Ainda estão por ser confirmados os detalhes dos cortes no orçamento das Forças Armadas, quais os programas que  serão afetados e como serão viabilizados os cortes no custeio.

Em relação à FAB, uma nota da revista IstoÉ tem alimentado as discussões na internet sobre uma possível paralisação dos caças F-2000, nos próximos meses. Obviamente, é necessário aguardar qualquer confirmação da FAB sobre essa possibilidade do 1º GDA, baseado em Anápolis (BAAN), deixar ou não de voar esse vetor dedicado à Defesa Aérea, no curto prazo. Mas nada impede que se faça um exercício de “achismo”, mesmo rasteiro como estamos propondo com o título desta matéria, sobre os impactos que tal medida traria.

Não seria a primeira vez, nos últimos dez anos, que o 1º GDA (esquadrão Jaguar) deixaria de voar seu principal vetor. Também não seria inédito o uso de medidas definitivas ou paliativas para mitigar o problema. Em 2005, foram aposentados os velhos Mirage III EBR e DBR (F-103 E e D) que equipavam a unidade. Até que o “definitivo” reequipamento com caças franceses usados Mirage 2000C e B fosse iniciado, anos depois, os Jaguares tiveram que recorrer a uma solução “paliativa”: seus pilotos passaram a voar um punhado dos também vetustos Xavantes (AT-26) para manter uma capacitação mínima no voo de jatos, enquanto a Defesa Aérea a partir de Anápolis ficava a cargo de elementos de F-5 (ainda sem modernização) desdobrados das unidades das Bases Aéras de  Canoas (o 1º/14º GAV da BACO) e Santa Cruz (os 1º/1º e 2º/1º GAVCA, da BASC).

Não é possível mais reeditar essa solução paliativa. Os jatos Xavante acabaram de ser desativados do último esquadrão de caça onde ainda operavam. A questão é: que providências poderiam ser tomadas (na hipótese de uma paralização dos voos do F-2000 neste ano), levando-se em consideração que o 1º GDA precisa manter uma capacitação mínima de seus pilotos no voo de aeronaves a jato?

Em primeiro lugar, vamos analisar a lógica por trás de uma decisão impactante como essa. Pensemos apenas em Defesa Aérea, que é a missão principal do 1º GDA. O outro jato supersônico da FAB que pode realizar a contento essa missão é o F-5M, portanto, aeronaves como o A-1 e o A-29 estão fora desta análise. Vamos supor que todas as entregas já programadas (46 aviões) de caças F-5M também estejam finalizadas quando dessa suposta desativação dos F-2000. Somando esses 46 F-5M aos 12 F-2000 que operam na BAAN, chegamos a uma frota atual de 58 caças supersônicos aptos a cumprir a missão.

Os doze caças F-2000 correspondem a aproximadamente 20% desse total. Porém, circulam informações de que o seu custo operacional supera os 20% dos gastos com essa frota de supersônicos. Logo, há uma certa lógica de custo-benefício em paralisar sua operação numa situação limite como a atual, de corte profundo nas despesas. Porém, essa decisão acarretaria uma pressão maior sobre os 46 caças F-5M restantes.

Qual seria uma solução possível?

Sem a incorporação de um novo “caça tampão”, o que acarretaria novos custos com treinamento e logística, a solução possível seria alocar caças F-5M da relativamente pequena frota atual para o 1º GDA. Haveria certamente custos de deslocamento de pessoal e equipamento de apoio, treinamento de pilotos e pessoal de terra. Mas esses seriam muito menores que os custos da introdução, no contexto atual, de uma nova aeronave de caça. Ou os custos de paralisar uma unidade e, mais tarde, voltar a qualificar pilotos etc. Vale lembrar que esse autor não vê como aceitável a simples paralisação da unidade e a redistribuição de seu pessoal (pilotos e pessoal de apoio) para outros esquadrões, deixando a BAAN (no contexto da aviação de caça) apenas como base de desdobramento de elementos de F-5M de outras unidades. Uma decisão como essa poderia trazer custos altos, no futuro, para se retornar à “normalidade”, com a reativação do esquadrão. É uma possibilidade, é claro, mas este autor a considera muito ruim.

A opinião é que a solução viável (lembrando-se novamente que a paralisação dos F-2000 é uma hipótese) seria reequipar, ao longo do ano, o 1º GDA com caças F-5M. Seria quase o mesmo caso do atual reequipamento do 1º/4º GAV, com a diferença de que este, além de receber o F-5M, também foi transferido da Base Aérea de Natal (BAAN) para a Base Aérea de Manaus (BAMN).

E qual seria o impacto na relativamente pequena (em relação ao número de esquadrões) frota de F-5M?

Vamos fazer algumas contas bem simplórias. Das 46 células de F-5M, ao menos uma precisa estar dedicada a ensaios de sistemas e armamentos. Restam 45. Destas, algumas sempre estarão sofrendo manutenção nível parque, atualmente a cargo do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP). Historicamente, entre 5 e 10 aeronaves dessa frota costumam estar, a qualquer tempo, sofrendo esse tipo de manutenção. Como os contingenciamentos no custeio têm o costume de dilatar o prazo para manutenção pesada de aeronaves, é prudente ficar com o número mais pessimista,  mesmo num contexto de cortes nas  horas de voo. Então, subtraindo 10 caças, seriam apenas 35 F-5M efetivamente alocados, a qualquer momento, aos esquadrões.

Com o 1º GDA da BAAN reequipado com a aeronave, seriam 5 esquadrões operando o F-5M na FAB (além dos Jaguares, o 1º/1º e o 2º/1º GAVCA da BASC, o 1º/14º GAV da BACO e o 1º/4º GAV da BAMN). Pensando numa divisão equitativa das aeronaves, chegaríamos à surpreendente alocação de 7 caças para cada esquadrão!

A situação, porém, não melhora muito conforme as contas prosseguem: desses 7 caças, pelo menos um terço estaria passando, todos os dias, por alguma manutenção periódica e rotineira no esquadrão (manutenções pré-voo e pós-voo e a cada x horas de voo atingidas). Arredondando, teríamos 3 caças em manutenção e 4 disponíveis, a cada dia, na linha de voo. Destes, ao menos 2 caças devem estar de prontidão para o alerta 24 horas. Sobram duas aeronaves disponíveis, a cada nascer do sol, para realizar as demais missões “rotineiras” de um esquadrão de caça em tempo de paz: as missões destinadas a manter a proficiência de seus pilotos em diversas operações.

Com os prováveis cortes nas horas de voo que deverão ocorrer, como medida de economia, é bem provável que, somando as duas aeronaves de alerta às outras duas da linha, tenhamos apenas umas três ou quatro horas de voo disponíveis ao esquadrão, a cada dia. Sejamos otimistas desta vez, para variar um pouco, e fiquemos com o maior número. A quantidade de pilotos operacionais de um esquadrão da FAB costuma variar, e também é tratada, normalmente, como informação classificada. Mas diversas fontes, ao longo da história, permitem aceitar, para uma análise simplória como esta, uma média de 20 pilotos por esquadrão. É fácil supor que, no máximo, um piloto vai cumprir uma hora de voo a cada 4 dias, ou 90 horas de voo ao longo do ano, levando-se em conta os números desta apressada análise. Vale lembrar que não seria a primeira vez que nossos pilotos de caças supersônicos teriam tão poucas horas disponíveis, em um ano, para manter suas capacidades.

Em vista das hipóteses levantadas aqui, pode-se imaginar que a modernização dos 11 caças F-5 usados, comprados da Jordânia, ou ao menos dos três bipostos do lote, deva ser uma prioridade. Afinal, também é necessário manter um fluxo de renovação de pilotos, realizando a conversão operacional para o F-5M, e o número atual de três bipostos é muito pequeno. Mas haverá recursos para salvar ao menos parte desse programa? Dê a sua opinião.

VEJA TAMBÉM:

Subscribe
Notify of
guest

59 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
tplayer

Eu acho que a própria FAB desistiu de tudo.

Vão cruzar os braços e esperar para ver o que acontece, já fizeram demais até agora para serem novamente jogados pro escanteio.

Ozawa

Já havia sugerido quando há umas 3 semanas se cogitava o cancelamento do FX2, que ora praticamente se confirmou, que os três comandantes militares, por uma simples questão de brio, deveriam conjuntamente entregar seus cargos, e, de pijamas, apresentarem uma carta aberta à nação, com uma longa, minudente, técnica e abalizada exposição de motivos, com os conhecimentos militares e geo-políticos de que dispõem, da política de defesa temerária que vem sendo tratado este assunto no Brasil há décadas. Graças a Deus temos, e teremos a resistência no Conselho de Segurança às intenções midiáticas do Brasil em integrar permanentemente suas cadeiras.… Read more »

Vader

Em primeiro lugar, e sem puxação de saco, parabéns ao Nunão pelo excelente artigo. Como sempre, bem escrito, bem fundamentado, bem organizado e detalhista, com premissas claras e conclusões incisivas. Uma verdadeira obra jornalística pra ninguém botar defeito. Bom seria que todos que ousam escrever sobre Defesa tivessem o raciocínio percuciente e o dom que o Nunão demonstra-nos no dia-a-dia. Alguns por aí que (pensam que) escrevem sobre o tema deveriam sentir vergonha ao ler seus textos. O escriba em questão é um dos bons motivos pelos quais a Trilogia é disparado o melhor espaço de Defesa do país. No… Read more »

Mauricio R.

Não há mto o que fazer: 1-) A FAB deve fazer saber a Presidência da Republica e a equipe economica, o impacto dos cortes em suas atividades, sejam chatos. 2-) Procurar dentro do máximo possível de segurança de voo, reduzir o nº de células em manutenção parque. 3-) Fazer saber ao executivo que dado os cortes de verba, a reforma dos F-5 jordanianos é prioritária, pois em relação aos F-2000 esta é uma aeronave mais barata de operar e manter. 4-) Façam mto lobby, peguem pesado, sejam malvados, chorem as pitangas, mas consigam o retrofit dos F-5 ex-jordanianos!!! 5-) Se… Read more »

Ozawa

Já havia sugerido quando há umas 3 semanas se cogitava o cancelamento do FX2, que ora praticamente se confirmou, que os três comandantes militares, por uma simples questão de brio, deveriam conjuntamente entregar seus cargos, e, de pijamas, apresentarem uma carta aberta à nação, com uma longa, minudente, técnica e abalizada exposição de motivos, com os conhecimentos militares e geo-políticos de que dispõem, da política de defesa temerária que vem sendo tratado este assunto no Brasil há décadas. Graças a Deus temos, e teremos a resistência no Conselho de Segurança às intenções midiáticas do Brasil em integrar permanentemente suas cadeiras.… Read more »

Observador

É, sempre achei que o 1º GDA ia ficar com os F-5 jordanianos mesmo. Será que os xavantes não poderiam ser reincorporados, pelo menos para manter a capacitação mínima? Afinal, foram desincorporados a pouco tempo. Não se poderia pensar também na alternativa de colocar alguns F-5 jordanianos em condições de vôo, mesmo sem modernização? Também acho que uma outra alternativa seria garimpar outros F-5 pelo mundo afora, para usá-los sem modernização, enquanto os comprados da Jordânia são modernizados. Ou usar os jordanianos sem modernização enquanto moderniza-se os “novos” F-5 a serem comprados. Acho que financeiramente (não sei tecnicamente), as alternativas… Read more »

Rodrigo

O M2000, atualmente como arma de combate na FAB tem um valor reduzido, por um custo muito alto.

Que o alerta seja cumprido em sistema de rodízio por unidades com F5M e os pilotos e pessoal técnico do GDA, se tornem visitantes em outra unidades com F5M e A1.

Não tem muito o que fazer.

Mauricio R.

“…que nem data-link tem, pelo…”

O data link eles tem, afinal voavam em um força aérea da OTAN, mas se os rádios não foram retirados qndo da transferência ao Brasil, há algum outro mistério, além da não compatíbilidade c/ o data link da FAB.
Que aliás tb não é “nenhuma brastemp”.

Nick

Se confirmar a desativação dos M-2000 e sem entrada de novos vetores, não vejo muitas saídas para a FAB não. Aliás não vejo saída nenhuma.

Tem que jogar a *erda no ventilador e ver o que acontece.

[]’s

Antonio M

“..Será que os xavantes não poderiam ser reincorporados, pelo menos para manter a capacitação mínima? Afinal, foram desincorporados a pouco tempo. ..” Li um artigo em revista especializada, que os Impala que foram adquiridos pela FAB algusn anos atrá da África do SUl para fonte de peças mas, e acabaram sendo incorporadas por serem máquinas interessantes (com dois canhões de 30mm, RWR por ex.) estariam sendo solcitadas de volta novamente pela força aérea sulafricana, inclusive para serem operacionais lá, e parece que a FAB já concordou com o negócio. Esta sim poderia “quebrar um galho” no GDA mas parece não… Read more »

Grifo

O data link eles tem, afinal voavam em um força aérea da OTAN,

Não, na verdade o Mirage 2000C não tem datalink. Ele somente foi introduzido no Mirage 2000-5.

Mauricio R.

“Ele somente foi introduzido no Mirage 2000-5.”

“The AdA is now considering upgrades for the type, including the MIDS datalink, MICA IR support, and the Thales Topsight helmet-mounted display and sighting system.”

(http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=2&ved=0CC4QFjAB&url=http%3A%2F%2Fen.wikipedia.org%2Fwiki%2FDassault_Mirage_2000&ei=a3tuTczQE4P88AbBytH1Dg&usg=AFQjCNEsr5EzIwZxJz7neS7rkZwYS02PFA)

Nem nesses é equipamento padrão, mas um possível upgrade.

Grifo

Tem razão, só no Mirage 2000-5 Mk2. O ponto é que os nossos aqui infelizmente não tem nunca tiveram datalink, não tem integração com o MICA nem tem qualquer capacidade ar-solo.

Pessoalmente acho que a notícia é furada e que os F-2000 não vão ficar no chão. Mas se fosse verdade, acho que até seria uma boa nos livrarmos deles.

Mauricio R.

Grifo,

Concordo plenamente contigo, se não agrega capacidade que preste, que deixe de consumir os parcos recursos da FAB.

edcreek

Olá, Muito bom texto, para mim fica evidente que a desativação dos Mirage será desastroso operacionalmente e razoavel em custos. Operacionalmente desastroso porque teremos que remanejar os poucos F-5M e mesmo assim os pilotos não terão o que voar o que pode acabar por remanjamento de pilotos para outros setores. Não é só questão de capacidade tecnica nesse momento, “que não tem data link e tal” é questão que os pilotos tem que voar seja em Mirage ou F-5 etc…. Será razoavel em economia já que certamente os Mirage tem custo maior em operação, mas o preço tecnico operacional será… Read more »

Justin Case

Amigos, Primeiramente, parabéns ao Nunão pelo excelente artigo. Muito bom mesmo. Há algumas décadas, logo após a Guerra das Malvinas, os nossos “hermanos” argentinos nos deram um excelente exemplo de como fazer economia nas forças armadas, por restrições orçamentárias. Eles simplesmente reduziram as horas que cada esquadrão estava autorizado a voar. Em consequência, os aviões apresentavam menos panes, não venciam revisões a não ser por calendário, consumiam menos combustível, algumas operações fora de sede foram canceladas, menos diárias, menos transporte. Sem tirar um centavo dos recursos alocados para os processos logísticos, a disponibilidade das aeronaves aumentou significativamente e os níveis… Read more »

Nick

Caro Edcreek,

Belo comentário, resumiu bem. Por isso que considero que a desativação hipotética dos M-2000 não pode ser suprida pelos F-5 EM restantes.
O cobertor que já é curto, não cobrirá mais nada. Se os F-5 E Jordanianos forem reformados, menos mal, é uma solução paliativa quebra-galho de emergência.

Mas não dá para usar os F-5 EM existentes em Anápolis. Que desativem a BAAN então.

[]’s

JapaMan

Infelizmente, é um questão que ja vem se arrastando por muito tempo, não vejo solução, acho que a FAB, MB, EB estão agonizando na UTI, e se o remédio não chegar logo, podemos providenciar o enterro das três forças, o País no possui mais poder de defesa, é triste olhar e perceber a situação em que se encontram, no caso da FAB, não da pra se contentar em ficar comprando equipamentos sucateados em outros países como os F-5, os poucos que nos restam, também não estão as condições de muita coisa, mesmo com o lift, são máquinas q ja deram… Read more »

Tadeu Mendes

Ainda bem que os EUA estao logo ali ao lado. Rsrsrsrsrs.

A hora que o pau quebrar, e so chamar a Casa Branca que eles enviam logo uns 400 cacas para defender a integridade do espaco aereo brasileiro.

O melhor mesmo seria entregar a defesa do pais para o Pentagono gerenciar. Estariamos mais seguros nas maos dos americanos do que nas maos do GF.

Voces ja pensaram se o Brasil tivesse a Russia, China, India, Paquistao ou o Iran como vizinhos?????

Rodrigo

Desculpe Justin, mas problema logístico quem tem são estas m… francesas que por alguma razão masoquista vocês ai do GDA amam tanto. Quem sabe convivendo mais com o F5M, vocês exorcizam este capeta da mentalidade de vocês. Vou repetir pela MILIONÉSIMA VEZ: PARA VOAR BEM, COM SEGURANÇA E FLUÊNCIA É NECESSÁRIA FREQUÊNCIA. Não da para voar 1h por mês e na hora que precisar voar 200h seguidas, para tirar o atraso. O ser humano ainda tem limitações físicas e psicológicas. Não da para trocar tudo por simulador, a sensação física do vôo é imprescindível. Parafraseando o Juarez… “Quem botou o… Read more »

Darkman

Bom texto Nunão !!!
Estamos indo a passos largos para o abismo e não vamos parar de cair nele.
Em fim não se tem muita coisa dizer sobre o processo desgastante que está sendo a compra dos caças para a FAB.

Vamos deixar o espaço Aéreo sem proteção e vamos ver no que vai dar.

Abs.

Observador

Maurício: A questão da ausência de data-link nos mirrages da FAB está em tudo que é site. É claro que pode ter acontecido como a afirmação de Josef Goebbels (Chefe da Propaganda Nazista): “Uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade!” Mas não creio. O que aconteceu foi uma compra pessimamente realizada por um arrogante que acha que é o dono da verdade. E, no final, você e o grifo concordaram sobre o data-link. Ou seja: o Brasil pagou para substituir algo inútil (Mirrage III) por algo inútil e caro (Mirrage 2000C). Sobre a desativação dos Mirrage 2000, seguindo o raciocínio… Read more »

Observador

Errata:

“Como solução a médio prazo, o negócio é sair pelo mundo e comprar os F-5 que estiverem em melhores (ou menos piores) condições, para já colocar voando OU para modernizar enquanto se usa os F-5 jordanianos.”

Renato Oliveira

Mais um passo pra frente da FAB. O abismo agora deve estar a mais ou menos uns 10 metros, no máximo…

Observador

Renato, como eu disse antes:

“A FAB não está a beira do abismo: vem caindo nele há muito tempo. O que vai acontecer agora é que vai se espatifar nas pedras lá embaixo.”

Baschera

Senhor Bin Laden….
Aqui no Brasil, aquele país sul americano deitado em berço esplêndido, no planalto central do país, no Distrito Federal, numa cidade chamada Brasília…. ainda há dois prédios gêmeos…. e mais uns alvoszinhos interessantes….

Sds.

JapaMan

Alguém poderia me informar, quais e onde seriam as melhores opções para aquisição de outros F-5 pelo mundo? ja que vamos assumir de vez a frota mais moderna do mundo, quais seriam as possibilidades? e a quantidade?

abraços.

Luis

Chile, Jordânia, Suíça, Arábia Saudita e Tailândia, entre outros.

http://pt.wikipedia.org/wiki/F-5E_Tiger_II

Mauricio R.

Tb operam F-5, que algum dia quem sabe, estarão disponíveis p/ venda:

Taiwan, Coréia do Sul, México, Quenia, Indonésia, Cingapura, Barhein, etc…

JapaMan

Luis,
O Chile vai desativar? a Tailândia também? e quantidade? alguém sabe dizer as quantidades em cada país desses ?

Luis

A Arabia Saudita parece que tem 110(!) que foram retirados de serviço. Alguns ainda estão sendo usados como treinadores.

Antonio M

JapaMan disse:
2 de março de 2011 às 22:18

A força aérea do Bahrein opera os últimos F5 fabricados, 1989, que inclusive incorporam melhorias do F20 como o bico.

Acho que foi o Maurício R que comentou também que a Arábia e Suiça operam/operavam F5 iguais do do Bahrein.

E acho que o Bahrein não vende eles não..por enquanto.

edcreek

Olá,

Valeu Nick!!!

Observador, os F-5 não vieram em boas condições tem pelo menos 20 anos, e muito tempo em um região de alta tensão, devem sim estar com desgaste acentuado. Eles iriam para a sucata mais proxima, não vamos nos iludir era o lixo da “poderosa” Jordania, que será o luxo do supermegahiperpoderoso pais do hemisferio sul.

Abraços,

Abraços,

Rodrigo

Bom Edson se você se dispuser a pagar coisa melhor, manda um email para o Saito, tenho certeza que ele não está contente também.

Mas tome cuidado é capaz do (des)Governo do PT, criar mais um imposto para isto, a CPMFAB.

Wagner

Deve ser lembrado aos camaradas do blog que da mesma forma que a FAB está sucateada, as forças potencialmente inimigas estão igualmente um desastre ! No máximo o Peru com os Migs 29, mas o Peru não é inimigo. O Chile está bem melhor, mas não faz fronteira e não é inimigo. Suponhamos que o Correa enlouqueça de vez e nos ataque. A FAE está igualmente inoperante, e o Equador tampouco faz fronteira. A Argentina está com seus ultrapassadosa e não modernizados A4R igualmente sucatedos e sinceramente acho que nossos poucos F5 EM dão conta deles. Quem sobrou ? Chavez… Read more »

Wagner

Só complementando: Ninguém na AL tem um T22M3 backfire C, ou seja, ninguém aqui tem , creio eu, afetivamente um avião capaz de percorrer tão longas distâncias para atacar Brasília e voltar. Talvez os Mig 29 peruanos… será ??

JapaMan

Wagner, O grande problema é que os nossos inimigos não são na AL, esse cenário em que vivemos vai mudar daqui algum tempo, e não demora, o mundo caminha para um colapso, e só olhar com um pouco de atenção e ver, as economias tidas comos grandes como REINO UNIDO, EUA, não estão mais com essa grana toda, países emergentes como China e índia com populações gigantescas e como sempre com falta de alimento, nosso país, é muito rico, principalmente em reservas naturais, a água é um exemplo, precisamos nos preparar, é a velha histórinha da formiga e a cigarra,… Read more »

edcreek

Olá, Rodrigo

Tenho ctz que Saito não está contente, mas a FAB não é totalmente inocente na historia, todos tem sua parcela de culpa ou maior ou menor.

Se for para ficar como está é melhor cancelar tudo comprar mais ALX e a FAB assumir a sua vocação de policia aerea….

Abraços,

Observador

Caro Edcreek: Eu creio que os F-5 jordanianos devem ter é uns TRINTA anos e não vinte. Talvez estejam em más condições mais pela falta de manutenção do que pelo uso intenso. Mas é o quem a FAB. Ou você tem uma idéia melhor? Caro Wagner: Não é porque os “nuestros” vizinhos estão na mesma (ou ainda pior) situação, que isto nos deixa mais seguros. Pode ser exatamente o contrário. No caso de um conflito entre eles (o que não é tão difícil, vivem às turras), as esquálidas forças armadas da AL podem ser um convite a uma intervenção militar… Read more »

Tadeu Mendes

Se vamos comprar mais F-5 recauchutados, entao e melhor rebatizar a FAB para SAB (Sucata Aerea Brasileira).

Tadeu Mendes

Observador,

Gosto muito da sua visao geopolitica. Estamos vendo o possiveis cenarios estrategicos com os mesmo binoculos.

Rodrigo

Explica ai então a culpa da FAB pelo mico do FX, já aproveita e emenda tb o EC725 e o Hind.

jacubao

Isso é só o começo do fim.
As FAs brasileiras estão igual a doentes em fase terminal. Daqui a pouco irão desligar os aparelhos e tudo acabrá de vez, e eles farão uma grande festa em comemoração.

Pobre Brasil…

Ivan

Observador disse:
3 de março de 2011 às 11:57

“O problema é comida…
Ou tem ou não tem.
E quem tem somos nós. E quem não tem, tem armas.

Uma verdade contundente, que poucos querem ouvir.

Sds,
Ivan.

Ivan

“A Arte da Guerra nos ensina a confiar não na possibilidade do inimigo não vir, mas sim na nossa prontidão para recebê-lo.”
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Sun Tzu) . . . . . .

Ivan

“Países que confiam mais em seu direito
do que em seus soldados enganam a si
mesmos e cavam sua ruina.”

. . . . . . . . . . . . (Ruy Barbosa)

Observador

Tadeu e Ivan:

É, nossas idéias são muito semelhantes.

Muito se fala em perigo para a Amazônia e para a “Amazônia Azul”, mas temos que pensar na “Amazônia Agrícola”.

E falando em ditados, tem aquele que já citei e que mostra o perigo para o Brasil:

“A fome é má conselheira”.

E quando apertar quem tem fome atacará quem tem comida.

Vader

Já que é pra fazer citações:

“A origem da guerra repousa no roubo. Quando os primeiros humanos se assentaram em grupos sedentários, passaram a atrair a cobiça dos nômades por sua comida” – Sir John Desmond Patrick Keegan – historiador militar.

joseboscojr

Tem aquele velho ditado chinês de 260.000 AD (Antes dos Dinossauros):
“Andorinha que quer acompanhar morcego dorme de cabeça pra baixo e acorda com a cabeça “melada” ”

Rsrssssss

Tadeu Mendes

Ivan,

Arrematando o seu bom comentario:

“O problema é comida…Ou tem ou não tem.
E quem tem somos nós. E quem não tem, tem armas”.

Armas….nucleares.