França se recusa a ceder nas especificações da Índia para empregar o míssil Astra no Rafale

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Rafale armado

As negociações em curso com a França para comprar 36 jatos de combate Rafale atingiram um impasse com os negociadores franceses se recusando a aceitar as especificações técnicas alteradas pela Força Aérea Indiana (IAF) para integrar o míssil Astra indiano na plataforma francesa.

A IAF quer determinadas alterações na configuração da plataforma para integrar o míssil ar-ar Astra do tipo BVR – Beyond Visual Range, fabricado pela DRDO, que obteve êxito ao ser disparado de um Sukhoi Su-30 MKI. O míssil foi testado duas vezes em dias consecutivos em março.

Após o sucesso, a IAF quer a modificação e a reconfiguração de alguns dos aviônicos e sistemas de armamento para manter uma janela aberta à integração do Astra em uma data posterior.

O lado francês opôs-se à idéia, porque uma mudança na configuração significa passar pelo processo de certificação da aeronave, o que mais uma vez levaria a um aumento no custo. Em vez disso, Paris quer fornecer seus próprios mísseis ar-ar mísseis, que Nova Delhi terá que comprar adicionalmente.

Outro ponto delicado na negociação é a cláusula de compensação, ao abrigo do qual a fabricante Dassault Aviation teria que reinvestir uma parte do dinheiro que iria ganhar da Índia após a venda dos jatos Rafale, no setor militar indiano.

Teste Míssil Astra em Su-30MKI - fotos DRDO
Teste Míssil Astra em Su-30MKI – fotos DRDO

O Ministério da Defesa constituiu uma comissão chefiada pelo Marechal do Ar SBP Sinha para negociar com o time francês que oferecia os jatos quase ao mesmo preço que estava sendo discutido no processo de concorrência mundial anterior, que foi desmantelado pelo governo Narendra Modi.

Durante a sua visita de abril a Paris, Modi fez um anúncio para comprar 36 aviões Rafale da França em um contrato de governo para governo. O processo anterior para comprar 126 caças para substituir a frota envelhecida de MiG-21, foi abandonado.

O ministro da Defesa francês Jean-Yves Le Drian se reuniu com seu colega indiano Manohar Parrikar em Delhi em maio, para trabalhar nos detalhes do plano de aquisição com prazo determinado. Os dois lados decidiram concluir a negociação de preços até 31 de Julho, mas, em seguida, o negócio encontrou mau tempo. Não houve encontro entre os dois lados no passado recente, que pode ser uma indicação do impasse.

“O valor de referência para o preço do Rafale já já está definido desde os acordos com o Egito e Qatar. O preço da aeronave para a Índia não pode ser menor do que o valor pago pelos outros dois países”, disseram as fontes.

Funcionários do Ministério da Defesa ainda esperam concluir o negócio a um preço, que poderia ser de 2 a 3 por cento maior do que estava sendo discutido entre os dois lados no processo anterior.

FONTE: www.deccanherald.com /COLABOROU: Juarez

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