Testes em voo confirmam o E190-E2 como o avião mais eficiente de corredor único
Dublin, Irlanda, 22 de janeiro de 2018 – O E190-E2, primeiro avião da nova geração da família de E-Jets, se aproxima da certificação e a Embraer anuncia alguns resultados finais dos testes em voo, confirmando que a aeronave é melhor do que a especificação original e ainda mais eficiente do que outras aeronaves de corredor único. Com relação ao consumo de combustível, o E190-E2 provou ser 1,3% melhor do que originalmente esperado, o que representa uma melhoria de 17,3% em relação ao E190 de geração atual e quase 10% melhor que seu concorrente direto.
Operando com o menor nível de ruído e emissões externas, o E190-E2 torna-se, assim, o avião mais ecológico do segmento.
Rodrigo Silva e Souza, Vice-Presidente de Marketing da Embraer Aviação Comercial, disse: “isso significa que, quando nosso primeiro operador, a Widerøe, operar o voo inaugural do E190-E2, no próximo dia 24 de abril, de Bergen para Tromsø, será o primeiro voo em serviço do jato narrowbody mais eficiente e ecológico do mundo. Esta é uma conquista imensa para a nossa equipe e significa valor adicional entregue aos nossos clientes.”
Os resultados dos testes em voo também confirmaram que o desempenho de decolagem do E190-E2 também é melhor que a especificação original. O alcance da aeronave a partir de aeroportos com altas temperaturas e grande altitudes (Hot and High, no termo em inglês), como Denver e Cidade do México, aumenta 600 milhas náuticas em comparação com aeronaves de geração atual. Já o alcance a partir de aeroportos com pistas curtas, como London City, na Inglaterra, também aumenta em mais de 1.000 milhas náuticas, permitindo que a aeronave alcance destinos como Moscou, na Rússia, e no norte da África sem paradas.
O E190-E2 também se torna a aeronave com os intervalos de manutenção mais longos no mercado de aviões de corredor único com 10 mil horas de voo para atividades básicas de manutenção sem limite de calendário para utilizações típicas de E-Jets. Isso significa 15 dias adicionais de utilização da aeronave em um período de dez anos em comparação com os E-Jets da geração atual.
Outro objetivo-chave do programa no qual o E190-E2 obteve melhores resultados do que as expectativas iniciais é o tempo de treinamento de transição dos pilotos. Os pilotos de E-Jets de geração atual precisarão de apenas 2,5 dias de treinamento e sem necessidade de simulador de voo completo para voar o E2. “Reduzir a carga de treinamento na transição para pilotos de E1 é outra grande redução tanto em tempo quanto em custos para nossos operadores. Isso, combinado com a maior eficiência de combustível da família E2 e a menor emissão de ruído, torna o E2 o avião mais econômico em seu segmento por qualquer medida”, explica Silva.
A Embraer é líder mundial na fabricação de jatos comerciais com até 150 assentos. A companhia conta com 100 clientes em todo o mundo operando os jatos das famílias ERJ e E-Jets. Apenas para o programa de E-Jets, a Embraer registrou mais de 1.800 pedidos firmes e 1.400 entregas, redefinindo o conceito tradicional de aeronaves regionais por meio da operação em uma vasta gama de aplicações de negócios.
Sobre a Embraer
Empresa global com sede no Brasil, a Embraer atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A empresa projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer suporte e serviços de pós-venda.
Desde que foi fundada, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.
A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
DIVULGAÇÃO: Embraer
Tapa de luva na Bombardier, é isso?
Cadê o Maurício R. pra chamar o avião de ” + um”?
Esse projeto é um dos interesses da Boeing.
Quando será que veremos o primeiro E-2 operando no Brasil ?. ..
Acho que Azul recebe o primeiro em 2019.
O E2 veio para reinar.
Rinaldo, eu concordo com vc, mas me intriga uma coisa. Como uma empresa como a Boeing que na teoria é superior em quase tudo se comparada a EMBRAER… Como uma empresa dessa não tem a mão, filling, expertise, para fazer aeronaves semelhantes ou melhor que os projetos E2?
Everton, a Boeing ficou numa posição confortável com o sucesso do 737 e percebeu tarde o valor da classe de aviões imediatamente abaixo.
A Boeing também deve temer a possibilidade da Embraer avançar para o seu nicho com um novo avião no futuro.
Compreendo Alexandre, então basicamente vamos concordar que a BOEING tem larga capacidade e potencial para criar um projeto concorrente ao E2 que ocasionalmente pode até ser melhor, mas isso irá custar um tempo e recurso indesejável, certo? Somados esse tempo e recurso, chegaram a conclusão que uma possível parceria/aquisição da EMBRAER sairia mais em conta?
Eu acho que a proposta ridícula da Boeing e para mantem a Embraer longe do seu segmento.ou compra predatória ,não acho que ela tenha interesse em desenvolver alguma aeronave ou projetos em conjuntos apenas pequenas parceria é de fornecimento de peças como já acontece. Ela ficou sim com medo da parceria da canadense com sua rival direta.E melhor a Embraer esperar a poeira baixar.
A dificuldade da Embraer, pensando no comércio com as grandes, não está no produto mas na alavancagem financeira e política.
A Embraer sempre foi conservadora nas promessas. Mas estas informações são interessantes por indicar ganhos significativos em muitos aspectos distintos (performance em decolagem, consumo, manutenção, treinamento ruido). De todos o maior ganho parece ser na decolagem. A combinação de um motor de ótima performance, aerodinâmica aperfeiçoada e fly by wire gerou um resultado superlativo. Estou começando a achar que há espaço para criar uma variante alongada do E195E2 com mais 2 fileiras de assento, concorrendo forte com o CS300.
Cadê o M. R. para reclamar que o E2 é um remendao, feito por uma empresa medíocre.
Nem uma empresa é tão grande que não possa quebrar,
A Embraer pode avançar em projetos maiores e se tornar uma competidora expressiva, então para eles Boeing é melhor comprar ante que isto aconteça.
Outros objetivos que não são transparente no momento podem também pesar nesta intenção da Boeing.
Mas uma coisa é certa projetos da Embraer seja qual for o projeto estão sempre surpreendendo positivamente
Sds
A Embraer se elogiando, daqui a pouco a Airbus se elogia também e diz que o C-Serie é melhor.
Elogio para ter valor tem que vir de terceiros e não do próprio elogiado.
acredito que possa existir alguns desafios para a EMBRAER desenvolver aeronaves maiores que o E195 E2 e o KC390, mas podem ser superadas, o problema é que a EMBRAER ainda é bem menos autossustentável que as outras duas gigantes, a EMBRAER ainda precisa importar grande parte da tecnologia usada nas suas aeronaves, fora a cartela de clientes, isso é bem mais complicado e politico, aqui no BR temos Companhias que dão prioridade a Boeing e e a Airbus para ja padronizar o conceito de manutenção, instrução, logistica,… que ja possui.
Na minha opinião de leigo, a Boeing não está interessada apenas na nova geração E2 ou nos engenheiros da Embraer, ela quer algo que é muito raro na indústria, principalmente na aeronáutica atualmente: a alma, a essência, o conjunto que a Embraer construiu. Digo isso não de forma prejorativa aos americanos, mas é que a Embraer hoje é a única empresa do ramo que consegue projetar aeronaves muito eficientes, c/ preço adequado, cumprindo prazos de desenvolvimento ( e no caso dos jatos comerciais, antecipando ), sem estourar orçamento ( já menores que os vistos na concorrência ), c/ grande capacidade… Read more »
Aproposito, acredito que não seja tão surpresa para a EMBRAER essa nova economia registrada. Faço Engenharia e tenho alguns amigos que estão no segmento aeroespacial. As equipes de projeção e desenvolvimento de um projeto, seja um carro, um navio, um teco teco, ou um apito, costumam rotular uma margem de folga para os números das especificações. Quando o bom projeto vai para prática costuma revelar os reais valores de desempenho.
Walfrido Strobel 24 de Janeiro de 2018 at 13:36
Não está se elogiando, está mostrando dados objetivos.
W Strobel,
Por uma questão de justiça você deve diferenciar este tipo de divulgação empresarial, com um esperado tom otimista, de uma mera propaganda.
Os valores divulgados refletem medições auditadas e valores atualizados nos manuais das aeronaves.
Mas esses números estão melhores do que os da C séries?
Pessoal, calma. Nós temos a mania de achar que já somos campeões, depois vem um 7X1 e a maior parte fica com a pergunta: mas não éramos os melhores do mundo? O E-195 E2 tem um alcance máximo de 2,880 nm, ao invés do anunciado previamente de 2,850, parabéns para a EMBRAER que conseguiu um excelente desempenho. Mas o CSeries tem um alcance maior (a), transportando mais passageiros (b) e ainda decola em uma distância menor (c). Portanto, os modelos da BOMBARDIER têm uma performance melhor onde interessa muito às companhias aéreas. Pra comparar, apesar dos dados do E-195 E2… Read more »
Perdão, mas para ficar mais claro, a decolagem com o peso máximo de decolagem (MTOW), como anunciado previamente pela EMBRAER é:
1.620 m para o E-190 E2 e 1.970 m para o E-195 E2.
1.219 m para o CS100 e 1.524 m para o CS300.
O interessante é que, no processo que a BOEING moveu contra os subsídios recebidos pela BOMBARDIER na venda para a DELTA, o número de 2.900 nm foi indicado para “dividir” o que seria jato regional dos modelos acima, portanto, é bom que o alcance máximo não tenha atingido aquele valor, pois o USITC não aplicará taxas extras para o modelo da EMBRAER.
Saiu uma matéria hoje na Aviation Week sobre o assunto.
http://aviationweek.com/commercial-aviation/bombardier-bid-derail-dispute-rests-e190-e2-question
“o E190-E2 provou ser 1,3% melhor do que originalmente esperado, o que representa uma melhoria de 17,3% em relação ao E190 de geração atual e quase 10% melhor que seu concorrente direto.”
Concorrente direto só pode ser a família CRJ.
O C-Series é projeto novo com os mesmos motores do E2. O E2 é um upgrade da primeira geração. Acho difícil que o 190-E2 tenha consumo 10% melhor que o CS100.
Marcov… Mas esses são apenas dois dados… E nem são os mais importantes para uma empresa aérea.
Portanto afirmar que o CSeries ė melhor baseado apenas em dois fatores de segunda ordem de importância… Não é algo significante, para não dizer incorreto.
Segundo li, o 195E2 é sim 10% mais econômico que o CS100. Não lembro agora em qual métrica, pois tem várias. Acho que é em custo por viagem (cost per trip).
Luiz Fernando 24 de Janeiro de 2018 at 16:22 Caro Luiz Fernando, alcance maior com um maior número de passageiros e utilizando menos pista não são apenas dois dados, significa que a aeronave tem um desempenho superior onde é necessário para as empresas aéreas. Para o passageiro, os dados acima com um maior conforto. É muito. Lembre-se que eu mencionei apenas dados de performance, pois ter o melhor produto não significa maiores vendas. Temos também o preço, a parte de assistência técnica, estoque de peças, capacidade de promoção. Nisto tudo a EMBRAER está melhor posicionada do que a BOMBARDIER. Eu… Read more »
Senhores,
Desculpem a pergunta muito primária, mas a importância da distância curta de decolagem é assim tão relevante? Isto propiciaria a operação em pistas menores, óbvio, mas quais seriam as outras vantagens?
Obrigado.
Acho difícil que consiga vender alguma unidade.
Repito… Alcance e pista são dados importantes, porém secundários na escolha de uma empresa aérea.
Os dados mais importantes são o custo de operação, custo de aquisição, condições de financiamento, custo por assento, custo por viagem, padronização de Frota, rede de assistência, histórico, e por aí vai.
São muitos dados para afirmar que uma aeronave é mais adequada para uma empresa aérea.
A pergunta que fica… Está diferença no alcance será significativa para as empresas aéreas… Resposta, para a grande maioria poderá não ser.
Luiz Fernando 24 de Janeiro de 2018 at 17:52 Eu não citei apenas o alcance, mas a performance como um todo. A resposta é, por tudo o que eu escrevi e você também, com outras palavras, ninguém sabe. Agora é pressão nas vendas: preço, promoção, relacionamento. Os clientes já fidelizados serão mais fáceis de ser mantidos, pelo conhecimento do produto, pelo ferramental, estoque e por uma vantagem que a EMBRAER está valorizando muito: o treinamento para o E2, para os pilotos que já possuem o E-Jet na licença, é de apenas dois dias e meio, ou seja, não é necessário… Read more »
Jornal do Comércio: acordo entre Embraer e Boeing avança.
Reuters: Embraer diz que não tem planos para desenvolver turbohélice.
Valor Econômico: disputa sobre tarifas entre Embraer e Bombardier saí na sexta.
Everton Mateus: – A Boeing tem muita tecnologia, mas não conseguiria gerar um concorrente no prazo e custo da Embraer. Além disso seria um desvio de recuros, já que os aviões maiores geram maiores taxas de retorno de investimento; MARCOV: – Você está comparando coisas distintas. Os dados de pouso/decolagem do CSeries refletem a realidade. Os da Embraer são as estimativas antigas e conservadoras. Em pouco tempo você verá resultados bem próximos que refletem também uma performance bem próxima (do LCY 2350 nm para o CS100 e 2200 nm para o E-190E2, estes valores atualizados). – O alcance de 2900… Read more »
Caerthal 24 de Janeiro de 2018 at 21:01
Caerthal,
Obrigado pela informação. Os dados são da própria EMBRAER, mas se forem melhorados é o que nós gostaríamos de saber.
É óbvio que a escolha da aeronave vai depender de sua utilização (se há necessidade deste alcance ou deste número de passageiros, por exemplo), mas o consumo específico é um fator importante, onde só tendo acesso aos manuais certificados, das quatro aeronaves, é que poderemos comparar.
Você trabalha na EMBRAER?
Não trabalho na Embraer nem detenho informação privilegiada.
Caerthal 24 de Janeiro de 2018 at 21:38
OK. Compreendo. Eu gostaria de saber os novos dados da EMBRAER, se forem alterados.
Caros colegas, o que está muito claro pra mim é que nossa EMBRAER é a melhor empresa aeroespacial do mundo!!!!! Isso eu tenho toda a certeza!!!! Digo isso pelos dados apresentados e pelas performances que seus jatos sempre apresentam. Os Engenheiros da EMBRAER conseguem projetar, desenvolver e fabricar aeronaves em menos tempo, com menor orçamento, sem materiais compostos e ainda assim as aeronaves conseguem desempenho melhor do que as do concorrente. Eles conseguem fazer mais com menos!!! Incrível isso!!! Temos que exaltar!!!!! Sem falar na visão de mercado que a empresa tem visto que já é conhecida por perceber nichos… Read more »
Mauro 24 de Janeiro de 2018 at 17:45
Acho difícil que consiga vender alguma unidade.
.
Que?!
Tudo é questão de estratégia, a Embraer se especializou no seu nicho e duvido muito que nos próximos anos queira entrar no segmento das 2 duas maiores. Turboélices também já informaram que por hora não vão se meter ali.
Realmente acredito que não deveriam se aliar (se vender) para a Boeing por medinho de uma grande entrar no seu nicho, acho que a Embraer tem boa capacidade de se defender.
Deve se difícil vender uma unidade mesmo…
Com 74 pedidos firmes + 97 opções, vender só uma unidade é práticamente impossível…
Obrigado, Caerthal.
EMBRAER está demostrando uma capacidade de conhecimento técnico e tecnológico e uma excelência aplicada que, talvez, nem mesmo nós reconhecemo,
a Boeing com serteza está. EMBRAER será no futuro dor de cabeça para as demais concorrentes. Essa é a verdade!!
A indústria possui alguns estágios de capacidade:
1) Montar aeronaves com peças encaminhadas por um fabricante;
2) Através de manuais ter capacidade de fabricar essas peças;
3) Projetar e construir aeronaves (caso da Embraer);
4) Desenvolver novas tecnologias (caso da Boeing).
E dentre os casos acima, seria possível ainda subdividir em especializações: aeronaves pequenas, aeronaves grandes, aeronaves militares de alto desempenho.
Meio furada esta classificação…. Não acha?
Eventuais tecnologias desenvolvidas pelas fabricantes americanas contam com grande apoio das pesquisas da NASA, DARPA e eventualmente outras agências.
Não!
MARCOV 24 de Janeiro de 2018 at 21:18
Isso não é supertrunfo.
Hélio 25 de Janeiro de 2018 at 23:40
Hélio, uma das análises que devem ser feitas é o consumo por assento milha. Não existe uma única análise, mas é um dado a ser comparado.
Mauro, 17:45h. Você sabe ler? Quanto à distância de decolagem, muito raramente a aeronave decolará no MTOW porque, nesse caso, estará full combustível. O que só ocorre para vôos muito longos (no caso do E190/195, vôos acima de 03:00h). Na Azul, só decolamos full (por vezes, nem sempre é necessário) nas etapas VCP/MAO e vice versa, ou CNF/EZE. E nesse vôo para Ezeiza, temos o problema do vento de proa e dos alternados, que, apesar de próximos (POA, MVD e PDS) sofrem com meteorologia não muito favorável, principalmente os alternados uruguaios. Pra decolar do SDU (qualquer avião ), com 1321… Read more »