Número supera em um caça as entregas do mesmo período do ano passado, segundo ‘press release’ divulgado pela empresa

Na quinta-feira, 28 de julho, a Dassault Aviation divulgou nota à imprensa com o resumo de seus resultados no primeiro semestre deste ano (clique aqui para acessar o arquivo pdf, em inglês). Na área de defesa, a empresa informou a entrega de seis caças Rafale, em comparação aos cinco entregues no mesmo período do ano passado. 

Ainda sobre o Rafale, a empresa destaca que passou por um marco importante na Índia e que continua no páreo nos Emirados Árabes Unidos, Brasil e Suíça. A exportação do caça é tratada como prioridade tanto para o Grupo Dassault quanto para o Governo Francês, considerando-se a importância da indústria aeronáutica militar do ponto de vista tecnológico e econômico.

Outro ponto positivo destacado na nota é a recente decisão, tomada pelo Ministério da Defesa da França, para iniciar conversações com a Dassault Aviation para o fornecimento de veículos aéreos não tripulados (VANTs) MALE (sigla para média altitude e longo alcance) para as Forças Armadas Francesas, em 2014. Os VANTs serão uma versão do israelense HERON, da IAI.

Mas novas encomendas do setor de defesa se limitaram a programas de apoio militar e de desenvolvimento, com queda de 48% em relação ao primeiro semestre de 2010. E, apesar da entrega de uma aeronave a mais em relação às cinco do mesmo período do ano passado, o valor das vendas teve uma queda de 2% devido à diminuição desses programas de apoio e desenvolvimento.

Ainda quanto ao lado positivo, a empresa destaca a participação dos caças Rafale franceses da Marinha e da Força Aérea nas campanhas Agapanthe e Harmattan. Além disso, o demonstrador de veículo aéreo não tripulado de combate nEUROn teve sua montagem final iniciada em Istres, com progressos na integração de sistemas visando um primeiro voo no ano que vem. 

O contrato de modernização dos caças Mirage indianos é citado entre os destaques, como “continuação de negociações”.  

Aviação executiva

Em relação à entrega de aeronaves Falcon, o número caiu de 45, no primeiro semestre do ano passado, para 19 no mesmo período deste ano. Em compensação, o número de encomendas que foi de apenas 2 na primeira metade de 2010, subiu para 22 no primeiro semestre de 2011. Segundo a empresa, a época de cancelamentos de encomendas parece ter ficado para trás, com o decréscimo de aeronaves usadas disponíveis para vendas, o que estabilizou preços. 

Os mercados americanos e europeus estão cautelosos, ao passo que os da América Latina e Índia mostram dinamismo e a China está se tornando o principal mercado desde o início do ano. A queda do dólar em relação ao euro vem penalizando os custos de produção na França.

FONTE / FOTOS: Dassault

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Almeida

Tá ficando bonito esse nEUROn hein?

edcreek

Olá,

Almeida, verdade ta ficando “muito loco” como falam por aqui…

E agora com o contrato Indiano de modernização do Mirage com uma valor muito expressivo e o aumento de vendas dos Falcons, e do Vant a coisa para a Dassault vai melhorar muito, e não vão precisar ficar mais na asa do governo.

Abraços,

Nick

Caro Edcreek, A Dassault sempre vai depender do governo, enquanto ela for uma fabricante de aviões militares. Rafale: Governo(Seguro que a Dassault não fecha) VANT Heron : Governo (Interessante que depois de 40 anos, agora são os franceses que vão desenvolver uma versão francesa de um produto Israelense – o munda dá voltas mesmo 🙂 ) VANT NeuroN : Financiado pelo Governo Modernização dos M-2000 Indianos : Governo – Lobby do Sarkozy 🙂 Mas o ganha pão dela são os Falcons, e pelo visto esse segmento (Aviação Executiva) ainda não se recuperou e vai demorar, já que a crise econômica… Read more »

Guilherme Poggio

Número já previamente conhecidos. Não há nada de novo.

Ivan

Nick, “Mas o ganha pão dela são os Falcons,…(Aviação Executiva)…” Não é só a Dassault que precisa defender um espaço neste nicho de mercado, a brasileira Embraer também está cada vez mais forte na aviação executiva. Os ‘nossos falcões’ são Phenom 100, Phenom 300, Legacy 450, Legacy 500, Legacy 600, Legacy 650 e Leneage 1.000. http://www.embraerexecutivejets.com/portugues/content/download/images-p100-p300.asp http://www.aereo.jor.br/2009/10/20/legacy-650-da-embraer-e-lancado-e-recebe-primeira-encomenda-europeia/ Em qualquer negócio é importante a diversificação, mas é igualmente importante ter uma linha de produtos que lhe permita vendas pulverizadas, onde vc possibilita uma continuidade de produção entre os grandes negócios. A realidade é que Dassault e Embraer são concorrentes neste mercado.… Read more »

edcreek

Olá,

Nick, vc não compreendeu bem, ela prestará serviços ao governo, mas não pegará dinheiro sem prestar serviços… Sobre o ganha pão se entrerem mais pedidos, os ramos militares devem superar os civis….

Abraços,

Nick

Caro Ed,

Não sabia que a Dassault estava pegando dindin sem prestar serviços… 😀

[]’s

Ivan

Hoje, no LiveFist:

“The Indian government today signed the $2.4-billion (Rs 10,900-crore) contract with French firms Dassault and Thales to upgrade 51 Mirage 2000H/TH fighter jets. The contract was signed at the Indian Ministry of Derfence today. Meanwhile, here’s the Dassault-Thales joint press release [PDF] announcing contract signature. As reported first on Livefist, the deal was cleared by India’s apex Cabinet Committee on Security (CCS) on July 13.”

Contrato assinado para o MLU dos Mirage 2000H.

São 2,4 bilhões de dólares de faturamente para Dassault e Thales.

Sds,
Ivan.

Mauricio R.

“(Interessante que depois de 40 anos, agora são os franceses que vão desenvolver uma versão francesa de um produto Israelense – o munda dá voltas mesmo 🙂 )”

A Dassault não vai fabricar nada, somente prestará assistência técnica e engenharia de produto, os Heron TP virão montadinhos de Israel e receberão as modificações locais, que é o que a França comprou.

Mauricio R.

Notem que ao preferir a proposta da Dassault, o governo francês sinaliza a intenção de privilegiar capacidades locais ao invés de européias, a proposta da EADS centrada no “Harfang”, seria conduzida da Alemanha.
Ou seja no que compete seus interesses, a França ainda prefere ir de “eu sózinho” ao pan europeismo.