Dassault Aviation entrega seus primeiros Rafale à República Árabe do Egito
St-Cloud, 20 de julho de 2015 – A cerimônia oficial de recepção pela República Árabe do Egito de seus três primeiros caças Rafale foi realizada hoje no Centro de Testes em voo da Dassault Aviation em Istres, sob o patrocínio de Sua Excelência o Sr. Ehab Badawy, o embaixador egípcio para a França, e na presença de Eric Trappier, Presidente e CEO da Dassault Aviation.
Esta primeira entrega vem apenas cinco meses após a decisão do Egito em adquirir 24 Rafale, 16 biplaces e 8 monoplaces para equipar sua força aérea com um caça versátil de última geração, capaz de cumprir suas necessidades operacionais e capaz de garantir, em plena soberania, sua posição geoestratégica na região.
Ao mesmo tempo, um primeiro grupo de usuários egípcios foram treinados na França. Pilotos egípcios, treinados na Força Aérea, seguirão para Cairo com os três primeiros Rafale um dia após a cerimônia.
“Este contrato é um marco da cooperação que liga a Dassault Aviation e Egito, desde os anos 70, mais de quarenta anos de parceria exemplar sob o signo de compromisso e confiança mútua. Após o Mirage 5, o Alpha Jet e Mirage 2000, o Dassault Rafale é a quarta aeronave a voar sob os cocares egípcios, e, tal como tinha sido para o Mirage 2000, o Egito é o primeiro cliente de exportação do Rafale. Estamos satisfeitos por essa parceria que ao longo do tempo demonstrou a sua solidez e sustenta os laços históricos entre os dois países. Agradeço, em nome da Dassault Aviation e seus 8.000 funcionários, a seus parceiros Thales e Snecma e 500 subcontratados, as autoridades egípcias pela confiança mais uma vez colocada, e às autoridades e às Forças Armadas francesas, sem cujo apoio este sucesso não teria sido possível “, disse Eric Trappier.
DIVULGAÇÃO: Rafale Aviation
Sem dúvidas é um belo vetor, não era meu favorito para o Brasil, pois acredito que não teríamos condições de mante-los, haja vista a constante falta de verbas, mas isso não torna esta aeronave ruim. Salvo as devidas proporções, vou fazer uma comparação com minha moto: Estava eu na garagem do condomínio limpado a moto (uma quatro cilindros) e um vizinho passou e me perguntou, – Quanto sua moto faz por litro? Eu disso, não sei bem ao certo, mas não me importo com isso, o importante é a potência que tenho disponível para quando eu quiser usar! O F-16… Read more »
OFF Topic importante:
A Lockheed comprou a Sikorsky
http://www.flightglobal.com/news/articles/lockheed-martin-takes-the-plunge-with-9bn-sikorsky-414811/
Putz Clésio,
notícia blockbuster essa… apesar de pessoalmente não gostar da governança da LM, mas enfim, fazer o que? rs
Será que a Boeing ou a NG irão fazer algum movimento semelhante em direção a Bell?
Grande Abraço.
Oganza, a curto e médio prazo acho improvável, pois era a Bell que tinha feito o outro lance para a compra da Sikorsky. Ou seja, eles estão sentados em cima de uma boa quantidade de dinheiro, por enquanto.
Mas voltando ao Rafale no Egito, interessante a escolha por uma maior quantidade de bipostos.
Acho que a FAB poderia aumentar a quantidade de bipostos na encomenda do Gripen, pois ARPs e apoio aéreo aproximado são as missões que estão mais se destacando no futuro da guerra assimétrica.
Salvo melhor juízo a versão biposta do Gripen NG para a FAB servirá apenas para conversão, não para combate.
Enquanto isso num lugar chamado na India
Serão apenas 8 unidades dos 36, não é? Com tão poucos fica difícil arriscar em combate. Aí vira mosca branca que nem o F-5F.
Entre as forças que tem dado ênfase aos bipostos, tem a USN (F/A-18F), Armée de l’Air (a maioria dos Rafale são bipostos), a IAF (todos os novos F-16 são bipostos) e agora o Egito.
Sou árduo defensor de caças bipostos (já escrevi matérias sobre o tema), mas parece que a FAB e a Suécia não seguem essa linha.
Puts, vamos pagar mais caro por uma versão específica e nem operacional é?!?! Negoção este hein?!?! Nossa, quando temos a oportunidade de fazer a coisa certa, vamos lá e fazemos questão de complicá-la.
Até Israel receber o seus F-35 e estarem operacionais (sabe-se lá quando), a FAEg equilibrará as coisas com a IAF. Parabéns ao Egito pela escolha!
Até mais!!! 😉
“…a FAEg equilibrará as coisas com a IAF.” Sabe tudo o garoto. kkkkkkk O dia em que o Egito equilibrar alguma coisa com a Israel de hj… Israel vai estar operando lasers e naves espaciais. Nunca é bom deixar de lembrar: “Ter não significa operar” A diferença da IAF com relação aos seus vizinhos foi e sempre será no Material Humano. A seleção para a IAF hj começa no high school, entre os 14 e 15 anos, com o monitoramento das notas e o acompanhamento do desenvolvimento cognitivo e intelectual dos possíveis candidatos. 70% dos pilotos e técnicos da Hel… Read more »
Srs
O Gripen terá como função principal a defesa aérea, ou seja caça.
Pelo andar da carruagem, se o Brasil se meter numa guerra, assimétrica, ele será o lado menor da assimetria.
Sds
Oganza, pra quem acredita que barulho e um tremorzinhi de solo ganha um combate só por efeito psicológico, querer debochar da minha afirmativa é, no mínimo, hipocrisia, não?! Aliás, sugiro não ficar me patrulhando, pois além de ser uma atitude imbecil, também sei fazer o mesmo, apesar de não querer. 😉 Mesmo assim eu não escrevi igualar, caso você não tenha entendido, eu explico: Equilibrar é no sentido de aproximar capacidades, diminuir o GAP existente entre uma força aérea e outra. Não se engane, a FAEg é muito proficiente. Claro que não possui o mesmo nível tecnológico no seu aparato… Read more »
Wellington, …” pra quem acredita que barulho e um tremorzinhi de solo ganha um combate só por efeito psicológico,..” kkkkkkk o Sr. realmente não sabe o que está dizendo: Fazia parte em 99 de um intercâmbio da faculdade quando estudava na Erasmus University Rotterdam… ficamos na cidade Croata de Split, que era uma das rotas das forças Croatas e da ONU para a Herzegovina, mas não sabíamos disso… as 3 da madruga as coisas começaram a balançar no hotel… era uma coluna de mais de 200 blindados, 1/4 deles eram MBT… Eu sei o que senti e vi nos olhos… Read more »
Oganza, me corrija se necessário.
Tirando o material humano, se é que isso é possível, a única força na região que chega “próximo” à IAI é a RSAF. Tanto em número quanto em modelos de alto desempenho.
Próximo mas não muito…kkk
Fábio, se considerarmos só o equipamento sim, a RSAF tem o “segundo” bastão. Na verdade lá é o paraíso dos bimotores, com Eagles, Typhoons e Tornados. Em fato, sua força de ataque é formidável com 66 Strike Eagles (F-15S) e 80 Tornados IDS, esses ultimos provavelmente serão(?) substituídos pelos novos F-15SA (84 encomendados), totalizando 150 aeronaves dedicadas ao ataque, sendo que os F-15S serão(?) elevados ao Padrão SA. A defesa aérea está a cargo dos 80 F-15C/D e dos 48, de um total de 72 Typhoons T2 e T3 encomendados. No futuro, depois de concluídas essas encomendas, serão +/- 300… Read more »
Guilherme Poggio 21 de julho de 2015 at 12:09 # “Sou árduo defensor de caças bipostos (já escrevi matérias sobre o tema), mas parece que a FAB e a Suécia não seguem essa linha.” Poggio, só pra lembrar, a USAF também parece não seguir muito essa linha, pelo menos para seu futuro. Ela confia na formação feita em simuladores, assim como a Flygvapnet. Creio que o futuro seja por aí. Eu não sou contra bipostos, e tenho o Super Hornet-F como o mais perfeito modelo de um biposto no estado da arte, mortal com seu WSO. Mas lembro que um… Read more »
Oganza,
Considerando o equipamento,
a RSAF é o maior bastão do Oriente Médio.
Considerando os investimentos já contratados,
a RSAF continuará a ser o maior bastão.
Abç,
Ivan.
Pô Oganza, dentre os melhores bimotores do que o Ociednte já produziu e a RSAF opera/operou, você esqueceu de listar o eterno F 5….. 🙂
A Turquia realmente é uma potência regional, assim como a IAF vai receber os F 35 (?), mas, acredito que no quesito AA a RSAF ainda será superior, se mantiver, é claro os investimentos nesta área.
Qualquer equilíbrio entre forças vai para o espaço quando sabemos que uma delas tem um paiol cheio de “nukes” e a outra não rsrsrs
Ivan,
eu concordo com vc, ainda mais considerando a “etiqueta” que leva o nome e modelo das Aeronaves.
Mas tem a questão do recheio dos caças Israelenses, nós não sabemos o que de fato tem ali dentro. Os novos Sufas e Ram’am por exemplo, tem traquitanas que inclusive foram instaladas depois de recebidos.
De qualquer forma isso não desqualifica RSAF, eles tem sim um belo de um porrete, e que “contra” a IAF eles não precisão necessariamente de sorte, mas sim da competência de planejadores e operadores.
Grande Abraço.
Fabio,
não pude colocar os bicudos, eles não estão mais na ativa por lá… só aki… 🙁
Grande Abraço.
Oganza,
O maior porrete
pode não ser o melhor.
Abç.,
Ivan. 😉
Ivan,
exatamente… 🙂
Grande Abraço.
“…a decisão do Egito em adquirir 24 Rafale, 16 biplaces e 8 monoplaces para equipar sua força aérea…” Uma informação importante: são 2/3 de bipostos para 1/3 de monopostos. Guilherme Poggio já assinalou isto lá em cima. Minha aposta é que os egípicios estão priorizando missões de ataque / interdição para seus novos vetores franceses, considerando que caças não furtivos precisam usar mais intensamente seus recursos eletrônicos (ECM, ECCM e outros). O segundo tripulante é um Weapon Systems Officer (“WSO”, ou simplesmente “wizzo”). Se confirmado, a FAE passa a ter uma força de ataque estratégico que não depende dos norte… Read more »
Só passando para lembrar que isrrael precisou de apenas, aproximadamente, 1 hora e meia para aniquilar TODOS os aviões da força aérea egípcia na guerra dos 6 dias. E isso porque também, ao mesmo tempo, atacou Síria e iran (não estou certo se foi iran) totalizando em 3 horas de ataque quase 300 aeronaves destruídas!
Meu ponto é:
estratégia boa + equipamento inferior = vitória estratégia ruim + equipamento melhor = incerteza
Vide que o bulldog inglês antes da fama desperdiçou 40 mil soldados para invadir uma praia e não conseguiu mesmo tendo a melhor marinha do mundo na época.
estratégia boa + equipamento inferior = vitória
estratégia ruim + equipamento melhor = incerteza
Intruder,
Quem garante que o alvo é Israel?
Os Rafales egípcios introduzem uma nova variável
independente de Washington.
Abç.,
Ivan.
Srs
Jovem Intruder
Em 67, Israel atacou primeiro a força aérea do Egito, liquidando-a em um dia. Em seguida passou para a Jordânia e fechou com a Siria.
O Irã não participou da guerra. Na época ele era uma monarquia, neutro nos conflitos da região e um aliado dos EUA.
Sds
Em 67 e 73 quem entrou na briga, de longe, foi o Iraque.
Pois então Ivan, o meu entendimento é este, a FAEg passa a ter capacidade estratégica (no seu entorno é claro), coisa que até então não tinha, por isto mais biplaces do que monoplaces. Vale lembrar uma coisa, a despeito de sabermos que a França não entregaria as aeronaves equipadas com a capacidade de ataque nuclear, elas são certificadas para tal. SE a coisa pegar por lá, SE a coisa for para o nível de nukes e SE a França entender a necessidade do Egito, tal opção estratégica pelo Rafale torna-se mais lógica (como em outro tópico lá no Forte, o… Read more »