Presidente da companhia diz que existe somente um “processo de averiguação” Companhia participa de concorrência para a venda de aviões para o Departamento de Defesa norte-americano

O presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou não acreditar que investigações sobre denúncias de corrupção nos EUA atrapalhem a participação da empresa na concorrência para a venda de aviões para a Defesa americana, negócio avaliado em até US$ 950 milhões.

“A restrição de negócios com o governo dos EUA se dá a partir de uma condenação. Estamos em um estágio anterior, em um processo de averiguação”, disse Curado. Ele disse que a empresa colabora com as investigações e que o assunto está sendo tratado com “muita seriedade”.

A decisão sobre a concorrência é, segundo Curado, “relativamente iminente”. Ele disse que não há previsão sobre a conclusão das investigações, conduzidas pela SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) e pelo Departamento de Justiça.

A lei anticorrupção americana proíbe que empresas listadas em Bolsas dos EUA subornem políticos ou realizem pagamentos ilegais em qualquer país do mundo. Caso sejam indiciadas ou condenadas, ficam impedidas de fazer negócios com o governo. Seus executivos podem pegar até cinco anos de prisão.

A Embraer teve perda de R$ 200 mil no terceiro trimestre, devido, principalmente, a um real mais fraco. A empresa reduziu a previsão de receita para o ano (de US$ 5,8 bilhões) em até US$ 200 milhões devido a cancelamentos de encomendas.

FONTE: Folha de São Paulo, via Notimp

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Franco Ferreira