Ministra argentina também falou sobre participação no programa KC-390

AT-63_Pampa

vinheta-clippingA Força Aérea do Uruguai se mostrou interessada na compra de dois modelos de aviões elaborados por uma fábrica militar argentina, nacionalizada após uma década em mãos da americana Lockheed Martin, informaram hoje fontes oficiais.

“A Força Aérea uruguaia manifestou seu interesse por duas versões do Pampa”, uma de interceptação e outra de treinamento avançado, afirmou hoje a ministra de Defesa argentina, Nilda Garré, em declarações a rádios locais.

Ela antecipou que o Governo estará em condições de oferecer esses dois modelos de aeronaves “dentro de um ano e meio ou dois”. Segundo ela, será impulsionado “todo projeto viável para a recuperação da indústria aeronáutica” local.

Esses aviões são produzidos na Fábrica Militar de Aviões da cidade argentina de Córdoba (centro do país), nacionalizada no ano passado depois de o Senado transformar em lei um projeto que autorizou o Estado a comprar as ações da empresa que pertencia à americana Lockheed Martin.

Garré também destacou o acordo que o Governo argentino mantém com o Brasil para que a Embraer forneça 20 aviões à companhia aérea Aerolíneas Argentinas, em processo de desapropriação da espanhola Marsans.

Como parte deste acordo, assinado no ano passado pelos dois Governos, a Embraer produzirá partes dessas aeronaves na Fábrica Militar de Córdoba.

O convênio representa para companhias aéreas gastos de US$ 600 milhões, valor que será 85% financiado por um crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A ministra indicou também que “está avançando” o acordo com a Embraer para se associar na produção do avião de transporte militar C-390.

“O concreto é que estamos interessados em nos associar a este projeto porque definitivamente será um avião para a região”, manifestou Garré.

FONTE/FOTO: EFE, via portal Terra/FAA

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Paulo Renato

Preferiram os Pampas do que os nossos Tucanos ????
A coisa não devee star boa no Uruguai.

Abs.

Bronco

Paulo Renato, São aviões de classes diferentes, um não concorre com o outro. Um é um avião de treinamento em nível intermediário, turbo-hélice, com limitadíssima capacidade de ataque; o argentino é um treinador avançado, biturbina, com uma capacidade de carga um pouco maior. Em missões operacionais, talvez o concorrente fosse o ALX. Mesmo assim penso que são mais complementares que concorrentes, dado que a transição operacional de uma classe para outra é algo experimentado e aprovado por diversas forças aéreas. ________________________________ O C-390 agrada a todos, mas os acordos e parcerias parecem não sair do lugar. ________________________________ Rapaz, sempre que… Read more »

Ivan

Paulo Renato e Bronco, Um detalhe, o AT-63 Pampa é monoturbina, com um turbofan Garrett TFE731-2N-2, com 15,57 kN (3.500 lbf) de força, que lhe permite uma velocidade máxima em torno de 800 Km/h e cinco pontos para armas com capacidade total de 1.500 kg. Parecido com o biturbina Alpha Jet franco-alemão, é menor, tem asas diferentes, leva menos armamento e é mais simples. Operacionalmente deve custar mais caro que o AT-29 Super Tucano, com a vantagem relativa de uma velocidade maior, pois a máxima do ST está em torno de 590 Km/h. Falo em vantagem relativa pois estes 210… Read more »

Ivan

Só mais um detalhe.

A Alemanha que mantém ótimo relacionamento com o Uruguai (ou Uruguay) já tem Alpha Jets em estoque, em face da redução das suas forças armadas.
Em breve deve começar a substituí-los, possivelmente em conjunto com outros países da União Européia.
Um lote de Alpha Jets, revisados e com canhões de 30mm no lugar do pilone central pode ser uma opção interessante para a FAU.

Abç,
Ivan.

Antonio M

Vi poucas fotos do Pampa e somente por este ângulo notei que as asas não tinham enflechamento nenhum….

osorio

caro Ivan do recife,seus comentários são sempre explendidos,concordo com vc em genero,numero e grau

Tito

Perda de dinheiro do Uruguai, com menos dinheiro comprariam o Super Tucano.

O Pampa pode ter um desempenho até um pouco melhor, pois é a jato, mas é tecnologicamente inferior, e no fim executam a mesma missão.