Voa o primeiro Airbus C295W da FAB
A Airbus completou o primeiro voo do primeiro avião C295W de busca e salvamento (SAR) para o Brasil, abrindo o caminho para entrega no primeiro trimestre de 2017. O Brasil encomendou 3 aviões C295W especialmente configurados para SAR em junho de 2014, e já opera uma frota de 12 aviões de transporte C295.
O C295W é equipado com um sistema tático integrado (FITS) de terceira geração, uma torreta L-3 Communications Wescam MX-15 com sensores eletroópticos/infravermelho, e um radar de cobertura 360°.
E a FAB desprestigiando a Embraer. O KC390 pode cumprir perfeitamente esse tipo de missão.
Comprando aviões da Espanha e a Embraer dando férias coletivas.
O governo joga contra a industria nacional.
O processo de aquisição dessas aeronaves ocorreu em 2009, na COPAC, atendendo às necessidades do COMGAR. Trabalhei nesse processo. A idéia inicial era a instalação de um radar de abertura sintética na banda P, fabricado pela Orbistat (atual BRADAR, adquirida pela EMBRAER). Inicialmente, a AIRBUS não aceitou assumir os riscos, porém, depois de negociações aceitaram instalar o equipamento. Posteriormente, não sei exatamente quando, voltou-se à idéia original do radar marítimo ELTA, com reduzida capacidade INSAR. Não sei as razões. É uma pena, pois 70% das buscas realizadas pelo 2°/10° GAV são realizadas sobre o continente. Buscas sobre o mar podem… Read more »
Marcos, em 2009 o KC-390 estava no esboço. Nem na prancheta estava. O Projeto havia sido recém criado na COPAC. A intenção era assinar o contrato em 2010 e receber os SC-105 em 2012. Não ocorreu pela crônica falta de recursos para as FFAA. Novela velha, conhecida e mais que debatida.
marcus 16 de setembro de 2016 at 18:32 O KC-390 ainda não está homologado, tenho a impressão que manter um C-295 seja mais barato que manter um KC-390, apenas especulo. Esse aparato deve custar uns 30 milhões de dólares, é o que consta na Wiki, ou seja, três deles é praticamente o preço de um KC-390, neste caso é a melhor opção, nada que impeça a FAB mais na frente, de pedir o KC-390 na versão SAR também. Outra coisa, não tenho certeza, mas estes aviões SAR são necessários por conta de acordos internacionais de que o Brasil é signatário… Read more »
Maria, acertou o preço. Aliás, uma das coisas mais difíceis num processo de aquisição de aeronaves é a definição de preços. As fabricantes (nenhuma delas) abre sua planilha de custos. E você tem que reunir todas as informações disponíveis. Fomos até atrás da inflação acumulada na Espanha. Tivemos um apoio inestimável do GAC-EMBRAER, que possui bastante experiência no assunto.
Sim, o Brasil, como signatário da ICAO, tem obrigações de busca até o meridiano 10° ( um dos motivos da aquisição do P-3AM). E, também, o SC-95 não atende mais.
HUm..mas se nao oferecem uma definição dos preços, coronel, como ficam as negociações para compra?
Na minha opinião, melhor ter uma ferrari KC-390 do que um fusquinha C-295, não acho que os preços sejam tão alusivos assim do KC comparado ao C-295 para esta missão.
Matheus, estamos falando de três vezes mais. Fora o custo da hora de vôo.
Luciano, o fabricante responde o RFP (Request for Proposal) da FAB com sua tabela de preços. A FAB concorda ou não. Nas reuniões face to face a proposta comercial é discutida. O fabricante justifica o preço. Cwgaso a FAB ache o preço elevado vai apresentar as suas razões e uma contraproposta.
Pra mim não ficou muito claro. Qual o radar que vem no C-295?
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Ps: Achava que vinha sem…
Ok, deve ser este:
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http://www.iai.co.il/Sip_Storage//FILES/2/39092.pdf
ELTA. Esqueci o modelo. Acho que o mesmo do P-3AM.
Juarez deve estar feliz (rs)
Olá a todos. Não sei se isso seria uma economia tola, mas a padronização dos P3M e SC105 não teria sido uma boa ideia?
O 99 não cumpriria essa missão ?
http://www.aereo.jor.br/2009/06/06/r-99-segue-ditando-o-caminho-das-buscas/
Me refiro ao comentário do Cel R. Nery:
“É uma pena, pois 70% das buscas realizadas pelo 2°/10° GAV são realizadas sobre o continente. Buscas sobre o mar podem ser realizadas (como o são) pelos P-3AM e pelos P-95M. O radar de abertura sintética na banda P permitiria realizar buscas em áreas com cobertura vegetal densa, como na Amazônia. Voltamos (aliás, não saímos! ) ao tempo da busca visual com binóculos. Poderíamos ter caminhado para a vanguarda em aeronaves de Busca e Resgate.”
Não. O radar de abertura sintética do R-99 é banda L. E é uma aeronave de Reconhecimento. Busca é missão secundária. E as tripulações não são treinadas pra isso. É quebra galho.
“Publicado em 02/06/2009 às 19:36 A Point.fr DISPARITION AF 447 O R-99, um avião radar projetados para a Amazônia brasileira AFP O R-99, localizado na qual névoas de detritos que poderiam ser as do Airbus, Air France, é uma versão brasileira do American aviões AWACS radar concebidas para a vigilância da Amazônia. A Força Aérea Brasileira anunciou que ter. localizado na véspera de detritos que poderiam ser as do Airbus A330 desaparecido com 228 pessoas a bordo da rota Paris-Rio. O original R-99 foi concebido para monitorar a Amazônia com sua enorme cobertura vegetal das nuvens e das suas fronteiras… Read more »
camargoer” 16 de setembro de 2016 at 20:31
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Mas o C-295 padroniza com o que já se tem. E é uma aeronave nova…
Esse será o padrão de pintura ? Gostei …. e bela foto !
Camargoer, não entendi muito bem qual padronização. Do radar? Da aeronave?
A aeronave de Busca e Resgate deve ter a capacidade de lançamento e paraquedistas (PARASAR) e de itens de sobrevivência. Além de outras capacidades.
Carlos, por isso a instalação desse radar ELTA na aeronave foi um erro.
“Por isso” = pelo descrito na matéria da imprensa francesa.
Rinaldo Nery,
Ok e obrigado.
Não parece ter muita diferença da versão Chilena… Tirando a parafernália ASW deles, claro.
https://www.youtube.com/watch?v=l0smqcYsLjQ
Uma pena não terem dado continuado com a opção de radar pela Bradar, conforme escrito pelo Cel. Nery. Aliás, sou da opinião que em muitas outras aeronaves da FAB os radares de navegação mais simples já deveriam ter sido encomendos, seja pela Bradar, seja pela Mectron (que poderia ter desenvolvido um radar mais simples e moderno baseado no Scipio). Para exportação, para ajudar alavancar a escala produtiva, deveríamos vender aeronaves vendidas no mesmo padrão das produzidas à FAB, mais ou menos como fazem outros países (EUA, França, Rússia, China, etc…) para baratear os custos e ganhar escala de produção, além… Read more »
Olá Col.Nery, realmente meu comentário saiu truncado.. desculpe pelo erro. Minha questão seria sobre a padronização do radar, se empregando o mesmo equipamento do P3M nos SC195 haveria algum tipo de padronização de protocolos e algum tipo de ganho no processamento das informações. Não imagino que existiria grandes vantagens na padronização do hardware, mas já vi muitas situações onde o software foi definitivo para escolher um ou outro equipamento. Por outro lado, também já equipamentos excelentes que não havia como integrar., tínhamos que fazer tudo na mão… aliás, já vi um fornecedor vender um equipamento mais caro simplesmente porque tinham… Read more »
Interessante este vídeo postado pelo comentarista Bardini.
Fico imaginando como seria uma versão SAR do KC-390, avião muito maior, com mais espaço interno para equipamentos e de autonomia consideravelmente maior também que o C-295, além claro de ser mais rápido e dispor de sonda REVO, bem mais vantajoso para estas missões.
Não tem comparação.
Camargoer, as aeronaves tem finalidades distintas. Se a padronização do radar foi a motivação, na minha humilde opinião, foi um erro.
Exato como comentei, seria uma economia tola, mas pergunto se outras questões relacionadas ao software e ao protocolos relacionados ao processamento e padronização de informaçoes não foram decisivas. Será que o equipamento nacional poderia ser integrado em um sistema de datalink ou coisa assim. Sei que nunca saberemos, mas as vezes esse negócio de software é uma bomba para colocar equipamentos distintos a trabalhar integrados. Estou com problema engraçado porque algumas combinações de letras no nome de arquivos simples geram conflitos com o software principal.. agora é engraçado, mas foi um especialista alemão que dominava o software que sacou os… Read more »
as vezes é melhor reduzir no acessório para ganhar no principal
Foi um dos óbices que os espanhóis colocaram. Mas fui com eles à sede da Orbisat, em Campinas, e todas as questões foram levantadas e as soluções foram encontradas. Os espanhóis não queriam abrir o software do FITS, mas depois cederam. O pai do radar, Eng. Dr. João Moreira Neto, é a maior autoridade em radar de abertura sintética no Brasil. Deu uma aula aos espanhóis.
Realmente uma pena que não foi possível integrar os radares nacionais.. eram poucas plataformas, mas já seria alguma coisa
Afinal, os espanhois abriram o código fonte para a FAB?
Na verdade é difícil montar um preço final de aeronave militar: preço básico + acessórios + integração de algum sistema + suporte logístico + condições de pagamento + financiamento + contra partidas + treinamento e outras varáveis como: quantidade, confiabilidade de quem compra, aperto financeiro de quem vende, câmbio e, evidente, pode sempre aparecer alguém pedindo alguma coisa.
O preço pago pelo Brasil pelas três aeronaves foi de 186,7 milhões de euros, cerca de 225 milhões de dólares, ou 75 milhões de dólares a unidade. Isso porque a FAB já opera 12 C-295, o que elimina custos de “introdução do modelo”.
Se fosse possível explicar essa questão dos preços.
Gostei das informações de Neri e de Marcos.
Mas é comum nossas dúvidas sobre preços. Tipo quando se tenta descobrir o orecydd um caça.
País A comora 50 caçss por preço x.
País B compra 200 caças por preço 2x…
Nonato, não existe regra. Entra no pacote até o tipo de relação que ambos países cultivam, o tempo dessa relação, afinidade de interesses etc. Exemplo: o preço do F-35 para Israel não será o mesmo para a Itália.
Camargoer, o código fonte do C295 não tem nada demais. Foi aberto, sim.
Ainda no tema preço, Justin Case tem mais experiência no assunto e daria, certamente, uma explicação bem mais técnica e embasada.
A título de comparação, os 12 C-295 foram comprados em 2005 por 308 milhões de dólares, oucerca de 25 milhões de dólares a unidade.
Só para conhecimento, o 2/10 gav possui uma equipe de resgate composta hoje por 16 militares “operacionais”. São eles, também, habilitados a realizar a busca visual. Se necessário for, saltar e realizar o “atendimento pré-hospitalar”, se no acidente houver vítimas ainda vivas.
O Para-sar, “não realiza missões” com 2/10 gav.
Na realidade não foi isso. Entrou nesse pacote um Full Flight Simulator, treinamento, suporte logístico, offset etc. Fui fiscal desse contrato.
Amigos,
Sobre a definição do preço, este tem sempre relação com o custo.
Basicamente, custo mais margem de lucro é igual a preço.
O grande problema é a identificação do risco.
Risco técnico e atrasos sempre causam aumento no custo dos projetos e postergam o retorno dos investimentos. Isso é que faz grande diferença entre os preços que diferentes clientes pagam pelo mesmo produto.
Quando uma empresa avalia esse custo adicional, inevitavelmente incrementa o preço ofertado. Para nós, é o preço do “risco Brasil”.
Abraços,
Justin
Esse da foto é o da FAB?
Os C-295W da FAB não terão Winglets?
Eu não consigo compreender porque a FAB e outras forças de segurança não investem em anfíbios como o japonês ShinMaywa US-2, o canadense Bombardier 415 ou até mesmo o russo Beriev Be-200.
O Bombardier 415 seria por sinal de enorme ajuda no norte e centro oeste contra os incêndios que ocorrem nesse período. A FAB comprou dois equipamentos de combate a incêndios para os C-130 mas nunca os vi sendo usados de forma adequada.
Olá Col,Nery, Realmente, imagino que um EJET da Embraer possua um código fonte muito mais sofisticado que o C104, mas mInha pergunta era sobre o código fonte do radar… esse me parece bem mais sofisticado e conhece-lo daria á FAB a capacidade de integra-lo a outros dispositivos.
Cel Nery, valeu pela experiências passadas!!!
Preço é sempre complicado. Os Phenom que a FAB comprou para o GEIV custaram cerca de 50 milhões de dólares a unidade. Um avião “civil”, sem os equipamento de inspeção de vôo custa metade disso.
E equipamentos eletrônicos são caros. Um HUD oferecido como opcional nos Legacy custa, segundo a Flight International, meio milhão de dólares!!
Estão fazendo confusão entre o que é “código-fonte” da solução de C2 (FITS) e o que é “código-fonte” do radar ELTA. O radar é integrado mecânica e eletricamente a aeronave (plataforma), mas funcionalmente á solução de C2, que é quem gerencia a “payload”. No mais poderia até dizer que perdemos duas boas oportunidades de pregarmos o pnb na Airbus, mas sem uma solução nacional de C2 (SICONTA), desenvolvida e homologada, correríamos o risco de ficarmos reféns da Thales, por exemplo. Assim fica a dica para quando a FAB preparar a substituição dos P-95 e depois dos P-3: . Persigam uma… Read more »
Pra quem não sabe a FAB está correndo de avião anfíbio.
Atenção administradores deste blog, comentário retido. Persiste o defeito.