‘Sim, nós podemos… vender o Super Hornet’
Além dos diversos acordos bilaterais, visita do presidente norte-americano reforçará lobby por caça da Boeing
A Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos vê na visita do presidente americano, Barack Obama, o ponto de partida para uma relação estratégica nas áreas petrolífera e de produção agropecuária e para a absorção de alta tecnologia dos EUA pela indústria brasileira. A expectativa do meio empresarial se justifica pela comitiva que acompanhará o presidente dos EUA. Obama viajará com os secretários de Comércio, Gary Locke, de Energia, Steven Chu, e do Tesouro, Timothy Geithner, além da diretora da Agência de Proteção Ambiental, Lisa Jackson, do representante dos EUA para o Comércio, Ron Kirk, e do presidente do Export-Import Bank, Fred Hochberg.
Por tradição, os presidentes americanos raramente levam consigo os secretários em suas visitas ao exterior. Nos cinco eventos empresariais agendados em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, os focos serão as possibilidades de negócios nos setores de energia (petróleo e biocombustíveis), de infraestrutura (obras para a Copa do Mundo, Olimpíada de 2016) e de serviços financeiros, para financiar todos esses projetos.
O meio empresarial trabalha ainda com a perspectiva inusitada de início de negociação bilateral sobre o livre comércio nos próximos anos. “A ausência de acordos bilaterais significativos a serem assinados em Brasília não quer dizer que a visita será irrelevante”, afirmou Gabriel Rico, presidente da Câmara de Comércio Brasil-EUA, referindo-se à passagem de Obama ao Brasil nos dias próximos 19 e 20. “Os dois presidentes vão criar um novo ambiente para a relação bilateral e para os negócios. Será histórico.”
Caças
O principal lobby do presidente americano em Brasília será em favor da escolha dos caças F-18 Super Hornet, da Boeing, pela Força Aérea Brasileira (FAB) no processo de compra FX2. O presidente da companhia, Jim McNerney, deverá acompanhar a visita de Obama, que terá a oportunidade de tratar do tema em três encontros com Dilma Rousseff no sábado.
Tanto o governo quanto o setor empresarial americano entenderam a decisão de Dilma de suspender o FX2 neste ano, por razões orçamentárias, como um meio de desfazer o acordo de setembro de 2009 com a França.
Obama tem a seu favor a necessidade da indústria brasileira de absorver de novas tecnologias – algo a ser proporcionado em algum grau por uma possível joint venture entre Embraer e Boeing para a fabricação dos caças no Brasil. Na Câmara de Comércio, a expectativa é de a Casa Branca oferecer uma transferência mais ampla de tecnologia, de forma a contentar o Brasil, e negociar com o Senado americano um meio de restringir sua interferência no contrato. Uma alternativa seria o uso da mesma base legal para os acordos de venda de armas dos EUA para o Egito, a Arábia Saudita, Israel e Taiwan, renovados periodicamente pelo Senado.
FONTE: estadao.com FOTO: USN
Será?
Parece que esperou o LuLLa sair para tentar ampliar a cooperação como o próximo presidente, qualquer que fosse ….
Eu NÃO vejo a Dilma mudando de opinião. Os caça só será ESCOLHIDO em 2012 ou 2013, e COMPRADO um ano depois: 2013/2014. Isto é, depois das tratativas chegarem a bom porto. NÃO se anuncia compra de material bélico caríssimo em ano de CORTE DE GASTOS PÚBLICOS (se bem que, na verdade, os referidos gastos irão subir já esse ano) !!!!!! Só haverá uma ÚNICA EXCEÇÃO: Se o Tio Samuel Wilson apresentar algo de muito bom, como a ABERTURA DE SEU MERCADO PARA O NOSSO ETANOL ! Como creio que isso não vai acontecer, ela dirá obrigado ao Obama pela… Read more »
Provavelmente vc tá certo ZE. Mas a esperança é a última que morre. Ou, como diria Obama, “yes, we can”. 🙂
Mas mais importante do que o SH em si é o Brasil começar a construir uma relação privilegiada com os EUA, como Israel, Alemanha ou Japão, por exemplo.
Abs.
Será que teremos uma foto do Obama “pegando” a Dilma por trás??? 😀
[]’s
Esta visita marca a alteração do rumo da política externa brasileira e como ela está sendo bem recebida no exterior. Além de hostilizar os países sérios, o GF anterior preferia puxar o saco da escória do mundo (Irã, Venezuela, FARCs, Zimbábue, Líbia, etc.). Se este país quer assumir uma posição de grandeza no mundo, deve andar com os países que dão certo, e não cortejar ditaduras com o PIB minúsculo e com mercado interno ainda menor. Ainda bem que além de queimarem o bom nome do Brasil lá fora, o Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim e outros também queimaram o… Read more »
Vocês acham relmente que o Senhor todo poderoso Presidente dos EUA, saíria de lá com toda essa comitiva para ouvir um “não” ou um “talvez” ? Política é bastidores, assim como todo mundo sabia quando o Sarkô veio, que seria anunciada a compra da jaca voadora, desse vez tenho quase certeza, convicção de que nesse mato tem cachorro, e dos grandes! São vários aspectos, e tudo caminha para um desfecho feliz (vendo a atual situação de nossas FAs) mutita gente aqui vai ser contra, vão dizer que não temos verbas para combustível etc etc. Acredito que diante do cenário atual,… Read more »
Vader, o problema é que o Lula vendeu, no ano de 2010, o Brasil como uma superpotência para os brasileiros. E a maioria acreditou ! Eu sempre disse e continuo dizendo que o Brasil é um FAZENDÃO. A nossa pauta comercial é composta de Café, Soja, Açúcar, Algodão e Minérios (a partir de 2016, petróleo). De forma certeira, a Dilma disse que nós só exportamos matéria prima/commodities agrícolas e importamos todo o resto. Mesmo a EMBRAER, sempre lembrada aqui, exporta aeronaves norte-americanas INTEGRADAS NO BRASIL. A EMBRAER, basicamente, só INTEGRA os sistemas/partes do avião, e faz isso com MUITA COMPETÊNCIA… Read more »
Ze Na sua avaliação, esses resultados imobiliários poderão realmente provocar nova quebradeira nos EUA ?? Eu já li opiniões totalmente divergentes, uns economistas dizendo que está tudo bem agora e os EUA vão voltar a crescer, outros estão dizendo que a economia americana nunca mais será a mesma. Minha aposta é um lento crescimento, anêmico, como o Europeu. Mas não sei, apesar das valentes tentativas do Obama, não ocorreram mudanças fundamentais nos mecanismos de controle e fiscalização das atividades da bolsa de NY e nem nos bancos. Não foi exatamente essa falta de controle ( a qual ganhou impulso sob… Read more »
Wagner, eu não vou me alongar, pois o tema é muito complicado e demandaria um post ENORME ! Na verdade, eu já escrevi alguns posts ENORMES acerca do tema, há 1 ano atrás, aqui no blog. Antes de mais nada, faça um favor a si mesmo e veja um documentário chamado Trabalho Interno. Esse documentário é EXCELENTE. Ele ganhhou o OSCAR de melhor documentário, batendo o tupiniquim LIXO EXTRAORDINÁRIO. Eu fiquei 2 horas prazerosíssimas no cinema !!!!!!!! Para começar, coloque uma VERDADE ABSOLUTA na sua cabeça: A crise mundial começou nos EUA por causa do SETOR IMOBILIÁRIO. Essa verdade absoluta… Read more »
Prezados Zé e Wagner Perdoem a minha intromissão, mas a encrenca é maior ainda pois: Os bancos costumam utilizar os títulos em seu poder para dar em garantia para operações com outras instituições e, normalmente, usam estes títulos para garantir operações maiores, a chamada alavancagem. Quando um destes títulos deixa de ser honrado ou se torna, pelas suas características, suspeito, o estrago resultante é multiplicado pela alavancagem. Isto aconteceu em 2007-2008 quando bancos ficaram expostos em função de uma alavancagem de 4 a 5 vezes (há citações de até 15 vezes em função de um efeito cascata). No caso… Read more »
Desculpem nossa falha: …….o Oráculo dos oráculos, pois 2008 será mesmo uma Marolinha.
Sds
ZE disse:
17 de março de 2011 às 13:07
Caramba… e eu reclamando do financiamento do carro… rsrs
As empresas de Defesa serão as mais afetadas nesse cenário. Defesa sempre é o primeiro corte, exceto em casos especiais, como Israel.
Senhores: Não se enganem. Tem muito, mas MUITO dinheiro no mundo. Nunca houve tanto. O dinheiro dos investidores é como um bando de aves migratórias (podem imaginar as cédulas com asas, se quiserem): – só anda em grupos enormes; – chegam juntos e fogem juntos; – ao menor sinal de perigo muda de direção e voa para um lugar distante; – se desloca rápido e pelo mundo todo; – É inalcançável para mortais comuns, que só podem ver o dinheiro voar alto sobre as suas cabeças. O dinheiro hoje muda de país ao toque de algumas teclas, em menos tempo… Read more »