Força Aérea Libanesa compra o Embraer A-29 Super Tucano
Dubai, 9 de novembro de 2015 – A República do Líbano confirmou hoje a aquisição de seis aeronaves turboélice A-29 Super Tucano da Embraer Defesa & Segurança e da Sierra Nevada Corporation (SNC). O contrato inclui suporte logístico para a operação das aeronaves, bem como um sistema de treinamento completo para pilotos e mecânicos da Força Aérea Libanesa. A venda foi aprovada em junho pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.
A venda dessas aeronaves é parte de um pacote maior e mais abrangente, incluindo melhorias de infraestrutura que serão cumpridas por outras partes não envolvidas na parceria Embraer/SNC. Os aviões, que estão atualmente em operação em 10 forças aéreas de todo o mundo, serão construídos em Jacksonville, Flórida.
“A escolha do A-29 pela Força Aérea Libanesa comprova a superioridade do Super Tucano e sua capacidade de enfrentar os desafios do teatro de operações no Oriente Médio”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “O Super Tucano é a melhor e mais eficaz aeronave do mercado com um histórico comprovado de sucesso com forças aéreas ao redor do mundo”.
O A-29 Super Tucano é uma aeronave turboélice durável, versátil e potente capaz de executar uma ampla gama de missões de apoio aéreo tático, mesmo operando em pistas não-preparadas. Devido ao seu projeto original, alta velocidade e grande capacidade de manobra, o Super Tucano é o único avião em sua classe cujo cockpit apresenta excelente visibilidade, sendo extremamente eficiente e pouco vulnerável em missões de apoio aéreo tático. O conjunto de sistemas avançados, robustos e redundantes do A-29 Super Tucano permitem à aeronave superar qualquer outro concorrente da sua classe.
“Estamos entusiasmados com a oportunidade de fornecer ao Líbano esta aeronave, que tem se provado uma solução inovadora e eficaz em termos de custos para as mais exigentes organizações militares ao redor do mundo. Ela é ideal para as missões e para o ambiente operacional enfrentados pelo Líbano e uma série de outras nações. Estamos prontos para auxiliar os libaneses a estruturar uma força aérea moderna por meio da utilização do A-29 Super Tucano”, disse Taco Gilbert, Vice-Presidente de Desenvolvimento de Negócios para a Área de Negócios de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR) da SNC.
Em mais de dez anos de operação, o Super Tucano já alcançou um excelente histórico de desempenho e mais de 230 pedidos firmes. Com mais de 140 configurações de armamentos certificadas, o avião está equipado com tecnologias avançadas em sistemas eletrônicos, eletro-ópticos, infravermelho e laser, assim como sistemas de rádios seguros com enlace de dados e uma inigualável capacidade de armamentos.
DIVULGAÇÃO: Embraer
É uma excelente notícia, parabéns aos envolvidos na negociação.
Só tenho algumas duvudas, por que produzir nos EUA? Será para tornar ainda mais evidente para eles que devam escolher o A29 como plataforma para suas proprias forças?
Não é demérito para o Brasil e Embraer produzir lá, acredito que estão usando como vitrine, tendo alcançar novos mercados com o carimbo “Mande in USA”.
Opz, tendo = tentando.
Joner, pelo jeito foi financiado via FMS, então tem de ser produzido nos Estados Unidos…
Joner, como o mário disse, deve ter FMS no meio… … e como o prórprio texto informa: “A venda dessas aeronaves é parte de um pacote maior e mais abrangente, incluindo melhorias de infraestrutura que serão cumpridas por outras partes não envolvidas na parceria Embraer/SNC.” Ou seja, o pacote de “ajuda” ao Líbano é mais abrangente e o ST é apenas um ítem dessa lista. Na primeira matéria da lista “Relacionados”, diz que uma das fontes do dinheiro poderia ser/sair do Programa LAS, e isso “legaliza” o financiamento por FMS, onde ítem é comprado pelas FFAA americanas e repassadas ao… Read more »
Boa Tarde
Realmente é uma ótima notícia, só que para os USA, visto que o “Super” será totalmente construído por lá!!!
Infelizmente, uma das únicas “joias da coroa”, foi repassada de mão beijada para os yanks!!
meus pêsames.
Se não me engano o Super Tucano é montado nos EUA e as partes feitas aqui.
Confere?
A fuselagem é fabricada no Brasil, pela Embraer. Ela envia a fuselagem e algumas outras peças para a SNC, na Flórida, que monta o avião, com outras peças, em especial o motor americano, nos EUA. Falar que ele foi dado de mão beijada aos EUA, ou que essa venda não traz benefícios à Embraer e ao Brasil é bobagem. A Embraer apenas deixa de montá-lo aqui. Isso só é um “prejuízo” se ela fosse vender o avião sem a intermediação e financiamento dos EUA. Agora ela poderia acabar não vendendo aeronave alguma para o Líbano, e daí ela não lucraria… Read more »
Na boa, com o “Made in USA” estanpado na fuselagem talvez venda mais do que vendeu até agora.
Sempre fui a favor de parcerias com os americanos, até por que do contrário só temos a perder, haja vista que não temos como competir com eles na maioria dos casos.
Tomara que o KC 390 reda uma perceria dessas . 🙂
Joner, imagino como deve ser o peso de ter a Boeing em uma parceria com a EMB para vender o KC-390 aos EUA. SIm, há o C-130J mas a Boeing deve ser “capaz de tudo” para tirar negócios e poder da Lockheed.
Nos negócios, nada como um bom “pacto com o Diabo”. A EMBRAER possui know how no assunto.
Sem falar que esses ST (se forem na configuração LAS) são best of the best em se falando de ST. A configuração LAS é acima da configuração Equatoriana que já era bem mais capaz que a da FAB. E por falar na Configuração da FAB, já não deveriamos estar fazendo um MLU em nossos STs? Acho que está na geladeira, ou melhor, no Grande Freezer das Verbas. =/ Ps.: Tudo da EMB é fabricado fora do Brasil. Ela só faz de fato as fuzelagens (com alumínio importado) e claro, é dona do projeto… se perigar nem as luzes de navegação… Read more »
Pensei que o aço fosse da Usiminas.
Oganza, isto aí, infelizmente nós vamos ver os ST da FAB nscerem, voarem e ser dado baixa no inventário sem nenhum MLU, padrão no de incompetência total e falta de priorizar as coisas.
G abraço
Falta de recursos não é incompetência. Como exemplo, o dinheiro que a DIRMAB recebeu não permite manter toda a frota. Alguém vai ficar no chão.
Rinaldo Nery at 17:20
Rsrsrs bem lembrado Cel Nery…
Fazer pacto com Demônios é especialidade da Embraer…
Nos últimos tempos, ela tem se saído muito bem em negociar com o Cramunhão de nove dedos, e com a Bruxa do Planalto… De pacto com o Diabo ela deve entender muito bem…. Rsrsrsrs
Saudações…
P.s. Gostei do novo layout do P.A. , mais limpo e organizado.
Parabéns a todos.
Este avião realmente parece muito bom para os fins a que ele se destina. Ataque a insurgentes especialmente, como acontece muito naquela região. Parabéns pela venda.
A Sierra Nevada não é uma joint-venture entre Embraer e empresa americana? Se é, logo, a Embraer estará lucrando com essa venda, e que venham mais delas, o Brasil ganha por consequência. Se o plano é de ajuda ao Líbano, então os EUA estão iniciando uma campanha de segurança não apenas neste país, mas em outros daquela região por algumas razões: a) proteger Israel; b) impedir o avanço do ISIS ou de coisas parecidas; c) impedir o crescimento da influência russa na região. O ST parece ser interessante: em teoria não é uma aeronave americana, é barato e adequado à… Read more »
Nessas vendas de ST para os gringos a FAB recebe algum tipo de royaltie?
Tenho pouco conhecimento na área, mas algo me chamou a atenção:
“A venda foi aprovada em junho pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.”
O Governo Americano quem aprova? Adoro esse site! Continuem!
Baesystems, Heckler & Koch, Fabrique Nationale de Herstal e outros grandes jogadores internacionais quando fazem negócio com o Tio San, constroem fábricas ou unidades para montar e comercializar seus produtos em solo americano? Não é assim?
Fazem isso até para conseguir contratos com as forças americanas ou para países aliados.
Agora vocês entendem porque a Beechcraft queria tanto este contrato? Não se limitava aos aviões para o Afeganistão.
O maior parceiro da Embraer/Super Tucano chama-se US DoD. Não dá para competir com as garantias e com as condições contratuais de um acordo tipo FMS (Foreign Military Sales). Claro, desde que propinas não estejam envolvidas na negociação.
Digo mais Poggio o próprio representante da textron agora dona da beechcraft disse em uma entrevista no Dubai air show que o AT-6 wolverine nasceu TARDE d+, ou seja, a Embraer tinha o produto certo, na hora certa para ganhar o LAS. No fundo ele sabe que o LAS era a única chance de viabilizar o AT-6 frente ao super tucano no cenário internacional. Não a toa que o AT-6 esta tá tendo que suar um bocado para conseguir o seu primeiro cliente tendo em vista que a venda para o Iraque ainda não foi totalmente aprovada pelo o governo… Read more »
Rinaldo Nery: “Falta de recursos não é incompetência”. Concordo, mas má gestão é. Se a FAB respeitasse um pouco mais o dinheiro do contribuinte teríamos dinheiro para muita coisa. Veja a base aérea de Florianópolis, por exemplo. Quanto dinheiro é dispersado naquele aeroclube de fim de semana?
O dia em que passarem um pente fino nos contratos da FAB vai ter muito idoso de botão dourado em apuros.
Amigos, duas curiosidades:
Em questão de avionica e contramedidas, como o A-29 se defenderia de manpads?
Já existem táticas de emprego da aeronave para um cenário como esse (me refiro a presença possível desse tipo de ameaça) ou seriam desenvolvidas a partir da experiência em combate?
Fred,
A melhor maneira é voando alto e usando armas guiadas e sensores de longo alcance, se tive-los integrados.
E é provável que há disponível sistemas defensivos como o MAWS (alerta de mísseis) e lançadores de chaffs e flares.
Rinaldo Nery 9 de novembro de 2015 at 19:51 Falta de recursos não é incompetência. Como exemplo, o dinheiro que a DIRMAB recebeu não permite manter toda a frota. Alguém vai ficar no chão. Cel, é sim problema de elencar prioridades. O T 25 é outro exemplo de descaso, e só para elucidar, quando se trata da “queridinha do desgoverno PT” aí aparece o din din na DIRMB, pois com 20% do contrato daquelas merd….as dos 295 SAR dava para trocar a frota de T 25 e com o valor total do contrato dava para modernizar os ST, mas não… Read more »
Vale salientar que não achei uma foto na web de um ST lançando flares ou da localização do lançador na aeronave. Mas o fabricante diz que tem.
Tem mesmo…. Já vi lançando e tem sim foto na WEB, se não me engano dos colombianos.
Bosco, tem sim…
Olha os ST da Força Aérea Colombiana:
Grande Abraço.
Bosco mandei os links das fotos do ST Colombiano, mas devem estar presos na caixa de Spam do Site…
Abraço.
Dexter e Luiz,
Valeu!
Já quanto ao MAWS alguém já viu um ST com os sensores referentes a esse sistema? A Embraer diz que tem!
Obrigado por liberar os links, Editores.
Bosco, o Equatoriano tem MAWS Laser Finger.
G abraço
boa venda a fab fica contente pois recebe royaltie da vedas boa noticia………
Valeu pelas respostas Bosco, Dexter e Juarez.
Fiquei com outra dúvida, mesmo a Rússia tem orçamento apertado e tem lançado bastante bombas “burras” nas operações na Síria.
Será que o Líbano e demais usuários que vierem a utilizar o A-29 naquele teatro terão possibilidade de operá-lo em condições ideais? Voando alto e disparando armas guiadas de longa distância.
Caso a resposta seja negativa, em missões empregando munições não guiadas, o desempenho em velocidade do A-29 e o MAWS em conjunto com Chaff e Flare, tornaria-o mais capaz de enfrentar a ameaça de MANPADS que os helicópteros por exemplo?
A resistência a danos em helicópteros como o “Hip” e o “Hind” é algo notório, essa mesma capacidade no ST ainda necessita ser estabelecida. Infelizmente seu desempenho cinemático não o livra de ser engajado por manpads, artilharia AA de tubo ou mesmo RPG e contra medidas não são exatamente certeza de invulnerabilidade, depende da qualidade do material empregado, treinamento recebido, táticas, etc, etc, etc… A resistência síria tem se mostrado bastante hábil, empregando o míssil anticarro americano TOW, por exemplo. Ocorre que o IE não teve a mínima dificuldade em humilhar os iraquianos, mesmo estes dispondo de carros de combate,… Read more »
A vida dos ST não será facil. Mas tambem não seria para o T-6 , nem acredito que os Wolverine tenham sido (serão) melhores. Alguem pode dizer se estes wolverines mais antigos estiveram engajados em TO com AA intensa? Rpg, manpads, estilingue…. .? Sou mais o A_29.
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
A certificação do Beech AT-6 Wolverine:
“Beechcraft and its sister company Textron AirLand will be attending an 18 November air force industry day regarding the Non-DoD Military Aircraft Airworthiness Accreditation programme, offering…”
(https://www.flightglobal.com/news/articles/dubai-beechcraft-seeks-at-6-certification-as-iraq-m-418852/)
Ainda com relação a manpads, mais uma opinião de leigo… como turbohélice com motor comparativamente pequeno, e idem para a estrutura, a própria configuração não reduz um pouco a “atratividade” do avião, em particular para modelos mais antigos como SA7 ou da mesma geração?
Não, até pq não é só a turbina que troca calor c/ o meio externo, o ar condicionado e o radiador de óleo tb o fazem.
E o míssil não busca somente o calor trocado pela turbina, pelo ar condicionado ou pelo radiador, mas o calor gerado pela fricção do ar na superfície da fuselagem.
Senão manpads seriam objeto do mi, mi, mi, de Greenpeace ou WWF, de tanto urubú abatido por ai.
Não tem chore e nem vela, no mundo real não há armamentos ou sistemas de armas invencíveis e/ou invulneráveis.
mas o calor gerado pela fricção do ar na superfície da fuselagem.
Só se for um SR-71 a Mach 3 caso contrário não haverá calor suficiente para atrair o míssil.
Assinatura IR de turboélice é muito menor que jato e para os primeiros flare são mais eficientes.
Amigos,
Se considerarmos regras genéricas sobre conservação de energia, poderemos concluir que a resposta IR de um avião poderá ser considerada como proporcional ao consumo instantâneo de combustível, não importando se é proveniente do atrito, de pontos quentes na aeronave/motor, ou do próprio ar que sai do escapamento.
Abraços,
Justin
não esquecer, ainda, que o espectro de frequencias para os quais os sensores IR respondem é também relacionado ao contraste do meio visado. Em outrass palavras, se o alvo estivesse rigorosamente à temperatura do meio (no caso o proprio ar envolvente) não haveria detecção. Isso tudopara dizer que em aviões de alto desempenho esse contrasste é maior, e na tuberia de turbo fans a concentração de calor é mais pontual do que num turbo prop. Nass turbinas de helis, por exemplo, voce tem uma detecção muito mais precisa do que num A-29. O wolverine possui um bico mais longo e… Read more »
Querem revogar as leis da física p/ justificar uma suposta invulnerabilidade do ST, patético… Aproveitem e peçam uns “pixulecos” pelo serviço. O atrito do ar somente existe a velocidades mto altas em altitude mto alta, vale dizer a aeronave somente está envolta pelo fluído quase lá na ionosfera; nunca em altitudes baixas ou médias. E o míssil é burro, não discrimina entre o alvo e a contra medida. No avião em voo só há produção de calor pela queima de combustível, a lubrificação da turbina e seus acessórios, assim como a refrigeração da aviônica e da tripulação não produzem calor… Read more »
Jesus, vamos lá: Os Âmis compraram depois de anos de seleção em que os fatores técnicos são supra tudo na decisão para atarem em ambiente quente …. Afeganistão. Já se comenta que o Iraque será o próximo …. veremos. Ai vem um gênio de afirma que o ST é uma #erd#. Bom isso eu compreendo, o cara é anti Embraer e pró Beech que quase faliu, fazer o quê ? Depois vem essa que a Embraer não fabrica nada, concordo plenamente. Na verdade ela é uma montadora de aviões, a quarta do mundo. Como já afirma o Oganza a tempos,… Read more »
* atuarem
“Ai vem um gênio de afirma que o ST é uma #erd#.” Obrigado, sou o gênio da raça mesmo, pois somente eu consigo pensar fora da caixa, enquanto uns e outros rodam, rodam,rodam e somente conseguem babar ovo, mas absolutamente incapazes de discutirem as vulnerabilidades do ST operando na Síria ou no Afeganistão, malham quem consegue. Aliás, poderia me apontar aonde eu enfaticamente digo, que o ST é meleca??? Até aonde eu vejo, apontei somente as vulnerabilidades, que não são exclusivas do ST, inerentes a operação na Síria. “Bom isso eu compreendo, o cara é anti Embraer e pró Beech… Read more »
A questão do aço foi uma pergunta. Alguém me disse no passado. Se descobrir a origem seria interessante saber.
Caro Cel Rinaldo Nery, 2ª Feira vou telefonar para a USIMINAS e checar, em seguida posto aqui !