Europa convida Coreia do Sul a se juntar ao programa Eurofighter
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Segundo jornal, o convite foi anunciado em conferência aeroespacial realizada na Coreia do Sul, onde também se pronunciaram concorrentes como Boeing e Lockheed Martin
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Segundo o jornal Korea Times, o consórcio Eurofighter convidou a Coreia do Sul a se juntar ao projeto de produção de seu caça avançado, em uma aparente tentativa de ganhar o que poderá se configurar como a maior compra de armamento do país.
O convite veio após o anúncio do governo sul-coreano de que compraria 60 caças avançados, combinando com a mudança de postura militar de passiva para dissuasão pró-ativa, com um orçamento projetado de até 10 trilhões de won (aproximadamente 8,96 bilhões de dólares ou 14 bilhões de reais).
Erwin Obermeier, acessor senior para projetos de exportação da EADS, disse que “nós damos as boas vindas à indústria coreana para participar como membro pleno da EADS”, durante a Conferência Internacional para Poder Aéreo e Espacial, realizada em Seoul na semana passada. Ele completou: “Ela (a indústria) vai dividir todos os benefícios, conhecimento e tecnologias dos Eurofighters. O programa Eufrofighter pertence e é desenvolvido, produzido e entregue de forma conjunta por todas as quatro empresas europeias.”
Em 2008, o consórcio teria oferecido um acordo melhor que seu competidor norte-americano Boeing para o último projeto de aquisição da Coreia do Sul, mas teria perdido devido a decisões políticas – o país adquiriu 60 aeronaves F-15J da Boeing, que ganhou tanto o projeto FX-I quanto o FX-II, respectivamente em 2002 e 2008. Já sobre a nova proposta à Coreia do Sul, Obermeier disse que o país terá a chance de montar os jatos e de fabricar partes localmente: “As primeiras 10 entregas serão montadas na Europa, mas as 24 seguintes serão construídas com componentes fabricados na Coreia”. Ele acrescentou que todos os restantes seriam montados no país, reforçando que todos os caças coreanos e Eurofighters são construídos para serem interoperáveis no ambiente da OTAN.
A Boeing e o F-15 Silent Eagle
Já a Boeing alega que oferece a solução de melhor custo-benefício, além de uma parceria próxima com empresas locais. O vice-presidente do programa F-15 da Boeing, Roger L. Besancenez, disse que sua companhia tem trabalhado com 22 empresas coreanas, incluindo Korea Airspace Industries, Korean Air, LIG Nex1 e Huneed Technologies.
A Boeing também anunciou que entrará na disputa com seu F-15 Silent Eagle, um caça semifurtivo. Segundo Besancenez, “a infraestrutura para o F-15 já existe na Coreia, então a cadeia de fornecedores para o SE seria mais acessível. Ele também tem se provado bastante interoperável com o Peace Eye (versão AEW&C do Boeing 737)”. Ele também destacou a grande capacidade do F-15 de carregar armamentos, com maior variedade que outros concorrentes.
A Lockheed Martin e o F-35
Durante a conferência, a Lockheed Martin dissipou as crescentes críticas de que estaria tentando empurrar para a Coreia um primeiro lote de F-35 equipado apenas com capacidades mínimas, a um preço exorbitante. A empresa alegou que a Força Aérea dos EUA, que tem o maior nível de dados classificados sobre aeronaves avançadas escolheu o F-35 em detrimento do F-15, F-16 e outros, porque em seu julgamento os caças de quarta geração já atingiram o auge em desempenho, e que agora é necessário um novo patamar de capacidades.
O F-35A Lighting II é conhecido como o único caça furtivo de quinta geração disponível no mercado, mas críticos afirmam que ainda precisa provar suas capacidades e que a aeronave poderia representar um risco, implicando em altos custos de manutenção.
FONTE: Korea Times (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
FOTOS: Eurofighter, Boeing e Lockheed Martin
Um dia a Coréia terá de largar o F-15. Até porque o F-15 Silent é apenas um remendo. Um ótimo remendo, mas ainda assim um caça cujo projeto remonta aos anos 70 (40 anos, portanto). O Typhoon é uma ótima pedida. Uma aeronave multirole, com escala, moderna e poderosa HOJE, além de ser de mais fácil compartilhamento da produção. O F-35 é o futuro. Se a Coréia não tiver muita pressa essa é a aeronave ideal. De maneira que é o de sempre: 1. Se pesar o fator econômico, evidente que a melhor opção é o F-15; 2. Se pesar… Read more »
Enquanto isso no Brasil ……
A Coréia devia é seguir com seu KF-X, e se for prateleira que seja o F-35.
Ser sócio do Typhoon é perda de tempo e dinheiro. O F-15 Silent seria uma alternativa ao F-35, já que a Rokaf já dispõe de uma boa quantidade de Slam Eagles, a versão mais recente do F-15. Nesse caso haveria alguma economia na padronização da manutenção.
[]’s
Seria um alternativa para sair dos americanos, já prevendo um futuro duvidoso para os F35 ???
Acredito que os coreanos não estão lendo jornal e já pensam seriamente no futuro.
Abs.
Por enquanto o F-15K é adequado, mas na medida em que a China PRC melhore suas capacidades, c/ versões melhoradas dos J-10 e J-11 e a introdução do J-20; outra aeronave será necessária e é aí aonde entrarão tanto o F-35 bem como o KF-X.
No momento a RoKAF está somente provendo a substituição de tipos mais antigos, como os F-5A/B; F-5E/F e F-4E, cuja efetividade se foi.
Tanto no Japão como na Coréia o EF-2000 Typhoon corre absolutamente por fora, ambas as indústrias aeroespaciais são intrínsecamente ligadas aos EUA.
Senhores: Isto parece aquelas matérias dirigidas sobre o Rafale. Não dá para levar à sério. A Coréia do Sul está uma das regiões mais “quentes” do mundo. Se o caldo entornar, vai contar com quem? Com os EUA ou com a Europa? Por isto, farão de tudo para manter os laços com o grande aliado e escolher um avião europeu na época em que este mesmo aliado está em crise econômica não ajudaria nem um pouco. Não tenho nenhuma dúvida que o Eurofighter só está na concorrência para pressionar a Boeing ou a LM a dar ótimas vantagens para a… Read more »
E o Japão pretende fazer voar seu caça stealth voar em breve:
(http://www.aereo.jor.br/2011/07/01/japao-reafirma-plano-de-voar-o-shinshin-em-2014/)
Vejamos, a ROKAF possui: 60x F-15K 35x F-16C/D Block 32 134x KF-16C/D Block 52 68x F-4E 170x KF-5E/F As turbinas do últimos F-15K são intercambiáveis com as dos KF-16C/D. Os KF-5E/F serão substituídos pelo KAI FA-50. Restam 68 F-4E bipostos a serem substituídos por 40 a 60 caças nesta terceira fase do mesmo programa F-X que já desclassificou o Typhoon e o Rafale frente ao Slam Eagle. Com a fila do F-35A cheia e suas capacidades ainda em dúvida, alguém duvida que a ROKAF vai de mais F-15K ou F-15SE agora? É o próximo passo lógico. Typhoon só está na… Read more »
Caramba, quanto F-5…
Shhh Vader! Não fala alto que o Alto Comando da FAB pode te ouvir e aí já viu né? Mais 170 radares Grifo da Selex Galileo por aqui! 😛
Agora, deixando a ROKAF de lado e pensando na EADS, ei, por que eles não oferecem uma parceria dessas por aqui? Com a Embraer? Que é maior e tão capaz quanto CASA, Finmecanica, KAI e etc?
Seria o final, feliz, do FX-n. Quer melhor ToT e offsets do que fazer parte do time internacional que projeta, produz e atualiza o avião?
Eu realmente devo ser muito inocente e não entendo o que acontece no Mundo, algumas coisas me parecem tão óbvias!
Shhhh Almeida!!! Não fala alto que o Jorge Viana te escuta e aí já viu né? Toca a gente pagar o triplo do preço pelo Typhoon… 🙂
Muito simples! Eles sabem que este país não é sério, sabem que defesa não é prioridade e sabem ainda da nossa imensa dificuldade de mão de obra especializada, ou sejam, tudo conspira contra isto.
Grande abraço
Caro Almeida,
Se o Typhoon fosse um 5ª geração, até valeria a pena. Typhoon e Rafale sofrem do mesmo mal. Caros e conceitualmente ultrapassados. Nesse caso não vejo vantagens em ser mais uma linha de montagem desses caças europeus.
[]’s
Talves ele queiram comprar nossos F5 EM…
Que bela foto essa, então é ali que essas belezinhas nascem ??
Igualzinho a minha mesa onde monto minhas maquetes !! kkkkkkkkkkkk !!
🙂
Nem eu quero o Typhoon na FAB, mas nos termos que expus acima, acho que ninguem ficaria triste!