Artilharia pesada contra as chances do Super Tucano nos EUA
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Em artigo do Lexington Institute, vale até falar em possibilidade de embargo de peças por parte da Embraer
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O Lexington Institute, organização “think tank” dos Estados Unidos, publicou um artigo de Loren B. Thompson (clique aqui para ver seu perfil na página do instituto) na última quarta-feira, 11 de maio. O artigo manifesta argumentos bastante incisivos contra uma possível compra do Super Tucano da Embraer pela Força Aérea dos EUA, em lugar do AT-6 da Hawker Beechcraft – um dos argumentos chega a surpreender por mostrar um sentido diferente do que se costuma discutir a respeito de embargos: a possibilidade de se embargar, aqui no Brasil, o envio de sobressalentes para o Super Tucano a ser operado pelos EUA.
Segue abaixo a tradução do artigo, para ampliar a discussão sobre esse assunto já tratado em diversas matérias aqui no Poder Aéreo. Para ler o artigo original, em inglês, clique no link ao final da matéria.
A competição do Avião de Ataque Leve do Pentágono tem grandes implicações
A Força Aérea dos EUA está planejando comprar uma aeronave de “ataque leve e reconhecimento armado”, para uso por pilotos dos Estados Unidos em contra-insurgência. Com um custo de aproximadamente 10 milhões de dólares por aeronave, é provavelmente o mais barato avião de combate que a Força irá comprar neste século – uma razão para que poucos políticos ou especialistas lhe deem atenção. Mas a competição para selecionar um vencedor levanta questões mais abrangentes sobre como os militares compram armas, especialmente o quanto os formuladores de políticas do Pentágono compreendem a seriedade do recente declínio econômico dos EUA.
Há apenas dois concorrentes dignos de crédito para o contrato: um avião americano fabricado pela Hawker Beechcraft, denominado AT-6, e um avião brasileiro fabricado pela Embraer, denominado EMB-314. Ambos são aviões multitarefa movidos a hélice, e seus preços são similares. Mas, devido ao fato de que a oferta da Beechcraft seria desenvolvida e montada nos EUA, seriam criados 1.000 empregos aqui (Estados Unidos). O avião brasileiro seria desenvolvido em outro lugar, e a montagem final nos Estados Unidos provavelmente geraria menos de 100 empregos.
Então esta é a questão óbvia: por que os militares de um país, que passa pelos maiores déficits em orçamento e comércio na história, estariam considerado a compra de um novo caça leve de um fabricante estrangeiro quando há um avião perfeitamente adequado e disponível de uma fonte doméstica? Já sabemos que a oferta doméstica funciona bem, porque a mesma célula tem sido usada pela Força Aérea e a Marinha para treinamento de pilotos pelos últimos dez anos, e centenas delas são operadas em seis locais nos EUA. Isso provavelmente faz do avião norte-americano o mais custo-efetivo da competição, pois já existe uma infraestrutura de treinamento e manutenção estabelecida, assim como os pilotos já conhecem bem a aeronave.
Mas o fato de que a Força Aérea esteja mesmo considerando uma oferta brasileira nos diz que o Pentágono está fora de contato com as realidades da economia. Vamos deixar de lado o fato de que o Governo Brasileiro sempre discorda das políticas de defesa dos Estados Unidos, em lugares como Irã e Venezuela, e tentar ignorar o que está disposto no estatuto da Embraer, que permite ao governo cortar o suprimento de peças sobressalentes e suprimentos se não gostar da forma pela qual a aeronave está sendo usada em algum lugar. Em vez disso, vamos considerar o que tem acontecido na economia norte-americana nos últimos dez anos. Na manhã de 11 de setembro, os EUA estavam gerando 32 % da produção econômica global. Hoje, essa parcela baixou para 23 %, e se o Congresso se recusar a aumentar o limite de endividamento, deva baixar para menos de 20% da produção global, porque os empréstimos federais atualmente excedem 10 % do produto interno bruto.
Seria esse o perfil de um país que pode deixar passar a oportunidade de criar 1.000 novos empregos e comprar em outro país apenas porque uma empresa estrangeira, influenciada pelo estado, estaria oferecendo uma oferta marginalmente melhor em um turboélice militar? Eu não penso assim! A Força Aérea dos EUA precisa começar a pensar mais claramente sobre suas responsabilidades com os contribuintes, num período de grandes perigos fiscais e econômicos. Talvez isso signifique cortar a quantidade de recursos gastos em lutar guerras que são de outros países. Ou, pelo menos, signifique comprar aviões fabricados nos EUA sempre que um produto adequado está disponível para atender às necessidades militares. É isso que a China faz – ela compra de fornecedores chineses sempre que possível – e neste exato momento está crescendo tão rápido quanto os EUA estão se retraindo. Independentemente do tipo de “acordo” que a Força Aérea pensa ser possível conseguir do Brasil, será uma perda líquida para os EUA se não comprarmos a aeronave norte-americana.
Loren B. Thompson, Ph.D.
FONTE: Lexington Institute (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
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Alguns inatacáveis argumentos. Se ponham no lugar deles e veja se não está correto, do ponto de vista americano.
Não acho que o ST é mais aeronave que o T-6. Apenas mais testado em combate. Mas isso é relativo até para aviões de alta performance, imagine-se para um mero turbohélice.
Agora, curiosa foi a menção ao estatuto da Embraer. Será que o cidadão em sã consciência teme que o Brasil um dia “embargue” os EUA???
Acho engraçado um provável embargo, por dois motivos:
1- Boa parte das peças do ST são americanas (eletrônica) e canadense (motor, mas é uma subsidiária da americana P&W). Então o Brasil embargaria o que, um pneu? Ou um flape? Um circuito hidráulico que eles tem aos montes lá?
2- O Brasil tem grande quantidade de armamento com peças americanas. Teríamos que ser muito burros de embargar algo para eles e não esperar uma retaliação.
Melhor ignorar o comentário sobre o estatuto da Embraer ou então pedir que ele devolva o Ph.D.
E sinceramente, essa concorrência será tão justa quanto a do KC-X, ou seja, mesmo que o ST supere em 100% o concorrente, jamais eles irão comprar o candidato estrangeiro. para mim foi um desperdício de dinheiro da Embraer entrar nessa concorrência. Acho que só foram para lá para não fazer feio diante do mercado e também por pressão do governo brasileiro, pois os americanos sempre gastaram uma grana mostrando armamento para nós mesmo quando era evidente que não tínhamos dinheiro e/ou intenção de comprar.
Ele esta certo tem que pensar no país dele, assim como nós temos que pensar no nosso, agora vocês acham que um país que esta passando por esse momento econômico vai fazer uma parceria que seja vantajosa para nós, com certeza eles estão lutando por um cliente e um cliente fiel.
Uau!!! E eu até pensei que o autor estivesse falando mau dos ERJ ou dos Phenoms. Em menos de 10 anos, o market share saltou de “traço” p/ 15% do mercado americano de jatos executivos, independente do segmento. Vociferar tanto a respeito de umas 15 células, que serão usadas no treinamento de pilotos estrangeiros, me pareceu demais. No mais necessitar de 1.000 empregos p/ essencialmente modificar uma aeronave na linha de montagem de uma fábrica, e reclamar que o concorrente faria isso c/ somente c/ 100 empregos novos, é esquecer da eficiência, do custo/benefício e premiar o disperdício. Engraçado que… Read more »
É de se apavorar ler um artigo de quem tem um PhD e não buscou inteirar-se da concorrência. A concorrente americana explicita que pretende remodelar significativamente a aeronave T-6 a fim de adequar aquela célula às exigências da concorrência. Diante disso, o autor escreve: “Já sabemos que a oferta doméstica funciona bem, porque a mesma célula tem sido usada pela Força Aérea e a Marinha para treinamento de pilotos pelos últimos dez anos, (…)” E a integração de todos os novos componentes e armamentos? A remodelação da aeronave altera a sua performance de tal maneira que os dez anos de… Read more »
e viva o patriotismo tchê.
Olá,
O ALX é melhor que o concorrente, porém os Americanos são serios e quem ofereçer mais vantagens lá, vai levar.
O Brasil embargar o que? kkkkk, parafuso e chave de roda, o motor é feito no Canada, grande parte eletronica nos EUA, não sobra muito o que embargar, que piada kkkkk..
Abraços,
Reclamar da lisura do processo KC-X 2ª edição, estando em curso esse nosso FX-2, ou a maneira pela qual os EC-725 foram adquiridos, é no mínimo curioso. Como tb reclamar da atitude americana, protegendo o processo, qndo da 1ª edição da mesma concorrência. A queixa apresentada pela Boeing, que paralisou o processo e determinou a auditoria do GAO, foi comprovada através de evidência documental. Quem dera houvessem mecanismos assim, aqui no Brasil, Em especial levando-se em conta o que a EADS, através da Airbus, aprontou p/ os compradores do A-400M. Não foi a toa que os alemães cortaram 1/3 da… Read more »
“Há uma inocência na mentira que é o sinal da boa fé numa causa.”
– Friedrich Nietzsche –
Só para ajudar na discussão, outra nota desse mesmo instituto já foi colocada aqui, envolvendo outro programa que vcs estão comentando (do KC-X da USAF, que assim como o programa do avião leve de ataque e reconhecimento, tinha uma oferta “doméstica” e outra “estrangeira”).
Na ocasião, o instituto acertou em cheio uma coisa (a data de divulgação do resultado do KC-X) mas errou feio em outra (o vencedor, quando apostou suas fichas na oferta “estrangeira”):
http://www.aereo.jor.br/2011/02/23/decisao-do-kc-x-da-usaf-devera-sair-nesta-quinta/
Ressalve-se que no caso atual o artigo não é uma aposta, como o anterior do KC-X. É um apoio claro à proposta “doméstica”.
O SuperTucano é superior ao AT-6 nem há dúvidas. Possui uma célula maior, metralhadoras orgânicas e foi projetado de início para ser um atacante leve. Os americanos estão correndo com uma adaptação do T-6.
Sobre embargos a maioria do “recheio” é americana, canadense ou israelense, sobra o que para embargar?!??!
E o Mauricio R disse uma verdade, quantos empregos os Phenons e os ERJ estão tirando das fábricas americanas? Com certeza é muito mais do que 1000.
Fica fácil rebater todo os argumentos, e é o que a Embraer junto com seu parceiro americano deveriam fazer, no mínimo.
[]’s
Quem tem, tem medo! Se analisarmos friamente, os americanos estão se protegendo, assim como todo país sensato deveria fazer, principalmente se ele almeja notoriedade mundial. Evitar a dependência externa e garantir não só o conhecimento, mas também, empregos e ganhos de mercado. Noutra oportunidade, postei sobre o que fariamos com a tecnologia que estamos comprando. Se não a desenvolvermos, é melhor comprar de prateleira. Todos os produtos de alta tecnologia e de grande valor agregado estão migrando para o “desing stelth”. Se com o que estamos comprando pelos restos dos olhos da cara, não a desenvolvermos em novas versões, independentes… Read more »
Nunão,
Acabei de receber a revista “Trilogia”.
Parabéns! Ficou ótima.
Presepada esta matéria, além de ser xenófoba. Tão com medo de embargo ?? Senhor Thompson…para de fumar erva mate !! A matéria mesmo da a entender que o ST é superior ao AT-6 (na verdade é o AT-6B…) na visão dos militares americanos. Apesar do lobby do fabricante e dos papagaios como este instituto free-lance….. se optarem pelo vetor americano…. aí sim os militares americanos estarão assinando em baixo que sua nação está em franca decadência…agora também militar. Tudo tem um começo….. e um fim. PS: Agora, amigos, me preocupa o número de ST que tem se acidentado no Brasil…….… Read more »
Baschera o menino Thompson tá cheirando carreiras de………….talco, e fumando orégano!!!!!!!!
Concordo contigo, Egito,Roma,França,Inglaterra ,todo Império tem começo e fim…..mas o Tio Sam deve aguentar mais uns trinta anos……
O que preocupa-me é o estrago que fazem quando acabam.Espero que com a Águia Careca seja diferente.Uma passagem de cetro com educação. .
LuppusFurius disse:
12 de maio de 2011 às 22:40
“O que preocupa-me é o estrago que fazem quando acabam.”
Emblemática essa sua frase. Lembremo-nos do que aconteceu depois que as legiões romanas “foram para casa”…
Sds.
Grande Vader
Acho que não devemos nos preocupar muito como as legiões.As pessoas sempre tem a capacidade de ” inventar moda “,Depois de Roma a Idade das Trevas.E o Egito oquê é hoje? França, o pessoal só come croissant e tomam vinho no Chateu Da$$alt ! Inglaterra ,casamento.
Agora mataram mais 90 na central de policia no Paquistão.
É os Impérios acabam em guerras e balburdias. E as pessoas sempre arrumam mais desgraças na vida.Esta é a História.
Vendo a bela pintura do AT-6C, nao resisti:
http://www.flickr.com/photos/milannykodym/5693018996/in/photostream/lightbox/
[]s!
Nunão,
Plagiando o Bosco Jr, eu tb já recebí meu exemplar da revista Trilogia.
Bosco e Maurício,
Fico feliz que tenham recebido, e que cada vez mais gente tem pedido a revista.
Bosco, agradecemos o elogio – depois diga o que achou das matérias em si.
No próximo número, deverei ter uma colaboração mais visível (matérias) do que a invisível (revisão) deste primeiro número, e então gostaria de seu feedback também.
Saudações!
Nunão
Dr. Barata
Um comentário LINDÃO…….
Tem algum F-22 assim?
Não é impossível, mas não acho que isso iria acontecer.
Não suspendemos o fornecimento de peças para a Colômbia quando esta utilizou o avião para mandar Raul Reyes pro inferno.
O Brasil pediu a condenação da Colômbia mas não moveu uma palha no que se refere ao fornecimento de armas.
Isso foi na época da maior fanfarronisse antiamericana de nossa política externa.
Prezado LuppusFurius,
Nunca vi um F-22, mas + Gripens vc encontra aqui:
http://www.militaryphotos.net/forums/showthread.php?84527-Gripen-News-Thread/page192
[]s!
Off-topic A coisa estah ficando feia no MMRCA. A materia “Rejected MMRCA vendors fight to return” apresenta dois pontos muito interessantes: 1- Que o MoD rejeitou tecnicamente 4 concorrentes sem que o comite do proprio MoD, responsavel pela reavaliacao tecnica dos resultados, tivesse concluido seus trabalhos 8) : The MoD’s Technical Oversight Committee (TOC), which must review the IAF’s technical evaluation and flight trials to ascertain that procurement procedures were followed in full, had not completed its work before the MoD sent out the rejection letters. It remains unclear why the MoD sent out its rejection letters before the TOC… Read more »
Caro DrCockroach, o ministerio da Defesa anunciar o resultado antes da avaliacao tecnica estar concluida faz parte da conhecida tatica do “fato consumado”. Acho que ja’ vimos algo semelhante por aqui, nao?
A diferenca e’ que aqui o resultado da avaliacao tecnica da FAB e do preco dos concorrentes sustou a manobra. Vamos ver como as coisas vao avancar agora na India. Ja’ estao chovendo denuncias de coisas esquisitas no processo, como disse Olivier Dassault “sem pagar comissao nao vende” portanto…
Opa, uma palavra ficou de fora. Aqui a *divulgacao* do resultado da avaliacao tecnica e dos preco dos concorrentes sustou a manobra.
Dr. NightCockroach, 😉 Acredito que a probabilidade do Gripen IN vencer o MMRCA sempre foi mínima. Como já havia escrito em outras oportunidades, a vitória deste caça poderia simplesmente matar o projeto LCA Tejas. Em que pese o Gipen NG ser um projeto muito superior ao LCA Tejas, a diferença de MTOW entre os caças resultantes é perigosamente pequena para o projeto do DRDO hindu. Enquanto o MTOW do Gripen IN estaria em torno de 16 toneladas o do HAL Tejas fica em torno de 13,5 toneladas. Em tempo. O HAL Tejas será um excelente caça leve, possivelmente o melhor… Read more »
Prezado Grifo,
Veremos qual serah o proximo passo do MoD deles. Se a comissao que foi atropelada nao concluir o que ‘jah estava concluido’ desde o inicio, talvez achem uma secretaria de logistica, um general…. Mas, sem duvida, e felizmente p o Brasil, a FAB nao eh uma IAF, e nossa imprensa eh um pouco (assim ok Vader?) melhor.
Prezado Ivan, o veterano
Concordo, agora, com as poucas chances do nosso ( 🙂 ) Gripen. Mesmo alterando a selecao de ‘medium’ e definindo a missao a cumprir pelos 126 jets, o lobby do Tejas complicaria.
Abracos!
Caro Doc Ccc
Valeu, muito Obrigado
“…which the IAF has accepted as technologically viable, and likely to be ready in time for delivery to India. Gripen points out that if Selex has convinced the IAF about having mastered the technology for the Eurofighter’s AESA radar, that…”
A diferença é que um front-end AESA já foi integrado ao radar CAPTOR do Typhoon, o tal do CAESAR, mas isto não está disponível p/ uso no Gripen, pois ainda não existe.
No mais essas brechas, são que os americanos adoram explorar, vide o que aconteceu aqui.
Voltando ao ST, mais alguns tiros:
(http://snafu-solomon.blogspot.com/2011/05/usaf-light-attack-and-armed-recon.html)
…falta uma brochura, a respeito do ST!!!
Mas pelo menos, ele vai direto ao pto:
USAF, compre a aeronave construída, na América!!!
Political Risks of Increased Reliance on Defense Imports from Brazil
http://www.hudson.org/files/publications/Brazil%20Paper%2029%20April%202011%201200%20FINAL.pdf
Apenas p/ registro, pois nao concordo com a abordagem do texto.
[]s!