Dilma não tratou da questão dos Rafale com dirigentes indianos
A presidente Dilma Rousseff não tratou da questão da compra dos caças franceses Rafale, que conta com o apoio da Índia, durante as conversas que manteve com seus interlocutores indianos, afirmaram à AFP fontes ligadas à presidência brasileira.
“Não se falou do Rafale”, assegurou uma fonte da equipe presidencial, antes de acrescentar que “não era o lugar para isso”.
“A decisão brasileira não será tomada antes de maio”, depois do segundo turno da eleição presidencial francesa, acrescentou a fonte.
Indagada pelos jornalistas sobre seus eventuais contatos sobre o tema durante sua visita à Índia, a presidente se limitou a manter silêncio. A imprensa brasileira contava que, no encontro de Rousseff com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Sighn, o tema fosse abordado.
O Brasil deve definir este ano uma licitação para a compra de 36 aviões caças no valor de 5 bilhões de dólares, num negócio em que competem o Rafale, da francesa Dassault, o F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab. Analistas e fontes do governo indicaram que a decisão da Índia em entrar em negociações exclusivas com a França para a compra de 126 caças Rafale – uma licitação calculada em 12 bilhões de dólares – pode ajudar a convencer o Brasil a optar pelo mesmo avião.
O titular da Defesa, Celso Amorim, não fez parte da delegação de seis ministros que acompanhou a presidente à Índia para participar na IV Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), seguida de uma visita de Estado. Amorim esteve na Índia em fevereiro para debater a possibilidade de um acordo técnico-militar entre os dois países, no qual o Brasil já apresentou um projeto.
No encerramento de um encontro com empresários de ambos os países, Dilma assegurou que, precisamente, o setor da defesa oferece um amplo espaço para a cooperação bilateral. Rousseff citou a associação do fabricante aeronáutico Embraer e da Defense Research and Development Organisation (DRDO) da Índia para equipar uma aeronave com sistemas de radar desenvolvidos no país asiático, como “um exemplo que devemos seguir”, afirmou.
FONTE: AFP, via R7
Colaborou: DrCockroach
NOTA DO EDITOR 1: quando o texto da AFP afirma que “a imprensa brasileira contava que, no encontro de Rousseff com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Sighn, o tema fosse abordado”, pode dar a entender que a imprensa do Brasil é que colocou essa questão em pauta, inicialmente. Mas algumas das primeiras notícias que saíram no Brasil, de forma mais contundente, a respeito dessa questão ser colocada em pauta (clique para ver um exemplo reproduzido aqui) parecem meramente repercutir uma nota da própria AFP, que também foi reproduzida em mídias internacionais (clique aqui para ver um exemplo, em inglês). Desde que essa informação começou a circular na mídia brasileira, o Poder Aéreo se preocupou em tentar encontrar sua origem exata (veja aqui matéria anterior com nota do editor a respeito, citando as fontes que naquele dia pareciam ser as originais), mas agora fica a dúvida a respeito da origem desse assunto. Fica a dica para qualquer leitor que esteja disposto a encontrar, nos sites de notícias da rede, a primeira nota a respeito, para tentarmos entender a origem da informação.
NOTA DO EDITOR 2: a parte do texto que fala em “associação do fabricante aeronáutico Embraer e da Defense Research and Development Organisation (DRDO) da Índia para equipar uma aeronave com sistemas de radar desenvolvidos no país asiático” parece ser uma alusão à versão AEW&C do EMB 145 da Embraer , sem relação com aviões de caça. Clique aqui para ver outra matéria do Poder Aéreo a respeito, comparando as plataformas AEW&C e AWACS indianas.
Interessante.
Mas realmente era difícil qualquer tratativa, já que o Amorim estava fazendo turismo no Chile e o Saito também não estava na comitiva. Negociar alguma coisa com o 2º escalão do MRE? Que aliás foi quem informou que haveria “troca de idéias” sobre o Rafale. 🙂
[]’s
Não existe nada de novo, exceto aquilo que se esqueceu. (Mademoiselle Bertin)
Ué…
Mas ela não foi lá com o talão de cheques (dentro da sua bolsa da grife Hermès, lógico), para comprar o tal “Rafale Franco-Brasileiro-Indiano”?
Pelo menos, era isto que muito Rafalista esperava.
Mudando de assunto, mas nem tanto, na metade do ano a campanha eleitoral estará a pleno vapor. E não é uma eleição, mas 5.565 eleições, uma para cada município brasileiro.
Será que alguém no GF realmente vai ter cabeça para lembrar ao menos que precisam resolver este negócio?
Ora senhores façam as contas 36 aviões custa 5bi então como um negócio bom pra caramba cada teco-teco custará para nós só R$ 7,4 pilas enquanto o mesmo teco-teco custa para a Índia 10,5 pilas, ta vendo como é bom negócio que não da China mas é Francês.
Nunca “é o momento para se discutir questões envolvendo a defesa do Brasil”, para qualquer governo deste país…
E segue a mídia de origem francesa, falando pelo (im)provável cliente, antes eram os UAE, hoje o Brasil.
Vai ver se ligaram que no 2º semestre, teremos 5.565 eleições e portanto não haverá mais espaço p/ se mencionar o assunto “caças (franceses) p/ a FAB” na pauta.
Ou melhor ainda, no Brasil não haverá ninguém interessado nisso.
O mesmo não podemos dizer da viagem de Dilma aos EUA nos próximos dias, já que o M.D. Celso Amorim estará na comitiva que acompanhará a presidenta.
Aposto que vai dar SuperHornet. É só esperar a visita da Presidente(a) Dilma aos EUA e teremos novidades. Também com os prazos de validade dos Mirage-2000 se esgotando, qual dos três finalistas está disponível para pronta entrega? Acho que também vai pesar positivamente o melhor radar AESA do F-18.
GUPPY