Mirages franceses fazem interceptação real no Báltico
Nesta terça-feira, 17 de maio, o Ministério da Defesa da França divulgou as fotos de interceptação real de uma aeronave russa, sobre o Báltico, feita por dois caças Mirage 2000 C. A missão foi realizada no início do mês, na tarde de 2 de maio, e na semana passada o Ministério já havia informado sobre uma primeira decolagem de treinamento realizada mais cedo no mesmo dia, dentro da chamada “Operação Báltico 2011”.
Desde 28 de abril a França é o país responsável por manter um destacamento de caças operando a partir da base de Siaulaï, na Lituânia, para a defesa aérea dos três países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), que entraram para a OTAN em 2004, mas que ainda não estão aptos a defenderem seus espaços aéreos no âmbito da organização.
Assim, outros países da OTAN se revezam em manter um destacamento operando na região – antes desse desdobramento francês foi a vez da Alemanha cumprir esse papel, com seus caças Phantom F-4 (saiba mais a respeito desse assunto na lista de matérias anteriores do Poder Aéreo, ao final desta). Os caças franceses deverão manter o alerta no Báltico 24 horas por dia, 7 dias por semana, até 1º de setembro deste ano.
Desta vez, foram desdobradas quatro aeronaves Mirage 2000 C, provenientes dos esquadrões de caça 2/5 “Ile de France” (Base de Orange) e do 1/12 “Cambresis” (Base de Cambrai).
A última vez em que os Mirages franceses foram desdobrados no Báltico coincidiu com o auge do inverno, trazendo condições bastante desafiadoras para a operação dos caças (confira também nos links a seguir). Mas isso não quer dizer que as condições sejam perfeitas agora. Segundo informe anterior, a decolagem para a primeira missão de treinamento (“Tango Scramble” – T de “Tango” significando treinamento) realizada naquele 2 de maio, a partir do toque da sirene às 9h15, foi feita por instrumentos, devido à meteorologia. Após o voo reconhecimento realizado sobre Kaunas e Vilnius, e a simulação de interceptação sob o controle de Karmelava, a aterrissagem também foi feita por instrumentos.
A interceptação real da tarde de 2 de maio
A sirene tocou às 16h58 e, após somente quatro minutos (segundo o informe do Ministério da Defesa Francês), dois Mirage 2000 C decolaram. Prosseguindo na interceptação, os pilotos seguiram os critérios definidos nas regras de identificação e de classificação da OTAN, identificando a aeronave interceptada como um avião de transporte russo Ilyushin 20 Coot-A. Os caças então escoltaram o avião russo por algumas dezenas de milhas náuticas, antes de retornar à base.
FONTE / FOTOS: Ministério da Defesa da França e Armée de l´air (Força Aérea Francesa)
NOTA DO EDITOR: reparar na configuração dos caças Mirage 2000 C, com dois tanques externos de grande capacidade (projetados para dar melhor rendimento em voo subsônico do que supersônico) sob as asas e dois mísseis ar-ar Magic II – lembrando que essa versão do Mirage 2000 não é compatível com os mísseis Mica.
O uso desse modelo de tanque externo provavelmente está relacionado à ralativamente grande área a ser coberta a partir de uma única base, na Lituânia, justamente o país mais ao sul dos três países bálticos, de maneira que se possa escoltar um eventual intruso para fora do espaço aéreo. Assim, pode-se conseguir uma relação satisfatória entre desempenho adequado a missões de interceptação e raio de combate, assim como um tempo maior de voo, em prol da segurança, em condições meteorológicas nem sempre adequadas.
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Me chamou a atenção o “tanque” externo do Ilyushin 20 Coot-A; busquei na internet e econtrei o Ilyushin 20 Coot-A definido como “Elint reconnaissance aircraft”.
Então não é exatamente um avião de transporte correto ?!?!?!
Aquilo alí é um casulo com equipamento eletrônico, talvez um radar para mapeamento terrestre. Essa versão desse avião é utilizada apenas para missões de reconhecimento eletrônico.
Quanto a esse tanques enormes do Mirage 2000, se trata de um paliativo para o elevado consumo do M.53, que é maior que os seus concorrentes russo (AL-31) e americanos (F100 e F110).
Bah…o M2000 tem de manter o nariz em cima!
Pergunta de inocente: Nossos vizinhos sulamericanos não testam nossas fronteiras por quê:
a) não teem interesse?
b) não teem equipamento?
c) não faz parte da doutrina deles?
d) somos latino-americanos e somos todos irmãos?
e) todas as alternativas acima.
Sobre a pergunta do Giordani, acho que a opção “e” seria a resposta. Sobre a interceptação em si, além do casulo de Elint do Il-20, chamou-me a atenção o aspecto “detonado” e sujo da aeronave russa. Parece bastante mal conservada para uma aeronave operacional.
Olá,
Resposta D é claro!!!!
kkkkkkkk
Abraços,
Giordani RS disse:
17 de maio de 2011 às 16:04
Resposta: B
Assim como nós eles estão fu@#$@#45&*% da vida, única ameaça que se deveria temer hoje seria um Chile belicoso, nós más, o resto mal se aguenta nas pernas.
Olha, acho que na maioria dos casos a resposta seria “e”, mas depende do vizinho.
A Bolivia eh um caso recente de provocacao com a tomada das instalacoes da Petrobras pelo exercito Boliviano e o Evo Morales, esperneando, que o Acre foi tomado/trocado da Bolivia por um “cavalo”. Nao aceitar estas provocacoes me parece a atitude correta (diferente de quase pedir desculpas, como foi o caso).
Concluindo, no caso do Evo talvez seja realmente “b”. (quem sabe um dia ele cresce e larga o diretorio estudantil….)
[]s!
Ahh os bons tempos…
Não é nenhuma atividade militar maciça, mas ajuda.
ESTRELA VERMELHA SOBRE O BÁLTICO…
Lembram desse fascículo ???
Wagner disse:
19 de maio de 2011 às 13:15
Ahh os bons tempos…
Não é nenhuma atividade militar maciça, mas ajuda.
ESTRELA VERMELHA SOBRE O BÁLTICO…
Lembram desse fascículo ???
R: Guerra Nos Céus – se não me engano fascículo 58 ou 60(último) e se não me engano mais ainda, é o mesmo com a matéria do AMX…quando vislumbravam um futuro brilhante para a máquina… :-(…