Renacionalização da AMC pode favorecer Embraer
A presidente da Argentina Cristina Kirchner anunciou ontem a renacionalização da Área Material Córdoba (AMC), o que pode ser mais um passo na direção de uma possível aliança do governo argentino com a fábrica de aviões brasileira Embraer e outras empresas de aviação mundial. A AMC é um complexo para fabricação e manutenção de aviões, situada na capital da província de Córdoba (cerca de 800 quilômetros de Buenos Aires), que pertencia às Forças Armadas até 1995 quando foi privatizada e colocada sob concessão da americana Lockheed Martin.
A aproximação entre a AMC e a Embraer vem sendo discutida entre os governos brasileiro e argentino desde 2006. A ideia seria aproveitar as instalações da AMC para produção conjunta de equipamentos para aviação civil e militar, transformando a empresa em parceiro estratégico da Embraer. Um acordo entre as duas empresas, entretanto, depende da venda de novos aviões, o que também estaria em negociação.
Em meados de fevereiro, o vice-presidente da Embraer para América Latina, Luis Hamilton Lima, confirmou o interesse da empresa na aliança em uma entrevista para o jornal ” Clarín ” . Segundo ele, a Embraer vê uma possibilidade de vender aviões para a renovação da frota das companhias áreas de carreira Aerolíneas Argentinas e Austral, reestatizadas no fim do ano passado. ” Vemos um potencial imediato de substituição de aeronaves antigas 737-200, com mais de 30 anos, e também dos 737-500. Há um potencial de substituição que podemos satisfazer até outubro ” , afirmou. Hamilton Lima declarou ainda ao jornal que a fabricação de componentes na AMC seria um tipo de ” contrapartida ” (à venda de aviões) à qual ” estamos sempre abertos ” .
Em entrevista ao Valor em setembro, o secretário de Planejamento do Ministério da Defesa, Oscar Cuattromo, confirmou as negociações e disse que a intenção era que a AMC se transformasse em um ” fornecedor estratégico ” da Embraer, começando com a fabricação de peças simples e avançando para a produção conjunta de aeronaves no futuro.
Durante a solenidade realizada ontem na sede da AMC, em que anunciou o envio de um projeto de lei ao Congresso propondo a reestatização, a presidente Cristina Kirchner disse que a renacionalização da fábrica é parte de um projeto estratégico de recuperação da indústria nacional de aviação e fez uma referência indireta às negociações com a Embraer. Sem citar o nome da empresa brasileira, Cristina disse que procurará fazer com que ” aquelas empresas às quais compramos aviões até que tenhamos a capacidade de voltar a produzirmos um inteiramente nosso, também assumam o compromisso de construir parte dos equipamentos aqui ” .
A AMC está situada em uma área de 173 mil metros quadrados, agregada a um complexo pertencente à Força Aérea argentina composto de hospital, universidade, prédios administrativos e residências militares, no subúrbio de Córdoba. Ali a empresa mantém uma série de galpões e uma pista de pouso, no qual trabalham cerca de mil empregados. O complexo está preparado para reparo e manutenção dos modelos argentinos Pampa AT-63 e Pulquí I (uma aeronave militar de reação) e também o Mentor B45, da Beechcraft (para treinamento de pilotos); Púcara IA-58 (avião de ataque); Fightinghawk A4AR; Hércules C-130, Fokker F-28 e o brasileiro Tucano. No entanto, devido aos longos anos sem receber novos investimentos em atualização tecnológica, a AMC está sucateada e a idade média das máquinas e equipamentos chega a 45 a 50 anos.
NOTA DO BLOG: Atualmente a AMC é conhecida como LMAASA, uma concessão do governo argentino explorada pela Lockheed Martin.
FONTE: Valor Econômico
FOTO: lavoz.com.ar
Manutenção do Pulquí I!!!!???? isso ai num era um prototipo da decada de 50 feito pelo Kurt Tank????????
vi em uma reportagem que o Pampa AT-63 continuara a ser fabricado,não seria interessante a Embraer fabricalos para FAB? ,visto que os Xavante sera aposentado é até agora eu acho que não tem substituto.é apenas uma opinião ,e eu tambem não conheço as capacidades do pampa.
Abraços
Senhores
Se fosse o Pulquí II eu entenderia.
Mas venhamos aqui, isto está com cara de golpe.
At
Joaca
Prezado André,
Para mais detalhes sobre o AT-63 Pampa e sobre o seu futuro, há uma matéria específica do Blog a respeito e algumas citações em outras matérias, que podem ser acessadas digitando Pampa no campo busca, no alto da página, à direita.
Eu creio que é uma alternativa sim para a FAB, no caso de uma opção de baixo custo de aquisição que leve em conta cooperações com vizinhos etc. Mas há opções muito melhores (e mais caras, obviamente), depende do que a FAB deseja para o papel de Lift / treinador a reação.
E é claro, depende do futuro dessa aeronave, que é incerto ainda – mas que pode-se tornar mais viável conforme o que saia dessa renacionalização discutida na matéria. O Brasil poderia ajudar a salvar a aeronave, mas teria que valer a pena para a FAB.
“que pertencia às Forças Armadas até 1995 quando foi privatizada e colocada sob concessão da americana Lockheed Martin.”
“No entanto, devido aos longos anos sem receber novos investimentos em atualização tecnológica, a AMC está sucateada e a idade média das máquinas e equipamentos chega a 45 a 50 anos.”
E pelo visto a Lockheed Martin, nestes 14 anos em que esteve no comando, não fez porcaria nenhuma de investimento e atualizações. É a famosa e tão aclamada infalível “eficiência” da iniciativa privada!
Lembrando que “los hermanos” construiram um caça a jato, com turbina e tudo logo após a WARII, não sei se por inflência de algum ex-nazi – foram dois protótipos, e naquela época nós sómente tinhamos a Neiva criando o “Paulistinha”, vê-los agora dá dó, mas os caras tem competência, cultura e capacidade. Para sorte nossa, os políticos deles são piores q. os nossos e mais populistas, acho que com bons Merreco$ul’s investidos, podemos dar algo, mas evitar as maluquices tipo o projeto CBA-123 e os egocentrimos deles, seria preponderante. Na sede da Petrobrás tem um monte deles, que produzem bem,… Read more »
Pró-Memória
Como está acima mencionado Pulquí I (I.Ae. 27)- lider de desenvolvimento = Émile Dewoitine (francês), com início em 1946. Kurt Tank (alemão), foi o líder do Pulquí II(I.Ae. 33), com turbina Rolls inglesa, com vôo em 1950. Protótipos no Museu de Aeronautica de Morón.
errei por um I
não vou ganhar o premio de blogueiro do mes de novo…
outra coisa fiquei sem as respostas sobre os torpedos.
Nunão obrigado pela dica !!!!
A pelo amor de Deus, o governo argentino que promova seu produto!!!
Fazer negócios com esses “caras” não dá certo. Cai fora Brasil.
A Marinha do Brasil mandou as turbinas dos A4 para manutenção e tiveram que mandar para outra empresa para acabar o serviço, o CBA aviãozinho da década de 80 que ia ser o avião argentino/brasileiro virou sucata na Embraer (o prejuízo pelos custos do desenvolvimento também). Agora voltam a falar nisso? E ainda para promover um avião que é uma porcaria de cópia do Alpha Jet (ou outros mais “estranhos” ainda!)? PeloamordeDeus políticos do Brasil, vão fazer as politicagens e deixem a Embraer trabalhar em PAZ! Se é para colocar projetos antigos em produção, vamos colocar projetos nacionais! Como o… Read more »
Grande risco fazer acordos com a industria aeronáutica argentina, vide o enorme dreno de recursos da EMBRAER no projeto do CBA-123, belo e fracassado, por decisão do governo Sarney, e recentemente dos motores dos A-4 da MB.
Pessoal! Rolou uma história passada quando da privatização das refinarias bolivianas, que eram “Petrobras”, mas que na realidade foram fundos de Us$2 Bi, repassados pelo governo americano (Clinton,acho!)para o governo brasileiro (FHC, tb. acho!), através da Petrobrás, investir nos hermanos ao lado, e gerar renda evitando as plantações de coca. Nós não retalhamos e até condenamos a passividade do governo brasileiro, mas a GRANA não era nossa e o SAPO BARBUDO sabia, obvio. E ficamos pasmos com o passar a mão do SAPO na cabeça do COCALEIRO. Hoje o SAPO “deu uma resposta” quando da inauguração do novo receptor e… Read more »
Amigo Mauro
Seu raciocínio é interessante.
Mas terei que concordar com Tailhooker e Sérgio : tem certo tipo de negócio que não adianta insistir que não dá certo.
Para mim é assim com “los hermanos”.
Olha que eu trabalhei muitos anos “mesa do lado” com um.
Conheço profundamente seu modo de pensar
Está no inconsciente coletivo deles querer superar o Brasil.
São bons técnicos, mas maus gerentes e péssimos empresários.
Não sei porque tanta fixação do Governo com a Argentina.
Querem procurar mercado vão procurar onde tem grana, não ir atrás de gente mais quebrada que nós.
Fora de cogitação.
Parece que a Tina vai renacionalizar a AMC.
http://desarrolloydefensa.blogspot.com/2009/03/reestatizan-una-fabrica-de-aviones.html
[…] Leia mais sobre o possível acordo aqui. […]
Concordo plenamente com o Yuri Korolev.
Sds.
[…] a instalação de uma linha de fabricação de componentes aeronáuticos, aproveitando uma fábrica da Lockheed estatizada pelo governo argentino, acredita que a venda à Aerolíneas Argentinas é uma oportunidade de aproveitar o mercado do […]
[…] sonho de Cristina Kirchner – uma declarada admiradora dessa empresa brasileira – é conseguir que a Embraer participe da fábrica Área Material Córdoba (AMC), a antiga fábrica de aviões militares da Argentina, na província de Córdoba. A ambição […]
[…] ele, o acordo ajudará a ressuscitar a indústria aeronáutica nacional, que ficaria responsável pela manutenção das aeronaves da […]
Concordo plenamente com o Yuri Korolev.
Sds.
Manutenção do Pulquí I!!!!???? isso ai num era um prototipo da decada de 50 feito pelo Kurt Tank????????
vi em uma reportagem que o Pampa AT-63 continuara a ser fabricado,não seria interessante a Embraer fabricalos para FAB? ,visto que os Xavante sera aposentado é até agora eu acho que não tem substituto.é apenas uma opinião ,e eu tambem não conheço as capacidades do pampa.
Abraços
Senhores
Se fosse o Pulquí II eu entenderia.
Mas venhamos aqui, isto está com cara de golpe.
At
Joaca
Prezado André,
Para mais detalhes sobre o AT-63 Pampa e sobre o seu futuro, há uma matéria específica do Blog a respeito e algumas citações em outras matérias, que podem ser acessadas digitando Pampa no campo busca, no alto da página, à direita.
Eu creio que é uma alternativa sim para a FAB, no caso de uma opção de baixo custo de aquisição que leve em conta cooperações com vizinhos etc. Mas há opções muito melhores (e mais caras, obviamente), depende do que a FAB deseja para o papel de Lift / treinador a reação.
E é claro, depende do futuro dessa aeronave, que é incerto ainda – mas que pode-se tornar mais viável conforme o que saia dessa renacionalização discutida na matéria. O Brasil poderia ajudar a salvar a aeronave, mas teria que valer a pena para a FAB.
“que pertencia às Forças Armadas até 1995 quando foi privatizada e colocada sob concessão da americana Lockheed Martin.”
“No entanto, devido aos longos anos sem receber novos investimentos em atualização tecnológica, a AMC está sucateada e a idade média das máquinas e equipamentos chega a 45 a 50 anos.”
E pelo visto a Lockheed Martin, nestes 14 anos em que esteve no comando, não fez porcaria nenhuma de investimento e atualizações. É a famosa e tão aclamada infalível “eficiência” da iniciativa privada!
Lembrando que “los hermanos” construiram um caça a jato, com turbina e tudo logo após a WARII, não sei se por inflência de algum ex-nazi – foram dois protótipos, e naquela época nós sómente tinhamos a Neiva criando o “Paulistinha”, vê-los agora dá dó, mas os caras tem competência, cultura e capacidade. Para sorte nossa, os políticos deles são piores q. os nossos e mais populistas, acho que com bons Merreco$ul’s investidos, podemos dar algo, mas evitar as maluquices tipo o projeto CBA-123 e os egocentrimos deles, seria preponderante. Na sede da Petrobrás tem um monte deles, que produzem bem,… Read more »
Pró-Memória
Como está acima mencionado Pulquí I (I.Ae. 27)- lider de desenvolvimento = Émile Dewoitine (francês), com início em 1946. Kurt Tank (alemão), foi o líder do Pulquí II(I.Ae. 33), com turbina Rolls inglesa, com vôo em 1950. Protótipos no Museu de Aeronautica de Morón.
errei por um I
não vou ganhar o premio de blogueiro do mes de novo…
outra coisa fiquei sem as respostas sobre os torpedos.
Nunão obrigado pela dica !!!!
A pelo amor de Deus, o governo argentino que promova seu produto!!!
Fazer negócios com esses “caras” não dá certo. Cai fora Brasil.
A Marinha do Brasil mandou as turbinas dos A4 para manutenção e tiveram que mandar para outra empresa para acabar o serviço, o CBA aviãozinho da década de 80 que ia ser o avião argentino/brasileiro virou sucata na Embraer (o prejuízo pelos custos do desenvolvimento também). Agora voltam a falar nisso? E ainda para promover um avião que é uma porcaria de cópia do Alpha Jet (ou outros mais “estranhos” ainda!)? PeloamordeDeus políticos do Brasil, vão fazer as politicagens e deixem a Embraer trabalhar em PAZ! Se é para colocar projetos antigos em produção, vamos colocar projetos nacionais! Como o… Read more »
Grande risco fazer acordos com a industria aeronáutica argentina, vide o enorme dreno de recursos da EMBRAER no projeto do CBA-123, belo e fracassado, por decisão do governo Sarney, e recentemente dos motores dos A-4 da MB.
Pessoal! Rolou uma história passada quando da privatização das refinarias bolivianas, que eram “Petrobras”, mas que na realidade foram fundos de Us$2 Bi, repassados pelo governo americano (Clinton,acho!)para o governo brasileiro (FHC, tb. acho!), através da Petrobrás, investir nos hermanos ao lado, e gerar renda evitando as plantações de coca. Nós não retalhamos e até condenamos a passividade do governo brasileiro, mas a GRANA não era nossa e o SAPO BARBUDO sabia, obvio. E ficamos pasmos com o passar a mão do SAPO na cabeça do COCALEIRO. Hoje o SAPO “deu uma resposta” quando da inauguração do novo receptor e… Read more »
Amigo Mauro
Seu raciocínio é interessante.
Mas terei que concordar com Tailhooker e Sérgio : tem certo tipo de negócio que não adianta insistir que não dá certo.
Para mim é assim com “los hermanos”.
Olha que eu trabalhei muitos anos “mesa do lado” com um.
Conheço profundamente seu modo de pensar
Está no inconsciente coletivo deles querer superar o Brasil.
São bons técnicos, mas maus gerentes e péssimos empresários.
Não sei porque tanta fixação do Governo com a Argentina.
Querem procurar mercado vão procurar onde tem grana, não ir atrás de gente mais quebrada que nós.
Fora de cogitação.
Parece que a Tina vai renacionalizar a AMC.
http://desarrolloydefensa.blogspot.com/2009/03/reestatizan-una-fabrica-de-aviones.html
[…] Leia mais sobre o possível acordo aqui. […]
[…] a instalação de uma linha de fabricação de componentes aeronáuticos, aproveitando uma fábrica da Lockheed estatizada pelo governo argentino, acredita que a venda à Aerolíneas Argentinas é uma oportunidade de aproveitar o mercado do […]
[…] sonho de Cristina Kirchner – uma declarada admiradora dessa empresa brasileira – é conseguir que a Embraer participe da fábrica Área Material Córdoba (AMC), a antiga fábrica de aviões militares da Argentina, na província de Córdoba. A ambição […]
[…] ele, o acordo ajudará a ressuscitar a indústria aeronáutica nacional, que ficaria responsável pela manutenção das aeronaves da […]