Su-35S sobre a Síria

Su-35S sobre a Síria

Caça russo Su-35 perseguiu avião F-22 americano: Ministério da Defesa russo critica a Força Aérea dos EUA por causar dificuldades na Síria

Um interceptor russo foi acionado para impedir que um caça norte-americano desgarrado interferisse ativamente em uma operação antiterrorista, disse o Ministério da Defesa russo. Também acusou os EUA de provocar encontros próximos com os jatos russos na Síria.

Um caça F-22 dos EUA estava impedindo dois aviões de ataque russos Su-25 de atacar uma base do Estado Islâmico (IS, antigo ISIS) ao oeste do Eufrates em 23 de novembro, de acordo com o ministério. O porta-voz do ministério, o major-geral Igor Konashenkov, descreveu o episódio como mais um exemplo de tentativas de aeronaves americanas para evitar que as forças russas realizem ataques contra o Estado islâmico.

O F-22 lançou chamarizes (flares) e usou freio aerodinâmico ​​enquanto manobrava constantemente [perto dos jatos de ataque russos], imitando um combate aéreo”, disse Konashenkov. Ele acrescentou que o jato F-22 dos EUA deixou de fazer suas manobras perigosas somente depois que um avião de combate russo Su-35S se juntou aos dois aviões de ataque.

O major geral continuou a dizer que “a maioria dos encontros próximos entre jatos russos e americanos na área ao redor do rio Eufrates tem sido associada às tentativas de aeronaves norte-americanas de entrar no caminho [dos aviões de guerra russos] contra os terroristas do Estado islâmico”. Ele também disse que os oficiais militares dos EUA não forneceram nenhuma explicação para o incidente de 23 de novembro, bem como outros encontros similares.

A declaração veio como uma resposta às afirmações do Pentágono sobre “um aumento no comportamento inseguro” por aviões de guerra russos. “Vimos de seis a oito incidentes diariamente no final de novembro, onde aeronaves russas cruzaram o nosso espaço aéreo no lado leste do rio Eufrates”, disse o tenente coronel Damien Pickart, porta-voz do Comando Central da Força Aérea dos Estados Unidos à CNN no início deste sábado.

Konashenkov disse que qualquer afirmação feita pelos oficiais militares dos EUA quanto ao fato de que “qualquer parte do espaço aéreo na Síria pertence aos EUA” é “intrigante”. Konashenkov também disse que “a Síria é um estado soberano e membro da ONU e isso significa que lá … não pode ser o espaço aéreo dos EUA “por conta própria”. Ao contrário da Força Aérea Russa, a coalizão liderada pelos EUA opera na Síria sem qualquer base legal”, acrescentou.

Pickart também disse que a maior preocupação dos EUA “é que possamos derrubar as aeronaves russas porque suas ações são vistas como uma ameaça para nossas forças aéreas ou terrestres”. Anteriormente, ele também disse ao New York Times que se tornou “cada vez mais difícil para os nossos pilotos [dos EUA] discernir se os pilotos russos estão deliberadamente testando ou encorajando-nos a reagir, ou se estes são apenas erros honestos”.

F-22 Raptor

O New York Times também listou vários casos do que os EUA descrevem como “comportamento inseguro” pelas aeronaves russas, citando os dados fornecidos pela base aérea dos EUA no Catar. Os EUA acusaram os pilotos russos de “atravessar o espaço aéreo a leste do Eufrates” e voarem “perigosamente próximos” às “forças aliadas”, acrescentando que tais ações poderiam ser interpretadas como “ameaçadoras” e os pilotos dos EUA estavam “em seu direito” para disparar em “autodefesa”.

Konashenkov disse em resposta que a Força Aérea americana deveria se concentrar em destruir o Estado islâmico no Iraque do que provocar encontros aproximados entre os EUA e os jatos russos.

Pickart disse à CNN que os militares dos EUA regularmente conversam com as seus homólogos russos “nas chamadas diárias de conflito”. No entanto, os militares russos repetidamente apontam que os EUA estão relutantes em compartilhar seus planos para operações de aeronaves de combate e atuam secretamente na Síria

Os EUA e os militares russos trocaram insultos em vários incidentes envolvendo os aviões de guerra dos dois países no céu sírio. Washington acusou os aviões russos de não ligarem o transponder para que possa ser identificados pelos controladores de voo, enquanto Moscou repetidamente disse que os militares dos EUA apenas “ocasionalmente” indicam o período de tempo e uma área aproximada de suas operações aéreas, sem sequer dar os tipos de aeronaves e sua afiliação.

Em 2015, os EUA e a Rússia concordaram com o memorando de segurança de voo mútuo que regula as rotas de voo e os contatos das Forças Aéreas dos países na Síria durante uma situação de emergência. Os dois países também criaram uma linha direta para seus militares discutirem os locais aproximados e as missões dos aviões na tentativa de evitar operar no mesmo espaço aéreo simultâneamente.

No entanto, ambos os lados se acusaram repetidamente de serem relutantes em usar os instrumentos à disposição para conciliar as questões relacionadas às suas ações na Síria. Mais recentemente, o coronel Jeff Hogan, vice-comandante do centro de operações aéreas da base do Qatar, denominou as chamadas telefônicas diárias entre os EUA e as forças armadas russas de “contenciosas”. Os EUA também disseram que o diálogo nem sempre reflete o que acontece nos céus sobre a Síria.

Em janeiro, Konashenkov queixou-se de que os oficiais dos EUA geralmente “não podem ser encontrados do outro lado da linha direta no Catar, projetada para discutir e resolver questões contenciosas” e exortou-os a “usar esta linha direta com mais freqüência e para propósitos claros”.

FONTE: rt.com

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