Mirage 2000: enquanto os ‘deltas’ dos Emirados podem decolar para a Líbia…
Mais uma vez, voltam a surgir notícias sobre essa possível mudança de casa dos Mirage 2000 dos Emirados Árabes Unidos (EAU), que iriam para a Líbia.
Dois sites especializados em defesa, o Strategy Page e o Defense Web, trazem mais informações sobre essa possível transação.Segundo o primeiro, os EAU decidiram não fazer mais modernizações em seus 60 caças Mirage 2000, que poderiam receber novos softwares (programas) e sistemas de controle de tiro. Em vez disso, todos ou a maioria deles seriam cedidos à Líbia. Porém, o site não diz de onde veio essa informação.
Segundo o Strategy Page, a Força Aérea Líbia sempre foi uma força decrépita, ao dontrário da eficiente Força Aérea dos Emirados. A Líbia vê os Emirados (que chegaram a mandar seis Mirage 2000 para participar das operações aéreas lideradas pela OTAN no conflito líbio) como um modelo, uma mostra de como um país árabe pode criar uma força aérea efetiva.
A espinha dorsal da Força Aérea dos EAU é composta pelos mais modernos F-16, e a frota de Mirage 2000, segundo o site, é hoje mais um fator de dissuasão do que um real ativo da força (nota do editor: não se deve esquecer, porém, que a frota de “deltas” dos EAU, composta por Mirage 2000-9 comprados novos ou modernizados para o padrão, é considerada a mais moderna do tipo no mundo). E, enquanto os EAU encaram uma possível guerra com o Irã, a Líbia é um país bem menos ameaçado por seus vizinhos.
Já o site Defense Web cita uma autoridade líbia para apoiar sua notícia sobre o mesmo assunto. Referindo-se a uma nota da Middle East News Agency (MENA), a reportagem do site diz que o Brigadeiro-General Abdel-Moneim said Ayad, Diretor de Relações Públicas no Ministério do Interior da Líbia, teria afirmado que os Emirados ofereceram a transferência de seus 68 caças Mirage 2000 à Líbia. A Líbia poderia recebê-los assim que os EAU os substituísse com caças Rafale.
Segundo reportagem do mês passado do jornal francês La Tribune, o Presidente Francês Nicolas Sarkozy poderia viajar aos Emirados ainda em março ou no começo de abril, para finalizar o contrato do Rafale.
Mas também há notícias de que o Qatar teria a intenção de vender os seus doze Mirage 2000-5 à Líbia. A informação foi dada pelo site Tactical Report, referindo-se a uma conversa do Príncipe da Coroa de Qatar, Sheikh Tamim Bin Hamad Al Thani com o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Líbias, Major-General Yusef Al-Manqoush, durante uma reunião em Doha na segunda-feira. No ano passado o Qatar, aliado próximo da França, mostrou a intenção de substituir seus Mirage neste ano, com a compra de 24 a 36 novos caças.
Enquanto isso, também foi noticiado que a França vai modernizar doze caças Mirage F1 que restaram da frota original de 38 aeronaves do tipo da Líbia, assim como treinar seus pilotos. Os franceses deverão dar baixa nos últimos Mirage F1 do Armée de l’air (Força Aérea Francesa) em 2014, e poderá vender alguns deles à Líbia.
…os da Índia continuam proibidos de voar há mais de 10 dias – investigações contam com ajuda francesa
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Os 49 caças Mirage 2000 da Força Aérea Indiana, alguns deles também responsáveis pela missão de ataque nuclear, continuam proibidos de voar após um acidente ocorrido em dia 5 de março. Os voos só poderão ser retomados após novas checagens de segurança, e uma equipe técnica francesa está na Índia para ajudar nas investigações sobre esse e outro acidente que ocorreu no mês anterior.
Segundo o jornal indiano The Indian Express, ambos os acidentes envolveram modelos bipostos da aeronave e foram devidos a apagamento do motor em pleno voo (nos dois casos, os pilotos ejetaram com sucesso). Fontes disseram que uma equipe da Snecma, fabricante de motores para os caças franceses, está no país ajudando a equipe indiana de investigação. Os dois acidentes sucessivos são considerados um grande revés para a Força Aérea Indiana, que vinha mantendo um bom registro de segurança com sua frota de Mirage 2000, cujo acidente anterior ocorreu em 2004.
Entre as linhas de investigação, estão possíveis defeitos no sistema FADEC (Full Authority Digital Engine Control), que é um sistema computadorizado que gerencia o desempenho do motor. Apesar de não haver casos anteriores de problemas desse tipo na frota, essa questão está sendo investigada devido aos dois acidentes envolverem falha no motor. No acidente de fevereiro, envolvendo o Marechal do Ar Anil Chopra, houve tentativas sucessivas de reacender o motor, mas que não foram bem-sucedidas, e os pilotos ejetaram devido à perda de altitude do caça.
A proibição de voos dos Mirage é a última de uma série de eventos do tipo que vêm afetando a Força Aérea Indiana nos últimos anos. Em fevereiro de 2010, aproximadamente 100 aeronaves MiG-27 ficaram no solo após uma suspeita de problemas graves nos motores. A frota de The Su-30 MKI também teve seus voos suspensos por vários dias em dezembro de 2009, depois que um desses caças fabricados pela HAL indiana caiu próximo a Pune.
FONTES: Strategy Page, Defense Web e The Indian Express (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
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Se não estou enganado estes dias aqui no sitio, eram F5 que a esfarrapada Líbia receberia, não lembro de onde, pelo visto aqui pouco vai aparecer os Pucarás da Argentina os Xavantes do Brasil e até avião a lenha do tempo do birro
F-5?
Talvez você esteja confundindo com o Mirage F1, que também é citado na matéria acima.
Mas, para facilitar a pesquisa sobre o que já saiu a respeito desse assunto e outros relacionados à matéria, aqui no Poder Aéreo, coloquei agora uma lista de links ao final.
Boa leitura!
É verdade eu apenas prestei atenção no F e esqueci das diferenças, que bom que foi corrigido.
Valeu
Na nota do Defense Web, não cita ninguém dos UAE, o site citas fontes francesas, líbias, o prícipe do Qatar, além do Tatical Report; ninguém mais.
A nota tb cita as 12 aeronaves Mirage F-1 líbias, que a Astrac deve reformar.
Além de 12 M-2000-5DDA/DEA, oferecidos pelo emirado, haveriam ainda outros 15 M F-1DDA/EDA.
Eu imaginava que esses caras viriam para a FAB.
Então agora podemos imaginar que viram da França mesmo bem surrados até sabe lá qdo.
Espero queimar a minha língua e ver o governo anunciar os caças.
Pois é, Mauricio.
Em geral, pouco se fala em fontes provenientes dos próprios Emirados. Até o jornal dos Emirados onde normalmente se encontra mais reportagens falando de defesa, o The National, costuma citar fontes francesas, e não do próprio país.
Pelo jeito, o “sr. Fontes” que mora nos Emirados é um sujeito mais reservado…
França mandando a “fatura” do bombardeio para derrubar Kadafi
Mirage F-1, M-2k-9, tudo para os libertados amigos líbios. 😉
[]’s
“A espinha dorsal da Força Aérea dos EUA é composta pelos mais modernos F-16…” — não seria EAU?
“… os Emirados ofereceram a transferência de seus 68 caças Mirage 2000 à Líbia.” — 68? Eles reformaram 33 antigos e compraram 30 novos, nunca tiveram 68 unidades.
NOTA DOS EDITORES: ERRO DE DIGITAÇÃO CORRIGIDO, OBRIGADO. JÁ O NÚMERO 68 É DA FONTE ORIGINAL
Engraçado que enquanto o F-16 continua em produção e quente no mercado paralelo de aeronaves usadas, o mesmo não pode ser dito de seu concorrente direto, o Mirage 2000. Aliás, parece que quem ainda os está operando quer se livrar dos mesmos o mais rápido possível, como Brasil, Taiwan, EAU e Oman.
“…o mais rápido possível, como Brasil, Taiwan, EAU e Oman.”
Qatar, o outro usuário de M-2000 de 2ª geração.
A RAFO de Oman ainda opera Jaguar, deve substituí-los por F-16 e tem tb alguns F-16 de block number mais baixo que esses novos.
Dizem que vão comprar Typhoon, mas sei não…
No mais ac usado é igual a automóvel usado, qndo deixa de ser fabricado, tdo fica difícil e caro, mto caro.
Ah esquecí, tem tb a Grécia.
Receita para se vender Rafale:
1 – Declare guerra a um país, de preferência um que queria comprar e “deu pra trás”;
2 – Destrua sua força aérea;
3 – Bombardeie seus aeródromos;
4 – Derrube seu governo;
5 – Pegue seus Mirage de volta do possível comprador e os venda ao país destruído;
Voilá! Temos uma venda garantida de Rafale!