Flex Raptor
Um caça F-22 Raptor da USAF voou com sucesso em velocidade de supercruzeiro (acima de Mach 1 sem pós-combustor) com um combustível contendo uma mistura de JP-8 com biocombustível derivado de uma camélia na proporção 50/50 . A informação foi divulgada pela USAF no último dia 22 de março.
O voo, ocorrido no dia 18 de março, foi precedido de testes conduzidos no solo por membros do 411th Flight Test Squadron. A USAF selecionou o F-22 como a aeronave que testará o bioconbustível que será utilizado em todos os demais caças do seu inventário.
O Raptor realizou diversas manobras incluindo o ‘supercruise’ a 40.000 pés, atingindo a velocidade máxima de Mach 1,5.
O fluido sintético derivado da camélia pertence à classe de biocombustíveis hidroprocessados, conhecidos como “hydrotreated renewable jet” ou HRJ. Combustíveis HRJ podem ter origem em diversos tipos de plantas e de gordura animal.
Autoridades da USAF certificaram no último mês de fevereiro toda a frota de transportes C-17 Globemaster III para uso de biocombustíveis tipo HJR.
FONTE: Base Aérea de Edwards
Haveria mercado, para esse fim, com relação ao etanol brasileiro?
Os EUA perceberam que atualmente são terrivelmente dependentes do petróleo, e estão investindo cada vez mais em combustíveis renováveis, para diminuir tal dependência quanto a seu inventário de armas. Isso é apenas o começo: o petróleo está com os dias contados nas FFAAS daquela nação. No futuro teremos de M1 Abrams a foguetes a biocombustível. Para o Brasil, essa é uma oportunidade imperdível. Se soubermos fazer as coisas corretamente, e nos aliarmos de fato com os gringos, isso significa basicamente uma montanha (e é uma SENHORA MONTANHA) de dinheiro. No aspecto nosso interno um Super Hornet (por exemplo) movido a… Read more »
Se pudesse utilizar o biodiesel a base da mamona, que nasce até em concreto, seria ótimo.
Mas creio também que volte o uso de “agentes laranja” para atacar plantações, similar ao atacar plataformas/refinarias de petróleo ……
Amigos, Os motores a jato, pelo seu princípio de funcionamento, são “flex” quase que por natureza. A maioria deles já “nasceu” homologada para operar com vários tipos de querosene e até com gasolina de aviação. O fato de ter sempre o ar com uma taxa de compressão estável, chama sempre acesa e usar bicos injetores facilita muito a tarefa. É só questão de achar uma regulagem adequada. Já para motores a pistão, o esforço tecnológico deve ser muito mais alto, pois é provável que seja necessário alterar as suas características mecânicas. Por isso poucas notícias existem sobre motores flex a… Read more »
Justin Case disse:
2 de abril de 2011 às 12:47
“Havia uma experiência de motor a álcool aqui no Brasil, mas nada ouvi quanto a outros tipos de combustível.”
Se não me engano tinha um “Ipanema” que voava a etanol.
Abs.
O conceito Flex é funcionar sem alterações com mais de um combustível em qualquer proporção.
Se para cada combustível forem ter que alterar todas as trocentas câmaras de combustão de cada motor fica inviável.
O Brasil, segue se esforçando para ficar defasado em uma tecnologia que teve o seu maior sucesso aqui.
Aqui desenvolveu-se o combustível, mas os motores continuam estrangeiros e o Pró-alcool tem quase a minha idade!
A lição continuou sem ser aprendida e agora os motores Flex, as duas FCUs mais utilizadas do Brasil vem da Itália e EUA…
Muito legal essa iniciativa da USAF em tornar seus F-22 mais ecológicos.
Como diz o velho e “sábio” Paulo Maluf: “estupra mas não mata”.
Não é porque um F-22 vai meter um míssil na sua cara que ele tem que consumir combustíveis não renováveis.
Rsrsssss
Tenho um amigo, doutor pela EESC-USP, cuja vida acadêmica é dedicada a pesquisa de motores movidos a biocombustíveis. Sobre o Ipanema, a EMBRAER, segundo ele, teria feito uma “gambiarra”. Eu entendi, que a empresa não quis gastar dinheiro para fazer algo realmente bom, no estado da arte. Afinal quem é o concorrente do Ipanema. Mas seria importantíssimo para a aviação geral. Em um determinado momento a avgas estava em torno de R$5,00 e o álcool R$1,00. Mesmo hoje valeria a pena. O custo da hora de voo cairia e, para os aeroclubes, seria um grande impulso. O problema seria converter… Read more »
Senhores, Os EUA sempre estão pensando décadas á frente. Ao contrário de alguns sonhadores, eles não estão se preparando para um mundo sem petróleo, mas um mundo em que a matriz energética tem várias fontes, e o petróleo é apenas uma delas. O futuro é da energia elétrica, não importando muito como será gerada, se em termoelétricas à gás ou carvão, hidroelétricas, usinas eólicas, usinas termosolares (fotovoltaicas são uma piada) ou usinas nucleares. Só um dado para ser ruminado por todos nós: se a China manter o ritmo de crescimento pelos próximos vinte anos, ela vai consumir o que o… Read more »