ou o treinamento Espanhol é muito severo?
Abs
Prezado Leigo, Pode-se dizer que o número impressiona, mas não se deve esquecer o tempo de serviço em que ocorreu: 34 anos, o que dá a perda, em média, de um por ano (apesar de não ser constante: a primeira perda foi em 1981, e houve vários casos de colisões e anos com mais perdas). Os Mirage III da FAB tiveram uma performance não muito diferente dessa ao longo do tempo: foram comprados 16 no início dos anos 70, e perdeu-se praticamente o mesmo número de aeronaves até a desativação, pouco mais de 30 anos depois (e também praticamente esse… Read more »
Em tempo: uma correção – a modernização de 53 modelos foi iniciada em meados dos anos 90, não no início. Quanto aos espanhóis, também deve-se somar os 17 usados aos 67 originais para compará-los aos perdidos (33 com o acidente de janeiro deste ano, somando ao de hoje dá 34, para uma frota total, entre lotes novos e usados, de 84 aeronaves – menos que a metade). Para qualquer dúvida, há uma reportagem da Avion Revue (edição espanhola) com esses números disponível na internet, é só procurar no google. Essa é a lista de perdas, segundo a revista, até janeiro… Read more »
Alguém já teve acesso a algum estudo sobre o número médio de acidentes de caças como este numa FA de primeira linha? Me parece que é muito alto o índice de acidentes dete avião no Ejército del Aire…
Challenger,
Fabricar sob Licença não agrega Know How nenhum, é uma simples montagem e não haveria ganho nenhum como houve com AMX.
Será que tão levando isso em conta para o Rafale? 1 por ano…
haha Brincadeira.
Ontem ocorreu também um acidente com um F16 em Israel com a morte do piloto.
Tratava-se do filho do primeiro astronauta Israelita, que faleceu no acidente do space shuttle Columbia em 2003.
Que por sua vez tinha sido um dos pilotos envolvidos no ataque e destruição do reactore nuclear Iraquiano na decada de 80.
Como??? Fabricar quer dizer que vc tem que fazer, vc até pode não saber os pq (know why), o que não gera conhecimento algum é montar kit, que foi fabricado pelos outros!!!
Não perderam a pouco tb F-18?
A doutrina tem q ser revista, pois c/ o avançar da idade começam a ter limitações, estruturais e pessoais. Qdo os elementos acham q dominam tudo, ajam Martin’s MK’s.
Deste jeito, nem nossos pobres hermanos lá do sul do continente vão querer estes aviões.
Então qual foi o ganho com os xavantes?
Challenger, Não sei se sua pergunta é uma dúvida ou uma forma de instigar o debate, mas aproveito para responder a todos mesmo assim, pegando o gancho do Maurício R. Os ganhos com a fabricação do Xavante foram vários, ligados principalmente ao Know how (como ressaltou o Maurício mais acima) industrial, prensa, dobra de metal, montagem de estruturas, organizacão gradual de uma cadeia nacional de fornecedores de peças, entre outras, numa aeronave produzida em grande escala (mais de 180 unidades, o que também impactou bastante a FAB). Ou seja, um salto que eu considero significativo para a virada dos anos… Read more »
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