EADS aumenta presença no País
Clayton Netz
Na próxima sexta-feira, a Helibras, única produtora de helicópteros da América Latina, vai lançar a pedra fundamental das obras de duplicação de sua fábrica de Itajubá, no sul de Minas Gerais, gerando 700 empregos diretos. A construção faz parte de um investimento de US$ 400 milhões que o grupo francês EADS, dono da Airbus, com um faturamento anual de US$ 68,8 bilhões, está fazendo para capacitar a unidade a produzir, a partir do final de 2011, os superhelicópteros militares EC725 e sua versão civil, os EC225. A fábrica, de onde atualmente saem os helicópteros Esquilo, já nasce com sua produção assegurada para os cinco anos seguintes à sua inauguração: uma encomenda do governo brasileiro prevê a entrega de 50 aparelhos, no valor de US$ 2,6 bilhões, ao Exército, Marinha e Aeronáutica. “Cada arma receberá 16 aparelhos”, diz Eduardo Marson Ferreira, presidente da Helibrás. “Os outros dois helicópteros VIP irão para o governo federal.”
Para Ferreira, a encomenda bilionária é apenas o primeiro entre os diferentes sinais de que, daqui para a frente, o grupo francês deverá ampliar decisivamente sua presença industrial no País. No curto prazo, a Helibras, sua face mais visível no Brasil, terá pela frente a modernização de 34 helicópteros Pantera para as Forças Armadas, no valor de US$ 175 milhões. “É o maior contrato do gênero em nossa história”, diz Ferreira, que pretende aumentar nos próximos três anos a participação de serviços dos atuais 20% para 50% das receitas da Helibras.
No longo prazo, as expectativas se concentram na aprovação da política nacional de defesa, atualmente em discussão no Congresso Nacional. Segundo Ferreira, para aumentar sua competitividade, o grupo pretende fazer 40% de suas compras e ter 20% do pessoal fora da zona do euro. “O Brasil tem uma forte cultura aeronáutica e pode ser um grande parceiro para a EADS”, diz.
FONTE: Estadão
“…os super helicópteros militares EC725…”
Hehe…
Querer 50% do faturamento de serviços é um sonho difícil de realizar, a não ser que o Cliente se disponha a pagar um novo helicóptero a cada ano em serviços pós venda. Duvido muito que consigam! Mas, é esperar pra ver.
16 aparelhos para cada força? só o EB deveria receber 50.
Com todo o respeito, mas nós poderiamos criar uma “guarda costeira” com esses helis e deixar o Black Holk para o exército.
Francamente, eu nã entendo essa nossa defesa.
Agluém sabe quanto é o alcançe desse heli?
16 * 3 = 48 Os outros dois vão para quem ? Fazia tempo que eu não via um artigo tão ruim. Vindo do Estadão, eu não poderia esperar pior. Sempre que eu vejo estas matérias vendidas para a Lixocopter, que chamam este projeto com mais de 3 décadas de “super helicóptero”( ele deve vir com uma capa vermelha, só assim para chamar ele de super) eu lembro de um helicóptero muito superior ao EC225/725 que já tem partes produzidas no Brasil e exportadas para os EUA para montagem na Sirkorsky. Repito: Peças FABRICADAS NO BRASIL e não uma linha… Read more »
Rodrigo em 17 mar, 2010 às 12:59
16 * 3 = 48
Os outros dois vão para quem ?
/vc leu o texto??? 2 VIPs irão para o governo
Essa encomenda poderá ser ampliada ao mercado externo e pq não, mais unidades para as FFAA. Essa compra prevê a TT.
“16 aparelhos para cada força? só o EB deveria receber 50.”
Se o EB quiser pode ficar com todos, a FAB e a Marinha agradecem…
e os MI 35, vcs esqueceram deles ???
É tão ruim que está sendo empregado no afeganistão melhor que o Black Hawk!
grifo, Prefere o NH 90 e o seu piso que cede com muito peso ? Devido aos problemas apresentados no projeto do NH-90 ele ainda não foi utilizado no afeganistão … enquanto que o helicóptero que você critica já … Aliás, essa matéria passou batida aqui na trilogia… ou foi eu que não vi? “Há algum tempo, eu disse – aqui no site e em alguns fóruns – que achava estranho que os helicópteros NH90 ainda não haviam dado as caras no Afeganistão. Todos os demais helicópteros das gerações mais recentes já foram empregados por lá, exceto o NH90. Há… Read more »
Mas afinal, a Helibras tem quanto de capital nacional???
Acho que alguns são loucos querem comparar os Ec725 com os Black Hawk é piada é lógico que os BH são superiores.
Agora me responda quem pode ?
Pq a França está investindo nos NH90 e nõa nos EC725 ???
Eu mesmo respondo, pq são uma b… por isso empurraram essa bomba para o Brasil.
perdemos a oportunidade de ter um Heli totalmente voltado para as Forças, isso sim seria opo ideal, e o que não não falta é oferta para isso.
Abs.
Ei! e se…eu disse SE nós tivermos que engolir modelos como EC725 e Scorpène agora..para termos, aos poucos, condições de construirmos máquinas melhores e mais adequadas as nossas necessidades? valeria a pena? Será que apenas aceitaram o que nos foi empurrado, sem vantagem nenhuma?
Tudo é possível..mas certas coisas são inacreditáveis. Espero que daqui 20 anos tenha valido a pena.
A quantidade de Helicopteros até que é razoavel quando se trata do Brasil (uma única compra 50 unidades). E a possibilidade de monta-los aqui já é algo positivo, sem falar nos empregos gerados. Mas ainda sou a favor de que quem sabe um dia termos modelos de fabricação própria. de qualquer modo, ponto positivo!
deviamos produzir nosso proprio mi35…
mas ñ podemos . 🙁
Pode ser que isso aconteça no futuro. O presidente russo vem ao Brasil firmar uma aliança militar proposta em 2008, dizem que irá oferecer o PAK FA T-50.
Quanto aos helicópteros de transporte, acho que deveríamos ter comprado o Black Hawk ou MI-17 V5, esse ultimo que é 25% mais barato que o EC-725.
Qntos “Caracal” tem voando no Afeganistão??? e depois o novo modelo do BH já está lá e mandando mto bem!!!
E a possibilidade de monta-los aqui já é algo positivo, sem falar nos empregos gerados.
Montá-los aqui não agrega nada e não nos ensina nada a respeito de como fabricá-los.
A Helibrás existe há 30 anos e em nenhum momento fabricou um helo aqui, somente montou kits importados da França.
Mto diferente da Coreia do Sul, aonde foi desenvolvido um helo de acordo c/ as necessidades locais e não adaptado um modelo existente da linha de produtos Eurocopter.
Caro Cid Pacheco em 17 mar, 2010 às 14:24 ” Mas afinal, a Helibras tem quanto de capital nacional??? ” A heliobras passou a ter 70% de ações nas mãos dos franceses. ======================================== Mauricio R. em 17 mar, 2010 às 21:25 Parabens pela lucidez do comentário. O que acontece com a industria automobilistica a 70 anos não nos serve como lição. Somos incompetentes? ou não temos mercado? Onde esta a Gurgel. Me lembro que quando o Gurgel foi pedir dinheiro ao governo A Ford, A GM, A WW, A Fiat disseram ser injusto invertir dinheiro em um negocio de risco,… Read more »
Concordo que o NH-90 (a despeito de seus normais problemas de desenvolvimento) e o BH são superiores ao EC-725. Concordo que a Helibrás é uma Montabrás com controle nas mãos de um grupo estrangeiro. A questão é que a montagem aqui dos helicópteros cria massa crítica para preservar inúmeras empresas e empregos altamente especializados que atualmente dependem 100% da Embraer e sentiram muito o baque da crise. Com um projeto longo e sustenado, essas empresas podem deixar de ser satélites da Embraer e começar a ter luz própria. Se duvidam, leiam a entrevista sobre a joint-venture Akaer-Altran e a importância… Read more »
Algumas observações: “…a montagem aqui dos helicópteros cria massa crítica para preservar inúmeras empresas e empregos altamente especializados que atualmente dependem 100% da Embraer…” ->Montar kit não gera massa critica nenhum, pois não é fabricação, não envolve transformação de matéria prima e nem a aplicação de processos industriais, já está tdo pronto, é somente montar. ->De onde saiu que a base de fornecedores da Embraer, é a mesma que a da Helibrás??? ->Pois a Embraer realmente FABRICA os seus produtos, ao contrário da Helibrás, que somente MONTA um kit IMPORTADO da França. ->Então a Helibrás não tem uma base de… Read more »